Assim que meu filho estava para nascer, me dediquei a aprender sobre disciplina positiva e comunicação não violenta.
Uma das coisas que li era sobre a dificuldade de não repetir com nossos filhos a forma como fomos criados, muitas vezes com base no autoritarismo. Quebrar esse ciclo comportamental é uma das barreiras a serem superadas, pois este hábito está internalizado em nós, afinal, convivemos com ele durante nossa formação como pessoas em desenvolvimento.
Acredito que muitos, como eu, nascidos nos anos 80/90, foram criados na base do “eu que mando”, sem muita margem para diálogo.
Particularmente, ter levado muito esporro e até ser bastante, de certa forma, humilhado, na minha criação, me trouxe alguns problemas na vida adulta, principalmente de autoconfiança.
Por isso, me comprometi a ser diferente na criação do meu filho. Respeito e diálogo foi a base dos primeiros anos.
Mas, me vejo agora em uma fase que me fez lembrar do trecho do livro que descrevi no segundo parágrafo.
Parece que aos poucos estou deixando de lado os ensinamentos da disciplina positiva, me tornando mais autoritário e menos respeitoso, mais ou menos da forma como fui criado (às vezes vejo muita semelhança na forma como meu pai era comigo). Até levei um puxão de orelha de familiares um dia desses, por agir assim.
Saber como outras pessoas conseguem superar isso, quebrando esse ciclo comportamental menos respeitoso, pode ajudar no meu desenvolvimento como pai.