Desde que me tornei Pai, tenho refletido muito sobre esse assunto.
A gente chama um monte de coisa de Amor, mas são sentimentos relativamente diferentes. O amor que a gente sente por filhos, pela parceira, pelos pais, pelos irmãos, pelos pets, pelos amigos, pelos desconhecidos, pelos nossos ídolos, etc.
Os Gregos tem a palavra Eros pro amor romântico, Ágape para o amor espiritual/incondicional, Filia para amigos, Storge para a família, Philautia para o amor próprio, Ludus, Pragma, etc.
A minha experiência com a Paternidade foi muito transformadora. Sentir esse Amor em que você aceita e está feliz em ser coadjuvante de alguém me motiva demais a ser uma pessoa melhor, a ter mais foco nas coisas que realmente importa, para que ter mais energia e tempo com meu filho.
Mas eu me esforço em me lembrar que eu além de ser Pai do meu filho, sou Tutor do meu cachorrinho (que me ensina diariamente, como ninguém, o Amor como Lealdade), sou Marido da minha esposa, sou Filho dos meus pais idosos, sou Amigo dos meus amigos, sou Tio dos meus sobrinhos que às vezes precisam de uma conversa, de um conselho.
É natural a gente querer se absorver num amor novo, no meu caso o pelo meu menino, quando a gente inicialmente é exposto a isso. É a tal fase de maior empenho quando temos uma paixão ou amizade nova.
Mas me parece ser preciso também não esquecer de cultivar e aguar as plantinhas que já fazem parte do nosso jardim.
E também me parece que quanto mais diversificado esse jardim, mais essa nova plantinha vai crescer de maneira forte e segura dentro de um jardim florido.
Não é sobre uma flor ou árvore apenas, mas sobre todo o jardim ou toda a floresta, por mais que em alguns momentos a gente se dedique a regar mais alguns plantas que mais precisam da gente.
Bom fim de semana, pessoal!