Gostaria de compartilhar com vcs essa minha visão do mundo e estou escrevendo para ser julgado mesmo e até para ver se eu recebo algumas voadoras.
Sempre me incomodou um pouco essa visão “de adoração” atribuída aos automóveis. Acho normal qualquer adulto ter brinquedos, mas não é isso que acontece. É o nível da paixão, da medida do sucesso, do adquirir esse tal status sONcial por possuir esse bem. Quase no nível “O SENTIDO DA VIDA.” Perco tudo na vida… perco trabalho, me separo da mulher, mas não posso viver sem um grande carro.
Um grande cientista descobriu algo que vai ajudar a humanidade.
Vem o “adora-carro” e pergunta: “Mas qual era o carro que ele andava?”
Fulano de tal atingiu o maior nível de disciplina e resultado em um determinado trabalho.
Por exemplo, se tornou um grande médico ou engenheiro.
Lá vem o “adora-carro” e pergunta “Mas qual o carro que ele anda”?
O cara passou em um dos concursos mais concorridos do Brasil. Hoje em dia trabalha muito e ganha bem. Aparece o “adora-carro” e pergunta: “Qual é o carro dele?”
Lembra do LaoTzu? Aquele maluco que ficava comentando maluquices no site da bastter.
”Não lembro quem é esse”
Tem certeza que não lembra? É aquele do Celta branco.
O adora-carro fala: “Ah… Aquele do celta branco eu me lembro.”
Me parece meio manadice… tipo como se a manada adorasse uma ferramenta… um martelo. E vão adorando um martelo de “mais alto nível”. No final das contas, limitado a utilidade, chega a ser uma comodity… Do ponto de vista de ferramenta de transporte, quase todos os carros resolvem quase a mesma coisa.
Vocês não acham que essa paixão por automóvel não é algo prejudicial?
(ATENÇÃO: verifique se esse post merece ou não merece sua voadora atômica do mês)