Quando Vc Não Aguenta Mais :(
comentada em 22/03/2023 03:24

postado por @BrandonLee em 15/03/2023 04:55

Grande Mauro, espero que esteja tudo bem com você e sua família. Nas vezes que me senti angustiado e com esse tipo de sentimento fui direto procurar ajuda profissional e me apeguei na fé. Ambos foram de grande valia para mim e me fizeram superar o momento, talvez de forma melhor se estivesse ficado calado. 

postado por @andrewva1 em 15/03/2023 09:16

Saudações Mauro. Tenho 44 anos e julgo (pela minha limitará perspectiva) não ter passado por nenhum desses traumas de verdade (claro que tive problemas financeiros, doenças em família e morreram pessoas que eu gostava, mas nunca uma bancarrota ou um familiar próximo). Nesses episódios sempre conversei com amigos e família. Procuro exercitar, principalmente através da filosofia, meus pensamentos para quando esses momentos inevitáveis de perda da saúde e morte chegarem. E aqui é um grande local de treinamento para um bem viver. Abraço. 

postado por @wendler.dev em 15/03/2023 10:04

Dos exemplos, eu passei pelo relacionamento destruido. Um relacionamento de 4 anos.

E eu tentei de todas as formas listadas, falando com ela, com amigos, familiares, ajuda profissional, até com o travesseiro eu troquei ideia.

Mesmo com todos esses meios eu cai no "não aguento mais", claro, essa rede de suporte foi me fazendo refletir e entender o estado atual do relacionamento até que consegui desconectar e romper a relação.

Desses 4 anos, os últimos 7 meses foram de longas discussões sempre no mesmo tópico, e toda discussão saia um "action item" que no fundo nenhum dos dois estava disposto a cumprir, não ia pra frente mais.

Como vc disse, uma hora vai ter que enfrentar desconforto, e foi oque aconteceu. Meses depois ainda lido com algum tipo de desconforto ligado a esse término mas intensidade muito menor, e sigo aos poucos resignificando coisas que vivi nesses 4 anos e adicionando coisas que faltavam e nem tinha essa noção 

Espero que não tenha fugido do tema hehe 

postado por @Soprano em 15/03/2023 10:19

Oi Mauro, espero que seja uma pergunta genérica, e que você (e os seus) esteja(m) bem.

Interessante sua mensagem bem agora: passo por um momento muito delicado - uma combinação de diferentes fatores, alguns dos quais você citou.
1. Quando a pancada é forte, eu escrevo. Muito. Da forma que vier. Texto livre, poemas etc. Na maioria das vezes, compartilhar os textos com alguém querido ajuda demais - seja a pessoa diretamente envolvida na crise ou não. Se a pessoa estiver diretamente envolvida na crise, sinto que é melhor ainda. Me ajuda a compartilhar meus demônios e, no processo, lembro que sou apenas humano - e que sou falho. Muito falho. Caso a pessoa não esteja mais por perto para eu compartilhar os textos, eu escrevo mesmo assim. Vai que a pessoa consiga ler mesmo assim. O importante é despejar o coração aberto no papel. O papel nunca é crítico, podemos escrever o que quiser.

2. Além de escrever, conversar com alguém - amigo ou profissional.

3. Muito exercício físico, não tomar alcool nem usar drogas. Isso vale sempre, mas é crucial durante a crise.

4. Por fim, seja a crise qual for, eu sempre tento me permitir sentir. Mesmo que isso signifique ficar dias na cama. Uma das coisas mais difíceis pra mim é tentar sufocar a crise, o sentimento. Quanto mais eu guardo, pior eu fico. Portanto, nessas situações, se meu corpo pede, eu permito. Esse item 4 entra em conflito constante com o item 3.
Essas estratégias sempre me ajudaram muito mas, pela primeira vez, pensei em me machucar. Recentemente e recorrente. Procurei ajuda imediatamente. Foi a melhor coisa que eu fiz: eu tinha esquecido que sou apenas humano... Me ajudaram a lembrar...

Sigo em frente com um buraco no lugar do coração. Mas em frente sigo. E é pra lá que devemos focar.
Um grande e sincero abraço.

postado por @MADRASTO em 15/03/2023 10:34

Tivemos uma perda significativa, e apesar de estar sofrendo pensava mais nos outros familiares que estavam sofrendo mais. Após algum tempo com aquela angústia decidi procurar ajuda profissional.
Como sou do tipo que “sofre calado pra não incomodar os outros” creio que a ajuda profissional foi a melhor decisão.
no meu caso culminou em 1 ano e meio de terapia pq além da perda lidei com diversas questões pessoais.
Hoje me sinto mais forte. A comunidade aqui tb me ajudou em diversos momentos.

já quando é alguma decisão punk do trabalho pra decidir (largar um emprego ou coisa do tipo) eu converso com a esposa e com amigo muito próximo. Quem tá de fora sempre enxerga melhor a situação.
Forte abraço Mauro!!!

postado por @VamosPraLondres em 15/03/2023 10:49

Grande Mauro. Espero que esteja tudo bem. Saúde pra vc e para os seus.

Eu fui por tentativa e erro ao longo dos anos. Vou relatar minha trajetória para ver se ajuda na sua.

Erros:

- Ficar calado (aumentou a dor e a angústia)
- Ir direto ao profissional (as vezes vinham respostas pragmáticas, sem tanta empatia, e eu não conseguia descrever bem o que sentia)
- Falar com alguém que não tinha passado por alguma experiência parecida (ouvia coisas super aleatórias)

Acertos:

- Falar com alguém próximo, de confiança, com a mesma dor ou que já tenha passado por alguma dor parecida (ouvi como a pessoa superou aquilo ou palavras de autoconforto e empatia)
- Procurar profissional caso a dor e a angústia se alongue (eu consegui relatar melhor ao profissional o que acontecia em cada momento, qdo a dor vinha e qdo era o pico de tristeza, gatilhos etc. A profissional conseguiu me ajudar muito mais)

Enfim. Tem funcionado pra mim. Vejo que algum ente querido com empatia ajuda muito no acolhimento nos momentos difíceis, mas tb não espere muito pra procurar o profissional, para que a dor e a angústia chegue a pontos muito difíceis de lidar.

Tudo de bom pra ti e para os seus!

postado por @fmmlobo em 15/03/2023 10:59

Ora et labora.

postado por @rafaelmahfond em 15/03/2023 11:02

Bom dia
Vi que os nobres amigos escreveram muito bem, mas quero deixar um breve relato de experiencia pessoal.

Em 2019 minha mae faleceu de cancer.
Do momento q descobriu ate o falecimento foram 12 meses dos quais acompanhei bem de perto por 6 meses, pois moro em outro estado, mas consegui ficar perto dela nesse tempo.

Minha mae fez todo o tratamento convencional da medicina moderna sem reclamar um pio o que me surpreedeu muito, pois ela era uma pessoa muito amargurada com os fatos da vida dela.

Acredito q essa mudanca deveu-se à sua fé no seu Guia Espiritual que é Cristo.
Isso foi uma lição para mim. Ela nao noa deixou nada material, mas o exemplo de Fé dela me move todos os dias e me conforta tambem.

Por isso, digo que a Fé é uma mente que deve estar presente nesses momentos desafiadores.

Mauro
Obrigado pela oportunidade de compartilhar esta experiencia.

postado por @Aposentadoria10 em 15/03/2023 11:16

@Mauro, apesar de ter 53 anos, ainda não tenho uma fórmula  eficaz para todos esses momentos, mas em todas as situações a presença da família, principalmente da minha irmã , sempre foi fundamental. O que eu espero é que vc esteja bem! Apesar de sermos só avatares aqui, tenho muito carinho por você! Fique em paz !

postado por @cachorro_magro em 15/03/2023 11:54

Resumindo os sofrimentos: dinheiro, desilusão amorosa, doença/morte. Pra mim nessa ordem de dificuldades mesmo.

Acredito que seja natural do ser humano o sofrimento, tristeza com essas coisas. Mas quando fica uma coisa patológica, tristeza profunda e que não passa, atrapalhando o dia a dia, virou doença (depressão). Sou muito crítico com psicólogo e psiquiatra, hoje em dia as pessoas acham que é solução pra tudo, embora obviamente tenham seu papel de importância nesses casos patológicos. Depressão e ansiedade exacerbada atrapalham o raciocínio lógico e as emoções, sei por experiência com familiar muito próximo. 

De qualquer forma eu como cristão/católico creio que somente uma visão sobrenatural do sofrimento fazem as coisas "terem sentido". No final, o que leva as pessoas pro desespero, é não entender o sentido naquilo. Psicólogo e psiquiatra tem uma resposta muito limitada, pra não dizer nenhuma, em questões de ordem existencial. 

Familiares e amigos próximos, médico/psicólogo (se for mesmo o caso) e sempre a fé. O tema do sofrimento e redenção é central no cristianismo.

Um forte abraço, espero ter contribuido.

postado por @Phodastico em 15/03/2023 16:06

Mauro passei por um trauma terrível. Tentei de tudo um pouco: esporte, trabalho, estoicismo, não reclamar, etc. Até ajudou a aguentar o tranco mas o resultado não foi o que eu desejava. Eu achava que estava aguentando mas era ledo engano. Estava me afundando.

Quando eu realmente não aguentava mais, busquei ajuda profissional. 
E tem sido espetacular, realmente transformador, superou todas as minhas expectativas.

Hoje eu vejo que até demorei demais para tomar essa decisão. As coisas estão se encaminhando bem, mas consertar estragos depois de tanto tempo é muito mais difícil do que quando estão no início, ou, ou que seria o ideal, evitá-los.

postado por @Paulo em 15/03/2023 12:41

Baixo o ritmo.

Se tem um ponto de estresse forte, eu fico pianinho, remando devagar pq o que importa é sair do outro lado.

Tentar acelerar geralmente é gasto de energia desnecessário

postado por @CarameloHolder em 15/03/2023 12:46

Ainda que eu não tenha passado pessoalmente por uma desgraça em nível épico, lido demais com pessoas que passam com isso e fica minha visão. Nunca varra para debaixo do tapete, a introspecção é ótima, mas é o começo. Apenas seja criterioso com quem fala. Fiz 3 anos de terapia e me foi MUITO útil, eu estava pilhado, sem #PAS, tava no limite. Tem vez que eu me abro com bons amigos, isso reforça laços e pode trazer novas visões. A parceira também é uma ótima pessoa para se abrir. Grande parte dos problemas tem profunda relação com acharmos que estamos sozinhos.

Força aí guerreiro!

postado por @ebitda em 15/03/2023 12:49

Geralmente volto a ler os estoicos, Seneca, Marco Aurelio, Epicteto e Mussonio.

Mas se for um desses temas especificos, um livro q os consolida por temas muito bem: 

postado por @caomanco em 15/03/2023 13:12

Digo que todos os infortúnios da minha vida, e foram vários, e alguns bem demorados de tratamento físico, psicológico ou financeiro, foram as piores e melhores coisas que me aconteceram, tentarei explicar:

Piores coisas: porque nenhum ser humano gosta de sofrer com qualquer tipo de dor, seja ela física, emocional, financeira, etc, nenhum mesmo! E essa dor só aumenta porque não tem como fugir ou se esconder dos fatos. E isso dói, dói muito mesmo.

Melhores coisas: porque tratando com a mais pura sinceridade os fatos, e quando eu digo em ser sincero, é com relação única e exclusiva “você com você mesmo”, não é a sinceridade dos pais, da companheira, filhos, amigo, etc, estes também são fundamentais, mas o importante, a princípio, é ser sincero com você mesmo, para não arrumar mais um rolo em tentar esconder do problema principal e, com calma, tempo, fé e amor, depois de algum tempo, depois que esta fase passar, você poderá perceber o quanto evoluiu para superar o acontecido.

Na Bastter temos que nada supera o trabalho + aporte + TEMPO para o acúmulo de patrimônio e ter paz, porque haverá momentos ótimos da bolsa e outros péssimos, mas que, no longo prazo, teremos o nosso sossego como média. Faço uma analogia com as infelicidades da vida. Nada irá superar a pequenos ou grandes ajustes e/ou mudanças ou adequações das nossas ações cotidianas + amor a vida + TEMPO para ter de volta o sossego e paz.

Porque, além do mais, de qualquer forma você já está sendo obrigado a mudar pela dor que está conhecendo, mas também precisamos mudar pelo amor que sentimos, ou que havia antes do acontecido e tentar voltar ou nos adaptar para termos de volta a paz.

Ahh, mas estou com medo das mudanças... Mas, nestes casos, vai e aja com medo mesmo. Caso tenha alguma religião, pode-se alterar a frase para “Vai com fé!”, tudo vai dar certo!

Sobre a ajuda de terceiros, pode ser qualquer um com o qual você se sinta bem à vontade para desabafar, inclusive o terceiro pode ser o Deus que há dentro de você, mas pode ser um amigo fiel, familiar ou um profissional com o qual você possa sempre ser sincero e te faça se sentir melhor.
Esse também foi meu desabafo, Mauro. Espero que você esteja bem.

Um abraço.

postado por @Miudin em 15/03/2023 13:33

Continuo navegando...

Uma hora a tempestade fica para trás.

postado por @Bastter em 15/03/2023 13:34

@Mauro eu lido com isso fazendo esporte, esporte, esporte ate nao aguentar mais
nao deve ser a melhor forma mas eh a q eu lido
eu nao gosto de falar sobre as coisas, acho q ela vai desaparecer se eu nao falar
eh o inverso do certo e o Paulo vai me chamar de sardinha da mente
mas é como eu lido ja q vc perguntou

parar a vida eh muito ruim para mim

mas cada um eh de um jeito

postado por @leonardo505 em 15/03/2023 14:11

recentemente passei por uma situação assim, que me tirou o sono. Desabafei aqui na bastter.com e contei com várias palavras de apoio. E, claro, fui procurar ajuda profissional. Tudo isso foi muito bom para mim e para digerir/encarar o problema. Não fazer nada ou guardar para si devem causar estrago... mas sou burro e esta é só minha opinião baseada em zero artigos científicos... eheheheh

postado por @manguito em 15/03/2023 15:11

Mauro, acho que tanto faz, o importante eh como o Paulo disse, chegar do outro lado. Pq se chegar do outro lado o tempo vai se encarregar de tudo. Só tem que passar por isso sem botar tudo a perder. Grande abs, espero q esteja tudo bem.

postado por @smash_bacon em 15/03/2023 15:48

Dos meus 17 até os 20 anos de idade cuidei de meu pai, com sérios problemas de saúde em razão do diabetes.

Foi um período difícil, mas consegui aprender a estar sozinho e ficar bem mesmo assim. Digo isso no sentido de que amigos e parentes evitavam frequentar nossa casa ou de nos convidar a eventos sONciais, talvez por receio de incomodar (ou pela minha falta de disposição também).

Enfim, acho que é como o Paulo disse: o que importa é chegar ao outro lado.

postado por @Cult_72 em 15/03/2023 16:22

Com o passar dos anos aprendi a lidar com essas coisas sempre sozinho. Todas as experiências minhas em dividir com outras pessoas foram frustrantes e percebi que as pessoas não estão preparadas em lhe ouvir/ajudar, ou não estão interessadas e apenas fingem estar (e claro que isso fica nítido).

Então dou tempo ao tempo que esse sim sempre foi o melhor remédio. Como o Paulo disse, o importante é chegar do outro lado.

postado por @ediane em 15/03/2023 12:37

Quanto tô angustiada com algum problema a minha melhor estratégia é caminhar pela praia, pensar e rever alguns conceitos e refletir sobre o que está acontecendo. Isso amplia a minha visão e me ajuda a seguir em frente.
 

postado por @vynnus em 15/03/2023 13:15

sempre tem um caminho
observe as arvores

eu encontro paz debaixo das arvores

e qnd a coisa tá muito feia
eu planto arvores, faço mudas, faço algo no jardim
sempre tira o foco do problema

postado por @vynnus em 15/03/2023 13:48

postado por @Mauro em 15/03/2023 12:36

como foi dito acima por um amigo, acho importante saber "com quem" vc fala.

uma vez um amigo me disse que tava deprimido.

eu comecei a falar alguma coisa para ele mas parei na hora.
nao fiz mais um comentário sequer, so ofereci meu apoio emocional.
isso porque eu era jovem e nem tinha ideia do que era depressão, coisa que a maioria das pessoas nao tem ideia ate hj, pois eh MUITO dificil entender se vc nao passar por ela algumas vezes.

então temos que saber "com quem" falar, pois cada situação exige um jogo de ferramentas diferentes para que nós possamos passar por ela de forma menos danosa.

postado por @Cult_72 em 15/03/2023 14:23
Sim, sim, mas eu também optei por aprender a lidar sozinho...acho que as vezes envolver outras pessoas não vale a pena, até porque não se sabe como estão essas pessoas...vai que estão numa situação mais sofredora que a minha...rsrsrsrs

Mas ainda acho que é muito complicado...dependendo do círculo de amizades/relacionamento, nem sempre as pessoas estão preparadas para apoiar ou ouvir...mas isto não é uma crítica ou decepção...eu entendo perfeitamente que ninguém é obrigado a nada...assim como eu já fui procurado para dar conselhos e percebi que eu não tinha condições...e o que fiz foi apenas ouvir, já que falar algo nem sempre pode ser a melhor ajuda para a pessoa...

Enfim, cada situação é diferente...não dá pra generalizar tudo.

postado por @Don_Draper em 15/03/2023 19:44

Estou aprendendo a lidar com isso nesse exato momento. Uma semana que minha mãe se foi, vítima de um avc onde foi identificado 7 aneurismas, foram 18 dias de angústia acompanhando no hospital e para uma pessoa que estava "bem" e jovem (apenas 53 anos) foi um choque muito grande e repentino, eu não sei nem exatamente pra onde recorrer. 

postado por @Mauro em 15/03/2023 16:19

o que eu acho muito bom eh quando vc passa por uma situacao onde "alguem" te entende.

por exemplo (real), uma vez fiz um tratamento de saude e iniciei junto com um amigo que passava pela exata mesma situação.

entao podemos trocar ideias sobre como nos sentimos (febre, mal estar, boas e mas noticias).

isso ajudou muito e vi que consegui seguir no tratamento mais tempo pela parceria que tínhamos.

felizmente deu tudo certo e nós dois ficamos bem.

postado por @Don_Draper em 15/03/2023 15:44

Estou aprendendo a lidar com isso nesse exato momento. Uma semana que minha mãe se foi, vítima de um avc onde foi identificado 7 aneurismas, foram 18 dias de angústia acompanhando no hospital e para uma pessoa que estava "bem" e jovem (apenas 53 anos) foi um choque muito grande e repentino, eu não sei nem exatamente pra onde recorrer. 

postado por @DuqueLabrador em 16/03/2023 08:49

Mauro, os últimos meses foram muito difíceis pra mim e agora as coisas melhoraram bem (mas a questão não tá resolvida e nem sei se resolverá como eu gostaria)... Nesse tempo pra me manter saudável eu basicamente tentei ao máximo não negligenciar meu sono e alimentação (logicamente não estavam 100% normais, mas tentei manter esses fatores regulados), ajudei da melhor forma que pude com as ferramentas que eu tinha, aceitei que necessariamente não dependia de mim para que as coisas melhorassem, oração agradencendo o quê estava bom e pedindo a Deus pra me dar força, sabedoria e paciência para aguentar o tranco e conversar com pessoas de extrema confiança (minha mãe, 1 amigo e minha terapeuta).
O tempo passa e as coisas vão se ajeitando... as vezes não da forma como gostaríamos... Dia após dia... tudo passa.

postado por @fullmetal em 16/03/2023 13:00
Força meu amigo! Compartilhar o que sente é um importante passo pra ajudar a entender e aceitar, por pior que seja

postado por @silva29 em 16/03/2023 15:15

A reação da pessoa depende fortemente da própria personalidade, digo por mim mesmo, já tive morte próxima na família, dívidas fortes. Mas pelo que familiares falam para mim ou minha própria percepção, é que eu naturalmente acabo não me desesperando, claro que eu me importo com as pessoas (ajudo, converso), mas sou meio caladão (não sei se tenho alguma coisa de autista), mas é algo que nunca me colocou para baixo.

Mesmo nas situações difíceis, encontro no esporte uma válvula de escape (corrida, ciclismo, jiu jitsu) e me ajuda muito a espairecer.

para quem passa por situações emocionais difíceis, o esporte é a melhor terapia.

Mas, para quem é mais sensível emocionalmente, que tem dificuldade de pensar em outras coisas, realmente a indicação de um profissional ou um ouvido amigo é uma ótima indicação. Paciência com o tempo, pois ele ajuda a refletir sobre os problemas e como enfrentá-los.

postado por @Billions em 16/03/2023 20:42

Mauro

Eu passei por uma grande crise pessoal em 2020. Grande mesmo!

Tive ajuda de um psicólogo que me falou para eu me desligar um pouco das coisas, procurar me divertir, relaxar, investir em hobbies, sem ficar pensando muito no problema ou na solução.

Os únicos momentos em que eu conversava sobre o problema ou as soluções eram nas consultas com ele.

Deu certo pra mim. 

Depois de um tempo "desligado" eu voltei com força total, achei o caminho do qual eu havia me perdido.

postado por @JC2018 em 16/03/2023 22:43

Mauro

Para mim é questão de vida espiritual, de ver qualquer realidade como parte de um todo que tem uma ordem que transcende infinitamente o meu limitado ponto de vista. Qualquer sofrimento interior deriva da nossa soberba e cobiça por poder/controle, sempre.

Caso tenha interesse nessa perspectiva recomendo os livros do Jean Caussade: The Joy of Full Surrender, The Sacrament of the Present Moment e Abandonment to Divine Providence.

Tem coisas dele em português, mas em inglês deve ser mais fácil achar. Abraço.

postado por @Mauro em 17/03/2023 03:42

nestes pontos acima, independente de algo maior e mais importante que nossa limitada vida neste planeta, o "sofrimento" é real, a "dor" é real, o "sentimento" é real.

acredito que eu nao tenha entendido bem o que vc descreveu.
se quiser explicar melhor, gostaria de entender.

postado por @JC2018 em 17/03/2023 09:36

Claro, se eu puder vou tentar explicar em poucas palavras. Observe porém que "poucas palavras" para um tema desse porte requer a extensão de um pequeno artigo.

O entendimento desta idéia depende do sentido do termo "interior".

Na linguagem da vida espiritual significa a sua liberdade de reação diante de qualquer fato. As nossas dores físicas e psíquicas podem pressionar o quanto for, nós podemos reagir como bem entendermos a todos esses fatos porque não estamos limitados a nenhuma experiência em particular.

A prova disso é que diante de uma mesma experiência, dois ou três seres humanos podem reagir de forma totalmente diferente. Um se anima e vê o lado bom, o outro desanima e vê o lado ruim, etc. Os fatos, ou as dores objetivas, vamos colocar assim, são os mesmos, mas cada um faz interiormente o que quiser com isso, atribuindo um sentido que corresponde às suas crenças.

No caso de qualquer outro animal, sim, ele vive dentro dessa prisão da exterioridade do ambiente de certo modo (que já foi chamado de Umwelt), o que significa que não tem a liberdade humana de reação. Ele está totalmente condicionado pelo ambiente. Como seres humanos nós enxergamos a dimensão do sentido, e exploramos essa dimensão a partir das nossas crenças, ou seja, do exercício da nossa liberdade interior. As coisas significam o que você quiser que elas signifiquem.

Dito isso, a idéia não é de negar a realidade das dores físicas e psíquicas. Tudo isso é muito real. Mas não é tudo o que existe. A sua reação lhe pertence, porque interiormente você é livre para reagir acreditando no que quiser e atribuir o sentido que lhe convém.

Foi por isso que disse que o sofrimento interior é sempre voluntário, porque é derivado da escolha interior de não aceitar que as coisas estão fora do nosso controle, ou ao menos que não estão indo na direção que desejamos. Mas por que deveriam estar? Essa expectativa é uma invenção nossa.

Tem a solução exterior e mais prática numa situação crítica, que é a de ganhar tempo para o ambiente mudar para uma configuração mais favorável, mais ou menos como funciona a solução para um animal. Não há nada de errado nessa solução, porque certamente somos em parte animais mesmo. Mas ela não resolve o problema interior, por exemplo a soberba ou presunção de que a vida vai ser ou deve ser do jeito que queremos. A solução interior é mais permanente (e pode ser mais dolorosa do que só esperar as coisas mudarem), através do discernimento dos espíritos: fazer guerra contra essa pretensão e aceitar a gratuidade da vida, trocando acídia e murmuração por contentamento e gratidão. Se você realmente observa que tudo é gratuito, pode se tornar grato pelas pequenas coisas boas da vida muito rapidamente, bem como aceitar cada coisa que desagrada como apenas mais um mistério cujo significado lhe ultrapassa.

Escrevi mais do que era a intenção, e com certeza poderia dizer muito mais porque esse tema me fascina, mas não quero aborrecer, se é que já não o fiz. É que não pude resistir à oportunidade de dar testemunho dessa perspectiva. Espero ao menos ter dado uma idéia decente da coisa.

postado por @lccartaxo em 18/03/2023 21:24

Tudo bem, Mauro ?
Então, eu sou uma pessoa bastante ansiosa, que sente muita angústia e sofre demais antecipadamente.
Com ajuda de profissionais e colegas que vivenciam a mesma dor, aos poucos fui tomando consciência de que é um padrão de comportamento meu, e não é o mundo que quer me derrubar.
Então, o que me ajuda mesmo foi desabafar partilhando minhas dores. Mas não com qualquer pessoa. Tem que ser com pessoas que passam ou passaram pela mesma dor.
Empatia é tudo em um diálogo.
Já errei muito em tentar desabafar com quem não entende e nunca passou por isso. Não faço mais, pois já saí prejudicado me expondo dessa forma.
Com a experiência você aprende que o tempo faz curar as feridas. Desde minha avó e minha mãe, elas já tinham esse ditado.
É difícil realmente, mas não tem outro jeito. Precisamos chegar do outro lado. 
O que muito tem me ajudado recentemente é esporte. Correr, correr, pedalar, pedalar mais. Alguns dias até não aguentar mais. Tira a mente e o foco da dor, e passa a se concentrar em sentir o corpo e a respiração trabalhando.
Bom, é isso meu amigo.

postado por @MaiorBrisa em 19/03/2023 22:18

Ver mais

postado por @Rincewind em 20/03/2023 02:35

Cara, eu to assim.

Só de olhar pra bicicleta já sinto dor nas coxas a ponto de tremer, o estômago embrulha e a bunda dói.

Não tenho idea de como farei na próxima semana.

postado por @Mauro em 20/03/2023 13:17

nao entendi.
como assim?
esta desanimado para pedalar?

vc nao esta forcando demais, o que faz seu corpo "nao querer fazer o exercicio"?
talvez vc nao devesse ir mais devagar, fazer menos exercicios com mais obrigacao e constancia?

bem, nao entendi direito, so estou tiranod minhas conclusoes aqui pelo que vc escreveu no outro post.

postado por @O.Escolhido em 20/03/2023 13:33

Cara, eu não consigo nem imaginar qual seria a minha reação se acontecesse uma tragédia de verdade, algo com filhos, esposa, é algo que não tenho a menor condição de prever porque no geral eu sou uma pessoa que não se desespera com nada. Passei tranquilo pela pandemia, mesmo com o medo de perder meus entes queridos e amigos, mas como nada aconteceu, não existiu o sofrimento e eu não sofro por antecipação.

Meu maior sofrimento até hoje foi quando perdi o meu pai, mas como ele vinha doente há muito tempo, apesar da piora ter sido súbita, acho que internamente eu já estava preparado para o pior.

Nessa situação, fiz a única coisa que sei fazer, que é continuar com a minha vida, sofrendo um pouco menos a cada dia, até que o tempo se encarrega de transformar aquela dor, aquela angústia, em apenas saudades.

Então acredito que a única forma de lidar com esse tipo de problema é continuar vivendo e ficar atento a como o sofrimento vai progredindo. Caso o tempo não amenize nada, ou até piore, aí sim eu procuraria algum tipo de ajuda especializada.

postado por @Relampago em 21/03/2023 09:53

Geralmente uso a abordagem de resolver sozinho. Não falo com ninguém e toco a vida o mais dentro da normalidade possível. E quando a coisa aperta nível ultra hard, ligo pra minha terapeuta e fazemos uma temporada de sessões.