Vamos lá: Já li diversos FAQ e postagens semelhantes, mas não achei uma situação equivalente.
Minha mãe se encontra hospitalizada com uma doença progressiva sem cura e já em estado terminal. Os médicos já revelaram que ela não tem mais nenhuma chance de alta. Mas ela ainda está lúcida e consciente.
Ela possui um neto menor que ela queria que parte do que ela tem fosse doado para ELE, especificamente ELE, e é um valor considerável. De herdeiros necessários temos eu e meu irmão e o neto não entra como herdeiro legal e minha mãe não quer fazer testamento, por isso ela já queria resolver essa parte dele em vida.
Ela pediu para mim, que eu garantisse que o recurso fosse para ele, porque os pais dele são inconsequentes com dinheiro. Deste modo, o recurso é DELE de partida, mas ele tem 6 anos. E isso é um entendimento dela com ele (o neto), nem eu nem meu irmão "temos direito de dar opinião nisso". Eu só estou sendo o intermediário pq ela está impossibilitada de fazer as coisas pessoalmente e ele é menor.
Aí vem as questões: Essa parte dele não vai alterar em nada os "supostos direitos sucessórios" meus e do meu irmão, nem burlar a legitima. De todo modo, enquanto ela ainda está viva, ela poderia doar tudo pro neto ou até queimar se quisesse. Ela só quer que parte do que ela tem vá direto para o neto sem passar indiretamente pelo pai dele ( meu irmão). Entretanto, se eu deixo com os pais, o recurso provavelmente não vai sobreviver até a maioridade dele.
Por outro lado, o recurso é dele e não faz sentido "eu cuidar" deles em meu nome até ele completar 18 anos, pois ninguém sabe sobre o futuro, e por mais que eu ache que sou um "poupador consciente", sou humilde o suficiente pra reconhecer que ainda tenho longo caminho até parar de cometer sardinhagem. Não quero colocar em risco os recursos dele, mantendo em "meu nome" enquanto ele não completa 18 anos até porque não sei das cagadas que eventualmente ainda vou me meter até evoluir. Mas até que ele possa ter acesso ao dinheiro, pelo menos a inflação eu tenho que proteger.
Mesmo considerando esse caso, não vale a pena abrir uma conta de banco/corretora em nome do garoto? Eu sei que o pai dele que teria que fazer isso e etc. Mas sei também que se ele fizesse por um pedido meu, ele imaginaria que sou eu que estou fazendo para o garoto e nem encostaria nos recursos.
E essa coisa de "dê uma boa educação", "dê amor, carinho" não é completamente aderente ao meu caso pq a educação são os pais que dão. Eu vou dar a melhor orientação possível de vida a ele como tio, mas não posso influenciar a educação que ele vai ter de casa.
Nessa situação, qual a melhor medida?