1 O Estranho mundo do Zé do Caixão comentada em 18/05/2022 10:58 Cãotural maxete em 18/05/22 7:28 comentada em 18/05/2022 10:58 Nihilista, uma ode sarcástica ao absolutismo, a poesia do Zé do Caixão leva ao extremo as aflições vãs da nossa vida e, de forma sombria, nos convida para o caos. Não se deve entender como depressiva, mas sim com um tom libertador.José MojicaQuem sou eu? Não interessa. Como também não me interessa quem é você. Ou melhor, não interessa quem somos. Na realidade o que interessa é saber o que somos. Não se dê ao trabalho de pensar, porque a conclusão final seria loucura, o final de tudo para o início do nada. A coragem inicia onde o medo termina. O medo inicia onde a coragem termina. Mas será que existem a coragem e o medo? Coragem do quê? Medo do quê? Do tudo? O que é o tudo? Do nada? O que é o nada? A existência. O que é a existência? A morte? O que é a morte? Não seria a morte o início da vida? Ou seria a vida o início da morte? Você não viu nada e quer ver tudo. Viu tudo, mas não viu nada. Teme o que desconhece e enfrenta o que conhece. Por que teme o que conhece e enfrenta o que desconhece? Sua mente confusa não sabe o que procura, porque o que procura confunde a sua mente e nasce o terror. O terror da morte. O terror da dor. O terror do fantasma. O terror do outro mundo. Agora, vê no terror que nada é terror. Não existe o terror, no entanto, o terror o aprisiona. O que é terror? Ah, não aceita o terror porque o terror é você!