Crescimento dos sintomas de depressão entre jovens americanos
comentada em 20/06/2025 18:38

imagine adultos

Tem um documentário interessante sobre a possível causa deste problema: "O DILEMA DAS REDES"

postado por @Derson em 21/06/2023 17:14

Tem um documentário interessante sobre a possível causa deste problema: "O DILEMA DAS REDES"

eu vi este e achei muito interessante.
fala bastante sobre depressão em jovens.

postado por @sepjoel em 21/06/2023 21:00

imagine adultos

idosos a partir de 2020, também foram muito afetados com a pandemia.
acredito ter aumentado demais o numero de sintomas depressivos nesta população também.

@sepjoel @Derson @MoneyDog

alguns estudos "relacionam" este aumento exponencial da depressão em jovens americanos (que começou perto de 2014, com o desenvolvimento e abrangência das Redes sONciais (está no Documentario citado acima "O Dilema Das Redes sONciais" - Netflix).

fora isso, a pandemia exacerbou ainda mais os sintomas de depressão em todos os grupos, principalmente adolescentes e idosos.

postado por @Mauro em 22/06/2023 04:56

sepjoel Derson MoneyDog

alguns estudos "relacionam" este aumento exponencial da depressão em jovens americanos (que começou perto de 2014, com o desenvolvimento e abrangência das Redes sONciais (está no Documentario citado acima "O Dilema Das Redes sONciais" - Netflix).

fora isso, a pandemia exacerbou ainda mais os sintomas de depressão em todos os grupos, principalmente adolescentes e idosos.

já vi o Bastter citar "comprar coisas que vc nao precisa para impressionar pessoas q voce nao conhece com um dinheiro q voce nao tem".

as redes potencializam essa historia ai...

é todo mundo querendo ser mais que o outro e fatalmente vem alguma frustração

ainda nao vi o documentario mas vou colocar na lista! obrigado, Mauro!

O online é aquele tempero que complementa a vida real. Facilita chegar a alguns lugares, dá acesso a outras informações. Bem dosado é bom demais, mas precisa de substância.

Estão tirando todo alimento e focando no tempero, vive de sazon aí! A vida online (dos outros) é linda e fofa. O supra sumo de todos os outros então? Quase um conto épico! Aí o pequeno que não tem kilometragem na vida real olha ao redor no mundo real, vê menos cores e se acha um b*stão.

Se já tinha pouco de substância (real) para esse tempero (online), com a pandemia jogamos fora tudo o que tinha sustância e por vários anos vivemos de "tompero". Nós, já mais calejados, sofremos absurdos, mas temos bagagem para aguentar melhor. E os pequenos? A pandemia representou o que? 1/4 de suas vidas? Parte essencial da formação humana, e está toda baseada em imagem, em tempero...

Voltemos à raiz, ao básico, ao joelho ralado, ao "Call Of Duty" com cabo de vassoura, ao super man de lençol, à brincadeira de escolhinha, ao abraço suado e sujo no final da brincadeira, mais "sustânça", menos "tompero"...

postado por @Paulo em 22/06/2023 09:30

Eu mantenho o que já disse dezenas de vezes aqui na bastter.

Longe de mim defender as redes sONciais, mas elas não são causa de nada. Elas são o que gente constrói delas, por definição. Quem gera o conteúdo de redes sONciais são os próprios humanos que participam dela ativamente.

Até a gente entender que o problema não é o engarrafamento, mas que nós somos  o engarrafamento a coisa vai ficar muito complicada.



O problema só ficou evidente com as redes sONciais, mas ele já existia e tem muito mais relação com a forma que escolhemos viver do que com as redes sONciais. Quanto mais ficar nessa briga besta, menos será feito.

Igual é com alimentação ultraprocessada. Ou você aprende a comer direito, ou vai passar a vida brigando com a coca cola. Provavelmente, a coca cola é uma das responsáveis diretas pela  maior epidemia de morte evitável hoje: Obesidade.

Na primeira metade da década de 90, mais de 30% (1 em 3) crianças tinha a percepção de NÃO FAZIAM NADA CERTO.

25% se consideram inúteis.

Todo o resto segue essa tendência, a percepção de não ser suficiente. De que nada do que é feito pela criança é valoroso. De que ela é incapaz em relação ao mundo real. De destruir a percepção de valor "natural", e portanto a incapacidade de se perceber capaz de produzir felicidade/satisfação na própria vida.

Uma criança só pode aprender isso na relação com adultos e com a sociedade de forma geral.

Quem me dera o problema fossem as redes sONciais.

As crianças estão abandonadas, com uma pressão absurda, efetivamente cada vez mais incapazes de atingir as necessidades arbitrárias dos adultos de sucesso, incapazes de imaginarem um futuro possível para si.

O segundo graus está virando uma vida de concurseiro. Isso não dá certo nem para concurseiro, imagina para um indivíduo que, por definição, não tem estabilidade emocional, auto controle, capacidade de tomar decisões, autonomia pessoal.

Infelizmente, eu vou ter muito trabalho pela frente.

 

otima reflexao

postado por @Paulo em 22/06/2023 09:52

Mas todo mundo acha que sabe a dose de violência certa.

Não tem dose certa, ou você aprende a lidar como um ser humano estável, ou você tá abrindo essa brecha.

Sensacional.

@sepjoel

"" "comprar coisas que vc nao precisa para impressionar pessoas q voce nao conhece com um dinheiro q voce nao tem".
""

esta frase eh MUITO boa!!!
bem lembrado.

@Paulo

no meu raciocinio empirico,  acredito que talvez as crianças que fiquem mais na tela "possam" ter mais distúrbios porque os pais não dão atenção suficiente - dão a tela para as crianças calarem, deixam a criança de lado, e a mesma recorre às redes sONciais.

pode ter alguma relação ou tô delirando mesmo?

@Mauro  

Of all the people they’ve treated at this rehab center, Hilarie told me, there are certain things almost everyone has in common. They were all anxious or depressed before the compulsion began. For the patient, the Internet obsession was a way of “escaping his anxiety, through distraction,” she said. “That is their exact profile, ninety percent of the time.”

Before the Internet addiction, they had felt lost and isolated in the world. Then the online world offered these young people things that they craved but that had vanished from the environment—such as a goal that matters to you, or a status, or a tribe. “The highly popular games,” she says, “are the multiplayer games, where you get to be part of a guild—which is a team—and you get to earn your status in that guild. The positive side of that, these guys would say, is—‘I’m a team player. I know how to cooperate with my guys.’ It’s tribalism at its core.” Once you have that, Hilarie says, “you can immerse yourself in an alternate reality and completely lose track of where you are.

You feel rewarded by the challenges of it, by the opportunity for cooperation, by the community that you’re in, and have status in—and [you] have much more control over than the real world.” I thought a lot about this—about how the depression or anxiety preceded the compulsive Internet use for everyone here. The compulsive Internet use, she was saying, was a dysfunctional attempt to try to solve the pain they were already in, caused in part by feeling alone in the world. What if that applies not only to the people here, I wondered, but to many more of us? The Internet was born into a world where many people had already lost their sense of connection to each other.

The collapse had already been taking place for decades by then. The web arrived offering them a kind of parody of what they were losing—Facebook friends in place of neighbors, video games in place of meaningful work, status updates in place of status in the world. The comedian Marc Maron28 once wrote that “every status update is a just a variation on a single request: ‘Would someone please acknowledge me?’ ”

postado por @Paulo em 22/06/2023 12:22

Mauro  

Of all the people they’ve treated at this rehab center, Hilarie told me, there are certain things almost everyone has in common. They were all anxious or depressed before the compulsion began. For the patient, the Internet obsession was a way of “escaping his anxiety, through distraction,” she said. “That is their exact profile, ninety percent of the time.”

Before the Internet addiction, they had felt lost and isolated in the world. Then the online world offered these young people things that they craved but that had vanished from the environment—such as a goal that matters to you, or a status, or a tribe. “The highly popular games,” she says, “are the multiplayer games, where you get to be part of a guild—which is a team—and you get to earn your status in that guild. The positive side of that, these guys would say, is—‘I’m a team player. I know how to cooperate with my guys.’ It’s tribalism at its core.” Once you have that, Hilarie says, “you can immerse yourself in an alternate reality and completely lose track of where you are.

You feel rewarded by the challenges of it, by the opportunity for cooperation, by the community that you’re in, and have status in—and [you] have much more control over than the real world.” I thought a lot about this—about how the depression or anxiety preceded the compulsive Internet use for everyone here. The compulsive Internet use, she was saying, was a dysfunctional attempt to try to solve the pain they were already in, caused in part by feeling alone in the world. What if that applies not only to the people here, I wondered, but to many more of us? The Internet was born into a world where many people had already lost their sense of connection to each other.

The collapse had already been taking place for decades by then. The web arrived offering them a kind of parody of what they were losing—Facebook friends in place of neighbors, video games in place of meaningful work, status updates in place of status in the world. The comedian Marc Maron28 once wrote that “every status update is a just a variation on a single request: ‘Would someone please acknowledge me?’ ”

entendi.
só mais uma forma de demonstrar o que já havia.
internet, rede sONcial ou qqr outra coisa.

O nível de competição aumentou muito mais do que antes, criança/adolescente tem uma carga horária maior que a de um trabalhador médio e uma pressão de ser mais bem sucedido que os pais, com redes sONciais a coisa piorou pq seu sucesso ainda vai ser muito inferior ao sucesso de outras pessoas, fazendo parecer que é um fracasso. Pessoas hoje crescem isoladas, sem presença de pais, sem participar de comunidades, sem fazer esportes, numa pressão absurda pro sucesso. No Japão já existe um fenômeno chamado Hikikori, que são pessoas que basicamente se isolam completamente da sociedade graças a esses problemas.
https://www.cnn.com/2023/04/06/asia/japan-hikikomori-study-covid-intl-hnk/index.html

Há algum tempo eu li um diário de um jovem de 15 anos que relatou por alguns meses a sua experiência de profunda depressão, mas que infelizmente ela o venceu e o levou ao suicídio. Uma história extremamente triste, mas ao mesmo tempo nos dá uma visão do quão muitas de nossas crianças estão sem âncora, circulando no infinito, sem nenhum ponto de partida nem de chegada, de modo que para esses a vida não tem sentido algum. O diário está disponível na internet para quem quiser ler (deixo o link abaixo), mas adianto se você for sensível a este tema, melhor não ler!

DIA´RIO DO MIKHAEL_FINAL (1).pdf - Google Drive

postado por @Tempo_de_Voo em 22/06/2023 16:21

Há algum tempo eu li um diário de um jovem de 15 anos que relatou por alguns meses a sua experiência de profunda depressão, mas que infelizmente ela o venceu e o levou ao suicídio. Uma história extremamente triste, mas ao mesmo tempo nos dá uma visão do quão muitas de nossas crianças estão sem âncora, circulando no infinito, sem nenhum ponto de partida nem de chegada, de modo que para esses a vida não tem sentido algum. O diário está disponível na internet para quem quiser ler (deixo o link abaixo), mas adianto se você for sensível a este tema, melhor não ler!

DIA´RIO DO MIKHAEL_FINAL (1).pdf - Google Drive

PUTZ... eh triste mesmo.
e isso acontece frequentemente, todos os dias em todas as partes do mundo.

postado por @Paulo em 22/06/2023 09:30

Eu mantenho o que já disse dezenas de vezes aqui na bastter.

Longe de mim defender as redes sONciais, mas elas não são causa de nada. Elas são o que gente constrói delas, por definição. Quem gera o conteúdo de redes sONciais são os próprios humanos que participam dela ativamente.

Discordo em parte disso aqui.

As redes sociais podem não ser as causas, mas com certeza ela é um dos combustíveis dessa situação, deste agravamento. E é perceptível o aumento com a popularização das redes sociais.

Nós somos seres que temos a tendência de achar a grama do vizinho mais verde, e isso agravou com as redes sociais. Por isso, achei interessante a proibição na China dos "influencers" ostentar muita riqueza.

Existe muita violência nas redes sociais e isso é um mal ao ser otomano, são pessoas que as usam pra destilar o veneno que não conseguem na vida real, um veneno que mata que, joga, quem recebe e os transeuntes no momento.

Nos somos seres sociais, e devemos nos socializar, mas não somos preparados para tanta socialização e informação.

Infelizmente a sociedade moderna meio que obriga todos os membros da casa a trabalhar e em escalas absurdas, e as crianças são crescem sem uma base, elas crescem através das telas, babás, dentre outras... e sem um pingo de limite... 

A vida não é fácil, não importa a criação, ou origem, temos nossas lutas diárias, e muita das vezes somos nosso próprio inimigo, e o pior deles.

Hoje, uso somente duas redes sociais, e não deixo minha filha ter acesso a celular ou redes sociais, e o uso da tela dela é focado para o ensino dela.

Foco no contato humano presencial, tento e me esforço para dar uma boa base e ser um porto seguro para ela, para quando chegar a vez dela nas redes sociais, ela consiga perceber o que importa de verdade na vida.

Já fui muito reativo, hoje sou reativo, e amanhã menos ainda... Por isso venho aqui quase todo dia útil, para aprender um pouco todo dia, entender o quanto burro sou, e quanto tenho a melhorar, para poder ensinar a minha filha através de exemplos e não só de fala.

postado por @hello.tripy em 18/06/2025 09:39

Discordo em parte disso aqui.

As redes sociais podem não ser as causas, mas com certeza ela é um dos combustíveis dessa situação, deste agravamento. E é perceptível o aumento com a popularização das redes sociais.

Nós somos seres que temos a tendência de achar a grama do vizinho mais verde, e isso agravou com as redes sociais. Por isso, achei interessante a proibição na China dos "influencers" ostentar muita riqueza.

Existe muita violência nas redes sociais e isso é um mal ao ser otomano, são pessoas que as usam pra destilar o veneno que não conseguem na vida real, um veneno que mata que, joga, quem recebe e os transeuntes no momento.

Nos somos seres sociais, e devemos nos socializar, mas não somos preparados para tanta socialização e informação.

Infelizmente a sociedade moderna meio que obriga todos os membros da casa a trabalhar e em escalas absurdas, e as crianças são crescem sem uma base, elas crescem através das telas, babás, dentre outras... e sem um pingo de limite... 

A vida não é fácil, não importa a criação, ou origem, temos nossas lutas diárias, e muita das vezes somos nosso próprio inimigo, e o pior deles.

Hoje, uso somente duas redes sociais, e não deixo minha filha ter acesso a celular ou redes sociais, e o uso da tela dela é focado para o ensino dela.

Foco no contato humano presencial, tento e me esforço para dar uma boa base e ser um porto seguro para ela, para quando chegar a vez dela nas redes sociais, ela consiga perceber o que importa de verdade na vida.

Já fui muito reativo, hoje sou reativo, e amanhã menos ainda... Por isso venho aqui quase todo dia útil, para aprender um pouco todo dia, entender o quanto burro sou, e quanto tenho a melhorar, para poder ensinar a minha filha através de exemplos e não só de fala.

acho que o "meio" (redes sociais) não deve ser considerado "causa"

mal comparando, é como vc acusar o "vinho" de ser a causa do sujeito beber todos os dias.

SIM, concordo contigo que, quanto mais meios "fáceis e disponíveis", mais difícil é sair do "vício".

mas se o indivíduo tem uma vida plena (não digo que seja fácil) trabalhando, tendo seus hobbies, apoio da família, bons amigos, programas saudáveis e interessantes etc... não vai se importar com Redes Sociais pois tem coisa mais legal que fazer.

acredito que seja isso que o @Paulo tenha dito, pelo que eu entendi.

Tem que lembrar que o conteúdo do feed passa por uma "curadoria" pela plataforma, que intensifica ou limita certos assuntos por popularidade questões políticas etc. Desse jeito, vejo as plataformas como responsáveis por grande parte do problema sim. Nós usuários não apenas colhemos o que plantamos, mas o que é disponibilizado pra gente.

postado por @ClintEastwoody em 20/06/2025 09:08

Tem que lembrar que o conteúdo do feed passa por uma "curadoria" pela plataforma, que intensifica ou limita certos assuntos por popularidade questões políticas etc. Desse jeito, vejo as plataformas como responsáveis por grande parte do problema sim. Nós usuários não apenas colhemos o que plantamos, mas o que é disponibilizado pra gente.

Não plantar nem colher é sempre uma escolha.

Ainda mais em terreno onde raro algo de bom frutifica.

@Charlito
Hoje em dia é bem difícil ficar de fora a partir da adolescência. Um jovem sem rede social fica totalmente excluído. Tem que achar um caminho do meio e plantar com moderação nesse campo minado. Passada a vida escolar, começa a surgir a opção de sair das redes.

Sobre esse assunto, eu achei interessante relacionar com esse TED TALK, em que o psicólogo fala da relação de 'esforço x recompensa' que manda no ser humano. E como muito esforço sem recompesa é prejudicial, mas também como muita recompensa sem esforço também é.

Eu concordo bastante com isso que o @Paulo falou, mas também acredito que que a combinação de smartphone + notificações 24h + redes sociais tem um poder de agravar uma mente que já ta tendendo pra lados mais sombrios.