Como lidar com a iminente perda do Pai?
comentada em 05/05/2024 21:07

Não há atalho para o luto. Ao mesmo tempo, não se feche para sua esposa. Na medida do possível, converse com ela, com seu irmão e com sua mãe sobre o assunto. Você não está sozinho nessa e não precisa se enfiar num calabouço de tristeza. Está sendo difícil pra eles também.

Meu pai tem 89 anos e com a saúde muito debilitada. É duro saber que não temos muito tempo, mas tudo que eu posso fazer é aproveitar ao máximo o tempo que nos resta junto. E continuar cuidando e o fazendo se sentir orgulhoso do filho dele.

Força e espero que encontre o seu caminho,

Sinto muito. 

O que posso contribuir é que família e amigos são a forma que me ajudou. 

Desejo que tudo fique bem e você encontre paz, apesar de tudo.

Passei por isso, não tem muito tempo. Não tem outro jeito e não é fácil.

Se apoie nas pessoas que você ama e apoie elas também. Este momento é difícil pra todos.

Se permita chorar e conversar sobre seu pai quando der vontade.

Forte abraço!

Post duro, só posso desejar muita força para ti e tua família.
Meu pai tb está com saúde debilitada e já deu alguns sustos nos últimos anos.
No meu caso, o que mais tem pesado é que me mudei do Brasil e volta e meia bate aquele sentimento de culpa de não estar convivendo o suficiente com minha família no envelhecimento dos meus pais.

Muitas vezes para auxiliar nesse processo de dor e sofrimento, e não prejudicar mais suas relações familiares e sociais, seria importante contar com a ajuda de um profissional da psicologia ou psiquiatria. 

Cara, também já passei por isso. É duro, dói,  a gente chora, "se arrepende" de não ter feito mais coisas com o pai ou os pais. Mas infelizmente a vida é essa e esse é o ciclo natural das coisas. 
De fato não tem muito o que fazer, eu recomendaria ajuda profissional. 
Por fim, pode soar grosseiro nesse momento mas mais pra frente você vai entender, o que vc precisa fazer daqui pra frente é ACEITAR a perda, por mais dura que seja. 
Não é abandona-lo, pois ele ainda está em vida. Mas é fazer o que estiver a seu alcance e entender que aquele nosso pai/mãe de antigamente, com saúde, já não está mais aqui. 

Situação muito difícil, como falaram é muito doloroso mas sua esposa é sua aliada, compartilhe com ela suas angústias e aflições.
Meu pai também deu uma enorme baqueada, de repente virou um velhinho, a gente estranha muito. 
Desejo muita força para vocês.

@Cleitonesco

sinto MUITÍSSIMO por sua situação.
perdi mãe e pai em menos de dois anos (meu pai ano passado e minha mãe 1 ano e meio antes)
sei como é difícil quando estão por um fio, indo e vindo de hospital, definhando.

enfim, a vida acaba deste jeito, a menos que vc parta antes deles.

TUDO pode ser evitado individualmente, mas ALGUMA COISA acontece que tira quem amamos desta vida.

não tenho palavras para amenizar seu luto, pois o meu até hoje ainda sinto.

desculpe não poder ajudar nesta hora, mas o que peço é que vc não piore a relação com sua esposa mas sim divida o que vc sente com ela, que é quem ficará a seu lado.

Amigo, meus sentimentos pela eventual perda.

Meu pai faleceu de forma totalmente inesperada há dois anos e um mês (até postei aqui sobre, se quiser ler meu relato).

Desde que ele faleceu, dois amigos próximos perderam os pais em situações muito parecidas com a sua, AVC e debilitação demorada até a morte.

Conversei muito com eles e com suas famílias e notei que as duas situações são bem diferentes. Eu vivi o luto do meu pai após sua morte, eles viveram antes. Muitos familiares falaram sobre uma grande alegria de poder se despedir e de um alívio ao ver o sofrimento eventualmente acabar. Eu não tive isso, precisei inventar uma despedida sem a pessoa. É bem pior morrer do nada.

Ao mesmo tempo, nunca vi meu pai sofrer como eles viram e só tenho memórias dele forte e falante. É uma grande alegria ter visto ele sempre bem e um alívio nunca o ter visto sofrendo. Eles não tiveram isso, enfrentaram o acompanhamento de uma pessoa amada definhando. É bem pior morrer demorado.

Acho que é pior dos dois jeitos.

Mas, sob hipótese alguma, enfrenta isso sozinho. Compartilha com as pessoas amadas, especialmente com tua esposa, o que tu tá sentindo. É um peso pro relacionamento, com certeza, mas sofrer sozinho é sofrer em dobro sem necessidade. A sensação de carregar toda essa dor sem alguém pra te apoiar é terrível, faz de tudo pra evitar ela. Conversa, desabafa e tenta, de alguma forma, aproveitar esse restinho de tempo que tem com ele. Muita força, qualquer coisa nos chama aqui.

Olá, querido.

Sinto muito pela situação em que você está.

O que nos resta é amar é amar e ser amado.

É importante que a gente permita que quem nos ama cuide da gente quando a gente não dá conta de cuidar de si.

Se fechar em si mesmo geralmente só afasta o amor que a gente precisa de quem pode nos ajudar.

@Cleitonesco sinto muito pela sua situação
mas garanto q apesar de beber e tal ele te ama muito e quer voce seguindo em frente e feliz
claro q vai sofrer mas este sofrimento nao vai beneficiar ele em nada nem ninguem
em algum momento temos de seguir em frente com a certeza q vc deu o seu melhor

vou fazer um bode sobre seguir em frente, achei q ja tinha feito
fiz esse q tem a ver mas vou fazer um especificamente sobre seguir em frente

Bode do Bastter - #109 - Eu nunca mais olhei para trás, agora valendo!

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Eu passei exatamente por isso há alguns anos e os problemas foram os mesmos que você descreveu.

É duro, mas, a única coisa que eu posso dizer é que vai passar. Tente se manter o mais "saudável" dentro do possível e dê tempo ao tempo, aos poucos vai melhorando.

@Cleitonesco Primeiramente eu sinto muito e te desejo força neste momento difícil. 
O que me ajudou muito em perdas de familiares próximos foi o pensamento: Como que a pessoa que se foi queria que eu encarece isso dali para frente? E te garanto que todos nos querem muito bem e firmes sem sofrimentos. Meus avós até encaravam isto como uma vitória se todos ficassem bem quando eles partissem. Creio que é o mesmo caso do seu pai. Você está dando o seu melhor. Só de compartilhar aqui a dor já ajuda muito. Volte a conversar com sua esposa e filhos(se tiverem algum). E foca o que puder no trabalho. Nós aqui estamos torcendo por você e sua família. Abraços!

Sinto muito pela sua situação. Desejo força para você e sua família!

@Cleitonesco obrigado por compartilhar aqui. Estou passando por situação parecida e seu relato e as respostas da comunidade deram um alívio em meu coração. Desejo que enfrentemos esse momento com força e sabedoria. Graças a Deus tenho o apoio do meu irmão que está sendo uma rocha que mantém tudo em ordem e de minha esposa. Sugiro que se esforce para buscar o apoio de sua esposa e outras pessoas próximas que possam ajudar!
Fique com Deus

Força. Desejo o melhor para você. Se você consegue se abrir com alguém próximo é uma coisa boa a fazer. Tente falar com sua mulher, pois não falar pode ir minando sua relação também, o que seria mais um sofrimento. \

Desejo tudo de bom e que, na medida do possível, você possa passar por isso da forma mais leve possível.

Boa noite.
Meus sentimentos pelo momento que vocês estão passando.
Na minha experiência, eu só trabalho com isso, AVE só tem uma forma de dar bom: prevenção.

Infelizmente, depois de uma sequela extensa o filme é esse mesmo.
Se permita o luto. Curta ele, no seu tempo, da sua forma, como for possível.
Entenda que tudo na vida tem um ciclo que é natural.
Por trabalhar na área, o que eu mais fico triste pela situação é quando os familiares não aceitam o adoencimento do paciente gravemente enfermo.

E não permitem que a pessoa siga seu rumo, acabam brigando e estressando muito nesse momento, exigindo muitas vezes que nós médicos façamos medidas invasivas que apenas prolongarão um sofrimento inevitável.

Se conseguir, curta ele, ame, faça as pazes, faça o que ele gosta, traga quem ele sente falta e dê apoio nesse momento. E, aos poucos, ao seu jeito, internalize que esse processo é natural, faz parte do caminho dele, apoie ele, dê conforto e aproveite para modificar o que você consegue: dar conforto e amor neste momento.

@Cleitonesco vou contar um pouco da história do meu pai.

Ele sempre foi uma pessoa muito ativa no trabalho e não dava importância ao cuidado da alimentação. Próximo de 30 anos atrás (lá pelos seus 60) passou a se cuidar após o susto do diagnóstico de uma das carótidas praticamente bloqueada, necessitando intervenção cirúrgica. Por sorte o corpo dele criou caminhos auxiliares para irritar o sangue (de acordo com um médico).

Deste ponto em diante ele ficou bem debilitado e outros problemas surgiram, como insuficiência cardíaca (+- 50% de FE nos últimos anos) e câncer de próstata, a qual ele nunca pôde remover pelo risco cirúrgico. Já discutimos entre família que nosso pai virou a chave após as carótidas, mas talvez foi tarde porque impediu a remoção da próstata. Ele passou a caminhar, ajeitou o peso ideal, cuidou da alimentação e fez acompanhamento médico trimestral. O câncer foi diagnosticado por volta de 2009 e na época o tratamento recomendado foi radioterapia.

Na metade de 2023, após alguns sintomas anormais de dores corporais e internações e inclusive com infecções urinárias reincidentes com KPC, recebemos a notícia através de um exame de PET CT que o câncer se espalhou pelo corpo e nos ossos. Sentíamos que a cada semana ele descia um degrau, mas se manteve lúcido até aproximadamente um mês de falecer.

Nunca tive a experiência de perder um familiar e posso relatar que passei pelo processo mais torturoso e desgastante que posso imaginar na partida de uma pessoa, indo aos poucos e com pioras exponenciais nos últimos dias, sob efeito de metadona para a dor, confusão mental por causa das internações e remédios e falta de deglutição nas últimas semanas.

Ele partiu em novembro/23, uma sexta-feira. No domingo daquela semana dei a última refeição pra ele, algo que tomava todos os dias e adorava: café com leite, porém espessado pela dificuldade de engolir. Não sei dizer se naquele dia ele tinha alguma remota noção de quem eu era. O olhar era fixo para a parede do hospital e com pouca coordenação de olhar para os lados. Consegui dar metade de um copo até não descer mais e precisar massagear o pescoço. Aquele dia senti que de fato o fim estava mais próximo.
Segunda, terça, quarta e quinta ele não abriu mais os olhos, mas não faltou companhia e carinho. Dormia e roncava. Penso que estava mergulhado nos sonhos e lembrando da juventude, ocasiões que ocorriam frequentemente nas confusões mentais das últimas semanas. 

Desde o início eu, meu irmão e minha mãe fizemos tudo do possível pra dar conforto pra ele, e esta é a mensagem que gostaria de frisar para vc. Foque em fazer o possível pelo seu pai. Todos nós vamos partir, então dê carinho, esteja ao lado, converse, ajude a se vestir, se trocar, limpar, etc. Faça todas as vontades dele. 

A partida do meu pai foi triste, mas todos que nos acompanharam nos últimos meses dele nos disseram: ele descansou. A doença não venceu ele. Ele foi um guerreiro e lutou até o fim como pode. 

Uma pessoa que foi de extrema importância para a qualidade do fim de vida dele foi uma médica intensivista, recomendação das cuidadoras. Depois do diagnóstico das metástases ela nos deu todo o suporte e auxílio para "entender" o processo do fim de vida. Nos dava suporte no hospital durante as internações e via whatsapp quando em casa providenciando receitas digitais para os remédios controlados. 
Espero que você e sua família encontrem forças para providenciar tudo do melhor ao seu pai, e buscar nas ações que fizerem nesse intervalo uma forma de aceitar uma possível partida dele.

Sinto muito pela situação que você e sua família está passando. Enquanto há vida, há esperança! Junte forças com sua esposa, mãe e irmão para enfrentarem a situação da melhor forma que conseguirem. 

Sinto muito pelo que está passando. Me veio um filme na cabeça... 
Fique sempre por perto da sua mãe, dê todo o apoio pra ela.

Perdi meu velho na pandemia… entre idas e vindas por hospitais, num período difícil e intenso de pouco mais de 1 mês. Chorava pelos cantos frequentemente depois da ida dele. Mas queria muito poder voltar no tempo e “aproveitar” aquele mês sofrido ao lado dele. Abrace, beije, cheire, converse com ele na medida do possível. Aceite o apoio da sua esposa… ela é e será a sua fortaleza. Hoje lembro com alegria do meu pai em ações do cotidiano que me lembram muito dele e que trazem ele para perto de mim. Somente após a partida dele é que me dei conta do qto sou parecido com ele, apesar das inúmeras diferenças… Força meu amigo, sinta-se abraçado por essa comunidade maravilhosa (que muito me ajudou)!