Diplomas: são mais importantes do que as habilidades
comentada em 15/08/2022 18:17

Aconteceu algo parecido com meu pai também. 

Não sei se foi o caso com um ou outro, mas às vezes é uma questão de status, de imagem pública. Especialmente pra cargos de mais alto nível, isso pesa. Entram fatores mais intangíveis como posição sONcial, porte, estética, oratória, etc.

Consegui duas boas vagas em multinacionais graças ao famigerado diploma superior. Sad but true e parece comum em grandes empresas que ainda são meio engessadas.

Por mais que a faculdade não te prepare muito para o mercado, o diploma ainda é muito importante na sociedade atual

Já ouvi de recrutadores de empresas grandes que isso tem muito a ver com não quererem bancar possíveis problemas com o funcionário.

Explico:
Existe todo um padrão de funcionário ideal, e o diploma está sempre como requisito. Ninguém quer apostar em um cara sem diploma, e depois ter que se justificar pra diretoria caso o funcionário não dê retorno.

Não que seja o caso do seu pai, mas diploma e certificação servem para padronizar certos tipos de coisa.

São aagarantias de que a pessoa, no mínimo, entrou em contato e aprendeu a identificar/resolver certos tipos de coisas.

Acontece muito em programação, programar é fácil.
Desenvolver algoritmos, fazer cálculos, lógica, entender o funcionamento de estruturas do computador para aumentar a eficiência de um programa já não é tão simples, e é possível que alguém aprenda sozinho.
Édifícil para o recrutador avaliar isso caso a caso.

Muitas vezes a pessoa até tem o conhecimento intuitivo dessas coisas, mas não sabe como expressar isso mundo.

Acaba sendo mais fácil passar a régua em quem fez 5 anos de um curso e foi aprovado. 

Aí depende demais do quão geral ou específico é a necessidade do cargo.

@Paulo

Verdade isso.

Especialmente em programação, onde o curso pode somar muito conhecimento e habilidades, mas que não é difícil encontrar programadores autodidatas muito mais habilidosos do que os com nível superior.

Existem os casos em que a formação é obrigatória, tanto que para exercer a função tem que levar o diploma no órgão de classe para poder exercer a profissão. Exemplos dos médicos, engenheiros, advogados, farmacêuticos entre outros.

No caso do meu pai, bastava ter qualquer diploma superior, só pra constar. Não precisava ter nada a ver com o serviço. Era só uma dessas "buRRocracias" que acabam engessando muitas empresas grandes, em algumas situações.

Já vi casos assim, a empresa faz isso porque engessado é a CLT daí pra não dar problema com sindicato e o ONREVOG Pra cada nível de cargo faz uma exigência de diploma, como falaram aí pra padronizar.

Aconteceu comigo. Me candidatei a uma vaga pra Analista na Coca Cola. Passei em todas as fases, tanto prova como entrevista mas não fiquei com a vaga por não ter diploma. 

@Marcelo348 eu entendi que poderia não ser o caso do seu pai.

O que eu quis dizer é da perspectiva de quem está avaliando.

Suponha que há 100 pessoas para uma vaga.
Mesmo nos formados existe um déficit de habilidades de cálculo por exemplo.

Mas eu ainda assim tenho que avaliar 100 pessoas, há menos expectativa que alguém que não passou pelo curso superior que saiba cálculo 3, por exemplo.

Pensa no jobs, que era genial, mas dependia do Wozniak para fazer a coisa acontecer na vida de verdade.

É difícil a tarefa de recrutar.

Isso eu já fiz, o resultado foi o previsto:

"O patrão que contrata qualquer tolo que lhe pede emprego acaba prejudicando todos."

Isso eu continuo fazendo. Vou colocar na minha not to do list:

"Quem dá uma resposta séria a uma pergunta tola é tão tolo como quem a fez."

meu pai tem uns 20 ou 30 anos

nao to dizendo para nao ter diploma
acho legal ter
mas nao eh bem assim nao
cada vez ele vale menos
e cada vez o mercado sabe mais q so ele = nada

ter um diploma é legal
achar q ele vai te garantir ou q vc aprendeu alguma coisa so com ele = ta maluco


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postado por @Paulo em 15/08/2022 07:59:29

Não que seja o caso do seu pai, mas diploma e certificação servem para padronizar certos tipos de coisa.

São aaaagarantias de que a pessoa, no mínimo, entrou em contato e aprendeu a identificar/resolver certos tipos de coisas.

Acontece muito em programação, programar é fácil.
Desenvolver algoritmos, fazer cálculos, lógica, entender o funcionamento de estruturas do computador para aumentar a eficiência de um programa já não é tão simples, e é possível que alguém aprenda sozinho.
Édifícil para o recrutador avaliar isso caso a caso.

Muitas vezes a pessoa até tem o conhecimento intuitivo dessas coisas, mas não sabe como expressar isso mundo.

Acaba sendo mais fácil passar a régua em quem fez 5 anos de um curso e foi aprovado. 

Aí depende demais do quão geral ou específico é a necessidade do cargo.

 

já tive do outro lado. O de recrutar um candidato para uma vaga de liderança e técnico ao mesmo tempo. Apareceu um candidato excelente, mas o risco de se colocar alguém que não tem nível superior preponderou.
Erros acontecem todo dia, mas sempre tem que ter um culpado. Neste caso específico… se o funcionário comete um erro, o controle interno irá indicar falha na contratação: “porque vc não admitiu um funcionário com formação em nível superior se o salário era compatível?”

Empresas grandes, estruturadas e com distanciamento hierárquico… tem disso. Contratar alguém que não é o “qualificado padrão” para aquela vaga, vai exigir que você convença quem tá acima de vc. Via de regra, no custo benefício, melhor buscar algum candidato que tenha nível superior, mesmo que não seja o melhor de todos.

Nem sempre o nível superior mede apenas os atributos técnicos. Também tem seus méritos por indicar características como disciplina, dedicação, abnegação, etc. 

No fim do dia, o que vale mesmo é o dinheiro que o funcionário contratado faz. Em análise admissional, este cheque vem em branco. Pelas qualidades do seu pai, mais cedo ou mais tarde ele será contratado. Estou certo disso. Se ele tiver um bom networking e indicação das ex-empresas, tanto mais rápido.

Em compensação eu tenho diploma e nunca sou selecionado!


Reflitão crfcms140 posts

Eu acho que tem a ver com compliance. Objetivamente um diploma de nível superior, veja que pediram qualquer diploma, serve para "justificar" o salário maior e a ocupação do cargo numa auditoria. Qualquer auditoria que pede qualificação profissional vai em cima disso e ninguém quer gastar 3 horas numa entrevista para ver a qualificação do funcionário.

@fred22

Tem esse lado também.
Mesmo se fazendo um bom trabalho, alguma coisa além do nosso poder pode acontecer e os superiores vão procurar os culpáveis.

Mas foi só uma reflexão, ao ver esse meme e me lembrei desse causo que aconteceu com meu pai.

No fins das contas, ele continuou na outra empresa até ela fechar uns anos depois. Saindo de lá, ele abriu o próprio negócio, onde ficou trabalhando até se aposentar por idade.

Hoje vive dos Zaluguéis do que construiu e da Zaposentadoria do gov. Se dependesse só da aposentadoria, ia passar fome.

hoje eu to refletivoItachi_SharinganOrigem do Selo4 posts

@Charlito que frases boas, obrigado por compartilhar 

Legal o tópico e o pessoal que trabalha ou entende de RH comentar, passamos a entender o lado deles

Hoje está muito mais fácil conseguir um diploma superior do que era há 20 anos. A pergunta que fica é porquê a pessoa não correu atrás de ter algo que hoje é commodity.

Qualquer cargo de liderança vai exigir curso superior, pós-graduação e inglês no mínimo intermediário. Pode parecer irrelevante, mas tem um porquê.

Infelizmente para um novo cargo ou uma nova posição a forma que você tem de recrutar é ver um papel com o histórico e qualificações do profissional mas 1 hora ou 2 de conversa, onde você vai ter que tentar adivinhar qual o potencial que a pessoa tem para ocupar o cargo. Por melhor que seja a técnica de entrevista e as recomendações, é muito pouco material e muito pouca interação para você tentar adivinhar como a pessoa vai desempenhar nos próximos 5 anos.
A empresa usa as qualificações para filtrar aqueles funcionários que estão em constante aprendizado, que tem contato com o pensamento crítico, que estão em busca de evolução. Sem contar os casos onde a profissão é regulamentada e por lei você tem que atender a um mínimo de qualificações para executar (como a medicina).
Se você não é o novo Steve Jobs ou novo Bill Gates, você precisa das qualificações para mostrar que você corre atrás, que você está em constante aprendizado, e que está em contato com o pensamento crítico.

Claro que existem profissionais excelentes sem curso superior, sem pós-graduação que fariam um trabalho excelente num próximo cargo, mas essas pessoas são a exceção.

Há pessoas que tem um excelente histórico, mas para um próximo cargo é muito mais sobre o potencial da pessoa ter bom desempenho na nova função do que o quão bom ela é na função atual.

É um pouco como o vestibular. É um sistema injusto mas não inventaram outro sistema menos injusto, e por enquanto vivemos com ele.

Diploma de nível superior: ruim com ele, pior sem ele.

Pessoal nao vamos começar a interpretar o que eu falo igual o pessoal do YT
q so pq eu falo q dividendos nao faz diferença eles entendem q eu to falando que se receber dividendos é para jogar no lixo ou q to dizendo que dividendos empobrece

eu acho q se deve tirar diploma
so to dizendo que nao se deve confiar no diploma e nem que o trajeto ate o diploma te preparou adequadamente para o mercado de trabalho

tem de correr atras por fora, por sua conta

diploma nao garante nada
nem trabalho e nem q vc sabe alguma coisa

mas isso nao quer dizer q nao se deve tirar

pode se dar bem sem diploma
claro q pode
mas é mais dificil
entao coloque as chances a seu favor

tire o diploma mas corra muito atras por fora

@mogarfilho

Concordo com você.

Pra contextualizar, o "porquê a pessoa não correu atrás de ter algo que hoje é commodity."

Esse causo ocorreu há aproximadamente 30 anos. Naquele tempo, não tínhamos as facilidades que temos hoje para conseguir essa commodity. Pra ter uma ideia, a internet discada ainda nem tinha chegado aqui.
Diploma superior era pra poucos. Na época, quem tinha um diploma técnico já era o cara.

Só de curiosidade, pra expandir a história.
Uns 20 anos depois disso, eu estava fazendo especialização na faculdade e um colega na turma, me convidou para uma vaga, na minha área, que acabara de abrir na dita empresa dessa história.
Eu aceitei, pois seria bom pro currículo, colocar essa empresa nele.
Estando lá dentro, vi que não era essa maravilha toda. Que o salário (não era ruim, mas não era essas coisas toda). O benefícios eram comuns. Tinha até PP em que o patrão põe um pra cada um que você põe e quando você sai, ele fica com os dois. Eu não tava na Bastter ainda, mas por sorte não entrei nessa furada de PP.
Fiquei na empresa 13 meses. Eu mesmo pedi pra sair, pois outra empresa me chamou, onde eu ia trabalhar menos e ganhar mais. Foi muito bom. Não me arrependo de nada.

Também não pode levar muito a sério o feedback do RH, alguém pode ter embirrado com o candidato e só foi procurar uma desculpa pra não contratar.

Diploma é só um proxy de conhecimento, imperfeito, falível, que algumas empresas estão aproveitando pra pegar candidatos melhores que escapam. No final das contas não garante nada e serve como desculpa pra quem decide contratar.

Ter diploma pra mim é apenas o básico para entrar na disputa, é tipo o "saber inglês" que o bastter fala. 

Não é um "diferencial" como muitos pensam, não vai te "garantir" um bom emprego. Apenas vai possibilitar que isso aconteça. 

Diploma quando não é exigência legal faz parte do escopo de montagem dos “discursos de autoridade” na nossa sociedade.

Muitas vezes não importa o que é dito ou feito, mas sim quem é que disse ou fez. A sociedade dá valor a esse argumento e as empresas apenas incorporam isto.

@zehguleba isso mesmo, é um legado cultural que tende a se manter. Tem muito espaço pra melhorar mas por enquanto é o que temos. Como foi assim por muito tempo, tende a demorar tempo equivalente a mudar (Lindy effect).

acho que diploma é assim: não serve para muita coisa e não garante nada, mas se você não tiver pode ser pior