To precisando de ajuda pessoal.
Nosso vizinho tem reclamado do nosso cachorro alegando latidos / uivos / choro.
Problema 1: o cachorro
Faz 10 meses que moramos nesse lugar e ele reclamou mais ou menos umas 5x.
Inicialmente reconhecemos que a situação era chata, afirmamos não querer incomodar e tomamos algumas medidas.
De fato o cachorro, um poodle de 11 anos, estava chorando na nossa ausência.
Latir para outros animais ou para estranhos eu considero normal e acharia que seria má vontade do vizinho em reclamar.
No entanto, confirmamos por câmeras que se tratava de choro por ausência.
Então tomamos os seguintes passos:
1. Chamei um adestrador que orientou: deixar um som ambiente ao sair, espalhar brinquedos pela casa, espalhar biscoitos e ignora-lo na saída e na volta por cerca de 10 minutos. Orientou repetir essas ações por vários dias sempre aumentando o tempo de ausência.
1.1 Fizemos como ele falou por algumas semanas. Notei uma relativa melhora. Mas ai veio a segunda reclamação do vizinho. Novamente fui cordial, pedi paciência e afirmei que iria tomar medidas.
2. Pus uma câmera (aquelas estilo lâmpada) e passamos a ligar sempre ao sair. Então vimos que o cachorro estava subindo as escadas após algum tempo sozinho, e na parte de cima da casa ele passou a chorar / latir / uivar.
2.1 Entendemos que ele subia para nos procurar e não nos achando, chorava. Ou subia e não sabia descer e chorava.
2.2 Então passamos a travar a escada para evitar que ele subisse e assim ficasse apenas na parte de baixo onde inclusive os latidos ecoam menos na casa ao lado.
2.3 Passamos a monitorar com frequência na nossa ausência. Procuramos não deixar ele sozinho por muito tempo, já voltamos de lugares antes do esperado pois flagramos ele chorando.
3. Isso não evitou uma terceira reclamação. Apesar de começar a ficar incomodado com o vizinho, pus o rabo entre as pernas, compreendi, e pedi um pouco mais de paciência.
4. O vizinho sugeriu que buscássemos ajuda com um conhecido dele que era adestrador, nos passou o contato e assim fizemos.
5. Esse outro adestrador nos disse que para ele eram normais os latidos / uivos / choro pois o animal estava em período de adaptação já que por 11 anos morou num lugar diferente daquele em que se encontrava há 8 meses.
5.1 Ele também nos deu uma espécie de coleira que vibra quando o animal late, e disse que após alguns dias de uso o problema estaria resolvido, pois quando ele latisse a coleira iria vibrar e ele com medo daquela sensação estranha não latiria mais.
6. Minha esposa até aceitou trazer a coleira, mas nunca teve coragem de colocar nele. Apesar de não dar choque e apenas vibrar, ela ficou com dó de inibir o animal daquilo que é de sua natureza (latir).
6.1 Eu compreendi e aceitei as alegações dela até porque o cachorro vinha apresentando evolução. Nos monitoramentos que fazíamos, ele chegava a ficar por 4 ou 5 horas sem chorar. Embora latisse para outros cachorros (o que eu considero muito normal).
7. A coleira ficou esquecida. E ontem o vizinho reclamou novamente.
Esse é um resumo básico da situação do animal. Eu acho que seria válido um teste com a coleira, mas respeito a opinião da minha esposa e entendo o lado dela e do animal. Por outro lado não quero incomodar ninguém e estou sem graça com isso.
Na busca aqui no site encontrei 2 tópicos mas em nenhum deles havia uma solução propriamente dita.
Alguém já passou por algo semelhante e pode sugerir mais alguma ideia para cessar o choro do animal.
Problema 2: o vizinhoDesde a primeira abordagem dele já notei uma certa animosidade comigo. Particularmente eu não abordaria ninguém da forma como ele fez, por exemplo:
- se apresentou como uma espécie de síndico da rua.
- desabafou reclamando de casa geminada que tudo o que um faz o outro ouve do lado de lá.
- disse que estava vendendo o imóvel (nunca teve uma placa de vende-se).
- disse que na rua havia vários moradores que eram policiais.
- disse que teve problema com o antigo morador da casa, o qual fazia muitas festas com som alto, e que certa vez ao reclamar do morador, esse veio armado discutir com ele e ele chamou a polícia para essa pessoa.
- disse que onde eu moro já teve assalto e furto.
*Ao mesmo tempo se mostrou solícito a ajudar no que eu precisasse, a emprestar ferramentas, escadas, etc..
Eu notei alguém incomodado, porém um pouco soberbo, com ar de superioridade e tentando bancar o boa praça. Ele é um sujeito que fala sem parar e fala bem alto, praticamente não deixando a gente falar nada.
Como era o primeiro papo e ele me pegando desprevenido me deixando surpreso por eu o estar incomodando eu o ouvi, não rendi conversa e disse que iria tomar atitudes, inclusive passei a ele meu telefone, como tentativa de evitar que ele batesse na porta da minha casa novamente.
Daí pra lá nos cumprimentamos algumas vezes, sem muito papo.
Nas outras duas reclamações (todas pelo app verdinho) ele procurou falar em tom de quem pede ajuda e eu sempre respondi com cordialidade.
Na quarta vez eu não o respondi mais, pois já estava monitorando o cachorro e sabia que das alegações dele podia-se extrair apenas 10% de verdade.
Ontem recebi uns amigos em casa durante o dia ( um pessoal que fala alto realmente, mas o som em sí era ambiente. A noite precisei sair e ao retornando algumas horas depois tinha nova mensagem dele reclamando do cachorro. Ele reclamar num dia em que recebo pessoas aconteceu pela segunda vez.
Minha desconfiança então é que ele talvez esteja com má vontade conosco e aproveite a situação do cachorro pra potencializar a situação.
Dessa vez irei responder a mensagem dele mostrando tudo o que foi feito nesse tempo, da evolução do cachorro e da nossa preocupação em não incomodar.
Porém a primeira abordagem dele não me desceu até hoje e ao mesmo tempo que eu penso em questionar essa má vontade dele conosco eu já tenho certeza que não vale a pena e que isso vai tirar minha #pas.
Por fim, ele é um vizinho que não me incomoda em praticamente nada e não fosse a questão do cachorro, minha relação com ele seria praticamente nula (como eu gostaria que fosse).
E também vale afirmar que ele tem um cachorro pequeno, que não late, não passeia na rua, fica limitado à garagem de casa, onde faz suas necessidades e dorme. Segundo o vizinho os filhos dele são apaixonados pelo animal o qual para mim hoje parece um tapete com vida sem atenção. Estou dizendo isso porquê talvez na cabeça dele, vizinho, o nosso animal tem que ser tratado como o dele é, o que para nós é impraticável. E não quero parecer superior aqui medindo amor por animal, é que talvez daí se extraia um pouco de intolerância da parte dele.
E aí. O quanto da história com o vizinho é ego meu?
A quem puder ajudar...