Colocaram ciência onde não deviam....e na corrida?
comentada em 19/07/2022 11:36

@Gregorovich porra muito bom hein
dificil ver profissional da area q foge da manada e dos padroes
muito bom mesmo

@Mauro isso ate podia ir para o FAQ

@Gregorovich realmente muitos estudos acabam sendo mal interpretados e viram dogmas na prática esportiva cotidiana, ainda que não haja evidência científica que sustente as teses desenvolvidas na floresta.

Com certeza os músculos são os amortecedores mais eficientes que existem. Uma das modalidades esportivas com maior impacto é o salto triplo no atletismo, no qual o atleta suporta quase 20x seu peso corporal treinando e competindo sempre de sapatilha de prego.

Já no vôlei ou no basquete os atletas saltam centenas de vezes suportando perto de 10x seu peso corporal e também não utilizam os tênis com maior capacidade de "amortecimento".

Já na corrida os atletas correm com menos de 5x o peso corporal. O problema das lesões na corrida é o volume grande de treinos sem descanso suficiente para que haja recuperação completa das estruturas osteomusculares. Essa sobrecarga acumulada no tempo sem descanso é o principal fator causador de lesões tais como microfraturas por estresse, por exemplo. Definitivamente não é o impacto.

Aliás o impacto carrega o osso negativamente o que atrai Osteoblastos e Calcio e colabora MUITO para o aumento da massa óssea. Tivemos um exemplo magnifico de Abebe Bikila que foi campeão olímpico da maratona correndo descalço. Muita gente que poderia se beneficiar do impacto acaba deixando essa possibilidade de lado simplesmente por acreditar em dogmas infundamentados.

Acreditar que um tênis com um lado da sola mais duro seria suficiente para corrigir uma inversão ou eversão patológica seria otimismo ingênuo. O movimento natural de ataque é com o retropé e é extremamente rápido e complexo. Só seria possível enxergar os movimentos de inversão e eversão naturais durante a corrida com uma câmera com boa capacidade de quadros por segundo. Uma câmera comum não capta nem de longe todos os movimentos. Um tênis com um lado da sola mais duro pode alterar o padrão de corrida causando lesões no tornozelo, joelho, quadril e até na coluna.

Quase todas as pessoas atacam o solo com a parte de fora do calcanhar e impulsionam a corrida também com a parte de fora. É comum gastar mais a parte de fora do calçado sem que por isso você tenha alguma patologia ortopédica.

Nossa capacidade serumanística é limitada e por isso diagnosticar coisas por sentimento quase sempre da ruim.

A sensação de conforto de um calçado está muito mais relacionada com distribuição de pressão que com amortecimento. Ou seja, o conceito de força por área. Quanto maior a palmilha do tênis por exemplo, maior a capacidade de distribuição de pressão e consequentemente, maior a sensação de conforto. Por isso as palmilhas frequentemente não ficam restritas a parte da sola e sobem pelas laterais do calçado.

Outra coisa relevante é a prática de corrida com um tênis com diferença entre retropé e antepé elevada >1,5cm (tipo aquele tênis das molas) pois a grande diferença acentua o movimento natural de eversão e inversão durante a corrida e por isso pode aumentar muito a chance de torcer o pé.

Uma característica que um um calçado de corrida deveria ter é permitir uma boa transpiração.

Já quanto a esperar que um tênis tenha a capacidade de acumular impacto e restituir impulso na corrida de forma sincronizada com o componente elástico dos músculos é outra falácia que sinceramente é impossível de acreditar. Quando corremos na areia por exemplo acabamos com a restituição de energia e aumentamos a exigência sobre o componente contrátil do músculo. Treinar componente elástico se faz diminuindo o tempo de contato do pé com o solo como correndo em descida ou com um paraquedas por exemplo. Tênis não da impulso na corrida de jeito nenhum.

No geral, depois de muito estudar o que aprendi é que um tênis tem muito mais a função de não atrapalhar a prática esportiva do que trazer benefícios seja por amortecimento, corrigindo pisada ou com impulsão.

Dicas para amortecer o impacto?

@Acsaram Tentar correr de forma silenciosa, buscando de forma consciente diminuir o impacto da pisada, e/ou aumentar a cadência. Veja que não é perseguir um número exato de cadência, mas aumentar a sua própria cadência. 

@Bastter obrigado! Sair da manada é fundamental não só nos investimentos, mas em qualquer área!
@Leogato, muito bom! Como profissionais de saúde tendemos a procurar o que está "torto", o que não está biomecanicamente "correto". Uma cultura de intervencionismo é criada e vendida por meio de análises biomecânicas, padrões "corretos" etc. Também sou bastante cético sobre os assuntos q vc citou. Uma coisa q está deixando uma pulga atrás da minha orelha são os tênis com placa de carbono (principalmente o vaporfly). Acho q vamos ter q aguardar pra falar sobre isso rs Será assunto para um ORUTUF próx tópico rs

Vídeo com uma discussão mais aprofundada sobre o assunto de pisada e tênis minimalista. Fala coisas interessantes sobre o desenvolvimento dos nossos padrões de movimento

Muito bom, eu corrigi minha corrida com um personal, parecia um flamingo com esclerose múltipla correndo. Consegui parar de cruzar as pernas, acertar o ritmo dos braços e a inclinação do tronco e mudou absurdo o rendimento. Ps: Continuo odiando correr.

@Gregorovich pra quem só corre e não faz musculação... agachamentos sem peso e o clássico "panturrilha em pé" por si só já ajudam bastante a diminuir riscos de lesão e auxiliar nos impactos, correto?

Pode desenvolver mais sobre o Drop, por favor?

@Gregorovich é sempre bom encontrar colegas que conseguem resistir ao senso comum ainda que na maioria das vezes como diz o @Bastter, quando alguém pede nossa opinião não quer ouvir nossa opinião, quer que confirmemos o que ela já acha que sabe.

Sou MUITO cético quanto aos benefícios do calçado na prática esportiva. Como escrevi acima, acredito que a função do calçado seja muito mais não atrapalhar que ajudar. Acredito que uma costura mal feita atrapalha muito mais que qualquer eventual benefício que um calçado possa ter.

Nossa espécie tem milhares de anos e sobreviveu sem calçado com amortecedor.

Atravessamos continentes, caçamos, fomos caçados e sobrevivemos. Guerreamos, matamos, morremos, chegamos na lua sempre usando o que a natureza nos deus de melhor: Nosso sistema músculo esquelético. A indústria de calçado tem uns 50 anos? Acho que a evolução teve mais tempo para trabalhar em nosso favor né?

Nossa musculatura que é a responsável pela propulsão na corrida tem um componente contrátil e um componente elástico. O componente elástico do músculo funciona sim armazenando parte da energia e restituindo em propulsão. Mas o principal responsável pela propulsão ainda é o componente contrátil.

Não consigo entender como um calçado feito em lotes de milhares da mesma forma poderia funcionar sincronizando uma eventual propulsão do calçado com o exato momento da propulsão do componente elástico muscular de tantas pessoas diferentes. Pode ser que algum dia de alguma forma consigamos alguma coisa nesse sentido. Mas o que temos até hoje serve muito mais para vender tênis caro que qualquer outra coisa.

Além disso nossos músculos são incrivelmente capazes de absorver impacto. Nossos ossos são absurdamente fortes e aguentam MUITA compressão. Como eu escrevi no salto triplo são mais de 20x o peso corporal com sapatilha de prego. Definitivamente ainda não existe nada que chegue nem perto da capacidade muscular de absorver impacto. Nosso corpo sabe lidar com impacto e gosta disso. Acho que o conceito de antifragiliadade se aplica aqui. Você coloca estresse no organismo, da tempo pra ele se recuperar e ele fica mais forte. Se não tem tempo de recuperar durante muito tempo pode ter problema.

@Acsaram por qual motivo você iria desejar diminuir impacto? O impacto é na maioria das vezes benéfico para o organismo sendo um dos principais agentes na retenção de cálcio no osso.

Não existe motivo nenhum para uma pessoa saudável que realiza prática recreativa de corrida temer o impacto, que como escrevi acima, é absurdamente baixo. O que você pode fazer de melhor é ter uma rotina que contemple descanso proporcional aos treinos. Se o volume crescer de forma gradual seu corpo vai evoluir com você e o impacto não será problema desde que haja descanso proporcional ao estímulo.

Já vi muita gente se machucando correndo graças a um volume excessivamente grande sem descanso suficiente para a recuperação do organismo. Ainda sim o volume que mataria um num faz nem cócegas no outro.

Acredite, uma atleta amador consegue se machucar muito antes devido outros problemas que uma eventual lesão causada por impacto na corrida. Por exemplo, alguém com sobrepeso pode lesionar ligamentos ou tendões muito antes de conseguir se lesionar devido ao impacto.

@fmmlobo infelizmente não é incomum as pessoas chegarem na vida adulta sem saber correr. Baixa atividade física na infância e pouca educação física na escola tem resultado em muita gente que mal consegue coordenar braços e pernas. Parabéns por buscar ajuda de um profissional. Já ajudei muita gente que mal conseguia respirar correndo. Aí num tem como gostar de correr mesmo.

@Leogato me desculpe mas este tipo de argumento nao faz o menor sentido

"Nossa espécie tem milhares de anos e sobreviveu sem calçado com amortecedor."

tb sobreviveu sem ar condicionado
sem carros
sem antibioticos

entao nao vamos usar nada disso

nao to discutindo o resto
mas toda vez q usam este argumento
deixou de ser ciencia desculpe

o fato da humanidade ter sobrevivido sem um avanço tecnologico nao quer dizer q ele nao seja um avanço q beneficie a humanidade

nao to nem discutindo o caso em si
apenas q quando entra este argumento
deixa de ser discussao cientifica
e eh o tipo de argumento q eu gostaria q nao entrasse nessa area
pq atras dele vem todos os bullshits

e outra coisa
as pessoas sao diferentes
o q eh bom para vc
pode nao ser bom para outro

@Bastter prezado, desculpe minha burrice na construção do meu argumento.

Não sou dono da verdade e vi aqui um espaço para colaborar com um tema que sei ser bastante controverso.

O que eu quis dizer é que definitivamente não existem evidencias científicas que comprovem que algum calçado aumente a capacidade do corpo humano de absorver impacto na corrida e consequentemente colabore na prevenção de lesões.

Ao contrário do que aconteceu na natação com as roupas tecnológicas que reduziram o arrasto e melhoraram o resultado dos atletas e por isso foram banidas das competições.

Também quis dizer que a pratica da corrida é segura independente do uso de qualquer tipo de calçado esportivo no que se refere a proteção do impacto. O fato de não ter acesso a um calçado caro que teoricamente absorve impacto não faz uma pessoa ter um desempenho pior e definitivamente não aumenta o risco de lesões. Desde que haja descanso proporcional ao estímulo.

O contrário é verdadeiro, pois um calçado ruim pode sim atrapalhar muito a execução da atividade esportiva e dependendo do tipo de alteração pode aumentar o risco de lesão (bolhas, calos, entorces, etc.)

Fiquei anos vasculhando a literatura e acompanhei vários testes da uma marca famosa de calçados no laboratório de Biomecânica do Movimento do Corpo Humano da EEFE-USP. A resposta é sempre a mesma. Calçado ruim pode atrapalhar, mas calçado bom não pode ajudar.

Se houvesse evidencia mínima de que um calçado pudesse melhorar performance não acha que a existiria normatização quanto ao seu uso nas competições?

Os principais benefícios que pode se esperar de um bom calçado é boa distribuição de pressão e uma boa ventilação.

Ainda não tem como uma coisa feita em lote de milhares se adaptar a cada pessoa individualmente conciliando absorção de impacto e propulsão.

Não estou dizendo que uma pessoa não pode calçar um tênis e se sentir bem com ele. Mas não dá pra dizer que o calçado irá prevenir lesão ou melhorar a performance. Não há evidencia científica nenhuma que demonstre isso. É até temerário pois a pessoa pode sentir que está mais protegida do que realmente está. Definir as coisas com base em sentimento quase nunca da certo.

As lesões na corrida tais como inflamação crônica no músculo tibial anterior, microfraturas nos ossos das pernas, tendinites crônicas graves são quase sempre causadas por um volume excessivo sem descanso proporcional e nenhum calçado previne esse tipo de lesão. Nenhum. Tanto é que quase sempre se trata esse tipo de lesão com fisioterapia e muito repouso.

É muito mais fácil uma pessoa se machucar devido outros problemas antes que ter qualquer tipo de lesão causada por impacto na corrida que é baixo se comparado a outras modalidades esportivas.

Nosso corpo é absurdamente bem preparado para absorver impacto e se beneficia disso desde que haja repouso proporcional ao estímulo. Foi tentando ilustrar este argumento que usei o exemplo infeliz que você corretamente me chamou atenção.

De qualquer forma meu objetivo foi de contribuir e se achar necessário pode excluir meus posts numa boa.

@Gregorovich também sigo acompanhando a polêmica do Vaporfly. Será que foi o tênis ou o cabra estava voando mesmo?

Abraço

@Leogato as duas coisas! Pelo percentual de melhora do tempo em provas acima de 10k, no masculino e no feminino, das duas, uma: ou inventaram uma droga nova e não estamos sabendo ainda ou de fato essa estrutura (combinação de amortecimento + placa de carbono para amplificar o retorno) faz alguma diferença.

Tem alguns estudos que indicam alguma vantagem de calçados desse tipo na economia de energia. Nada é definitivo, pois é tudo muito novo (não tem nem 5 anos que se correu pela primeira vez com um protótipo desses calçados, aliás, teria sido na maratona do Rio 2016). Isoladamente há defeitos em todos eles - ou o número de indivíduos analisados é pequeno, ou não se isola o efeito placebo (caso dessa análise de dados do Strava feita pelo NYT), mas some-se a isso a evidência de que os recordes despencaram vertiginosamente, a curva de queda do tempo de classificação para Boston inclinou também...

A Randomized Crossover Study Investigating the Running Economy of Highly-Trained Male and Female Distance Runners in Marathon Racing Shoes versus Track Spikes

https://arxiv.org/pdf/2002.06105.pdf


Nike’s Fastest Shoes May Give Runners an Even Bigger Advantage Than We Thought - The New York Times

Eu não usei ainda e nem sei se no meu nível de performance (corri a minha melhor maratona para 3:13) faria alguma diferença, mas pelo jeito infelizmente esses bichos aí (e semelhantes que surgiram depois) fazem alguma diferença.

@Gregorovich

muito bom!!!
coloquei la no FAQ
qqr coisa a acrescentar ou retirar do texto, me avise.

@Bastter

ja esta la.



@Gregorovich " target="_blank">Saúde & Esportes > FAQ > Corrida e seus Mitos - por @Gregorovich

@Leogato

concordo contigo que nesta area realmente fica dificil evidencia por falta de estudos de massa.
mesmo sobre a natação, se um dia 100% dos nadadores utilizarem as roupas específicas, nao quer dizer que funciona.

enfim, é muito difícil mesmo confirmar uma hipótese como vc disse no seu texto.

mas lógico que alguma coisa podemos dizer INDIVIDUALMENTE, por EXEMPLO, eu nao consigo correr no asfalto porque me doi o joelho, mas na areia fofa eu consigo.
então isso passa a ser uma "verdade" para mim, mas não necessariamente para os outros.

assim como tenis, roupa de natação etc...

@leo42k 3h13 você é um herói, mano. Tenho acompanhado os estudos recentes, pois é um tema que me interessa muito. Acabo por vezes falando mais do que deveria até por empolgação. Acredito que um dia conseguiremos sim de alguma forma comprovar resultado efetivo vindo de calçados. Ainda mais com o 5G vindo aí. O céu é o limite. Acho que em breve também os resultados nos jogos paralímpicos encostarão ainda mais ou até superarão os resultados dos jogos ditos "normais" devido a qualidade das próteses que tem evoluído absurdamente. Será que as próteses inteligentes 5G trarão os homem pra baixo dos 9s nos 100m? Ou a pergunta certa seria quando?

Por enquanto 4% (efeito máximo teórico no masculino) para um cara que vive disso seria a diferença entre manter ou não o patrocínio. Já para um amador ou praticante recreativo, não vejo benefício que valha o investimento. E como muito bem disse o professor @Mauro, mesmo no alto rendimento, se todo mundo usar, ainda que haja benefício, acabou a vantagem.

Professor @Mauro, concordo com você. Meu objetivo foi tentar desmistificar que precisamos gastar rios de dinheiro com calçados caros e que eles seriam capazes de trazer mais proteção para um indivíduo saudável que o próprio sistema músculo esquelético. Isso acaba por vezes afastando pessoas da corrida que é péssimo. A corrida pode sim ajudar muita gente a melhorar e manter a capacidade física e a condição de saúde.

Realmente uma pessoa que sinta dores ao correr no asfalto pode ter prejuízo se mantiver a prática. Mas nestes casos não seria um tênis capaz de resolver o problema. Não até agora, infelizmente. Já correr na grama ou na areia podem sim ajudar muito. Realmente é muito individual. O corpo humano não é uma ciência exata.

@Leogato ai sim
li seus topícos
vc estuda e quer discutir um assunto

so disse para nao poluir seus argumentos q sao bons
com aquela frase
q puxa so bullshit

sem ela fica bem melhor

eu nao vou discutir o assunto pq nunca estudei
e obviamente vc estudou

o tenis me da a sensação psicologica de melhora do impacto
para mim q tenho problema no joelho para correr
se realmente ta ocorrendo isso nao sei
nunca estudei a fundo

@Leogato

Que são próteses inteligentes 5g?

@Charlito por enquanto uma viagem de ficção científica da minha cabeça rs...

Muito tem se falado no quanto poderemos evoluir com a internet das coisas. Fala-se em roupas e acessórios inteligentes cada vez mais viáveis e presentes.

Extrapolei viajando que um dia, talvez, seja possível que as próteses interajam com o corpo humano e que tenham capacidade de processamento e reação autônomas permitindo adaptação completa e por que não melhoria de perfomance.

Mas de novo... só uma viagem da minha cabeça.

O que temos hoje é que próteses de alto desempenho já estão se tornando mais eficientes que o corpo humano em algumas modalidades que envolvam propulsão por exemplo, o que tem gerado debate sobre limitar ou não o uso nas competições no esporte paraolímpico.

Eu não manjo muito sobre internet e sinceramente não tenho ideia de como isso funcionaria. Mas sou entusiasta e torço muito para que realmente seja possível.

uma pena q aquele sul africano fez o q fez
e acabou preso
estava interessante acompanhar as disputas deles com os atletas sem deficiencia

@Leogato gostaria de diminuir o impacto porque gosto muito de correr e corro com certa frequência, porém as vezes a parte interna do meu joelho dói e algumas vezes a canela doi também. Acredito que no meu caso vou ter que ter mais paciência pra avançar na distância, o coração já aguenta mas o corpo ainda não.

@Acsaram quando eu corria MUITO na epoca de ironman e tal
passei a fazer quase todos os treinos fora do asfalto
so corria no asfalto em treinos de tiro e nas competiçoes
os longoes era terra, grama, etc
para mim resolveu isso das dores

mas eu corria 30KM numa pista de terra de 2KM mas que se dane
servia como treino psicologico tambem

@Acsaram Isso que o @bastter falou é batata, colocar alguns treinos na terra dá um bom refresco para as pernas. Tem treinador que acha que deveria ser obrigatório até para quem não tem dor alguma. Eu tenho dificuldade em achar lugar pra fazer isso, mas tento me esforçar para fazer ao menos um treino a cada 10 dias fora do asfalto.

@Leogato

@Charlito já pensou? Eu num duvido de nada.

@Leogato

PERFEITO!!!
Otimo ponto.

""Meu objetivo foi tentar desmistificar que precisamos gastar rios de dinheiro com calçados caros e que eles seriam capazes de trazer mais proteção para um indivíduo saudável que o próprio sistema músculo esquelético. Isso acaba por vezes afastando pessoas da corrida que é péssimo. A corrida pode sim ajudar muita gente a melhorar e manter a capacidade física e a condição de saúde.""

Discussão aqui tá boa! Alto nível! Então @Leogato e @leo42k, o que me chama a atenção é os records caírem de forma vertiginosa e atletas não patrocinados pela N..e estarem usando o tenis. Daí falam que o tênis é capaz de melhorar a performance devido a economia de energia, porém esta só se manifesta em quem tem uma técnica de corrida adequada, ou seja, em quem já corre rápido! Então o tênis não é pra todo mundo?? Enfim, estou ansioso pra saber dos estudos ORUTUFs. Polêmica master!

@Gregorovich eu tb aguardo estudos mais conclusivos.

Eu diria que pra elite pode bater o martelo, salvo, de novo, ter surgido algum doping novo aí nivel "Caso BALCO" ou um discípulo do Michele Ferrari que se embrenhou entre o vale do Rift no Quênia e a Etiópia...

Entre corredores comuns? Como disse, o tempo de classificação para Boston já vinha caindo, mas a curva deu uma boa acentuada... Foram 10 minutos em 3 anos. Isso prova algo? Não, pq de fato está acontecendo uma migração grande para a maratona, muita gente que parava nos 21k tem pulado pros 42k, mas a real é que a média te tempo geral dos concluintes subiu. Então ao menos para os percentis mais rápidos entre os amadores alguma coisa mudou. E em geral os percentis mais rápidos tendem a aceitar pagar US$ 250 em algo que teoricamente vai cortar alguns minutos do seu RP... (óbvio que tem gente sem noção que gasta mesmo sabendo que 1h a mais de treino por semana seria muito mais eficiente, mas quem sou eu pra julgar como cada um investe no seu hobby)

Eu ainda quero pegar um desses - tou de olho em um Endorphin Pro, costumo me dar bem com Saucony - pra ver se de fato muda algo pra mim. Mas óbvio que estou absurdamente sujeito a efeito placebo. 

outra coisa sobre recordes nas corridas de pistas sao aquelas luzes
vcs ja viram?

Ta uma polemica em cima disso e eu acho meio doping psicologico mesmo

@Leogato tem um ponto aqui seu que deixei passar, mas que acho que vale retomarmos para a discussão:

"Se houvesse evidencia mínima de que um calçado pudesse melhorar performance não acha que a existiria normatização quanto ao seu uso nas competições?"

Em tese, com certeza. Porem: a World Athletics (ou IAAF pros velhos haha) foi provocada por diversas instituições, fabricantes e confederações nacionais para fazer exatamente isso, banir ou no mínimo regulamentar o uso desses tênis em competições, em linha com o que ocorreu com o LZR/fastskin da Speedo na natação.

O que aconteceu? A IAAF decidiu, no início desse ano, usar o protótipo do Vaporfly usado pelo Kipchogue no 1:59 de Viena no ano passado como "nota de corte": tênis com plataforma mais alta que ele não vale, tênis com placa de carbono sem ser contínua não vale, mas tudo até aquele ponto valeria. Foi um leve "freio" na evolução, talvez, mas sem prejudicar tudo que já havia rolado de benefício nos últimos anos.

Tem um podcast muito bom do pessoal do Clean Sports Collective, discutiram isso muito. Tirando acusações à fabricante, que por ser uma das grandes patrocinadoras do atletismo sempre vai estar sob suspeita de influenciar esse tipo de decisão, são argumentos bem sóbrios. Não sei dizer se concordo, tendo a achar que é como o Mauro disse: em algum ponto, beneficiando ou não, todo mundo passa a usar algo parecido e o "campo" fica nivelado de novo.

Já a questão dos recordes, a comparação entre o passado e o presente, vamos ser bem sinceros: o tênis aí é o de menos. Só do fato de hoje em dia um maratonista profissional poder viver do prêmio de uma ou duas provas por ano, ter à sua disposição nutricionista, médico, fisioterapeuta, psicólogo, empresário, etc. etc. etc. já não tornaria a comparação entre as eras impossível de ser nivelada? Então temos mais é que relaxar, aproveitar o hoje e olhar pra frente.

@Bastter o sub 2 aconteceu basicamente com a ajuda do pacer e com outros corredores servindo de pacers também. Soma isso ao tênis e teremos um tilt rs É muito complicado de responder e muito difícil de mensurar, realmente!

@Gregorovich sim, mas o sub 2 nao foi oficializado justamente por isso

aquelas luzes para mim nao deviam valer

 @Bastter @Gregorovich

na minha opiniao, NADA que influencia um atleta especifico na competicao deveria valer.

pq assim ele tem infos especificas.

so se valer para todos como na Formula 1 que o chefe de Equipe fica em contato com o piloto todo o tempo, mas aeh sao TODAS as equipes.

@Mauro, concordo! 

O principal problema ali são os pacers entrando e saindo. Nenhuma prova é assim, vc não corre com alguém DESCANSADO e cortando o vento pra você até o último km. Tudo bem ter pacer, mas ele larga ao seu lado e vai na sua velocidade até onde ele aguentar, os últimos km vc faz de peito aberto.

Outra coisa que a IAAF não aceita para ratificar o recorde é entrega de hidratação e alimentação em ponto volante (o carinha de bicicleta/moto ali em movimento, no pace do corredor), tem que estar tudo em mesa fixa.

Curiosamente não reclamaram nem da luz nem do placar eletrônico gigante em cima do carro bloqueando o vento...

mas o projeto 2H sabia q nao ia ser homologado o recorde
o objetivo ali era outro

Sim, desde o início. Aliás mesmo a Nike, 2 anos antes, também já sabia. O que não quer dizer que eles não submeteram para registro como competição oficial. 

O da INEOS nem fizeram isso, já que na prática só tinha um competidor. No da Nike em Monza estavam além do Kipchoge o Zarsenay Tadese (monstro, VO2Max absurdo, impressionante esse cara... Um camelo, fazia as maratonas sem parar pra beber água, quando "aprendeu" a se hidratar direito evoluiu muito) e o Lelisa Desisa (é "só" o atual campeão mundial de maratona...)

apesar do segundo projeto ter conseguido, achei o primeiro mais legal

O primeiro mostrou que era possível. Virou uma chave na cabeça do Kipchoge ali. Tanto que quando ele chegou pro segundo, ninguém duvidava que iria rolar - fora que ele ali já era o recordista mundial com o 2h01 em Berlim 2018.

E Nike é Nike né? Os caras sabem fazer espetáculo.

@leo42k talvez minha burrice tenha sido na construção do meu argumento. Estava defendendo a tese de que ainda não existem estudos comprovando que algum calçado seja capaz de absorver impacto na corrida de maneira relevante. Nosso corpo foi projetado para sofrer impacto e se beneficia disso, desde que haja descanso proporcional ao estímulo.

Tanto você quando o patrão @Bastter disseram com muita propriedade que é possível sim reduzir impacto correndo em terrenos menos duros, o que acarreta numa maior dissipação de energia, menor utilização do componente elástico do músculo e aumento da sobrecarga no componente contrátil. Devemos levar isso em consideração, pois você refresca de um lado, mas exige mais de outro.

Quando escrevi que, se houvesse qualquer coisa de benéfico nos calçados, a primeira coisa seria uma normatização do uso no alto rendimento, foi tentando mostrar que tanto não tem nada revolucionário ainda, que não tem nada normatizando definitivamente o uso dos calçados em competições profissionais, como já ocorreu na natação. Está tudo meio nebuloso ainda, como você disse com muita propriedade.

Como você bem disse também, não sei até que ponto um amador se beneficiaria gastando um rio de dinheiro num tênis desses para correr 10km 3x por semana. A única coisa que faria valer a pena é ter a grana sobrando e achar o tênis MUITO bonito. Cada um faz o que quer com sua grana.

Meus principais pontos sobre esse assunto estão relacionados ao fato de que muita gente deixa de correr quando vê que precisa de um frequencímetro caro, um tênis que custa meio salário mínimo ou mais para absorver impacto (e não funciona) senão ele morre. Correr além de excelente para a saúde é barato e acessível.

É muito mais fácil uma pessoa dessas se prejudicar com um calçado que ter benefício com ele. Vai comprar um tênis daquele das molas pra correr, vai na loja e compra um tênis com um lado mais duro da sola por que o vendedor disse baseado na sola do Crocs que ele é pronador. Mano, aí fora é a floresta.

A chance de mudar o padrão de corrida de maneira prejudicial e se machucar é enorme. Calçado bom é aquele que não atrapalha. Um tênis com boa ventilação, boa distribuição de pressão e boa relação de altura entre antepé e retropé já estaria ótimo. Seria muito melhor comprar dois pares para revezar que um só tênis milagroso que não cumpre o que promete.

Sem falar na falsa sensação de segurança. Sobrepeso, lesão pré existente, sedentarismo de anos, mas o cara acha que resolve tudo com um tênis e meia hora de google. Se estoura e coloca a culpa na corrida.

Quando ao alto rendimento, como vocês muito bem disseram, se todo mundo utilizar acabou a vantagem.

Sou um entusiasta. Quero ver maratona abaixo de 2h00 mesmo e sonho em poder ver o homem correr 100m abaixo de 9 segundos antes de morrer. Venha a ajuda de onde vier.

Sinceramente, isso é uma opinião pessoal. Sabemos que esporte profissional não é saúde. Os caras fazem o que precisar pra manter o patrocínio. O sistema de controle de dopping caminha com passos de formiga e sem vontade.Testam drogas da União Soviética do século passado, enquanto sabe Deus quais as drogas novas ou até que tipo de terapia gênica os caras já não estão usando. Acho que deveria liberar TUDO. Cada um escolhe que tipo de cobaia quer ser. Mediríamos por resultado e pronto. Sabemos que o fato de regularem alguma coisa não garante nada e na maioria das vezes atrapalha.

Também concordo que a comparação dos records atuais com o passado sempre é injusta. Acho que o homem sempre fez o melhor com o que teve à disposição. Isso serve somente para mostrar como a humanidade tem evoluído em todos os aspectos. Alimentação, medicina, fisioterapia, treinamento esportivo, etc. Se o atleta hoje tem qualquer coisa diferente que lhe gere benefício que não existia antes, ele já deixou de competir em condição de igualdade. Mas isso também é opinião.

@Leogato o q eu faço eh comprar os modelos antigos q sao bem baratos

por sorte o q eu uso sempre lança modelo novo todo ano

Mizuno por runner

acabaram de lançar o 24 por 800 reais
eu tinha um 20 e um 21
comprei o 22 por 290 reais e ainda ganhei 3 meias
fico agora com o 21 e o 22 e o 20 doei

assim pago bem barato por tenis q eu me sinto bem

para o meu nivel de corrida a diferença do 24 para o 22 = nada

se eu preciso desse tenis ou nao nao sei
mas eu me sinto bem correndo com ele

@Bastter perfeito. Com certeza é um tênis que atende muito bem. E essa é uma estratégia inteligente de compra. Aliás, serve até pra "praysteichon".

Achei pertinente colaborar um pouco neste tópico que remete ao podcast 41, pois já vi gente desistir antes de começar a correr devido ao monte de lendas que se criou em torno da corrida. Também já vi gente gente se machucar por confiar demais num tênis que não funcionava e gente se machucar por usar tênis ruim.

Sei que o que eu acho não importa, mas me incomoda ver gente deixar de se beneficiar de uma das modalidade mais acessíveis que existem justamente por dogmas infundamentados.

@Leogato Eu concordo 100% com você no quesito “não precisar” de um tênis top, Garmin, roupa aerodinâmica, etc. Nem quero discutir isso pq não faz sentido algum, ia repetir seus argumentos apenas, sem tirar nem por. E, sim, tênis pode mais prejudicar do que ajudar. Tem que tomar cuidado, principalmente o indivíduo que  está começando e ainda não entendeu direito quais os modelos que atrapalham menos a forma natural dele correr.

Começamos a divergir apenas na outra ponta, pois pra mim tem muito indício (nada provado, claro, mas bastante fumaça) de que o profissional de elite e o amador bem treinado podem sim se beneficiar (correr a distância X em menos tempo, só) dessas tecnologias. 

@Leogato o q vc acha importa sim
e vc estudou muito o assunto
assim q a gente evolui
obrigado pela participaçao

Muito bom esse tópico...
Comecei a correr no inicio da pandemia, ontem fiz 21k com pace de 4:16. Minha meta agora é manter o pace porem dobrando pra 42k e conseguir indice pra boston durante o ano que vem.

Nunca parei pra estudar absolutamente nada sobre corrida (comecei estudar a 1 mes técnicas de corrida e tal), sempre segui o vai lá e faz. 
Ontem corri com um tenis de 200 reais da Asics e vi que o pessoal que terminou próximo de mim, usava esse da Nike famosão ai.

Na real vi que todo mundo fala uma coisa diferente, alguns dizem que vale a pena outros dizem que é grana no lixo.
Dizem que aumentar a cadencia ajuda, ja outros falam pra correr ao natural.

Eu sempre segui o vai lá e faz, correndo sem saber nada....... agora estou testando algumas coisas pra ver se funciona cmg ou nao, se nao funciona, simplesmente descarto (nao falo só em pace, falo na experiencia geral da corrida).

Estava buscando "dicas" pra melhorar, mas já vi que isso não existe.... só seguir um treino bom mesmo....

Editado:
na verdade queria que alguem com pace de 3:20 falasse suas experiencias... nao tenho nenhum amigo com esse pace pra trocar ideias... hahahahaha

@BreadMaker

"ontem fiz 21k com pace de 4:16."

pace espetacular
e vc fez o certo, primeiro corre, depois se preocupa

para evoluir no inicio so correr
depois de ficar muito forte e com pace bem forte
ai pode se preocupar com detalhes

gente q corre a 5:30 por km fica atras de detalhe
nao adianta para nada
so correr
quando tiver correndo proximo ou abaixo de 4 por KM
ai se preocupe com detalhes

como a maioria nunca vai chegar la
para a maioria basta correr

@BreadMaker espero um dia poder trocar ideia com você, mas hoje estou aqui batalhando para fazer os 21k abaixo de 2horas kkk Seu pace é muito monstro
E muito bom esse tópico. Que bom que foi ressucitado

@BreadMaker

excelente carah!!!
muito bom mesmo :)

@BreadMaker

Que relato legal cara.
E que tempo bruto! parabéns.

tu faz academia também? para fortalecimento e tal?

@Pat_Patriot
Sim, tenho um treinador de corrida, que passa 3 treinos por semana.
Tenho outro treinador de musculaçao, que passa + 3 treinos por semana. 
Mas o mais importante disso, é que eu cumpro todos os treinos, da melhor forma que eu consigo.

Faço musculaçao pra ganhar musculo mesmo, nao é nada voltado pra corrida. Vou pra academia pra ganhar massa. Faço as séries até perder as forças pra arrebentar com o musculo.

Sei que pra correr o ideal é ser bem leve, mas EU prefiro ter musculos, mesmo pecando desempenho na corrida.
Ate hoje, pra mim, tem funcionado tudo muito bem assim.

postado por @BreadMaker em 19/07/2022 11:14

Pat_Patriot
Sim, tenho um treinador de corrida, que passa 3 treinos por semana.
Tenho outro treinador de musculaçao, que passa + 3 treinos por semana. 
Mas o mais importante disso, é que eu cumpro todos os treinos, da melhor forma que eu consigo.

Faço musculaçao pra ganhar musculo mesmo, nao é nada voltado pra corrida. Vou pra academia pra ganhar massa. Faço as séries até perder as forças pra arrebentar com o musculo.

Sei que pra correr o ideal é ser bem leve, mas EU prefiro ter musculos, mesmo pecando desempenho na corrida.
Ate hoje, pra mim, tem funcionado tudo muito bem assim.

se vc nao eh profissional de corrida, se nao ganha o pao correndo, tem que fazer mesmo o que se sente melhor.
se ta saudavel ta otimo!!!!