Não confunda trabalho com Paixão - Scott Galloway
comentada em 31/12/2020 05:27

Acho que nem 8 nem 80
Apesar de ser imprevisível saber logo cedo na vida se será ou não apaixonado pelo que vai fazer no ORUTUF , o mesmo não exclui que você se torne um desde cedo ainda no início do processo. Acho que o segredo é realmente gostar do processo.. vc meio que aprende a gostar por insistir no hábito. Maioria das disciplinas no colégio eram assim. Tinha um professor de química meu, muito bom por sinal,  que falava: existem 2 tipos de alunos..os que amam a química e os que não a entendem. Logo penso que é meio que isso nas atividades diárias. 
Esse autor citado tem sua razão quando comenta que antes de descobrir se você gosta daquilo,   um preço alto em dedicação e trabalho duro foram envolvidos,  porém pra despender tal energia..tem que haver o prazer no processo. Um alimenta o outro.
As consequências do sucesso (dinheiro, fama e seja la o que ele considere sucesso) alimentam o ego e motivam..mas n são o que instigam  no dia dia.

Concordo Keep Working.. Ja vi muita gente apaixonada pela profissão virar top naquilo e dai vem reconhecimento / cash / prazer / etc /etc..  Na real todos os tops mesmo que conheço na minha área são indiscutivelmente aqueles que curtem muito o que fazem. Agora... O que ja vi de gente tentando ficar perito na área apenas pelos ganhos secundários dar com os burros na agua e virar um frustrado.. É muito frequente.. "Demore  tempo que for para descobrir o que você quer da vida, e a hora que descobrir, não retroceda sob nenhum argumento, nem para tomar impulso", hahahaha. Sempre que escuto isto dou uma boa risada e penso:  Concordo. 

Tive a sorte de perceber cedo no que sou apaixonado e hoje não me arrependo em nada pela escolha de carreira que fiz. Porem infelizmente não posso dizer o mesmo da grande maioria dos conhecidos que vejo, e de certa forma isso afeta no quão ótimo você será naquilo, pois somos seromanos e não maquinas.

No finaleira, o melhor posto do ano. Obrigado.

Por indicação aqui na Bastter, li o livro So good that they can't ignore you. Que desconstrói esse lema faça oq fosse ama. Aconselho muito a leitura.

Aí que tá. 
O cara é muito bom porque é apaixonado pelo que faz? 
Ou ficou apaixonado pelo que faz após muito tempo trabalhando, aprendendo, se desenvolvendo?
Eh meio que um paradoxo do tostines.
De uma forma ou de outra, há um denominador comum, que é vc trabalhar, gastar centenas de horas, dedicação etc, até ficar bom naquilo. 

Peguem o livro do Sonho Mais ou Menos Grande e abram na pagina 59 onde encontraremos o seguinte paragrafo:



Ou seja, este tópico vai contra o que Cleiton nos ensinou.

Fico com pé atrás com este discurso de basta trabalhar que com o tempo pegará gosto e será ótimo naquilo. Pode até dar certo, mas é muito grande o numero de gente frustrada que se torna medíocre, porque os pais insistiram para seguir tal área, ou que não quis largar a faculdade quando percebeu que não gostava.

Eu tinha criado um tópico, gentilmente fechado.

Aproveito e recoloco aqui a postagem:

"Lí este tópico e achei muito pertinente com o que já discutimos por aqui algumas vezes e bate muito com algo que eu sempre defendi.

Não confunda trabalho com paixão, diz Scott Galloway | Brazil Journal

Eu, como todo millenial brasileiro de classe média, fomos criados numa atmosfera única da transição do mundo analógico para o digital, num período de relativa estabilidade econômica devido ao plano real e com ganho na qualidade de vida média da população.

Isso fez com que muitos de nossos pais, alguns baby boomers ainda e outros da geração X, criaram os filhos como a mídia/escolas/bullshit orientavam na cartilha "politicamente correta" que estava começando:

"Seu filho tem que fazer o que gosta, para ser feliz!".

Entendam o seguinte, felicidade é um conceito muito amplo. Não é palpável, não estocável, é momentânea, alguns terão mais ou menos. Porém é importantíssimo destacar: felicidade independe de profissão.

Dinheiro também não trás felicidade. A falta de dinheiro sim, traz MUITA infelicidade. Muitas das maiores mazelas humanas ocorrem pela falta do dinheiro, então sim você precisa ter dinheiro para atingir um patamar de vida confortável que te permita executar outras atividades buscando ser feliz (ir ao cinema, teatro, namorar, etc). Isso vem da pirâmide de Maslow. 

Portanto, o objetivo deste tópico é provocar a discussão sobre felicidade e escolha profissional. Escolher uma profissão para ser feliz não irá te deixar feliz. Pelo contrário, se você gostar muito daquilo você poderá odiar à partir do momento que se torne trabalho.

Bom exemplo são os jogadores profissionais de E-Sports, que começaram numa atividade prazerosa e que não sentem mais "prazer" em jogar devido às cobranças. Esportes também é algo parecido, mas como uma rotina de exercícios desenvolvem sensação de bem estar isso é menos perceptível como no E-Sports.



Também é um equívoco escolher uma profissão exclusivamente pensando na remuneração. Vejo isso com muitos e muitos colegas. Isso é extremamente danoso para a pessoa e para seus pacientes. Muitos amigos médicos fizeram esta escolha pensando na remuneração. Fizeram inclusive algumas especialidades que não tinham qualquer afinidade exclusivamente por este motivo. O que eu vejo é: nenhum dos fizeram esta escolha são felizes. Vivem reclamando, se sentem "explorados", reclamando de tudo e todos, frequentemente estão em burnout (pois se matam de trabalhar buscando a felicidade) e infelizmente isso reproduz em iatrogenias absurdas que vemos por aí.

Não to falando que profissão tem que ser "dom", mas tem que ter duas coisas ao meu ver:
1 - Afinidade. Não adianta ser médico e "não gostar de pessoas", é uma profissão onde você terá MUITO contato com outros seromanos então não faz sentindo escolher se você tem aversão à pessoas (mesmo em radiologia/anestesia existe contato). Mesma coisa que você querer ser professor de educação física se odeia esportes/atividade física ou querer ser programador se odeia ficar sentado no computador.
2 - Dedicação. Se você tiver afinidade e você se dedicar à sua profissão, invariavelmente uma hora sua sorte vai trombar com a oportunidade e fazer negócio. Então descoberta a afinidade > trabalhe trabalha e trabalhe!! Foque em ser o melhor, sempre, sem exceção.
Você irá conseguir ir muito longe se você tiver este pensamento. E bate muito com o que o @bastter fala: crise, corra, faça. Só pega o ônibus que estiver no ponto esperando.


É isso amigos, desculpem pelo textão, prometo ser o último deste ano "

Isso se você não for da área de TI, quando você se tornar especialista já mudou tudo.

Não sei se é um problema de tradução ou se recortaram muito o texto, mas eu achei muito simplista. Parece que o autor opõe trabalhar duro com fazer o que realmente gosta.

Em qualquer área é importante trabalhar duro pra se tornar ótimo no que você faz. Isso é fato.

Mas ele desdenha dos gostos pessoais. Como se pra ter sucesso você tivesse que deixar de lado o que gosta e buscar um "trabalho de verdade", como muitos dizem. Cita bilionários de sucesso e dá a entender que o que traz felicidade é apenas ganhar muito dinheiro.

Ele dá o exemplo de alguém que entra na faculdade de direito, se especializa em direito tributário e fica rico com isso, mas que ninguém sonha em ser tributarista.

Num mundo assim não existiriam escritores, músicos ou atletas, por exemplo. Essas são áreas em que é preciso se dedicar muito e gostar muito também para ser ótimo. E não estou falando do Jay-Z. A maioria dos músicos passa longe da fama, mas tem a música como profissão e pode ser feliz mesmo sem ganhar milhões.

Aqui no site mesmo já vi relatos de pessoas que abandonaram profissões estressantes com altos salários para ter uma vida mais feliz, o que é oposto ao que o autor parece propor.

@darthtrader , não se preoucupa que ainda tem 3 milhões  sistemas legados, nessa tecnologia. Você tem serviço pro resto da vida