Pessoal, gostaria de ajudar uma família, mas dinheiro não basta.
É um casal jovem (Zé, 27 e Maria, 25) com uma filha de 1 ano. Moram junto com eles um primo do Ze, 20). Nomes fictícios.
São vizinhos de uma casa que tenho na região dos lagos, RJ.
Entraram numa roubada um tempo atrás ao comprar um terreno irregular e perderam todo o pouco que tinham quando a casa foi demolida...
Há cerca de 1 ano vivem numa situação de pobreza, mas conseguem pagar um aluguel de uma kitnet e não passam fome nem nada.
Há cerca de 1 ano venho ajudando eles principalmente com trabalho para o Zé e seu primo, que trabalham com construção, mesmo eles não sendo os profissionais mais experientes das redondezas e eu não precisando tanto de obras assim. Mas nessa daí já repassei alguns K reais pra família.
Nas conversas que temos não entramos em detalhes da vida pessoal.
Ele não sabe o que faço da vida e nem eu sei mto detalhe da deles, mas em 1 ano de convivência percebi um panorama geral da situação da família.
Nenhum tem escolaridade. Talvez o fundamental. O Zé já está meio que numa carreira de pedreiro que vejo como promissora. O cara consegue fazer praticamente de tudo (alvenaria, hidráulica, elétrica) e aprendeu na marra como servente. Se comunica bem com o celular, sempre mandando vídeos e mostrando os avanços dos serviços. Resolve compras de material e várias coisas por conta própria.
O primo, mais novo, está de servente dele, mas não sei se tem a mesma disposição pra aprender a profissão.
A esposa não trabalha e cuida da criança.
Chama atenção que nenhum deles tem vícios tipo cigarro e bebida e já deu pra notar que são pessoas do bem. Exemplo disso é que nunca levaram nada da obra sem pedir e alguns dos pagamentos que fiz pra ele foram pra conta da mãe, na Bahia, que provavelmente precisa até mais que ele. Obs: esse gesto dele me fez refletir bastante sobre como trato os meus pais...
Outra característica do Zé é a alegria constante do cara. Sempre brincando e agradecendo a vida que tem. Saindo de onde saíram, das plantações da Bahia, os caras se consideram abençoados.
Bom, acontece que eu sei o risco que os caras correm ao viver bem perto da linha da pobreza, praticamente como indigentes, sem conta bancária e emprego. Por exemplo: se o cara se machuca ou precisa parar de trabalhar, zero reserva = fome.
Com isso, me veio a ideia de tentar ajudar de uma maneira mais profunda e aí que aceito sugestões.
No caso do Zé e seu primo, que já estão nesse ramo da construção. Como ajudá-los a se desenvolverem, levando em conta a ausência de escolaridade, mas boa experiência prática?
Alguma dica de curso profissionalizante pros caras?
Alguma dica nessa linha pra esposa? Uma vez ela pediu pra fazer uma faxina e fez um trabalho legal lá em casa. Parece que quer trabalhar, mas realmente não sei detalhes...
Será que vale a pena eu oferecer ajuda nesse sentido ou estarei sendo invasivo?
Me incomoda ver que, mesmo esbanjando disposição e alegria, se eles não se movimentarem, a história tende a terminar mal.