Tenho lutado muito para praticar a não reatividade, e confesso que no trânsito ainda tenho uma certa trajetória pra percorrer quanto a isso. Mas compartilho com vcs uma experiência...
Lá estava eu parado no semáforo, em um dia de chuva, cansado depois de uma jornada de trabalho. Quando olho no espelho retrovisor, vejo uma camionete se aproximando, sem sinais de frear. Dito e feito: o cara deve ter freado só depois de ouvir o barulho do meu parachoque batendo no asfalto kkkkkk
Na hora o sangue deu aquela fervida, já pensei que provavelmente era algum moleque mexendo no instagram enquanto dirigia, mas decidi: vou descer lá e tentar encaixar isso o mais rápido possível, se o cara quiser sumir no mundo que suma. Só quero sair da chuva e ir pra casa ver meu filho e minha esposa, amanhã vejo o carro...
Estou lá e desce um senhor com idade pra ser meu pai, pedindo desculpas e me entregando o cartão dele. Dia seguinte falo com o cara, ele me indica uma oficina de um conhecido seu, que por coincidência era muito próxima do meu serviço.
Chego na oficina, e o dono é um cara que estudou comigo até o fim do ensino médio, quando então perdemos contato. Ficamos mais tempo conversando a toa que falando do carro...
Resumo da ópera: nem fiquei sabendo do orçamento, a oficina passou direto para o senhor, que fez o pagamento na hora. Meu amigo ainda corrigiu um outro pequeno amassado no parachoque dianteiro por um preço camarada, e nenhum dos envolvidos perdeu 1 minuto da pas...
Impressionante como as vezes a gente pode perder a pas em situações absolutamente desnecessárias mesmo. Nesse caso específico:
- não perdi tempo me estressando no dia do incidente
- encontrei um senhor honesto no trânsito
- reencontrei um velho amigo
- descobri uma boa oficina próxima do serviço
Podia ter sido tudo diferente, mas a escolha pela pas mostra que as vezes de tanto vc olhar pra ela, ela olha pra você!
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