Ouvi o podebastter sobre relacionamentos essa semana, até comentei como ele ficou sensacional, mas ainda assim, desde então as palavras do Bastter não me saiam da cabeça.

Hoje, cozinhando almocinho de domingo (terapia que amo), novamente pensando nisso, vieram umas lembranças e tudo fez muito sentido e gostaria de dividir com os colegas. 

Pois bem: há uns 5 anos recebi uma proposta irrecusável de emprego. Era uma oportunidade acima do que eu esperava naquela época e que mudaria muito minha vida profissional. Porém, eu teria que me mudar de cidade. Sair da capital a adentrar o interior em 220 km. Isso p/ mim não era um grande problema, mas p/ minha namorada sim (já morávamos juntas). Muito apegada a família e amigos, a cidade, etc. 

Ao contar para ela sobre a proposta, ela sequer piscou e me respondeu: VAMOS.  
Passado alguns meses, eu já completamente realizada e feliz. Ela segurando a barra e com mta dificuldade de adaptação. Começaram a me ocorrer pensamentos mais absurdos e idiotas tipo: "poxa, eu to ganhando bem, interior tem custo de vida baixo, se ela trabalhasse/ajudasse, ia ser tudo de bom" ou então "até qdo ela vai ficar só na minha aba".
Até que um dia eu me OUVI falando isso. E vi o tamanho do absurdo que eu estava cometendo. Se não fosse por ela topar a mudança, talvez eu nem tivesse aceitado a proposta de emprego por medinho do novo. Antes disso, se não fosse o incondicional apoio dela, talvez eu não tivesse nem me formado na facul, logo essa proposta de emprego nem existiria. Foi ela quem me tirou da vagabundagem do "dps eu formo". Ainda antes, na época da facul ainda, tempos de correria e quase nenhuma grana, q eu almoçava todos os dias na casa da avó dela e era isso q me ajudava a fechar as contas do mês. Com isso e mais um tanto de exemplos de dedicação e companheirismo ao que estávamos construindo juntas, mudei radicalmente minha postura. Conversei abertamente com ela sobre sua adaptação e o quão eu estava disposta a ajudá-la, inclusive a tranquilizei sobre as despesas da casa. Era isso q ela precisava ouvir. Ela precisava que eu passasse segurança que aquela fase ruim iria passar, mas desde que nós nos mantivéssemos unidas. 
Dito e feito. Hoje ela é uma grande profissional com agenda disputadíssima, ainda na cidade do interior. Ta feliz. Estamos felizes. Tem sua grana e faz dela o que quer. 
Portanto, que possamos dar valor ao que realmente importa e tem valor para nós. 
Desculpe pelo texto gigante, mas esse podebastter me marcou muito, pois eu já fui a pedra com merda em cima e não voltarei a ser.