Data original: 14/11/2021Sou professor universitário e dou aula em diferentes campus da região metropolitana de Belo Horizonte. Estas aulas terminam tarde, e o retorno para casa após um dia de trabalho sempre tem o cansaço como regra. Mas o bode e as lives são sempre minha companhia no som do carro.
Há algumas semanas estava retornando em um destes trajetos, quase às 22h, contando os segundos para chegar em casa, comer e dormir. Existem muitos radares de velocidade em um dos trajetos, então, estava eu a 60km/h precisos evitando multa, ouvindo rádio (provavelmente entre 6 e o douze), e me mantive na pista do meio para evitar atrapalhar quem conhece o local e quisesse acelerar. Aí acontece...
... um sujeito simplesmente sem nenhum motivo "colado" no meu carro, piscando farol. Mantive na pista do meio, porque a faixa da direita e esquerda estavam livres, mas o sujeito insistiu. Como não mudei de faixa, ele me ultrapassou e enfiou o carro na frente do meu, sem motivo algum. Acionei os freios, consegui desviar, e reduzi até a velocidade que ele estava. Adrenalina subiu tanto, quase naquele ponto da perda de racionalidade. Antes eu iria buzinar, acelerar, gritar, talvez até algo muito pior entretanto,
... as constantes discussões sobre ser reativo, sensação de injustiça e a percepção de que aquilo era absolutamente irrelevante na minha vida foi clara. Não dei sequer uma buzinada, nada, apenas continuei. O veículo foi embora, provavelmente cometerá várias outras ações dessas na vida, e a vida trata de resolver com ele.
Eu? Cheguei em casa em #pas, seguro, comi e deitei para dormir com minha família. "A agressão vem de forma involuntária, mas a #pas eu entrego voluntariamente".
Abraço a todos.