Pai pedindo dinheiro, como agir?
comentada em 31/12/2022 17:23

@baraodocafe
Ele é seu pai.
Eu ajudaria sim, dentro do possível para as minhas condições,  exceto em casos extremos ( vícios, prodigalidade, etc).
Afinal, para que serve o dinheiro?

Situação quando envolve pai ou mãe realmente fica mais complicado de emitir alguma opinião, por que, com certeza, envolve diversos fatores que com certeza, só você mesmo sabe. Porém, eu seguiria da seguinte maneira. 
   Pessoalmente, ajudaria com alimento, uma cesta básica completa e ainda diria a cesta é a empresa que dá, assim você resolve dois problemas: Ajuda seu pai com algo util, assim ele usa o dinheiro dele como convier e segundo, vai tirando da cabeça a impressão que vc ganha muita grana. 

 

@baraodocafe Vendo de fora, faltam informações para poder dar ideias mais adequadas ao seu caso.

Qual é a razão da situação financeira complicada do seu pai? Dívidas por má gestão de renda e patrimônio? Vícios? Salário não é suficiente para atender as necessidades dele (faz uso de algum medicamento que o SUS não cobre etc)? Ele só quer o dinheiro ou quer ajuda para melhorar a própria situação e não depender mais do seu dinheiro?

Sua situação financeira é confortável. Mas ela é suficiente para dar conta da sua família atual e dos seus projetos futuros com sua família? Existe alguma possibilidade de ajudar seus pais sem comprometer a sua família? Sua esposa está de acordo?

São tantas variáveis...

Dito isso, a meu ver, não é egoísmo vc priorizar a si mesmo e a sua família, porque você precisa estar bem para ajudar as pessoas mais próximas de vc e que estão construindo atualmente uma vida com vc.

Seus pais já tiveram o tempo de construção deles, e você não é responsável por resolver eventuais problemas que, eles, adultos, se meteram.

Eu penso o seguinte: eu quero ter condições financeiras suficientes para poder um dia ajudar meus pais, se necessário for. Pagar plano de saúde, mercado e moradia para eles. Se eu tiver condições financeiras excepcionais, pagaria frequentemente até lazer (viagens, restaurantes etc), por prazer. Por satisfação pessoal. 

Mas, por ora, o máximo que eu posso fazer é levar eles de vez em quando num restaurante, pagar eventualmente mercado, e cuidar bem de mim e investir em mim para poder aumentar minha renda.

Se ocorresse algo excepcional, que demandasse um esforço excepcional, eu tentaria dar um jeito maior ainda de ganhar mais dinheiro  (por ex. comprar um medicamento que o SUS não cobre, e afins).

Não sei como é a sua relação com seus pais, mas cuidado com a inversão de papéis de pai-filho, e com assumir responsabilidades que não são suas, te sobrecarregando.

Não é egoísmo cuidar de si mesmo ao invés de cuidar de quem nunca se preocupou consigo.

Dificil opinar. Depende muito da história da relação pai-filho e do quanto você vai conseguir ter PAZ com a decisão que tomar. Passei por situações semelhante e minha dúvida foi só o quanto era factível para mim enviar e qual a forma de envio ($, pagar aluguel, plano de saude etc)

Realmente, como a Minnie disse são muitas variáveis. Sua relação com seu pai, o pq da dificuldade financeira dele. 
Só penso que se for ajudar, tem que desapegar do que lê vai fazer com o dinheiro. Buscando aqui, vi que ele e sua mãe te deram um imóvel que você estava em dúvida se vendia ou reformava... Se vendeu oi vai vender, uma possibilidade seria doar (devolver) parte do valor para ele... Talvez seja até daí que venha a expectativa dele...

O fato de você estar preocupado e compartilhar aqui já deixa entrever que vc é um bom filho. Parabéns. Em tudo o mais, assunto muito peculiar, espinhoso. De toda forma, não se cobre demais, mano. Feliz 2023. Saúde. 

Cara, eu escrevi este texto sobre esse papel de ser cuidador dos outros, acho que vale a pena dar uma lida:
Histórias - Bastter.com

Sei lá, eu daria. Mas onde ele está, se está em algum lugar, nem se usa dinheiro.

@baraodocafe

Acho que vc fez a sua parte......

Falta muitos dados na sua história para opinar

as vezes vc tá numa condição boa graças a ele (pagou sua formação, deu um carro, imóvel... sei lá) é ele tá numa ruim pelo mesmo motivo. se vc tem condições de dar o que ele pede, e acha que é justo, dá e esquece. Agora se acha que tá abusando, ajuda com o que pode e esquece tbm.

Puxa, muito difícil dizer, pois depende muito da relação que tem com seus pais.
Só fiquei pensando que, do outro lado, para seus pais também pode ser muito difícil pedir dinheiro para o filho, no sentido de se sentirem humilhados, etc.

@gb_gabriel menos que isso.

Trabalhei faz muuito tempo com crianças em condição de rua. No mais das vezes, a maioria esmagadora das vezes, eles não eram abandonados nas ruas feito cães.

Eles estavam lá fugindo dos pais. E pelas histórias eu não faria diferente.

Ainda que teu pai não tenha te dado muito, agradeça por ter sido pai, e ainda ser, embora pidão.

E abre essa mão um pouco mais.

Ou não, sei lá, a vida é sua, as decisões são suas.

E também as consequências.

Só o fato de você vir aqui num fórum na internet faltando 3 dias pra terminar o ano pra ver o que o pessoal acha sobre o seu comportamento com relação ao pedido do seu pai, já mostra que se tem uma coisa que você não é, é egoísta.
Um egoísta nem se daria ao trabalho.

Vou trazer pra você, como já fiz várias vezes, uma experiência pessoal pra ver se te ajuda de alguma forma.

Meus pais sempre tiveram uma vida de quem ganhava uma grana razoável e sempre deram tudo de bom para os filhos e para eles, reservando algo entre aproximadamente 0% e dívidas pro futuro.
A vida sempre foi muito boa, mas nunca com grana sobrando porque tudo que o que se ganhava se gastava.
Não havia espaço NENHUM pra qualquer tipo de poupança. Minha mãe sempre gostou de comprar muito, muito mesmo, tudo o que via comprava, parcelava em 10/12x tudo. 

Acontece que em determinado período da vida a empresa deles perdeu um contrato razoável e isso os obrigou a pegar contratos mais baratos e muito cíclicos, o que gerava muito mais trabalho e bem menos renda.

Os hábitos de consumo não mudaram.
Parcela de cartão altíssima, parcelamento de fatura do cartão, negociação, renegociação e tudo mais o que se pode imaginar.

A vida financeira ia muito mal, com o crédito sendo cortado diminuiu bastante o consumo.
Chegou um ponto em que meu pai se aposentou e recebe 1,5 salário mínimo (tirando os consignados sobra pouco).

Algumas vezes minha mãe me pedia ajuda financeira - meu pai quase nunca me pediu isso - e algumas vezes eu conseguia, outras não conseguia.
Acontece que em diversas vezes eu tomei conhecimento de que ela me pedia esse dinheiro, mas quando recebia ele dava para outro familiar, não usava para as coisas dela e assim as dívidas e os problemas continuaram.
Pouco depois, descobri que raríssimas vezes o dinheiro era para ela, porque muito embora ela de fato estivesse precisando e eu soubesse disso, quando eu dava dinheiro para ela não usava com o que ela tinha dito precisar, mas sim dava para outro familiar (que sejamos sincero, tem um patrimônio bem gordinho e uma vida bem confortável pra ficar pedindo ajuda pra ela).

Só um pequeno off-topic: esse mesmo familiar uma vez me pediu dinheiro emprestado, eu emprestei e quando deu o prazo de pagamento perguntei se precisava de mais prazo para pagar e a pessoa me disse "mas por que? você tá precisando do dinheiro?"

O que eu comecei a fazer?
Não dava, emprestava.
Por mais que para alguns possa parecer sacanagem emprestar pra mãe, isso fez com que a frequência dos pedidos diminuísse consideravelmente e quando vinha o pedido eu relembrava que era um empréstimo, que não tinha pressa, mas precisava do dinheiro assim que ela pudesse pagar.

Certa vez, eu lembro que esse familiar financiou um carro no nome da minha mãe (com a autorização dela) e deixou um resquício de parcelas pra pagar e toda a documentação do carro atrasar (IPVA, DPVAT e multas), até o momento em que os débitos ficassem idênticos ao valor de tabela do carro. 
Pois bem, quando o carro ficou no "zero a zero", com um ar extremamente bonachão, fraterno, amável e todos os sinônimos possíveis a pessoa disse pra família toda que deu o carro de presente pra minha mãe.
Minha mãe tentou vender o carro e (com razão) ninguem queria comprar um carro com dívida, na promessa de que o proprietário pagaria.
Um dia conversando de bobeira, perguntei quanto faltava pra pagar os documentos do carro pra poderem vender e ela me disse que faltava X. No dia seguinte apareci na casa deles e dei o dinheiro não pra minha mãe, mas pro meu pai e disse que era para pagarem o documento do carro pra poderem se livrar dessa bomba.

Há algum tempo meus pais receberam um valor alto e meu pai veio falar comigo que estava com medo da minha mãe gastar todo o dinheiro em poucos meses e perguntou o que eles poderiam fazer e a minha sugestão foi que comprassem um apartamento para poderem ter renda de aluguel, porque isso ia dificultar minha mãe de ficar arrancando grandes pedaços do dinheiro. Eles compraram o apartamento e o valor do aluguel se somou ao 1,5 salário mínimo de aposentadoria do meu pai. A renda melhorou alguma coisinha, mas ainda sim todos os problemas financeiros continuaram.

Minha mãe sempre teve o hábito de tentar ser vendedora dessas marcas famosas: natura, boticário, jequiti, demillus, etc. O problema é que sempre que ela começava a fazer algo ela já criava um estoque gigante e em pouco tempo passava a euforia, várias conhecidas pediam, recebiam o produto e falavam que pagavam depois e ela não ligava e por fim, sempre pequenos prejuízos.
Com muita frequência me ligava e falava "preciso de X urgente porque tenho um boleto da natura que vence hoje" e criava uma grande urgência em cima disso.

No começo OK, mas conforme isso ficou frequente, passei a responder "ixe, pra hoje não tenho, só no dia do pagamento", ela se lamentava um pouco da situação e assim ficava, no dia do pagamento ela não me perguntava mais, mas dias depois a mesma coisa "boleto urgente".

São inúmeras situações que poderiam virar um livrinho de historinhas.

Por que eu to te falando isso?
Porque eu passava pela exata mesma indagação que você:

Sou egoísta?

Sou um mau filho?

Eu deveria me virar e pagar as contas dos meus pais?

Eles pagaram todas as minhas contas até eu sair de casa aos 19 anos, como eu posso negar isso agora pra eles?

As perguntas eram intermináveis.

Mas a minha conclusão (pode não ser a sua, claro), é de que não importa o quanto eu pagasse, sempre apareceria um novo boleto “da natura e derivados” ou qualquer outra coisa e sempre com um contexto urgente.

Graças a Deus eles tem uma casa pra morar e outra de aluguel, isso facilita a vida deles.

Para o descontrole financeiro, não tem renda que dê conta. Não se trata de uma situação pontual, se trata de uma história de vida.

Tem algum tempo que já tenho falado com minha esposa de ajudar eles com uma cesta básica caprichada todo mês, com compras em hortifrutti, essas coisas, porque aí vai sobrar uma grana que eles usavam no mercado pra eles gastarem como bem entenderem.

A mesma pergunta que você está se fazendo agora, muita gente lendo esse tópico (ainda que não comentem) já se fizeram ou em algumas situações ainda se fazem.

Relaxa e curte o fim de ano.

Abraço.

Obrigado pelas contribuições, sei que de forma resumida é mais difícil opinar, mas basicamente meus pais são separados, e na verdade fui criado com minha mãe, meu pai nunca teve boas condições financeiras, então durante minha infância etc ele só me ajudava de vez em quando com o que podia, nunca tivemos uma relação muito próxima, só o via no máximo uma vez na semana ou a cada duas ou três. Não reclamo disso, nunca tive luxo mas sou grato pelo básico que tive que me deu condições de melhorar um pouco de condição de vida. Porém hoje me deparo nessa situação com meu pai. Quando fui na minha cidade, fiz questão de o levar para passear e para almoçar fora, e dias depois mandei um valor X pra ele abaixo do que foi pedido, além de não ter concordado em lhe dá uma pensão todo mês. Hoje ele encontra-se chateado comigo por isso. Mas acho que fiz minha parte como filho. Espero que ele repense sobre isso, ou que eu reveja a situação caso eu esteja errado e abrir um pouco mais a mão sem que isso me prejudique financeiramente, meus planos etc. Mas é isso, vou tentar me cobrar menos e fazer só aquilo que tiver ao meu alcance e tentar evoluir, acho que é o melhor que posso fazer no momento. Agradeço a todos pelos comentários.

Desejo um feliz ano novo a todos dessa comunidade excepcional, forte abraço!

Cara... eu ajudo meus pais né... dou um dinheiro todo mês pro meu pai e pra minha mãe. É uma quantia assim... suficiente pra eles pagarem as contas deles sem Graaandes exageros. Foi mais ou menos o que eles fizeram comigo a vida toda, pagaram minhas contas sem grandes luxos... É uma quantia que nao me prejudica demasiadamente. Todo mês dou a eles. É obvio que as vezes eles pedem um pouco a mais... Se o mês foi mais tranquilo, eu dou um pouco a mais. Se foi mais apertado, ja aviso logo de cara que nao vai dar...
E é por ai... Vez ou outra dou um luxinho a mais pra eles... E assim vamos seguindo.

Eu seria mais rico se nao ajudasse eles? Com certeza. Mas a vida, cara, nao é uma corrida pra ver o Quão rico vc vai ficar la no fim, sabe?
A vida nao se resume a Acumular o Máximo de dinheiro que você puder.

A vida é pra vc evoluir em todos os aspectos.

Vc nao sera bem sucedido se tiver milhões na conta, mas um pai passando dificuldades... Longe disso. Vc sera um fracasso na vida.

Entao dinheiro é pra isso ai mesmo. Ajude seus pais com o máximo que vc puder, sem que isso te impeça totalmente de guardar pelo menos alguma coisa todo mês.

Por exemplo, se vc guarda 1k todo mês... Passe a guardar 500, e dê 500 ao seu pai.
E evolua pra ganhar mais 500 reais todos os meses... é esse o caminho, no meu ver.

Pelas informações básicas, eu daria. A n ser q vc tenha certeza que é para cobrir vícios. Nesse caso, conversaria com ele. Mas prefiro acreditar que se um pai pede dinheiro é pq precisa. Não sei seu histórico com ele. Meu pai me pediu dinheiro uma única vez pra pagar uma multa de IR. Eu dei e pronto. O valor n chegou nem perto do tanto de coisa que ele fez pra eu tivesse dinheiro suficiente um dia a ponto de ele precisar e eu dar. Então, questão com pai e mãe eu avalio tudo a partir do Sim.

Pais são diferentes... Você não existiria de não fosse eles. 

A exceção são aqueles que abandonam e depois que o cabra tá adulto vem querendo se reaproximar (geralmente quando o filho tá bom de situação, pra pedir grana), aí complica... 

Historinha: 
Uma vez "emprestei" (dei) uma grana.
Descobri que pediu emprestado pra emprestar pra outra pessoa. Praticamente caiu em um golpe. Idosos são mais propensos a golpes/aproveitadores e tem que ter atenção redobrada com isso. 

Eu sigo a linha do @manoeldelarconeto4617 Para mim, família é a coisa mais importante que temos.

Se sua relação com seu pai é boa, com certeza você deve ajudar. E caso você acha que ele administra mal o dinheiro, pague algumas contas dele.

Luz, água, plano de saúde... não sei se pagam aluguel, mas caso paguem esse seria o mais importante.

Hoje eu estou numa condição financeira boa e pago todas contas de consumo dos meus pais , e dou um fixo para minha mãe complementar mercado. Mas além disso IPVA do carro deles, IPTU da casa  já tá tudo na minha mão.

Antes quando eu não tinha uma condição tão confortável, eu pagava algumas contas e dava meu cartão alimentação em casa.

Eu simplesmente não consigo entender, algumas pessoas que tem bom relacionamentos com os pais, tem condição financeira muito boa, e deixam os velhos passando necessidades.

Se os ama, ajude, e dê graças a Deus por tê-los na sua vida.

@baraodocafe

nao acho simples a situacao.
mas tenterei simplificar ao maximo.

1- veja o que vc tem "disponível", pois não deve entrar em dívidas nem fazer rolo nem ficar apertado "à princípio" por causa disso.

2- veja como ele vive e de o mínimo de conforto que vc acha que ele deve ter, para uma vida digna.

3- vc nao precisa "dar dinheiro" diretamente para ele, mas pode por EXEMPLO:
pagar o plano de saúde, pagar as compras do supermercado, pagar o aluguel ou as contas.
assim vc consegue lhe dar conforto e dignidade sem ficar preocupado "em que" ele está colocando o dinheiro.

4- sei que beira "controle" o que escrevi acima (item 3), mas desta forma você terá mais segurança que ele está tendo o básico para viver e não "emprestando dinheiro para outros", "gastando em jogos" ou "caindo em golpes" como citado por outros assinantes acima.

espero ter ajudado

A decisão de querer ajudar ou não depende obviamente de todo o histórico e relacionamento com os pais.

O nível de ajuda depende de até onde vc pode tirar do seu para dar pra eles, considerando o fator acima. Defina uma faixa possível (entre o 6 e o douze) e veja o que ficaria bom pra sua #pas.

Estabelecido o valor, a forma como ajuda, que creio ser a melhor independentemente do que citei anteriormente, penso que deve focar em pegar os pilares básicos: saúde/alimentação/moradia. 
Pague um plano de saúde ou dê um vale-alimentação ou pague o aluguel.

Dessa forma você se compromete com algo que os ajuda e pode “negar” ou barrar outras solicitações que não queira oferecer pra eles mais facilmente.
1) Quero ajudar? (Coração)
2) Quanto posso me comprometer? (Razão + um pouco de Coração )

3) Como ajudar? (Razão)

E, além da ajuda, converse com seus pais, explique os malefícios do descontrole e viver de aparências. Não precisa ser cleitonildo, só dar o primeiro “toque” e depois vê se desperta alguma melhora neles.

Eu passo essa situação, filho único pais separados, ajudo os dois. Acho que gasto mais com eles do que comigo. As vezes sinto um sentimento de injustiça, mas não vejo outra possibilidade que não dar essa paz para eles.

Passei por essa fase que você esta passando. E se você tem necessidade de racionalizar as coisas como eu tenho, segue alguns exemplos: Pagar o plano de saúde, apesar de ser para eles na verdade é um seguro para o seu patrimônio, pois se eles tiverem algum problema isso vai estourar para o seu lado e pode te ser muito custoso. Outra ajudar com despesas com a casa própria deles, impostos, reformas, etc. Esse patrimônio deles é a ultima poupança disponível, ajudar eles a sustentarem esse patrimônio pode ser muito importante, pois não se sabe quanto eles podem viver, se chegarem aos 90 anos por exemplo esse patrimônio pode ser necessário para terem mais conforto. E o outro é o preço da paz, com certeza sua relação com eles vai ser melhor com eles mais tranquilos do que com eles passando por dificuldade, a paz deles é a sua paz.
Obviamente isso não se aplica a todos filhos e pais. No meu caso tenho bastante gratidão a eles.

@baraodocafe eu pago plano de saude pra eles, é uma forma de ajudar;

uma das coisas que eu recomendo para a #PAS
nao estou dizendo que seja o caso
mas ter reserva para ajudar os pais

Eis então o famoso amor "incondicional" que os pais projetam nos filhos desde antes do nascimento. "Você tem que ter filhos, AFINAL quem vai te cuidar na velhice?", "Eu fui um bom pai, agora MERECO retribuição". 
Comida, moradia básica e saúde - mesmo que todos os meses eu ajudaria pagando diretamente a conta destes itens, tirando isso, ou seja, sustentar luxos, vícios ou "mesada fixa" decorrente de má administração do dinheiro ao longo da vida não. Exceção seria se o pai, mesmo trabalhando muito durante a vida e tendo responsabilidade com o dinheiro, nunca conseguiu guardar muito pq ganhava pouco e proporcionou um vida digna aos filhos, ai sim eu contribuiria com algum pequeno valor para "luxos". 

Como vocês não são tão próximos...

ao invés de dar o $, seria possível pagar um boleto ?

É cada vez mais comum os filhos pagar plano de saúde, por exemplo, para pais que não pouparam (seja porque nunca tiveram condições ou por não ligarem para isso) nada a vida toda e agora ficam a mercê da roleta de saúde
Ou contas de coisas básicas tipo energia, água, etc

Talvez você consiga chegar num meio termo em que possa contribuir com a vida dele sem se sentir "pagando uma mesada"

é uma situação complicada, a gente aqui não tem a carga emocional que você tem para poder opinar

@CeticoHB ou seja, vc vai organizar um julgamento e o juri vai decidir se o pai merece dinheiro ou nao
se for um santo merece
se tiver um pecado nao merece

parabens

vc deve ser um santo tb neh

@Bastter e você acha que um pai que maltratou e abusou de um filho a vida inteira mereceria na mesma proporção de um pai cuidadoso? Parabéns, você deve ser a encarnação da madre tereza

postado por @Jamiro_Quai em 29/12/2022 09:31:13

Pagar o plano de saúde, apesar de ser para eles na verdade é um seguro para o seu patrimônio, pois se eles tiverem algum problema isso vai estourar para o seu lado e pode te ser muito custoso. 

Excelente observação. Esse argumento serve até para os egoístas (que não é o seu caso), pois esse "seguro" irá proteger o patrimônio do filho na hora do vamuvê no perrengue da saúde.

@CeticoHB quando nao temos argumento apelamos para o argumento maluco exagerado

parabens de novo

@Monstro556

Orra esse teu outro familiar aí é osso duro de roer!!!!

Que história essa do carro!!!

postado por @CeticoHB em 29/12/2022 11:43

Bastter e você acha que um pai que maltratou e abusou de um filho a vida inteira mereceria na mesma proporção de um pai cuidadoso? Parabéns, você deve ser a encarnação da madre tereza

Se só faço o bem a quem me fez bem, qual é o valor de meus atos?

postado por @Charlito em 29/12/2022 13:16:32

Se só faço o bem a quem me fez bem, qual é o valor de meus atos?

Caramba... Essa frase me deixou pensativo por um bom tempo. Parabéns!

Pelas informações que vc colocou...

-"Acho que fiz minha parte como filho": sim, vc fez.

-"mas não sei se agi errado em lhe ter negado se comprometer todos os meses ou não ter tentado ajudar um pouco mais": não acho q vc tenha a obrigação de ajudar mais do q pode ou mais do que quer ajudar, ajuda tem q ser de bom grado (redundância né?), ou seja, não dá pra ajudar mais do que se pretende/pode ajudar. 

É um assunto bem delicado, mas faça o melhor que puder, sempre com transparência com sua própria família.

Meus pais também eram separados, situação financeira bem ruim, do meu pai pior pois tinha vícios em bebida e em jogos. Sempre tive uma relação bem próxima com minha mãe e foi praticamente ela quem me criou, meu pai sempre ajudou muito pouco, mas por questão de necessidade, após ter uma vida mais equilibrada financeiramente, eu acabei ajudando mais ele do que ela, por ele sempre estar na pior.

Nos últimos 4 anos ele piorou muito, se entregou para as bebidas e entrou em depressão, internei ele pagando tudo por 2 vezes, na primeira minha esposa apoio, na segunda também mas já insatisfeita, pois todos nós sabíamos que ele sairia da clinica bem e acabaria voltando pra bebida, por falta de estrutura familiar e psicológica, eu conseguia visitar meus pais em média 2 a 3 vezes por ano, o contato era sempre telefone e video.

Na terceira vez que fui interná-lo, minha esposa ficou bastante chateada, pois via que eu não estava bem, querendo ajudar, mas sempre gastava muito dinheiro em vão, foi então que resolvi interna-lo escondido dela, pagando tudo sem ela saber... Arrumei pra cabeça em casa, e pra variar, saiu da clinica e voltou pra bebida, na última internação minha avó pediu para tirar ele com um tempo de 7 meses, achando que já estava bom, engano nosso, voltou com força máxima pra cachaça, machucou o joelho e não conseguia andar, ficou de cama um bom tempo e se definhou, na última vez que visitei meu pai, ele estava praticamente definhando em uma cama, com depressão, sem se alimentar, sem tomar banho, foi no dia do natal do ano passado, me pediu dinheiro, como sempre, dei pra ele se alimentar e comprar as coisas que precisava, mais sabia que no fim iria pra bebida e acabaria sendo roubado pelas companhias ruins que viviam ao redor. Foi a última vez que vi meu pai, ele faleceu de cirrose um mes depois, não nos falamos mais, pois ele já havia vendido até o celular que tinha.

Resumindo, fiz o que eu podia, gostaria de ter feito mais, talvez poderia ter feito, sinto culpado, mas também tenho consciência que não era só dar dinheiro, a luta era muito dele próprio, nessa caminhada tive vários desarranjos com a patroa em casa, pois sempre mandava quantias razoáveis pra ajudar ele e minha avó, muitas das vezes escondido, quando a esposa descobria era aquele climão, mas ela no final entendia.

Se tiver uma relação boa com seu pai, faça o que tiver nas condições para ajudá-lo, tente tratar do assunto com sua família (esposa e filhos) para não gerar estresse dentro de casa, mas não deixe de ajudar o velho. Eu ajudando como pude, ainda me sinto culpado, pois poderia ter feito mais, infelizmente não tem mais o que fazer. 

Dinheiro a gente corre atrás e ganha, a família, principalmente os nossos velhos, não tem o que fazer...

Abraços, boas festas de final de ano. 2023 abençoado a todos.

postado por @Charlito em 29/12/2022 13:16

Se só faço o bem a quem me fez bem, qual é o valor de meus atos?

foi para frases
das frases mais espetaculares ja escritas aqui

@Xiaodisi vc eh uma pessoa boa
so isso importa na vida
sinto pelo seu sofrimento

@Xiaodisi não se sinta culpado. Vc fez o que estava ao alcance. Não pode se reponsabilizar por decisões que seu pai tomou, ainda por cima porque era contrário a elas.

Mesmo sendo querido, salvar gente afogando requer muito cuidado pra não se afogar junto.

postado por @Giovanni em 29/12/2022 11:32

Como vocês não são tão próximos...

ao invés de dar o $, seria possível pagar um boleto ?

É cada vez mais comum os filhos pagar plano de saúde, por exemplo, para pais que não pouparam (seja porque nunca tiveram condições ou por não ligarem para isso) nada a vida toda e agora ficam a mercê da roleta de saúde
Ou contas de coisas básicas tipo energia, água, etc

Talvez você consiga chegar num meio termo em que possa contribuir com a vida dele sem se sentir "pagando uma mesada"

é uma situação complicada, a gente aqui não tem a carga emocional que você tem para poder opinar

sim Giovanni, eu tive uma ideia parecida e acho que é por aeh.
ele paga diretamente o mais importante e fica con a consciencia tranquila que o pai nao esta passando necessidades.

melhor que dar $ diretamente, na minha forma de pensar.

@Xiaodisi
Rapaz... Sua história é praticamente igual a minha. Tô até na dúvida se tu é o meu irmão.

Pais separados. Meu pai gastava tudo na cachaça enquanto os filhos passavam por privações. 

Ajudamos ele até o fim e ele também morreu de cirrose. 

Não consigo entender como um vício pode ser tão forte... Só parou de beber quando faleceu. 

alcoolismo eh MUITO mas MUITO forte
e muitos sao alcoolatras sem saber
tomem muito cuidado com isso
so piora com a idade se nao se livrar a tempo ou nao tratar
cuidado com esta vida q nao importa onde va o unico interesse é beber
cuidado com a glamourização da bebida
isso destroi vidas e familias

Saúde & Esportes > FAQ > Parar de Beber (tratar alcoolismo)

Histórias - Bastter.com
"1) Eu só posso dar o que tenho sobrando.

Eu preciso dormir, eu preciso comer, eu preciso de coisas. Eu preciso fazer as minhas buscas pessoais independentemente do que está acontecendo.

Se a pessoa está em um caminho de destruição, eu não posso parar a minha vida para cuidar dela, pelo contrário. Eu preciso da melhor vida possível para ter algo para dar para ela. 

As vezes que eu deixei chegar no ponto de não ter nada, foram as vezes que eu cometi erros.

Foram as vezes que eu acabei exigindo dos outros aquilo que nunca foi responsabilidade deles.

2) Eu só posso me responsabilizar pelo que eu faço.

A minha responsabilidade está no meu campo de ação. Se eu levo a pessoa no AA, a responsabilidade é de levar no AA.

Se eu falo/peço/levo para praticar esportes eu só posso me responsabilizar por isso.

Se eu fiz XYZ por alguém, isso foi meu para a pessoa.

3) Eu não posso responsabilizar a pessoa pelas minhas expectativas.

Todos os pacientes, inclusive os que não precisariam de acompanhamento e fazem Psi para desenvolvimento, tem as buscas pessoais deles.

Eu tenho expectativas sobre os pacientes, de como eles podem melhorar se fizerem XYZ, mas isso é responsabilidade minha.

A pessoa independe das minha expectativas delas.

4) Eu não sou responsável pelas expectativas delas.

O máximo que eu posso fazer é ouvir as expectativas, dizer (1) o que eu tenho para dar, (2) como eu posso me responsabilizar por algo, (3) e aceitar qualquer expectativa que eu tenha sobre isso é minha.
Qualquer coisa fora disso está fora do meu campo.

5) As pessoas são responsáveis por elas.

Eu só posso apoiar no caminho, eu mal consigo tomar decisões sobre mim, eu já tenho as minhas próprias dificuldades de viver o meu caminho e assumir a responsabilidade do meu caminho.

Eu não tenho como, por impossibilidade física, assumir o caminho dos outros. Eu posso ajudar no caminho enquanto andamos em paralelo, mas é impossível assumir a responsabilidade por outra pessoa.

Eu posso aceitar os erros dos outros, e agir para mitigar os danos, mas não é responsabilidade minha.

6) manter o mínimo é o bastante

Eu não posso assumir mais do que tenho, nem tenho como exigir isso. Se fizer vou acabar cobrando o preço que eu paguei por fazer o máximo.

Manter uma conversa em termos humanos, um almoço legal, um espaço de saúde e sem problemas é muitas vezes a única coisa que eu posso fazer. Sem brigas, sem julgamento, sem estresse. E ela determina o que quer fazer com isso.
Eu só posso fornecer a condição.

Eu posso abrir a porta, mas a pessoa precisa passar pelo batente."

Embora muita gente já tenha falado muita coisa aqui... e eu não saber os detalhes da sua relação com os seus pais, vou falar algumas coisas gerais.
Você aparentemente tem um relacionamento razoavelmente próximo com o seu pai, encontra ele, conversa regularmente... então vou considerar isso na sugestão.
Dinheiro serve para muito pouco do que é realmente importante na vida... a gente costuma a esquecer disso quando estamos bem ou em momentos bons. Acho que poder ajudar os seus pais é uma dádiva, muito do que você conquistou provavelmente tem muito do esforço deles envolvido. Então eu acho que você deveria ajudar os seus pais com o que puder, e ponto. Vai fazer bem a eles, você vai se sentir melhor com você, e vai ter paz agora e no futuro.
Agora, eu sinto que o formato que o seu pai pediu ajuda, não lhe agradou (e não tem nada de errado nisso). Minha sugestão é você assumir as despesas básicas dele, ou parte delas, dentro do que você consegue. Desse jeito você garante que ele consiga viver com dignidade, foge de ficar julgando os gastos dele, e ajuda com o que pode.
Não sei se seu pai tem alguma fonte de renda... mas vou considerar que ele não tenha renda, e que você consiga ajudar bastante... 
Nesse caso, assuma as despesas dele (aluguel, energia, água, internet, gás, comida, etc) e considere um valor que seja confortável para ele ter acesso à outras coisas (lazer, roupas, etc)

Caso você não consiga cobrir tudo isso, determina o que o for mais importante (exemplo: aluguel e comida).
E se dentro desse cenário, o seu pai não gostar, paciência... cada um faz o que pode.

Faça tudo que esteja a seu alcance, de modo que um dia quando seus pais se forem você não tenha arrependimento de não ter feito mais por eles

A verdade incomoda é que a grande maioria das pessoas com família estabelecida não tem sobra de caixa pra ajudar os pais, teria que diminuir o padrão de vida da família gerando algum tipo de estresse, pra aqueles que podem, devem ajudar com um valor fixo.

Honra teu pai e tua mãe. Ajude seus pais de todas as formas que vc puder.  Faça tudo que estiver ao seu alcance. São eles que nos deram a vida. Nas horas mais difíceis em que vc dependia de tudo , foram eles que nos sustentaram. E por pior que possa ter sido seus pais, vc só existe por causa deles. Nunca faremos o sufiente para quitar tamanha divida.
Siga tua consciência e auxilie no que puder.