Assumir/Aceitar Patrimonio da Familia
comentada em 27/09/2025 10:45

Cara eu não passei por isso, mas passo pelo lado oposto, uma familia com pouco patrimonio e os pais funcionários publicos, oq eles podiam me dar era dar uma boa educação e fizeram, agora o resto é comigo, sem contatos, sem patrimonio, apenas o bom e velho trabalho duro. Se eu tivesse opção de não levar porrada e seguir no negocio da familia certamente o faria sem dúvidas, sóagradece pela familia que tem e bola pra frente!

Com essa cultura instaurada em vc desde criação, e provavelmente com um patrimônio grande, dificilmente trabalhar pros outros vai lhe trazer alguma realização.

É interessante só se for pra aprender habilidades e vazar, tratar como uma "pós graduação mal remunerada".

É interessante tentar empreender em negócios paralelos, mas não caia na idéia de "querer ter sucesso pelas próprias pernas", isso não existe pra ninguém... Todo mundo depende de vários fatores pra deslanchar, e negar ajuda é burrice. Sua família provavelmente tem influência e patrimônio que podem lhe ajudar.

Não se culpe por que sua família tem dinheiro... Você realmente deu sorte em nascer em boa familia, assim como todo mundo do fórum aqui, deu sorte em maior ou menor grau, por ter tido uma boa criação.

Ia responder aqui, mas o @Acsaram escreveu exatamente o que eu ia escrever. 

Se serve de consolo, com 23 anos você ainda é novo e é até comum depender dos pais nessa idade.

É claro que isso não é a realidade de muita gente que muito antes dos 23 anos já trabalha e se sustenta sozinho (e até outra família). Mas muita gente também está com bem mais de 23 anos e sendo sustentando pelos pais, como por exemplo aquelas pessoas que depois de formadas se dedicam a estudar para concurso públicos e às vezes passam dos 30 anos (morando com os pais) até conseguir a aprovação.

Enfim, não é o fim do mundo, mas parece que isso não está ok para você. De repente se isso te incomoda tanto, você pode repensar a ideia de largar o emprego atual enquanto ainda não tiver outra ou outras atividades que irão pagar as suas contas. Afinal, você disse que atualmente está empregado... o que incomoda mais? O atual emprego ou depender dos pais? Você é novo, vai se adaptando.

Achei essa de dar aula de português para gringo uma estratégia meio personagem laotzu.

Cara… lendo esse texto que vc escreveu eu sempre tive essa dúvida.

Eu acredito que algo mais profundo existe de diferente entre a Cleiton do seu pai (dono da empresa) e a sua Cleiton: o que é extraordinariamente comum da sua idade.

Não acredito que engrossar favela em uma cidade grande distante seja boa opção. Apesar de ser uma opção se o conflito de Cleitons estiver muito acirrado.
Então talvez seja boa opção vc fazer alguma coisa que ganhe dinheiro mesmo… dando o passo seguinte que é viver do dinheiro que ganha.

Acredito que vc vai se identificar fazendo algo próprio quando conseguir canalizar todos os discursos a favor de sua natureza e não contra você.

Não sei se consegui falar direitinho o que vai te ajudar. Mas saiu isso daí…

A maioria das famílias destrói e acaba com tudo o que toca, se seu pai/mãe não for um narcisista maluco a melhor coisa que você pode fazer é aprender com ele e engordar o patrimônio da família.

Cada um.... tudo que eu queria era ser herdeiro e poder tocar um negócio da família ao invés de me matar pra tocar negócio da família de outros kkkk

é o tipo do problema "bom" pra se ter.

no final a escolha é sua. 

mas muda um pouco esse mindset pra:

- "gerar valor em qualquer lugar que esteja". começa nas pequenas coisas, quando for visitar seu coroa, leva o vinho importado.

- "paixão em servir aos outros" . clichê, mas essa geracao precisa escutar isso. seja dono, seja empregado, não importa.

Para pra pensar, porque esses pensamentos aí te afligem? Parece alguém que reclama exatamente das vantagens que tem e não dos problemas. Tem que cuidar melhor do teu emocional, talvez se forçar a passar trabalho, fazer o que não quer, até amadurecer mais teu espírito.

Tu fez tudo muito rápido, seguiu apenas um cronograma e agora se sente vazio, insatisfeito, sem saber o que será do futuro. Porra véio, tu tem só 23 anos. Ninguém sabe nada aos 23 anos, tem gente que não sabe com 53. Só que a maioria não pode ficar parada, tá na loucura aí dos uber da vida. Tu não, que bom. Opções tu tem de sobra.

Abre um pequeno negócio, sem pretensão, e se desafie a fazê-lo sobreviver apenas com teu esforço. Se não gosta da ideia de tocar negócio, veja algo que gosta muito e gostaria de conhecer a fundo, e começa outra faculdade daquelas bem alternativas. Sei lá. Passa uns tempos no Greenpeace. Qualquer coisa.

Se deixa abrir pro mundo, pra ver o pior e o melhor dele e das pessoas e o tempo fará todo o trabalho. 

Boa sorte e lembre do maior poeta de todos os tempos: "o mundo é para quem nasce para o conquistar e não pra quem pensa que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão".

Tranquilo, meu...
Cada um tem seu tempo.
Vc vai amadurecendo.
Na minha visão vc não é fraco se optar por estar mais presente nos negócios da família.
Imagino que não é algo fácil tb.
Vc é novão e tem cabeça boa. Mete as caras.
Ficar um tempo afastado pode ser bom tb pra pegar uma casca.

O mais importante é gostar do q faz, mesmo q seja no negócio da família. E se vai trabalhar para o pai definam em conjunto um salário para vc, mesmo q seja um pouco acima do ele pagaria a outra pessoa, receba o salário direto na sua conta bancária e tente ser minimamente independente com o seu salário.

Se vc de fato trabalha na empresa do pai, dá um duro mesmo, então não é "pedir dinheiro". Estabeleçam um salário condizente pra você. É claro que, trabalhando com a família, você vai ter algumas regalias que não teria trabalhando em outras empresas. E é justamente por isso que, como falaram acima, é muito difícil se desligar por completo e ir trabalhar pra fora, ganhando menos e sendo mais "maltratado".

Se a situação com a família é confortável, aproveite a oportunidade pra aprender na prática sobre o negócio, ir fazendo um pé de meia, e com calma vc vai traçando uma rota de fuga, caso queira. Vai investindo aqui, investindo ali, quem sabe daqui a pouco abre um pequeno negócio, e aos poucos vai se desvinculando dos seus pais.

Muita gente gostaria de ter essa segurança e conforto pra começar uma vida já com um background legal, podendo escolher com calma os caminhos profissionais, sabendo que têm um plano b caso tudo dê errado.

Cara, não tem demérito nenhum trabalhar no negócio da família. Muito pelo contrário. Se eu tivesse essa oportunidade, tratava de aprender o máximo com os pais e de multiplicar os negócios. Seu pai vai ter a paciência e boa vontade de te ensinar como você não terá com qualquer outro mentor.

Só uma história curiosa. Eu tenho um amigo nessa mesma situação que optou por "fazer seu caminho". O resultado é que quem cuida do negócio da família é o cunhado dele...

Acho que o seu problema está aqui: "Me imagino depois desta experiencia, voltar a ajudar meu pai e levar meus projetos no tempo livre(bastante) mas me culpo demais por depender dele e ter de pedir dinheiro com a minha idade, e me acho muito fraco de não aguentar levar porrada da vida."

Desculpe, mas se você tem bastante tempo livre, pense se não está fingindo que trabalha. Trabalho nenhum bem feito sobra bastante tempo livre, costuma faltar... Não conheço nada de pecuária, mas em qualquer ramo sempre tem muito a se evoluir: novas tecnologias, técnicas, mercados novos a se explorar, etc. Vá para somar, para tentar fazer a diferença. Tem muito tempo livre? Sei lá, vai estudar veterinária, fazer qualquer coisa para agregar valor. E se você trabalha de verdade, combine um salário com seu pai, como o pessoal já falou. É chato ficar pedindo dinheiro mesmo. Se seu pai ver o seu empenho e o relacionamento de vocês for bom, certamente ele concordará. Agora se você não se empenha ou o relacionamento ruim, aí é outra história...

Deixa eu ver se entendi: sua família tem fazenda, trabalha com pecuária, e você estaria disposto a dar continuidade no negócio?

Nossa, isso é o sonho de qualquer coroa fazendeiro, o filho gostar e querer seguir naquilo que o pai/avô construiu.

A maioria dos herdeiros nesses casos não querem nem saber da fazenda da família e procuram vender as propriedades o mais rápido possível assim que os coroas morrem pra colocar a mão na grana e torrar.

Você e seu pai, ambos são sortudos.

Sorte na vida você aceita, não questiona ou se culpa por ela. Eu hein

*A "maioria" é eufemismo. Diria 9 entre 10. Tem até nojo de roça, só querem queimar a grana depois de botar fora o patrimônio que a família construiu, normalmente do jeito mais estúpido possível.

meu conselho:


RespireBastterOrigem do Selo3 posts

Rich people problemselephantOrigem do Selo17 posts

Cara, passo por uma situação semelhante a sua. Porém, com alguns anos a mais. Hoje estou no 2o emprego em uma empresa grande.
Meus pais tem o negócio deles que vai bem, mas não teriam condição de me contratar com o meu salário atual e nem perto disso. 
Mas hoje em dia a distância da família está incomodando muito, além do medo de perder eles e não saber continuar com o negócio da família.
É uma situação complicada e de decisão difícil. Até hoje não sei o que fazer e já se passaram alguns anos.

Eu vivo situação parecida, pude escapar de muito mico e sofrimento por ter família estruturada. Só não relaxe e se renda ao comodismo, mas não jogue fora a oportunidade que a vida te dei. Seja grato e faça por merecer!

Livro Sonho mais ou menos Grande - Revisado 2020

Primeira coisa:
Leia esse livro aqui, principalmente os primeiros capítulos, se ainda não leu

Aprenda a criar, gere valor pros negócios de vocês e mostre seu valor pra sua família... trabalhe de maneira que você não seja um peso, mas alguém que leva os negócios da família pra frente

Faça com que trabalhar com o filho seja um prazer pro seu pai de modo que ele nem se lembre de como era antes, que ele te apresente com orgulho como "o filho que me ajuda a tocar os negócios"

Pra diminuir a sensação de achar que você é um peso, pode oferecer pro seu pai uma proposta de emprego, com salário (na média do mercado), e não ficar usando o dinheiro da família, use o seu, invista o seu, não misture, tenha uma vida humilde, e vá progredindo nessa carreira nova que você criou

Além disso, crie outra linha de trabalho secundária e trabalhe nisso paralelamente (criando uma segunda fonte de renda), um instagram mostrando a vida no campo, o trabalho de vocês, produção agrícola, sei lá, inventa. Vai ser uma forma de gerar valor pro trabalho da sua família e uma renda extra depois de um tempo...

Espero ter ajudado

Independente da situação, só nos cabe fazer o melhor possível com o que a vida nos dá.
Piorar a própria vida não melhora as coisas.

Trabalhar no negócio da família não é nenhum demérito. Se você gosta, trabalhe, pois aquilo ali vai ser seu um dia. E como muita gente já falou, converse com seu pai e estabeleçam um salário (afinal de contas, você estará trabalhando!). 

Se você tiver irmãos, também não esqueça de pensar - e conversar com seu pai sobre - a sucessão do negócio mais para a frente. Contratem um advogado no futuro para fazer o planejamento sucessório. 

Isso depende demais dos teus sonhos e dos teus propósitos. Se são compatíveis com o trampo na família, maravilha. Lembrei de uma frase que ouvi 20 anos atrás e nunca mais esqueci: não arriscar nada é arriscar tudo. 

Se você gosta da vida na fazenda, tem patrimônio grande e pais que te querem trabalhando nele, a primeira coisa é sentar com seu pai/mãe e conversar. O que eles acham que você precisa aprender para tocar o negócio no futuro.

Eles têm experiência, pode vir um bom conselho.

Inclusive pode ser o conselho de: começar a trabalhar hoje aqui na fazenda. 

Olha, deve ser uma vida boa. Tem seus percalços, mas é muito melhor que escritório, ainda mais se você não gosta. 

Aquele ar puro, os animais, comida boa... Plantação... 

Trocar isso por metrô e ônibus lotado fedorento, cheiro de escapamento de carro, protesto... Rua interditada. Choveu, tá alagado. Feriadão todo mundo ou tá comprando porcaria ou tá na estrada se preparando pra disputar 50x50cm de areia no Guarujá...kkkk


Vai ser feliz 

Trabalharia para minha família sem dúvida, e começaria lá de baixo, aprendendo tudo da empresa, no cargo mais simples que a empresa oferece, construiria uma carreira ainda que ajudada pela família, no fim você ganharia respeito dos funcionários.  Acho que você ta com medo de simplesmente entrar na empresa e seu pai colocar você de "Diretor Administrativo/ Financeiro" e na real você só agenda pagamento de  boleto e leva malote no banco.

@browniedeuva cara, já passei por isso, sou um pouco mais novo que você e ainda estou na graduação (que também escolhi por impulso, mas me apaixonei pelo curso), meu pai também é pecuarista, só que desde criança eu fui criado dentro da fazenda dele, com 13 anos eu resolvi fazer uma sociedade com meu pai e isso criou um laço muito estreito com ele, ficamos mais amigos, e hoje em dia maior parte do meu patrimônio veio dessa sociedade com meu pai, hoje eu crio gado com ele e continuo fazendo meu curso, a pretensão é me formar e continuar no ramo, fazer as coisas andarem lado a lado, sou apaixonado pela pecuária, então você não tem que se sentir fraco, converse com seu pai, veja se assume parte dos negócios, boa sorte ai cara, abraço.

Passei por uma situação parecida, guardadas as devidas proporções. Meus pais sempre foram empresários desde que eu nasci, passaram por muitas dificuldades, mas sempre tivemos um certo nível de estabilidade financeira. Eu e meu irmão estudamos em escolas particulares e tivemos oportunidade de fazer curso superior em universidade pública. Meu irmão saiu de casa muito cedo e conseguiu a independência logo após formar-se na faculdade e conquistar seu primeiro emprego. Eu não tive a mesma competência, me graduei, mas não me firmei no mercado de trabalho e não conquistei a minha independência após a faculdade.
A empresa familiar sempre esteve lá e meu pai queria que eu assumisse os negócios, acabei voltando a trabalhar na empresa, mas aquilo era uma insatisfação tão profunda que não resisti por muito tempo e inventei um mestrado para ter pelo menos um rumo para tomar. 
Fui morar em outra cidade, vivi de bicos por um tempo, me virei com vários trabalhos, vendia o almoço pra comprar a janta até que cansei e com 26 anos resolvi me dedicar verdadeiramente a algo que me trouxesse um pouco mais de estabilidade e tranquilidade.
A velha receita do concurso público. O tempo que estudei, foi o período mais determinado e focado da minha vida, ali eu testei os meus limites, aprendi a abrir mão de muitas coisas, de postergar recompensas e quando veio a aprovação, junto veio aquele choro de satisfação, de conquista, que eu jamais irei esquecer.
Hoje ainda estou na carreira pública, conquistei a independência financeira, sou extremamente feliz e grato por onde eu cheguei, formei família e sigo aportando, me qualificando para estar preparado para uma fase seguinte que possa acontecer na minha vida.
Cada fase que eu vivi foi muito importante para a viver a fase seguinte, parece que a gente vai mudando com a circunstâncias e adquirindo segurança para o passo seguinte.
Não me entenda mal, não estou recomendando serviço público para ninguém, essa foi a minha história.
Não existe receita, você tem que tentar ouvir seu coração, não tenha medo do sofrimento do caminho, ele será proporcional a alegria da sua conquista. A pior sensação que se pode ter é a de não ter tentado, aquela eterna dúvida de como teria sido, se tivesse se arriscado.

Dá meio que dó e raiva ao memso tempo de você!. Dó por vc ter consciência de que está no desconforto e raiva por você permanecer nessa situação. Minha criação foi diferente, a regra do pai era ele sustentar os filhos até os 18 e depois de terminar o famigerado 2º grau ou arrumava um emprgo (qualquer coisa) e ajudava em casa ou picava a mula (ia embora). Resumindo: a irmão mais velha casou, o outro foi pro exército aos 19 e não voltou pra casa, o outro ficou em casa depois dos 18 e ajudava e eu nos meus 18 fiz concurso público saí de casa. o velho morreu de acidente de trânsito há muito tempo atrás (2001) e só posso dizer que SE fosse com a cabeça de hoje, EU teria ficado mais perto da família, na época minha família não parecia das melhores...era uma pressa pra sair de casa e ir "fazer a vida"...o bom da vida era a familia reunida, a maionese do domingo, trabalho, emprego, dinheiro...sempre vai ser uma questão complicada e insatisfeita, ou vá ou fique, só honre teu pais, se possível converse mais com eles, na aparente "ignorância" deles, eles sempre estarão esperando que o melhor aconteça com você!

Já falaram, mas vou reiterar:


Tenha uma remuneração, isso deve resolver o problema de “ter que pedir dinheiro”, bem como vai te dar mais liberdade pra fazer o que quiser com SEU dinheiro e tb vai te trazer menos preocupação com o que seus pais fazem com o dinheiro deles. Mas continue pensando e trabalhando tanto para você ganhar mais, quanto pra eles e a empresa também. Por isso, seria melhor ainda se a remuneração fosse um percentual/comissão...

edit: pra contextualizar: já vivi “dilema” parecido, no começo (mais de um ano) trabalhei com meu pai sem remuneração (mas com ele custeando minhas despesas) e também tinha essa sensação ruim, mas com o pacto de remuneração/sociedade, tudo mudou e não me arrependo (até agora)

Pessoal, ressuscitando o tópico (caoveiro) hahahaha

 

Poxa, eu li esse teu relato, e voltei no tempo e também me relacionei no presente. Hoje tenho 31, mas, desde os 17 (praticamente) vivo esse mesmo dilema, e inclusive, traçei o mesmo caminho.

 

De forma resumida: empresa familiar, no ramo da agricultura. Sou o mais novo de 3 irmãos, o único que "cresceu" já com a empresa consolidada. Fiz ADM na graduação, também fiz direito ao mesmo tempo, pós graduação e mestrado. Já abri uma empresa (com ajuda da família) e quebrei. Já trabalhei fora e voltei. 

 

Durante mais de 8 anos, vivi dessa maneira: trabalhando com a família, sem salário, mas com "ajuda"que precisava pedir caso quisesse/necessitasse (pensem um jovem de 20 anos pedindo um dinheiro no final de semana pro pai e pra mãe pra ir numa balada, e pensem na resposta deles e no sentimento envolvido). O "salário" se mistura com "mesada". A responsabilidade na empresa se mistura com responsabilidade na família e vice-versa, impossível dissONciar as duas situações. Ah, minha temática de estudo é sobre empresas familiares, então, desde a graduação até a tese de mestrado, foram mais de 10 anos até agora estudando e vivenciando o tema.

 

Há 4 anos (completados nesse mês), estabeleci um salário em conversa com meu pai. Bom para o meu eu de 27 anos, solteiro e morando em casa. Bem razoável e insatisfatório para o meu eu de 31, pensando em constituir família própria. Vivo um dilema, 10 anos depois, parecido: entrego dedicação, preocupação e, sinceramente, desempenho de dono, porém, sem nenhum benefício imediato (remuneração e independência pessoal). E, tenho remuneração e responsabilidades de funcionário (sem nenhum dos benefícios: férias, horário estabelecido e remunerações por FGTS, 13 e demais encargos). Ah, e pra ajudar, o salário vem sempre da conta pessoal do proprietário (meu pai) e não do caixa da empresa (mesada?).

 

Enfim, poderia escrever aqui praticamente mais umas 30 páginas sobre todas as questões que envolvem a situação (tanto minha, quanto dos demais participantes do tópico). Apenas queria me solidarizar com o relato do post (e demais respostas) e também expor meu caso, até como um "desabafo" já que na maioria da vezes essa comunicação interpessoal na família/empresa gera ruídos e mexe em questões mal resolvidas que já vem há anos se arrastando. Amo minha família e tenho orgulho de tudo que construimos, mas as vezes, há uma necessidade de realização pessoal que precisa "dissONciar" o indivíduo do grupo (que é o que tem me tirado o sono ultimamente hehehe). 

 

 

 

 

Tua formação ou a tua contribuição podem acrescentar algo no negócio da tua família? Melhorar a eficiência do negócio, melhorar a produtividade e o retorno. Se tu entende que sim, investe nisso. Terá resistência por parte dos mais antigos mas é recompensador ver bons resultados depois de algum tempo. Sempre entendendo que o negócio "ainda" não é teu e o tua contribuição precisa agregar e não ser um peso para a empresa. 

Atualmente estou na mesmo situação, trabalho com minha família aproximadamente 50% do meu tempo nas atividades de pecuária e agricultura e sem sombra de dúvidas é a parte mais gratificante da minha rotina. Mas tudo é muito dependente da convivência e do diálogo com os meus pais, que as vezes não é tão fácil.  Hoje não é a parte principal da minha renda, pois a propriedade é pequena, mas consigo fazer um bom adicional e ter reconhecimento que normalmente não tenho no meu trabalho formal. 

@spartann tente estabelecer um percentual/comissão pra você ter uma remuneração mais próxima de “dono” e não de “funcionário” como você mesmo diferenciou 

@browniedeuva

Depois de 4 anos que vc escreveu este topico como foi sua caminhada ? oque deu certo e errado?

Entrou na pecuaria ?