Uma coisa que gosto muito da Bastter.com é a dinâmica da constante tentativa de evoluir, de ajustar rotas e de não ter medo de voltar atrás ou de experimentar novos rumos.
No chat no Twitch com o @Bastter e o @Paulo, falou-se sobre a questão da Comunicação Não-Violenta (CNV) e de como isso tem estado por trás de uma mudança na comunicação da própria comunidade: da cultura da voadora a uma cultura de maior acolhimento, cujo folclore é a ideia do “adevogado” que proíbe o Bastter de dar voadoras.
Fiz um curso de CNV este ano, patrocinado pela organização onde trabalho, que considero ter sido muito transformador para toda equipe. Claro que os problemas de comunicação ainda existem, mas todos estão mais cientes de seu papel como indivíduo para contribuir com um ambiente de trabalho mais saudável e assertivo.
Assisti o chat fantástico do Paulo sobre CNV e estava refletindo sobre isso tudo e esse novo experimento do Bastter com os badges. Como alguns já expressaram, pensei no começo o quanto isso poderia criar uma corrida tosca por badges, alimentar egos de avatares e aumentar a cizânia entre os que se acham Cleiton (e talvez sejam cleitonildos) e os que ainda estão no começo da estrada dura e eterna pela desardinhização.
Depois do chat e das falas do Bastter e do Paulo no Twitch, acho agora que isso é talvez mais uma tentativa de evolução da comunidade capitaneada pelo Bastter no sentido de criar uma cultura de premiação (badge) ao invés de punição (voadora) que vai ao encontro dos princípios da CNV e que se embasa até mesmo em teorias jurídicas, sendo Noberto Bobbio um grande defensor do direito que premia em vez de uma abordagem punitiva.
Enfim, pode ser que eu esteja viajando na minha reflexão e, pelo pouco que conheço da comunidade e do Bastter, não há aagarantias de quanto essa experiência irá durar e onde iremos chegar com essa fase de badges, mas queria parabenizar mais essa tentativa de evolução da comunidade que, creio, vai mais ao encontro do que acredito do que os linchamentos por voadoras cleitonildas que estávamos assistindo por aqui.
E não há, ao meu ver, como não relacionar essa evolução com essa nova frente de saúde mental que o @Paulo tem liderado. Como o próprio Paulo falou ao Bastter no chat, a angústia do Bastter de se ver cercado constantemente de sardinhas (porque quem deixa de ser sardinha, para de usar a parte financeira do site e a sardinhada continua lá soltando a franga) não vai melhorar com voadoras, mas com o reconhecimento de que o melhor possível está sendo feito e pela empatia (e não o deboche) com aqueles que hoje estão num lugar que, um dia, todos da comunidade já estiveram. Esse me parece um caminho muito mais sustentável para a #Pas.