Comer mais, exercitar mais, uma dúvida que não sai da cabeça
comentada em 31/01/2021 14:10

Que viagem!

Já já alguém que realmente entende do assunto vai te responder.

Mas sedentarismo e obesidade são fatores de risco distintos, para diferentes problemas de saúde. Por exemplo, uma pessoa magra sedentária tem fator de risco para problemas cardiovasculares. Uma pessoa obesa fisicamente ativa também tem:

https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000678

Não sei se ambos são fatores de risco em todos os problemas de saúde, nem qual é o mais relevante. Suponho que varie de caso a caso.

Mas aí deixo pra quem entende

Selo de loucuraPai_NaldoOrigem do Selo



@oxe

Realmente são riscos diferentes. Acho que minha dúvida maior é se as doenças que afetam o sistema digestivo/metabólico e pioram quando se comem mais, o que faz elas não existirem em pessoa ativa que come bastante

pensa no cara que faz thriathlon, maratona, iron man, ultramaratona, provavelmente come MUITO mais ao longo dos treinos do que alguém que fica em casa

no entanto esses atletas a maioria não tem problemas tipo diabetes
podem ter outros problemas mas acho que diabetes não

enfim, posso estar falando besteira

Estudos sugerem que a redução calórica  tem maior impacto para perder peso quando comparado com exercícios sem adequação dietética. Não é possível afirmar categoricamente que isso terá impacto na redução da incidência de doenças crônicas mas pode sugerir que o ajuste da dieta é um componente peso pesado para o controle e prevenção de doenças crônicas.

@Giovanni mo confusao isso ai
mas via de regra o q faz exercicio tem saude melhor

fazer esporte gordo eh menos fator de risco do q nao fazer magro

nao to falando de gente com 230 kilos claro
bom senso

@Giovanni

"na pratica, a teoria eh diferente"

acho que nao da para comparar "pessoas" separadas em relação ao metabolismo.
o indivíduo só deve ser comparado à ele próprio "em varias fases diferentes", pela individualidade biologica.

por EXEMPLO, tem indivíduos magros que têm Colesterol ou Glicose mais alta que indivíduos Obesos.
mas o indivíduo comparando quando ele faz exercícios ou não, o mesmo indivíduo, aeh sim podemos ter uma idéia melhor do que acontece com ele.

entao na pratica, quem faz exercícios tem o metabolismo funcionando melhor.
quem faz exercícios tem menos problemas de saúde em geral, tem tendencia a menor PA, Glicose, LDL, chances de Obesidade, alem de tender a HDL mais alto.

agora, DEPENDE UM MONTE o quanto o 2 faz exercício e come, comparando com o quanto o 3 come.
eu prefiro fazer exercícios comendo "junk" e não engordar, do que NÃO fazer exercícios e comer menos "junk" para NAO engordar.

se vc pensar bem, o 3 deve comer pouquissimo para, mmo sem fazer exercícios, so come "junk" e nao engordar.
ao menos o 2 come mais quantidade mas acelera o metabolismo e melhora o sistema cardio respiratorio, o que ajuda muito a prevenir doenças.

quanto a fazer mal para fígado, rins, pancreas etc, acho que não conseguimos medir assim, pois o 3 terá menos estrutura para aguentar uma comida "junk" do que o 2.
bem, depende do que vc diz sobre "comer mal", pois se eh veneno eh uma coisa, se eh hamburguer eh outra.

minha conclusao é: 
independente do que vc come, se amntiver o peso, melhor comer mais e fazer exercicios do que comer menos e nao fazê-los.

@Giovanni @oxe

quando comparei a pessoa 2 e 3, segui o raciocinio do Giovanni que nenhuma das duas é obesa - come e nao engorda pois mantem o equilibrio calórico, mmo se alimentando mal..

como dito, o cara que faz triathlon nao come so frango grelhado com alface, come um montao de calorias e provavelmente massas, gorduras, CH, mas tem "normalmente" menor risco de doenças em geral do que outro magro que come pouquinho.

@Mauro

"quem faz exercícios tem menos problemas de saúde em geral, tem tendencia a menor PA, Glicose, LDL, chances de Obesidade, alem de tender a HDL mais alto."

"quanto a fazer mal para fígado, rins, pancreas etc, acho que não conseguimos medir assim, pois o 3 terá menos estrutura para aguentar uma comida "junk" do que o 2."

então provavelmente esses são os mecanismos por trás do risco menor
se só comer porcaria em quantidade pequena e não engordar (o que na prática beira ao impossível, quem faz isso normalmente não consegue ter controle de peso também) provavelmente vai desenvolver um ou mais dos sintomas da síndrome metabólica

conclusões desse raciocínio:

- peso por si só não é uma aagarantia de ser saudável. Quem é magro e come porcaria e não engorda corre maior risco do que quem está acima do peso mas se exercita
- um mesmo indivíduo comparando a si mesmo quando não se exercitava, vai estar mais saudável na versão com exercícios
se puder aliar exercício + peso controlado, melhor, mas mesmo que esteja acima do peso, sempre vale a pena se exercitar
- exercício é MUITO importante para gerar um efeito protetor para saúde geral. E te ajuda a comer bem, um ciclo "do bem" para a saúde

mais uma conclusão que dá um certo receio colocar, senão vai parecer que é carta branca para comer besteira:

- Para uma pessoa acima do peso tentando melhorar, ativa (5x exercícios por semana, intensidade moderada), o efeito "ruim" na saúde de comer um junk ou outro na semana é muito menor do que uma pessoa que é magra e come junk sem fazer exercício

por favor me corrijam se estiver errado

O pouco que sei se resume a:

comer mal significa desenvolver flora intestinal ruim. Exercitar bem ajuda o corpo a queimar lixo 

Então, pra mim cenário do melhor para o pior:

comer bem + exercitar bem 
comer bem + exercitar mal
comer mal + exercitar bem 
comer bem + sedentário 
comer mal + exercitar mal 
comer mal + sedentário 

@FlyCavok

EXCELENTE!

@Giovanni

conheço algumas pessoas magras que NAO tem saude nenhuma.
fica doente, eh um problema para curar.

convivi muito tempo com gente que precisava ser magra para o trabalho.

NAO era sinal de Saúde.

SIM, melhor que obeso, mas pior do quem se exercita.

Farei minha análise de UMBIGO.

Trânsitei por TODAS as fases.
Fui magro, gordinho, atividade física no talo, sedentário etc....

O maior risco: sabia como se alimentar e como praticar exercícios. Pois bem, qdo cheguei nos 23 a 24 e comecei a trabalhar forte larguei tudo e 10 anos depois pesava 148 KG com 1,81.

Lembro de jogar vôlei ainda com 120 Kilos. Depois dos 120 só goleiro no futebol.

Acho um risco tremendo não exercitar e comer mal. Começava as dietas e a resistência a insulina deu as caras + esteatose nível II.

Fui orientado por mais de 1 médico a fazer bariátrica. Eu queria morrer e não fazer a cirurgia. Relutei e tal e fiz a cirurgia há 8 anos. Foi o dia que olhei no espelho e reconheci a derrota.

Primeiros 3 anos foram lindos. No 4 ano baixei a guarda por 6 meses e felizmente minha ficha caiu - eu tive reganho de 10 Kilos. Consegui rapidamente voltar a condição e a mantenho até hj. Na minha situação atual a cirurgia já não "me protege". Ela foi um empurrão. 

O que tudo isso tem a ver;: Mesmo exercitando forte a alimentação pesada trás a conta, pois em algum momento vc pode parar (vide pandemia), vc quebra o pé, se lesiona e aí vc está com a alimentação pesada e vai o trabalho todo. 
Aconteceu comigo. E nesse caso o corpo sente a pancada rápido

O equilíbrio na alimentação + esporte é fundamental. Não sou perfeito mas sempre me coloco na rota assim que acho que deslizei. 

Assim, penso que mesmo com atividade física a alimentação ruim trás a conta. Essa diferença pode ser de poucos anos. Basta o camarada parar um pouco que ele sente.

"alimentação que não é saudável"

acho que esse é um indicativo bastante importante a ser levado em consideração. Talvez, dependendo do tipo de alimento ingerido, em qualquer situação haverá sobrecarga no organismo do indivíduo. Ou seja, se não se alimentar bem, as consequências de uma má alimentação poderão ser sentidas tanto pelo sedentário quanto pelo atleta.

@Giovanni

Meu pitaco leigo 


A pessoa 2 seria mais saudável, com menor risco de desenvolver síndrome metabólica, pela prática de atividade física

A pessoa 3, apesar de não ganhar peso, não se beneficia dos aspectos positivos da atividade física no organismo, especialmente no metabolismo das gorduras

ela teria menos picos de insulina que a pessoa 2, mas provavelmente teria maior risco de dislipidemia, hipertensão arterial, menor capacidade pulmonar, menor capacidade cardíaca...

@Giovanni  
Vou fazer um tópico sobre diabetes para tentar trazer mais informações que podem ajudar a responder a sua pergunta,  senão vai ficar muito longo aqui, mas só p tentar resumir acho que depende do tipo de diabetes e uma coisa é certa... no tipo 2, atividade física é essencial para controle de glicemia não só pelo estímulo ao pâncreas mas também pela captação da glicose a nível muscular.

@Giovanni existe um tipo de falácia que é reduzir fenômenos complexos a algumas de suas partes e derivar conclusões a partir disso.

Isolar os pedaços e estudar as pequenas variáveis é de interesse dos estudiosos pq é muito difícil estudar situações em campo real com zilhoes de variáveis.
Mas o mundo real é muito mais complicado que isso.

A minha resposta para a sua pergunta é:
não dá para saber, pq essas duas variáveis não são suficientes avaliar isso.
Mesmo que saísse uma meta análise afirmando isso eu leria com ceticismo, e esperaria outras meta análises que considerassem outras variáveis.

Os hábitos de vida tem efeitos cumulativos no longo prazo, tanto os ruins quanto os bons. Não existe uma balança precisa do que fazer sobre isso. O que se sabe é que se você fica tempo suficiente nos bons hábitos, existe uma tendência maior de lidar com épocas difíceis.
Se acumula hábitos de vida prejudiciais, vai ser pior e mais difícil de lidar.

No campo amplo da saúde da vida real.
Comer mal faz mal por dezenas de motivos além de glicose e insulina.
Sedentarismo faz mal por outras tantas dezenas de coisas.
Por mais que exista uma intersecção entre eles, são buscas independentes, e, pelo que sabemos de saúde hoje em dia, é mais fácil pensar que tem fins nelas mesmas, ambas contribuindo para o grande esquema das coisas que é a saúde.

Se ao invés de junk estivéssemos falando de álcool ou drogas ficaria mais fácil de ver que essa balança do menos pior ou mais melhor não existe.

Não dá para falar que a pessoa é menos pior em consumir álcool pq malha e come bem. Evitar drogas, comer e malhar são buscas independentes.

Além disso, existem outras dezenas de  hábitos de saúde que influenciam nisso.
Por exemplo, comer bem e fazer exercícios são protetores de situações de stress no trabalho. Entretanto,  dependendo da exposição, tipo de estresse, duração, intensidade não tem equilíbrio de alimentação e exercício que segure a onda. 

É daí que vem vários dos pensamentos mágicos meio esquisitos que a gente vê aqui pelo site, e que acho que foi seu receio na "carta branca" para comer junk. 

Tentar fazer essa lógica de redução dos fenômenos complexos quase sempre vai levar para essas conclusões meio esquisitas.

@luciana obrigado!

Especificamente com relação ao diabetes, acho que sua resposta me ajudou a entender: a despeito de consumir bastante carbo, um atleta usa muito glicose (captação da glicose a nível muscular) portanto não precisa armazenar tanto, afinal a insulina faz a glicose ser armazenada e se boa parte é utilizada pela musculatura acaba não sendo necessário armazenar tanto

Obrigado


@anxty é doideira minha mesmo
Mas eu sempre tive dificuldades em aceitar as coisas sem entender. Por mais que eu saiba que alimentação + exercícios são o caminho, gosto de entender o processo
Esses dias fiquei me perguntando porque o consumo de água aparentemente não faz o corpo eliminar mais sódio. Porque na minha cabeça de químico sódio sempre puxa mais água. E aí entrei num rabbit hole de pesquisar artigos de equilíbrio de sódio/potássio ...
Mas realmente não dá para usar isso como conclusão científica nem tentar aplicar como "medicina", afinal é uma falácia como vc disse, reduzir fenômenos muito complexos para simples respostas