Outro dia li uma postagem do Bastter dizendo que quem faz triathlon tem que gostar de sofrer. Pensei comigo: não gosto de sofrer, quero ser feliz. Mas amo nadar, adoro pedalar e correr faz com que me sinta vivo. Será que juntar os três seria tanto sofrimento assim?
Pois bem. No meio de janeiro, reativei meu Strava e comecei a dar alguns passos. Já estou acostumado a correr distâncias curtas. Mas também voltei a nadar milzinho na piscina do prédio. E a pedalar aos domingos com meu filhão de 9 anos. Puro prazer, sem pressa nenhuma.
Aí comecei a me achar. Vi que vai ter um triathlon em março perto de casa e decidi me inscrever. Minha esposa falou que sou maluco. Concordei com ela. "Mas, amor, vou fazer o menorzinho", falei. Ela continuou me achando doido. E nessa doideira resolvi que hoje faria um teste.
Acordei às cinco da manhã. Nadei milzinho. Voltei pra casa. Comi uma banana com aveia e pasta de amendoim. Levei meus filhos para a escola. Voltei pra casa. Peguei minha Caloi 500 e pedalei 22k. Voltei. Saí de novo e corri 5k. O impressionante: estou bem, leve, feliz. Foi mal, Bastter, mas esse sofrimento é alegria, bom demais. Agora quero sofrer em um standard. Quem sabe um dia um Iron Man? Tá bom, eu sei, vou precisar trocar a Caloizinha que ainda leva a cadeira de criança atrás.
Minha esposa vai me chamar de maluco. E eu vou concordar com ela. Mas esse maluco tá se achando um triatleta nato. E, por favor, caros avatares, me deixem pensar e sofrer assim. É bom demais.

