Como escolher um psicólogo?
comentada em 29/03/2022 12:41

Saúde & Esportes > FAQ > Como encontrar um bom médico
Também vale para psi, no final do dia é um ser otomano lá fazendo a coisas...
Procure alguém bom, com referências de outras pessoas.
De preferência referência de alguém que de fato já ajudou outras pessoas.

O que eu acho essencial é:
1. Que a pessoa te escute
2. Que ela te de um feedback do que você disse mostrando que entendeu o que você falou.
3. Uma avaliacao, mesmo que simplória, do que você está passando. 
4. Proposta(s) sobre o que fazer sobre isso.

Primeiramente parabéns pela iniciativa! Sou psicólogo na área da TCC e espero poder contribuir de alguma forma. Cuidar da sua saúde mental é uma prioridade na mesma proporção que cuidar da saúde física e desejo boa sorte na sua jornada.
Minha opinião, a respeito da sua dúvida sobre qual abordagem decidir, recomendo procurar indicação de profissional especialista na que primeiramente mais te interessa e realmente fazer um teste. Como diz o Bastter, "senta na bicicleta, pedala e não coloca o pé no chão". Vai lá e dá uma chance pro processo. Caso você não se identifique com o acompanhamento, pode procurar outro profissional da área ou outra abordagem. Como na medicina, às vezes o  primeiro profissional ou tratamento que tentamos não é o que manteremos e isso faz parte do processo.
Qualquer dúvida fala aqui que vamos conversando!

 

@Phodastico

o Paulo ja respondeu bem acima.
sem nada a acrescentar.

Muito obrigado pelas respostas. Esclareceram bastante.

@Paulo Apenas por curiosidade, qual abordagem você utiliza nas suas sessões?

@Jon_neves eu tenho treinamento/formação em alguns tipos de abordagens específicas, mais conhecimento, prática, estudo, ensino de algumas dezenas.
Apesar de não existir, hoje em dia, eu sou algo análogo ao clínico geral, apesar de ter feito boa parte da minha carreira com adoecimento mental grave. 

Adoecimento mental grave não é lugar para ficar de picuinha teorica, existe pouco tempo, muito risco e pouca disponibilidade de recurso.

A corrente atual de saúde é práticas baseadas em evidência (pbe)

A abordagem escolhida é definida pela necessidade do paciente, em relação as intervenções disponíveis e as disponibilidades do paciente em participar delas.

Até para falar que eu sou psicólogo, apesar da formação, eu só falo pq é a forma mais fácil das pessoas entenderem, mas hoje em dia eu me percebo muito mais dentro de uma perspectiva de saúde global do que da psicologia.
É frequente eu fazer encaminhamento de pessoas para outros profissionais (as vezes outro psicólogo, as vezes personal, as vezes médico, fisio, nutri, etc)
E, novamente, não existe essa profissão no Brasil, e a pbe em psicologia - no mundo - ainda está engatinhando.

@Jon_neves Eu evito propositalmente a picuinha de linhas em discussões pública pq no meu entendimento não beneficia em nada o público.

Se achar um bom profissional, que tenha uma boa prática de saúde, e foco na melhora e ajuda do paciente as linhas convergem na prática. Então eu sou bem mais preocupado em achar bons profissionais.
Um dos melhores acompanhamentos que eu fiz na minha vida, era de uma pessoa de uma formação teórica completamente diferente da minha ela focou exatamente no que estava ferrando a minha vida na época. As decisões técnicas dela não tinham nenhuma relação com a teoria dos livros que estavam na estante dela.

postado por @Paulo em 29/03/2022 09:54

Adoecimento mental grave não é lugar para ficar de picuinha teorica, existe pouco tempo, muito risco e pouca disponibilidade de recurso.

Concordo plenamente. Há pouco tempo comecei um acompanhamento com uma psicóloga da TCC que ficava mais tempo na parte teórica, parecia uma escola: ela ficava na minha frente com uma mesa separando a gente e me enchia de teorias e vendendo que a TCC era a solução de todos os meus problemas. Como eu me mudei, ela pediu para eu continuar o tratamento e que eu deveria fazer apenas com uma psicóloga que seguisse a abordagem dela... e eu como um bom ansioso, fiquei super preocupado com isso, abri mão de várias psicólogas reconhecidas por minha família porque elas não seguiam essa abordagem. 
Por fim, tive sorte em encontrar uma psicóloga que utiliza essa abordagem mas de forma bem mais prática, não tinha mais aquele monte de teoria, ela me dava feedbacks das minhas situações e como eu poderia atuar em cima dela, e parecia rolar naturalmente como se fosse uma conversa entre amigos (pode parecer besteira mas só o fato de não ter uma mesa separando a gente parece ser um contato mais próximo).
Hoje percebo que as abordagens não fazem a mínima diferença, e tive sorte de sair desse caminho. 

@Jon_neves abordagens fazem uma diferença enorme em coisas que não deveriam chegar ao paciente.

Ao público deveria chegar práticas e métodos consolidados. Independentemente da corrente teórica.
E quando fosse for fora disso, em casos que foram esgotadas as opções mais comuns, aí vale a pena alguma exploração específica, nesse caso seria ainda mais importante ter um ótimo profissional, com conhecimento mais amplo possível para conseguir atuar em espectros novos.

Sobre a mesa... Tem dia que eu atendo de chinelo. Eu nem conseguiria ser assim. Mas tem gente que prefere psicólogo de terno, vestido todo de branco. Cada qual com seu cada um.

Ressalto o que já disse:
1. Você poder falar.
2. O profissional te dar um feedback da sua fala.
3. Apresentar uma avaliação de forma que você entenda.
4. Caminhos que façam sentido para você.

Se tiver isso, provavelmente tem bastante chance de dar certo.