Todo mundo que trabalha com atendimento direto ao público certamente encontra diversas vezes alguém prolixo.
Verdadeiras máquinas de falar informação inútil.
O prolixo geralmente não recebe os serviços de forma adequada simplesmente pelo o seu interlocutor não conseguir coletar informações necessárias.
Quanto mais informação inútil, mais difícil é separar informação valiosa.
O que acontece?Se o prolixo encontra um ouvinte educado, essa pessoa simplesmente pergunta menos do que ela perguntaria a uma pessoa objetiva. Ele sabe, baseado nas primeiras perguntas, que cada resposta será um apanhado de informações inúteis. Simplesmente não pergunta mais.
Se o prolixo encontra um ouvinte um pouco menos educado ele será cortado diversas vezes durante sua fala. A pessoa pergunta, quando percebe o devaneio ele corta e passa para outra pergunta. Geralmente o prolixo fica com ego ferido e a relação se torna ruim.
Nas duas situações a coleta de dados foi afetada de forma relevante o suficiente para o serviço ser influenciado no final.
Em defesa do interlocutorBoas práticas de atendimento geralmente colocam como ideal, ouvir mais do que intervir e perguntar. Mas isso se torna bem complicado quando uma pergunta simples como "há quantos dias você está sentindo isso?" se torna uma resposta sobre como a secretária do chefe da usina que ele trabalhava 30 anos antes teve o mesmo problema que ele está tendo agora.
É diferente de ser detalhistaMuitas vezes o prolixo sabe que é assim, mas se esconde sobre o falso argumento de ser detalhista. Mas são bem diferentes, o detalhista fala de detalhes que são
relevantes para o contexto, e dependendo da situação podem ajudar muito.
Exemplo:
Detalhista - "tenho uma dor na mão, afeta mais a região posterior, principalmente pela manhã quando acordo. Começou a 20 dias e vem piorando desde então."
Prolixo - "minha mão esta doendo, mas 20 dias atrás a dor era no cotovelo, igual minha tia teve quando estava grávida. Mas a dor no cotovelo sumiu, agora tenho só essa dor
na mão que me incomoda muito ..."
Como perceber se você é prolixoVerifique a linguagem corporal da pessoa que você está conversando - ela está dando sinais de te interromper ou sair da conversa?
Você não consegue resumir o ponto principal da sua demanda em uma frase ou duas?
O ouvinte está te fazendo a mesma pergunta varias vezes?
Você inclui na fala informações que não tem relação direta com o assunto?
Você se esquece do que estava dizendo?
Você deixa de esclarecer logo no inicio o que você pretende abordar?
Se você responder sim para essas perguntas é bem provável que você seja prolixo.
Como não ser prolixoPrimeiro treine mentalmente o que é realmente relevante e você precisa resolver. Geralmente uma ou duas frases são suficientes para isso.
Responda perguntas objetivas de forma objetiva. Se a pergunta é dicotômica, você responde de forma dicotômica.
Ouça o que está sendo perguntado - parece óbvio, mas o prolixo geralmente não responde o que foi perguntado, ele vagueia e no fim não responde. Ouça a pergunta e responda.
Evite repetir informações e argumentos.
Se prepare antes com uma lista - deixe anotado coisas que você acha relevante
Treine capacidade de resumo.
Deixar de ser prolixo e passar a ser objetivo é fundamental para crescimento pessoal, as pessoas irão te atender melhor. A forma como as pessoas te enxergam será melhor, e você perdera menos tempo. Treine para não ser prolixo.