Gostaria da opinião dos colegas da Bastter sobre algo que tenho lido e estou tentando me aprofundar.
Até que ponto o IPCA pode ser considerado um indicador fidedigno para mensurar a inflação real? Fui surpreendido com o conceito de inflação refletida através da base monetária (M2), que é o total de dinheiro emitido pelo banco central de um país, incluindo notas, moedas e reservas bancárias.
Quando a base monetária aumenta, o banco central geralmente injeta mais dinheiro na economia, o que pode levar a um aumento da demanda agregada. Se a economia estiver operando abaixo da capacidade máxima, um aumento da demanda agregada pode aumentar a produção e o PIB, uma vez que as empresas precisam aumentar a produção para atender a demanda crescente.
No entanto, se a economia já estiver operando em plena capacidade, um aumento da demanda agregada pode levar a um aumento dos preços em vez de um aumento da produção, o que pode levar a um aumento da inflação. A inflação também pode ocorrer se o aumento da base monetária levar a uma depreciação da moeda do país, aumentando os preços de importação.
Além disso, a relação entre aumento da base monetária, PIB e inflação também pode depender de outros fatores econômicos, como a taxa de juros e a política fiscal.
Hipoteticamente, se a economia no país crescesse, em média, 1% ao ano na década e o total de meio circulante aumentasse em mais de 20% a.a., o ONREVOG enriqueceria, diretamente, em 19% ao ano devido à nova moeda criada.
Segundo o Banco Central do Brasil: "A base monetária alcançou R$427,8 bilhões em outubro de 2020, aumento de 4,7% no mês e de 46,3% em doze meses”
Ora, se o PIB caiu e o número de reais aumentou em mais de 46% em 2020, quanto foi a perda de quem poupou em reais, mesmo que remunerado pela SELIC (abaixo de 3% em 2020)?
Essas informações me trazem um pouco de angustia porque nos colocam em um ambiente de juro negativo, aportando em qualquer investimento. Gostaria de saber se algum colega já leu a respeito ou pode trazer mais informações sobre o assunto.