Troca de emprego e valoração PJ
comentada em 29/10/2020 23:02

Sua dúvida é válida, mas acho que você tá pensando demais. A conta mais fácil nessa situação é você pegar o seu salário atual + seus benefícios e somar tudo. Vai dar um valor X. Desse valor, você pode aumentar um pouco já que eles trabalham com pretensão salarial, assim quem sabe, você ganha um aumento considerável indo para essa nova empresa. 

Nos moldes atuais de trabalho, não vejo tanta vantagem em ser CLT, sinceramente. Ainda mais nós aqui da comunidade que sabemos da importância de um Reserva de Emergência de não ter dívidas e esquecer do ONREVOG para se aposentar. 

MEI você paga R$ 57,25 por mês, acrescente isso na sua conta também. Lembrando que como MEI você pode emitir um total de R$ 81.000 em NFS-e/ano. Tem que tomar cuidado com isso daí. 

A melhor coisa de ser PJ é que você se torna um prestador de serviços e não precisa ficar prazo a bater ponto e entrar na hora X e sair na hora Y, horário de almoço e blá blá. Você vai ter mais liberdade pode ter certeza.

Acredito que essa conta envolva muito mais além do número $$$, por exemplo, se você está satisfeito com seu trabalho atual ou não, isso já alteraria muito o valor pelo qual valeria a pena sair ou não

Acho que ninguém vai conseguir responder além de você mesmo @felipk. A idéia válida, na minha opinião, é fazer a reflexão do que é importante para sua #PAS, sua estabiidade de já ter 7 anos no cargo, a probabilidade de crescimento profissional/salarial em outra empresa, outras experiências, e por aí vai...
Não se esqueça que somos apenas avatares em um site na internet e sua vida é sua vida.

Antes de tudo tem que ver se isso tá dentro da lei. Salário fixo assim por mês via PJ tem cara de lei trabalhista sendo burlada. Tem q ver as demais características e conversar com um advogado se isso pode te gerar algum problema com a justiça do trabalho e com a receita.
Sou autônomo e recebo via PJ mas não tenho um salário fixo (depende do que produzo), não tenho horário definido (trabalho por demanda, eventual) e não tenho relação de hierarquia (meus pagadores são mais "clientes" do que chefes).
A terceirização foi aprovada mas a CLT não foi revogada...

Eu particularmente uso como referencia os rendimentos anuais, e não o mensais.

Anual CLT - salário mais a soma de 13º, férias, VA, VR, plano de saude, fgts, plr, bonus, etc.
Anual PJ - soma das notas.

Daí vai de vc se a diferença entre os dois compensa.

Você precisa analisar com calma, pq a primeira coisa a mudar é a mentalidade.

Ser PJ é banir do seu vocabulário esses termos como VT, VR, seguro desemprego. Você é seu emprego, você é o patrão, por mais que preste serviços somente para uma empresa.

Acabou? Tchau, obrigado. Não vai receber nada.

E pelo amor de Deus não me venha como esses "espertinhos" que depois colocam a empresa no pau pedindo "os direitos".

Entendeu? Ou você continua nessa pegada CLT ou parte para empreender, mesmo que signifique somente a troca de contrato. A mentalidade precisa mudar.

Muito difícil achar algo na net. Tem muitas variáveis (enquadramento de empresa, custos com  contador etc) e muito risco envolvido. Muito cuidado. Pense no ORUTUF. Qual a expectativa de seu trabalho ser bem remunerado nos próximos anos como CLT ou como PJ? Se os movimentos são em pró de uma pejotização, faz sentido comparar, mas cuidado com modinhas. É muito pessoal e meche com sua fonte de renda. Todo cuidado é pouco. 

Quanto a conta, não faça de forma genérica, seja assertivo e de acordo com sua realidade. Ela é chata mesmo, mas essa é necessária. Sugiro simplificar. Faz ela por ano. Pega o líquido que cai na sua conta por mês (na média) e multiplica por 13,33 (ano + 1/3 férias + 13o). Esse total compara com o total líquido que você receberá das notas nos 12 meses, acrescentado o % do aumento que justifique a mudança, o  quanto você gostaria de receber para encarar o risco. Nos dois casos já descontados os impostos.

A partir daí, compara benefício com benefício. Ex: Assist médica, se não desconta como CLT, qto vai te custar por ano? Esse valor, acrescenta do total das NFs. E vai um por um. VR, Gasolina, etc. E daí que vão sair.

Acrescenta tb o valor anual com um bom contador e outras despesas que você pode passar a ter. Avalie se vai ter de pedir demissão e os valores que deixará de receber e por aí vai. Esquece seguro desemprego, você perde o quando abre cnpj. No final, divide o total por 12 e verá o valor da sua nota por mês. Geralmente causa surpresa.

Enfim, é por aí. Vale a pena consultar um contador de confiança até pra ajudar nesse cálculo e novamente muuuuito cuidado com o que decidir.

Essa calculadora te dá uma ideia de quanto custa um CLT para a empresa. Acho que é essa base que você está procurando para a pretensão:

Cálculo de Custo de Funcionário para Empresa - Calculador

A conta de padeiro que eu uso é 50% sobre a CLT. Boa sorte na decisão!

Quando fiz a migração de CLT para PJ, simulei as coisas que "perderia" tipo: 13º, fgts, multa fgts, abono férias (todos os "direitos"), menor alíquota de imposto para PJ, etc... e o % de aumento necessário para ficar "elas por elas" era de uns 30% em relação ao salário bruto como CLT.

Após isso, você pode tentar por na conta o quanto a empresa patrocinava de plano de saúde, ou o quanto a mais você vai gastar no individual, vale refeição, transporte e etc...

Com o cálculo acima teremos você "na mesma", ou seja no fim do dia recebendo mais ou menos o mesmo que antes e o empregador "ganhando" a diferença, pois os encargos trabalhistas são maiores que os 30/40% de aumento no rendimento bruto PJ.

Tive a felicidade de estar em uma empresa transparente e achamos uma solução mais ou menos no meio do caminho. No final meu rendimento bruto como PJ é 60% superior ao que tinha bruto na "carteira", o que dá um ganho real de uns 30%. E a empresa está economizando aproximadamente 40% em relação a antes.

Claro que um maior controle das suas finanças é necessário para este arranjo dar certo, mas creio que na média a comunidade por aqui está em um bom caminho

O 50% do colega acima é uma boa aproximação, além de ser mais fácil "vender" para a empresa.

Partindo do princípio que o gasto total da empresa com um empregado costuma ser próximo ao dobro (ou +100%) em relação ao salário bruto do empregado, 50% seria um bom ganha/ganha para ambas as partes

A resposta é uma pergunta e a resposta é fácil: Quanto vale o seu trabalho?

Obrigado a todos pelas respostas.

@Ourico, concordo. A proposta veio ontem, logo a mentalidade começará a ser trabalhada.

@VamosPraLondres, acredito que é pró da pejotização por ser da área de tecnologia da informação. As questão de contador e despesas considerei ali no "risco pj", por isso que coloquei um valor de 50% a 100%.

@Beterrabinha, obrigado pela lembrança do limite. Isso é de extrema importância para  os cálculos.

@wdac, obrigado pelas palavras.

Vocês adoram se meter num rolo, não? (Alemón!!!)

Cara eu falaria o dobro, mas emitir nota de férias e nota de "13º" o maluco da empresa que propôs isso pra te contratar, está doidinho pra ser entubado por juiz trabalhista.

Não sou a favor de CLT , mas  coisa mais doida, nem pra tentar fingir que é uma prestação de serviço mesmo. Só falta falar pra você bater ponto ..

Eu cobraria por hora ou por Entrega/Escopo, tenta calcular para dar perto do dobro bruto, não coloque férias remuneradas, muito menos 13º (quer dizer inclua isso no valor total). E vão ser teoricamente 11 notas se você tirar 1 mês de férias, Profissional liberal e Empresário se não trabalha não ganha.

Nao precisa fazer contas mirabolantes.

Para valer tem que ser 100% do voce ganha atualmente na carteira (salario base).

É difícil opinar tecnicamente sem todas as informações, vai acabar sendo apenas um chute. Verifique sua pretensão salarial (que não é necessariamente igual a quanto você ganha atualmente) e faça o cálculo inverso dos impostos e custos aplicáveis para chegar a essa pretensão salarial. Essa seria sua base, mas evidentemente nada impede de você pedir mais que isso e negociar com a empresa.

Numa nota em separado, o que essa empresa propõe a você tem muita, mas muita mesmo, cara de fraude trabalhista. Se é, ou não, vai depender de outros fatores, mas aparentemente você está sendo contratado pessoalmente (você - e você apenas - será contratado), para trabalhar de maneira não eventual e com subordinação jurídica (indícios de subordinação jurídica incluem, dentre vários outros, horários fixos, procedimentos rígidos para execução dos serviços, regras de porte/apresentação/uniforme, controle permanente de qualidade e método dos serviços, etc). Nesse caso, as chances de ser uma relação de emprego são altíssimas - consequentemente, o de ser fraudulenta a contratação via PJ.

O esquema que sua empresa está propondo é de uma burrice atroz. A empresa vai ficar exposta a uma futura ação trabalhista de sua parte e a multas por parte da previdência e da receita. Você, por outro lado, também estará exposto a risco fiscal, mas é mais raro de acontecer.