Não é incomum em posts aqui que eu apenas diga que ela deveria procurar alguém que confie, com quem possa conversar. Um amigo, líder religioso, família, psicoterapeuta.
Pode parecer uma resposta vazia, entretanto, ela vem de saber a importância da conexão sONcial para organizar nossa psicologia.
Certa vez eu li algo mais ou menos assim:
Se uma pessoa brotasse sozinha em uma ilha, ela não desenvolveria linguagem, não teria pensamentos verbais, não falaria.
Afinal, falaria para quem? Qual o sentido de falar, ou pensar - por derivação - se ninguém vai ouvir nunca.
Estaríamos presos na única coisas que temos, a nossa existência em um mundo absolutamente complexo, incapazes de nós relacionar com algo que seja além do presente imediato.
A capacidade de conversar, ser ouvido, compreendido, e se orientar pelo laço vivencial, sentimental, emocional e histórico da linguagem é uma porta que cria possibilidades infinitas nesse mundo em que vivemos, mundos que foram e virão a ser, e mundos que nunca serão.
Infelizmente, eu encontro um número bem grande de pessoas que vivem como Patrick. Isoladas em suas realidades, com dificuldades em utilizar a linguagem para se conectar com a imensidão da realidade que temos acesso ao compartilhar a existência com outras pessoas.
Então, converse com alguém.
Com alguém que você confie, que te ouça, que possa ser franco, que dívida com você esse pedaço de existencial. No final das contas é a única coisa que realmente temos, e quando não temos nada mais faz sentido.
Abraços.