Tranquilo pessoal?
Seguinte, entendo que esse tópico aborda uma questão que só o autor pode dar a palavra final, mas ler e ouvir outras perspectivas é sempre útil.
Alguns anos atrás fui chamado pro meu primeiro estágio relevante na área de TI, numa empresa de porte relativamente grande. O ambiente era ótimo, as equipes extremamente eficientes e muito se podia aprender e fazer lá. Fui efetivado com 6 meses e no decorrer do ano seguinte construí um relacionamento muito bom com os gestores da área.
A questão é que a área vinha sofrendo cortes de orçamento (e de pessoal) e isso estava impactando as perspectivas de futuro que eu via por ali, até que me convidaram pra trabalhar em uma empresa realmente muito grande como terceiro de uma multinacional com os tantos benefício que este tipo de negócio oferece aos colaboradores (infinidade de cursos/certificações grátis em especial, mais N benefícios), ganhando praticamente o dobro para 4 horas semanais a menos.
Então aproveitei a oportunidade e migrei. O ambiente em que estou também é relativamente bom e saudável, mas as equipes não são da mesma performance e o conhecimento técnico aplicável na prática na posição em que estou é algo limitado, fora o excesso de reuniões. Para além da perspectiva de estagnação, agora estão empurrando atividades de suporte complexas e de muita pressão para os times de desenvolvimento, sendo que não pretendo seguir por este caminho de modo algum.
Resumidamente falando, os motivos pra mim já são suficientes pra pular de galho (apesar do apego que tenho à excelência e às vantagens da multinacional que me contrata, que também não costuma demitir gente da minha área, só em situações muito extremas que ainda não presenciei nem ouvi falar).
Agora eis que o pessoal da outra empresa está me chamando de volta pra assumir uma posição chave que é das melhores disponíveis no setor (senão a melhor), com oportunidades ainda melhores de desenvolvimento profissional na parte técnica. O porém (um deles) são os valores oferecidos, que no bruto são cerca de 15% a mais e no líquido uns 10% (mas na prática quase a mesma coisa, considerando os benefícios que tenho hoje).
Claro que isso é bom, mas ao menos na época eu não tinha notícia de ninguém da minha área que tivesse recebido algo num patamar semelhante, e considerando que eles aderiram ao plano emergencial do ONREVOG de redução dos salários/jornada em 2020, tenho receio de que o crescimento atual seja (mais) um voo de galinha. O mais é porque já vi aquela equipe crescer na euforia da eleição e diminuir depois das expectativas não se concretizarem.
No mais este é o dilema. Perspectivas são bem-vindas.