Vicio em pornografia me afetou sexualmente - Ajuda Eu Pow!
comentada em 02/11/2024 00:22

@Skywarp

1- eu acho que masturbação e interesse sexual são coisas normais dos humanos.
2- qqr coisa que seja EXCESSO pode fazer mal, até ar ou água.

o que vc deve ver é o que significa EXCESSO para vc, se 6x/semana, se 3, se 12, sei lá...
se EXCESSO é ver 3h de pornografia todo dia ou se é ver 5 minutos 3x/semana

para mim, vc está mais preocupado com um problema que vc ta criando na sua cabeça, do que realmente a existência deste problema te afetar ou mesmo existir.

se vc se masturbar logo antes de ato sexual, sim, pode afetar, mas se for dois dias antes nao faz a menor diferença.

se vc ficar imaginando somente sexo de formas "bizarras" que aparecem online e que NÃO REFLETE A REALIDADE COTIDIANA, vc pode ficar frustrado, pois aquilo não acontece para ninguém no dia a dia.

com certeza o Paulo pode te indicar alguma live, vamos ver.

@Paulo

O mauro costuma dizer que o vício em doce é diferente do vício de droga.
Você não precisa de droga para viver, nem para viver bem.
Você precisa comer para viver. Não da para parar de comer. Dá para parar de comer doce, mas não dá para ter jejum infinito.
 
Atividade sexual faz parte da vida. Isso é importante e saudável na vida adulta, cada um com sua necessidade sua busca.
Eu mantenho que o "estranho"/"o vício" é só ter essa forma como expressão sexual.
 
Pq escolher a pornografia, quando você pode mandar msg para sua parceira e ter conversas sexuais?
Pq não buscar o sexo na sua relação?
Pq não buscar outras formas de ter prazer?
provavelmente faltam pontes nesses caminhos para você desenvolver uma vida sexual mais saudável para ti.
 
O vício em pornografia é muito mais parecido com o vício em video game do que com o vício em drogas:
'"Of all the people they’ve treated at this rehab center, Hilarie told me, there are certain things almost everyone has in common. They were all anxious or depressed before the compulsion began. For the patient, the Internet obsession was a way of “escaping his anxiety, through distraction,” she said. “That is their exact profile, ninety percent of the time.”
 
Before the Internet addiction, they had felt lost and isolated in the world. Then the online world offered these young people things that they craved but that had vanished from the environment—such as a goal that matters to you, or a status, or a tribe. “The highly popular games,” she says, “are the multiplayer games, where you get to be part of a guild—which is a team—and you get to earn your status in that guild. The positive side of that, these guys would say, is—‘I’m a team player. I know how to cooperate with my guys.’ It’s tribalism at its core.” Once you have that, Hilarie says, “you can immerse yourself in an alternate reality and completely lose track of where you are.
 
You feel rewarded by the challenges of it, by the opportunity for cooperation, by the community that you’re in, and have status in—and [you] have much more control over than the real world.” I thought a lot about this—about how the depression or anxiety preceded the compulsive Internet use for everyone here. The compulsive Internet use, she was saying, was a dysfunctional attempt to try to solve the pain they were already in, caused in part by feeling alone in the world. What if that applies not only to the people here, I wondered, but to many more of us? The Internet was born into a world where many people had already lost their sense of connection to each other.
 
The collapse had already been taking place for decades by then. The web arrived offering them a kind of parody of what they were losing—Facebook friends in place of neighbors, video games in place of meaningful work, status updates in place of status in the world. The comedian Marc Maron28 once wrote that “every status update is a just a variation on a single request: ‘Would someone please acknowledge me?’ ”

---

Sobre masturbação.

A atividade sexual humana é algo normal, e não existe nenhum motivo real para remover a masturbação da sua vida.

Falo isso pq está rolando uma modinha com mistura de produtividade + red pill + religião falando um monte de mesbla e coisas sem noção sobre isso para vender os produtos deles.

O vício em masturbação envolve situações em que você não tem controle e se vê com necessidade e executando em situações inapropriadas, por exemplo, trabalho.

Ou quando está gastando muito tempo consumindo pornografia, o que não obrigatoriamente tem relação com a masturbação.

Geralmente ambos estão ligados a dificuldades na expressão da sexualidade e no desenvolvimento da sexualidade, em como você vive e expressa sua sexualidade.

O primeiro caso é mais difícil de fazer alguma orientação que não seja procure ajuda profissional para lidar com isso.

O básico envolve: evite pornografia, aumente esportes, aumente as atividades prazerosas na vida. Faça um registro de quais são as situações em que a compulsão aumenta e tente entender como elas te afetam e quais as outras alternativas para lidar com isso que não a masturbação.

No segundo caso, do vício em material pornográfico, geralmente está relacionado a uma pobreza ambiental, desenvolver e ocupar seu tempo com outras atividades que não sejam pornografia, incluindo esporte, hobbies, contato sONcial positivo, metas de longo prazo que te mantenham engajado geralmente são um caminho muito bom.

---

Como eu falei no chat, mais pessoas adoecem por se reprimirem dessa forma do que por vício em masturbação.

O desenvolvimento da sexualidade é algo normal, faz parte do ser humano e não tem nenhum problema no que você descreveu.

Isso é uma escolha pessoal, e, no melhor do meu conhecimento eu não tenho nenhuma recomendação para que você evite a sua sexualidade nesse momento.

É igual fazer jejum, ou aumentar o tempo sem respirar debaixo d'água por motivos quaisquer (religioso, promessa, treinamentos de estresse etc), são escolhas pessoais e não existe um motivo real ou recomendações reais para isso.

Como o O.escolhido falou, alguns problemas, dos mais brandos são: Baixo autocontrole, impulsividade, raiva, reatividade, baixa tolerância a frustração, aumento da percepção da sexualidade, entre outros.

Eu entendo a dificuldade com a pornografia, então fica como sugestão:

- Masturba-se sem pornografia;
- Masturba-se pensando na sua esposa;
- Conversar com a sua esposa sobre como vocês podem explorar a sexualidade de vocês no período que ela está no período de menstruação;
- Desenvolver com sua esposa outras formas de sexualidade que não envolvam a penetração vaginal;
- Desenvolver técnicas de estimulação de prazer corporal não masturbatório;
- Desenvolver outras formas de erotização da relação com sua esposa além do sexo, para que vocês possam passar esses dias sem sexo;
Entre outras coisas.

Além disso, a sexualidade humana é muito maior do que o gozo, sendo este apenas a última parte do ato sexual. Mas a qualidade da atividade sexual não é definida pelo final.

Então, acho que se você está preocupado com isso, você poderia pensar um pouco melhor em como você sente prazer na atividade sexual, e como você se relaciona com a sua sexualidade para descobrir novas formas de sentir prazer sexual.

---

@Skywarp a sua ansiedade afeta muito mais a sua sexualidade do que a masturbação.

Aprendam a separar a vida de vocês da realidade.

Se você tem uma opinião PESSOAL sobre masturbação, ok, sigam a vida de vocês.

Se você tem um problema moral com a masturbação era a sexualidade, isso é uma coisa pessoal.

Se você tem um vício, em qualquer coisa, ou seja:

1. Você faz a coisa muitas vezes. (1x) por dia não é muito, é normal.

2x por dia de vez em quando, é normal.

Passar dias sem se masturbar também é normal.

2. Você corre riscos enquanto pratica ou para praticar.

Não são os inventados por vocês e por gente maluca. Vocês falam igual gente que toma, sei lá, cúrcuma. Se não tomar cúrcuma, você vai ter cancer, morrer, sei lá. Não são problemas inventados.

Estamos falando de pessoas que não conseguem se controlar e fazem no trabalho, no ônibus, tem que ir a banheiros públicos, ou não se contém em público. Você corre riscos reais.

3. Você tem dificuldades comportamentais e cognitivas se você não consegue fazer.

Lembre, sexualidade é igual comida. Você não pode se abster para sempre. Nós somos seres sexuais biologicamente. Não faz bem ficar grandes períodos sem atividade sexual.

Ninguém fica bem sem atividade sexual por tempo prolongado. Se você quer se faquir e ficar sem comer, quer se padre e fazer voto de castidade, isso é uma escolha sua. Ninguém tem nada com isso, mas não é saudável.

Vocês estão propondo aumentar o tempo sem respirar em baixo dagua. Quer fazer isso, faça. Mas não existe nenhuma recomendação de saúde para isso.

4. Impulsividade/falta de controle sexual ou hipersexualidade.

Se você você sexualiza todas relações humanas ou situações humanas.

Que não é eventualmente fantasiar sexualmente sobre algo.

Se você preenche alguma dessas coisas, talvez você tenha um problema, e a recomendação é procurar um profissional.

NÃO EXISTE NENHUMA EVIDÊNCIA DE QUE MASTURBAÇÃO FAÇA MAL.

EXISTEM PILHAS DE EVIDENCIAS MOSTRANDO QUE RESTRICAO SEXUAL FAZ MAL.

@Tazmaniadf a área de saúde não é área para achismo.

A área de saúde é para informações científicas em saúde.

Eu ainda não apaguei sua mensagem pq tem um relato pessoal que é interessante.

Vou apagar agora, e se quiser refazer o relato sem a parte de achismo, pode postar. 

Não existe nenhuma parte do corpo que se desenvolva sem prática.

Absolutamente nenhuma.

Lógico, que assim como, os músculo se você exagera, vai ficar sem nem conseguir andar no dia seguinte. Existe ponto de exaustão e fadiga se você exagera.

Não existe nenhum argumento geral ou específico para acreditar que o desenvolvimento sexual humano é melhor por abstenção.

Pelo contrário, só piora o desenvolvimento, assim como comida, restrição só leva a mais ansiedade e piora do comportamento alimentar.

Quase todos os problemas relacionados a sexualidade que eu tratei na carreira eram relacionados a ausência de desenvolvimento da sexualidade. Que é o que a literatura científica no assunto diz.

Parem de inventar maluquices.

Estudo mostrando que o problema é mais da percepção moral da pornografia, especialmente em
pessoas religiosas, inclusive, é previsível o relato de hipersexualidade em pessoas religiosas Segue 2 meta analises:
Pornography Problems Due to Moral Incongruence: An Integrative Model with a Systematic Review and Meta-Analysis | Archives of Sexual Behavior

"auto-identificar-se como ter tendências hipersexuais foi associado a maior religiosidade autodeclarada, e em uma amostra de homens croatas (Štulhofer, Jurin, & Briken, 2016), pontuações extremamente altas em uma medida de autorrelato de hipersexualidade foram associado com maior religiosidade. Da mesma forma, em pelo menos dois estudos de estudantes de graduação nos EUA (Grifn et al., 2016; Hook et al.,
2015), maior hipersexualidade relatada também mostrou relações com maior religiosidade relatada."

Ou seja, as pessoas estão se descrevendo como hipersexualizadas sem ser por uma questão moral/religiosa, inclusive com toda essa seita e maluquice que se inventa em volta do problema.

O problema não existe da forma que vocês estão descrevendo, e, acreditem essa história de vício faz mais mal do que bem. Como eu já repeti dezenas de vezes, a repressão sexual tem pilhas e pilhas de evidências contrárias. Culpa pela expressão da própria sexualidade está vinculada a dezenas de adoecimentos.
"Se assumirmos que as percepções dos problemas representam uma autoavaliação válida e precisa da verdadeira desregulação (como oposta a uma resposta de angústia decorrente de incongruência moral), então também se poderia esperar que tais percepções também prevêem um maior uso de pornografia ao longo do tempo. No entanto, este não parece ser o caso nas obras limitadas que examinaram este tópico empiricamente. Trabalhos muito recentes sobre o papel dos problemas percebidos na previsão da pornografia uso ao longo do tempo descobriram que tais percepções não predizem o relato de uso de pornografia durante um mês ou um ano intervalo de tempo em estudantes de graduação ou adultos (Grubbs, Wilt, Exline, & Pargament, 2018a).

Notavelmente, esta falta de previsão é encontrado tanto para o uso diário médio um mês e 1 ano após o início do início do estudo quanto para o uso relatado (ou seja, reconhecendo o uso qualquer pornografia dentro do prazo especificado). De forma similar, em um estudo longitudinal de duas semanas previamente descrito de ara os homens malaios (Fernandez et al., 2017), as percepções de uso problemático (medido pelo CPUI-9) não prever tentativas fracassadas de abstinência relacionadas à pornografia."

Ou seja, a percepção da pessoa, o auto-relato dela de vício em pornografia ou hipersexualidade não é confiável.

"Coletivamente, tais descobertas indicam que a autopercepção dos problemas ou da perda de controle dos indivíduos pode não ser confiável ou preditores robustos do uso de pornografia. No entanto, tais descobertas são consistentes com o atual modelo de PPMI, o que sugerem que a experiência de problemas com pornografia é mais associado à incongruência moral e sofrimento associado do que com o uso em si.

O que esse autor propõe é lidar com isso a partir de um novo conceito, que não vício, chamado PPMI, problema com pornografia por incongruência moral. Que teriam outros caminhos de tratamento bem diferentes dessa maluquice que está sendo inventada.

Além des

"Em vez disso, como foi articulado anteriormente, parece que ter algum uso de pornografia é uma condição necessária para experimentando PPMI, mas a quantidade ou frequência desse uso desempenha apenas um papel menor. Em suma, para um grande número de pessoas, as percepções de dependência ou problemas associados à pornografia parecem ser em grande parte motivadas pela incongruência moral, o que é consistente com nosso modelo de PPMI.

Não é o vício que vocês estão relatando, mas o seu conflito moral. Procurem ajuda, existem formas de lidar com isso, mas não é criando um inimigo mágico nem tentando castrar toda a população.

outra meta analise:

Assessment and treatment of compulsive sexual behavior disorder: a sexual medicine perspective | Sexual Medicine Reviews | Oxford Academic

Alguém que elaborou bem melhor do que eu o que eu disse sobre existir um monte de grupos querendo vender métodos predando nas dificuldades que foram relatadas acima.

"Apesar da proliferação de estudos relacionados a CSBD nas últimas duas décadas e da inclusão de um diagnóstico oficial para CSBD na CID-11, uma das questões mais fundamentais em relação a CSBD ainda diz respeito à identificação precisa daqueles que sofrem CSBD. Isto é fundamental para evitar a patologização de comportamentos sexuais normais ou diagnósticos incorretos de indivíduos e para fornecer cuidados adequados a todos que procuram tratamento para seus comportamentos sexuais.
Pessoas com CSBD apresentam-se clínica e socialmente com uma percepção de comportamento sexual fora de controle, extremo culpa pela gratificação sexual e sofrimento relacionado às consequências adversas do comportamento sexual repetitivo e/ou à falta de satisfação dele. Isso pode incluir culpa e vergonha pela masturbação, uso de pornografia online, pensamentos sexuais intrusivos e atividade sexual com outras pessoas fora de um relacionamento ou de limites sociais estabelecidos. 
Isso foi popularizado na mídia como um “vício em sexo” ou “vício em pornografia” e, portanto, como um distúrbio, mas também é retratado em algumas publicações científicas como sendo “uma reminiscência” do vício e atribuído ao tipo de função cerebral sensibilizada da dopamina. observada na dependência de drogas.
A dependência de sexo ou pornografia, por sua vez, tem sido usada na mídia como um processo fisiológico abrangente subjacente ao comportamento percebido que leva à culpa, vergonha ou sentimentos de angústia ou a condições percebidas nas quais as respostas sexuais são embotados (por exemplo, na disfunção erétil induzida por pornografia), em que as pessoas que veem pornografia e presumivelmente se masturbam compulsivamente tornam-se incapazes de obter ou manter ereções com seus parceiros ou mesmo com vinhetas pornográficas anteriormente utilizadas. 
Em vez disso, acham excitante o suficiente para induzir a ereção e permitir a masturbação ou atividade sexual. Uma indústria baseada nos princípios de Alcoólicos Anônimos cresceu em torno do tratamento do “vício em sexo” e do “vício em pornografia” desde a década de 1980.
 Esta indústria está diretamente relacionada ao aumento do conceito de vício para descrever qualquer excesso, comportamentos fora de ordem ou controle e à proliferação de grupos de autoajuda, que são modelados a partir de grupos de 12 passos e programas de tratamento que têm sido úteis para pessoas com transtornos por uso de substâncias."

E aqui, uma grande elaboração sobre o uso de pornografia e vários estudos que h
"A frequência ou quantidade de um determinado comportamento ou atividade é um indicador objetivo potencial de problemas de controle (por exemplo, frequência de consumo de álcool45-47).

No entanto, quando examinamos comportamentos que derivam de impulsos apetitivos naturais,
como comportamento sexual, é mais desafiador traçar a linha entre comportamento “normal” e “desregulado”, pois os desejos e experiências sexuais das pessoas podem variar substancialmente.

Essa variabilidade, mesmo formas extremas, é normal se o comportamento não causar sofrimento, comprometimento ou outros problemas funcionais.5,48 Por exemplo, descobertas de uma meta-análise recente de 61 estudos sugerem que a quantidade de uso de pornografia tem uma associação moderada positiva com PPU,49 indicando que uma quantidade maior de uso de pornografia está associada a
PPU mais grave.

No entanto, a associação foi apenas moderada, e a frequência do uso de pornografia foi identificada como o sintoma mais periférico da PPU em particular e da CSBD em geral em estudos analíticos de rede de populações em geral e em busca de tratamento.50,51 Assim, a frequência ou quantidade de uso de pornografia por si só pode não diferenciar com precisão aqueles com e sem problemas de controle

Esta noção foi apoiada por estudos em larga escala em populações em geral e em busca de tratamento.52-54 Além dos grupos que raramente usavam pornografia e não apresentavam problemas de controle (ou seja, usuários não problemáticos, 68%-76% dos usuários) e aqueles que usavam pornografia com frequência e identificados como PPUs (ou seja, usuários problemáticos, 3%-12%),52,54 2 outros grupos surgiram que podem ser importantes para o diagnóstico diferencial.

Alguns usavam pornografia com a mesma frequência que usuários problemáticos, mas não relataram problemas de controle.53-55 Ainda outros usavam pornografia raramente, mas vivenciavam PPU autopercebida. Em um estudo, o grupo não problemático de alta frequência compreendia 19% a 29% dos usuários52 e pode representar aqueles com alto desejo sexual cujos comportamentos sexuais se alinham com suas necessidades e não causam consequências adversas em
suas vidas.56,57

De fato, o número de pessoas com uso não problemático de alta frequência foi de 3 a 6 vezes maior do que com uso problemático de alta frequência, sugerindo que o uso frequente
de pornografia, por si só, não é necessariamente problemático.

O quarto grupo de usuários de pornografia era composto por aqueles que assistiam pornografia raramente, mas ficavam muito angustiados com isso (aproximadamente 12% dos usuários54)."
Ou seja, pessoas com convicções morais e religiosas superestimam, supervalorizam e por fim sofrem muito mais que a população normal em relação a masturbação e uso de pornografia.

Por fim, existem dezenas de problemas em viver em estado de culpa e falta de aceitação. Masturbar-se ou não é uma opção de cada um, e todos nós devemos achar formas para viver como achamos melhor, mas não é negando a realidade que isso vai acontecer, nem inventando problemas que não existem.

Existem formas de abordar esse problema, mas isso começa aceitando que somos seres biologicamente sexuais há milhões de anos.

Estudando corretamente, e não inventando fantasias, sobre o comportamento sexual masculino, entendendo o que é normal e buscando formas de se lidar com isso. Não é criando adoecimento em que tem buscas sexuais 3x por semana, que é um número super normal para um homem adulto.

O caminho que vocês estão tomando é de um adoecimento profundo.

Essa discussão não vai acontecer aqui.

@bastter coloca esse tópico ai em cima na central do tema, o botão não funciona para mim.

postado por @Paulo em 27/10/2024 20:38

@bastter coloca esse tópico ai em cima na central do tema, o botão não funciona para mim.

o topico ja esta
vc diz a sua mensagem acima?

@Bastter sim

As coisas não são só as coisas. Elas são as coisas e mais o contexto em que aparecem.

É possível que você, ou qualquer outro indivíduo, possa se masturbar e ainda ter uma vida saudável e sexualmente ativa. É possível que você, ou qualquer outro indivíduo, não consiga conciliar as duas coisas. E é possível que, hoje, você esteja em um grupo e, amanhã, em outro.

Se sua namorada mora em outro Estado, provavelmente vocês se veem esporadicamente, talvez apenas aos fins de semana ou menos que isso. Namorei assim com minha esposa por 2 anos, nós nos víamos apenas aos fins de semana.

Considerando esse contexto, é mais difícil que você consiga parar completamente com a masturbação. É uma periodicidade baixa de contato íntimo e acaba gerando uma pressão adicional por desempenho sexual quando vocês estiverem juntos.

Até porque não é todo dia que você e a outra pessoa querem, às vezes vocês estão em um período de estresse por exemplo. Existe até mesmo a flutuação hormonal normal.

Além disso, a masturbação por 6x na semana implica em menos que 1x por dia. Não é uma frequência muito elevada, que seja obviamente prejudicial.

Sendo muito prático, em vez de ficar com toda essa ansiedade de performance sexual e de se achar nojento por se masturbar, tente manter a atividade apenas nos dias em que a namorada está longe e tente relaxar mais quando estiver com ela.

Nos dias em que vocês estiverem juntos, construam bons momentos, se divirtam e aproveitem a companhia um do outro.

O sexo é parte desse processo de relaxamento e dessa intimidade, não é pra ser encarado como uma obrigação ou como um fim em si mesmo.

postado por @Paulo em 27/10/2024 20:34

Estudo mostrando que o problema é mais da percepção moral da pornografia, especialmente em
pessoas religiosas, inclusive, é previsível o relato de hipersexualidade em pessoas religiosas Segue 2 meta analises:
Pornography Problems Due to Moral Incongruence: An Integrative Model with a Systematic Review and Meta-Analysis | Archives of Sexual Behavior

"auto-identificar-se como ter tendências hipersexuais foi associado a maior religiosidade autodeclarada, e em uma amostra de homens croatas (Štulhofer, Jurin, & Briken, 2016), pontuações extremamente altas em uma medida de autorrelato de hipersexualidade foram associado com maior religiosidade. Da mesma forma, em pelo menos dois estudos de estudantes de graduação nos EUA (Grifn et al., 2016; Hook et al.,
2015), maior hipersexualidade relatada também mostrou relações com maior religiosidade relatada."

Ou seja, as pessoas estão se descrevendo como hipersexualizadas sem ser por uma questão moral/religiosa, inclusive com toda essa seita e maluquice que se inventa em volta do problema.

O problema não existe da forma que vocês estão descrevendo, e, acreditem essa história de vício faz mais mal do que bem. Como eu já repeti dezenas de vezes, a repressão sexual tem pilhas e pilhas de evidências contrárias. Culpa pela expressão da própria sexualidade está vinculada a dezenas de adoecimentos.
"Se assumirmos que as percepções dos problemas representam uma autoavaliação válida e precisa da verdadeira desregulação (como oposta a uma resposta de angústia decorrente de incongruência moral), então também se poderia esperar que tais percepções também prevêem um maior uso de pornografia ao longo do tempo. No entanto, este não parece ser o caso nas obras limitadas que examinaram este tópico empiricamente. Trabalhos muito recentes sobre o papel dos problemas percebidos na previsão da pornografia uso ao longo do tempo descobriram que tais percepções não predizem o relato de uso de pornografia durante um mês ou um ano intervalo de tempo em estudantes de graduação ou adultos (Grubbs, Wilt, Exline, & Pargament, 2018a).

Notavelmente, esta falta de previsão é encontrado tanto para o uso diário médio um mês e 1 ano após o início do início do estudo quanto para o uso relatado (ou seja, reconhecendo o uso qualquer pornografia dentro do prazo especificado). De forma similar, em um estudo longitudinal de duas semanas previamente descrito de ara os homens malaios (Fernandez et al., 2017), as percepções de uso problemático (medido pelo CPUI-9) não prever tentativas fracassadas de abstinência relacionadas à pornografia."

Ou seja, a percepção da pessoa, o auto-relato dela de vício em pornografia ou hipersexualidade não é confiável.

"Coletivamente, tais descobertas indicam que a autopercepção dos problemas ou da perda de controle dos indivíduos pode não ser confiável ou preditores robustos do uso de pornografia. No entanto, tais descobertas são consistentes com o atual modelo de PPMI, o que sugerem que a experiência de problemas com pornografia é mais associado à incongruência moral e sofrimento associado do que com o uso em si.

O que esse autor propõe é lidar com isso a partir de um novo conceito, que não vício, chamado PPMI, problema com pornografia por incongruência moral. Que teriam outros caminhos de tratamento bem diferentes dessa maluquice que está sendo inventada.

Além des

"Em vez disso, como foi articulado anteriormente, parece que ter algum uso de pornografia é uma condição necessária para experimentando PPMI, mas a quantidade ou frequência desse uso desempenha apenas um papel menor. Em suma, para um grande número de pessoas, as percepções de dependência ou problemas associados à pornografia parecem ser em grande parte motivadas pela incongruência moral, o que é consistente com nosso modelo de PPMI.

Não é o vício que vocês estão relatando, mas o seu conflito moral. Procurem ajuda, existem formas de lidar com isso, mas não é criando um inimigo mágico nem tentando castrar toda a população.

outra meta analise:

Assessment and treatment of compulsive sexual behavior disorder: a sexual medicine perspective | Sexual Medicine Reviews | Oxford Academic

Alguém que elaborou bem melhor do que eu o que eu disse sobre existir um monte de grupos querendo vender métodos predando nas dificuldades que foram relatadas acima.

"Apesar da proliferação de estudos relacionados a CSBD nas últimas duas décadas e da inclusão de um diagnóstico oficial para CSBD na CID-11, uma das questões mais fundamentais em relação a CSBD ainda diz respeito à identificação precisa daqueles que sofrem CSBD. Isto é fundamental para evitar a patologização de comportamentos sexuais normais ou diagnósticos incorretos de indivíduos e para fornecer cuidados adequados a todos que procuram tratamento para seus comportamentos sexuais.
Pessoas com CSBD apresentam-se clínica e socialmente com uma percepção de comportamento sexual fora de controle, extremo culpa pela gratificação sexual e sofrimento relacionado às consequências adversas do comportamento sexual repetitivo e/ou à falta de satisfação dele. Isso pode incluir culpa e vergonha pela masturbação, uso de pornografia online, pensamentos sexuais intrusivos e atividade sexual com outras pessoas fora de um relacionamento ou de limites sociais estabelecidos. 
Isso foi popularizado na mídia como um “vício em sexo” ou “vício em pornografia” e, portanto, como um distúrbio, mas também é retratado em algumas publicações científicas como sendo “uma reminiscência” do vício e atribuído ao tipo de função cerebral sensibilizada da dopamina. observada na dependência de drogas.
A dependência de sexo ou pornografia, por sua vez, tem sido usada na mídia como um processo fisiológico abrangente subjacente ao comportamento percebido que leva à culpa, vergonha ou sentimentos de angústia ou a condições percebidas nas quais as respostas sexuais são embotados (por exemplo, na disfunção erétil induzida por pornografia), em que as pessoas que veem pornografia e presumivelmente se masturbam compulsivamente tornam-se incapazes de obter ou manter ereções com seus parceiros ou mesmo com vinhetas pornográficas anteriormente utilizadas. 
Em vez disso, acham excitante o suficiente para induzir a ereção e permitir a masturbação ou atividade sexual. Uma indústria baseada nos princípios de Alcoólicos Anônimos cresceu em torno do tratamento do “vício em sexo” e do “vício em pornografia” desde a década de 1980.
 Esta indústria está diretamente relacionada ao aumento do conceito de vício para descrever qualquer excesso, comportamentos fora de ordem ou controle e à proliferação de grupos de autoajuda, que são modelados a partir de grupos de 12 passos e programas de tratamento que têm sido úteis para pessoas com transtornos por uso de substâncias."

E aqui, uma grande elaboração sobre o uso de pornografia e vários estudos que h
"A frequência ou quantidade de um determinado comportamento ou atividade é um indicador objetivo potencial de problemas de controle (por exemplo, frequência de consumo de álcool45-47).

No entanto, quando examinamos comportamentos que derivam de impulsos apetitivos naturais,
como comportamento sexual, é mais desafiador traçar a linha entre comportamento “normal” e “desregulado”, pois os desejos e experiências sexuais das pessoas podem variar substancialmente.

Essa variabilidade, mesmo formas extremas, é normal se o comportamento não causar sofrimento, comprometimento ou outros problemas funcionais.5,48 Por exemplo, descobertas de uma meta-análise recente de 61 estudos sugerem que a quantidade de uso de pornografia tem uma associação moderada positiva com PPU,49 indicando que uma quantidade maior de uso de pornografia está associada a
PPU mais grave.

No entanto, a associação foi apenas moderada, e a frequência do uso de pornografia foi identificada como o sintoma mais periférico da PPU em particular e da CSBD em geral em estudos analíticos de rede de populações em geral e em busca de tratamento.50,51 Assim, a frequência ou quantidade de uso de pornografia por si só pode não diferenciar com precisão aqueles com e sem problemas de controle

Esta noção foi apoiada por estudos em larga escala em populações em geral e em busca de tratamento.52-54 Além dos grupos que raramente usavam pornografia e não apresentavam problemas de controle (ou seja, usuários não problemáticos, 68%-76% dos usuários) e aqueles que usavam pornografia com frequência e identificados como PPUs (ou seja, usuários problemáticos, 3%-12%),52,54 2 outros grupos surgiram que podem ser importantes para o diagnóstico diferencial.

Alguns usavam pornografia com a mesma frequência que usuários problemáticos, mas não relataram problemas de controle.53-55 Ainda outros usavam pornografia raramente, mas vivenciavam PPU autopercebida. Em um estudo, o grupo não problemático de alta frequência compreendia 19% a 29% dos usuários52 e pode representar aqueles com alto desejo sexual cujos comportamentos sexuais se alinham com suas necessidades e não causam consequências adversas em
suas vidas.56,57

De fato, o número de pessoas com uso não problemático de alta frequência foi de 3 a 6 vezes maior do que com uso problemático de alta frequência, sugerindo que o uso frequente
de pornografia, por si só, não é necessariamente problemático.

O quarto grupo de usuários de pornografia era composto por aqueles que assistiam pornografia raramente, mas ficavam muito angustiados com isso (aproximadamente 12% dos usuários54)."
Ou seja, pessoas com convicções morais e religiosas superestimam, supervalorizam e por fim sofrem muito mais que a população normal em relação a masturbação e uso de pornografia.

Por fim, existem dezenas de problemas em viver em estado de culpa e falta de aceitação. Masturbar-se ou não é uma opção de cada um, e todos nós devemos achar formas para viver como achamos melhor, mas não é negando a realidade que isso vai acontecer, nem inventando problemas que não existem.

Existem formas de abordar esse problema, mas isso começa aceitando que somos seres biologicamente sexuais há milhões de anos.

Estudando corretamente, e não inventando fantasias, sobre o comportamento sexual masculino, entendendo o que é normal e buscando formas de se lidar com isso. Não é criando adoecimento em que tem buscas sexuais 3x por semana, que é um número super normal para um homem adulto.

O caminho que vocês estão tomando é de um adoecimento profundo.

Essa discussão não vai acontecer aqui.

Cara, esse foi o post mais longo da história da Bastter..

postado por @Baixista em 28/10/2024 13:28

Ouso discordar dos nobres moderadores. Não há nada, nada, que possa justificar a manutenção da masturbação na sua vida. Eu sofri muito com isso. Quero dizer a você que não há como fugir desse vício considerando que a masturbação é algo normal ou necessário como uma necessidade fisiológica qualquer. Não dá pra dizer a um adicto em álcool que basta trocar a cachaça pelo licorzinho de fruta. Ou você é radical em seu posicionamento isso ou sofrerá até o fim da vida.

sem problema de vc discordar pois, se vc estava "sofrendo" com isso, algo estava errado mesmo.
como disse o Paulo, se faz mal para vc, se vc eh dependente a ponto de ter que parar no meio do trabalho ou da reunião familiar ou de algo importante - ou prejudicar a sua vida de alguma forma (para qqr coisa que não vai tirar a sua saúde como o sono, pois vc é obrigado a dormir senão morre), sim, tem algo errado.
mas não ache que é para o "resto da vida" pois depende de idade, época da vida com mais hormônios etc...

@Paulo, muito do que vc falou em vejo em redes sociais e para várias coisas, inclusive a pornografia.
Tem uma galera "terapeuta" que vive criando problemas e neuroses na vida dos outros que na verdade nunca os incomodaram, até o momento que eles começaram a falar que era problema. 
Depois disso, vendem a "solução", seja através de terapia ou mesmo curso para formar novos terapeutas para lidar com essa enorme "demanda" que existe (que não existiria se eles mesmos não tivessem enchendo as pessoas de "escrúpulos" e neuras, com culpa e medo).

Parabéns pelos textos.

Espero que o salário do moderador Paulo esteja em dia. Aulas e aulas e mais aulas. O homem não cansa. Kkkkkkkkkk

postado por @Mauro em 27/10/2024 05:13

Skywarp

1- eu acho que masturbação e interesse sexual são coisas normais dos humanos.
2- qqr coisa que seja EXCESSO pode fazer mal, até ar ou água.

o que vc deve ver é o que significa EXCESSO para vc, se 6x/semana, se 3, se 12, sei lá...
se EXCESSO é ver 3h de pornografia todo dia ou se é ver 5 minutos 3x/semana

para mim, vc está mais preocupado com um problema que vc ta criando na sua cabeça, do que realmente a existência deste problema te afetar ou mesmo existir.

se vc se masturbar logo antes de ato sexual, sim, pode afetar, mas se for dois dias antes nao faz a menor diferença.

se vc ficar imaginando somente sexo de formas "bizarras" que aparecem online e que NÃO REFLETE A REALIDADE COTIDIANA, vc pode ficar frustrado, pois aquilo não acontece para ninguém no dia a dia.

com certeza o Paulo pode te indicar alguma live, vamos ver.

@Paulo

Então... Realmente pornografia aparentemente não era um problema... Mas ela virou também um problema pra mim, quando comecei a perder coisas, como horas de estudo e até mesmo ter um desempenho sexual abaixo do "meu normal". masturbação sem a pornografia em algumas vezes até me ajuda. Tipo quando percebo muito que a pornografia vai me pegar e não tem jeito, a masturbação pode te aliviar.

Mas o que acontece é que realmente a pornografia nos dias de hoje é muito "atraente" acreditem se quiser as vezes até mais que o sexo real. é com a parceira acontece o que você vai com expectativa 1000 e ela sendo uma mulher normal te atinge com realidade 100 . Então se você conseguir não ver pornografia sua relação sexual melhora  muito. É como você estar com fome e ir almoçar. mas a pornografia é como você comer um monte de bobeira, que te prazer e na hora de ir almoçar você já perdeu a fome.
Busque se controlar : Fuja de ambientes e imagens, pratique atividades físicas e escolha um sonho pra ocupar sua cabeça. isso pode te ajudar.

Se te incomoda, busque ajuda, mesmo que não seja especificamente um vício, vale a pena entender o que passa na sua cabeça em relação ao tema. Tenho mais que o dobro da sua idade, ainda tenho minhas nóias com o tema, mas já foi bem pior. O que o Paulo postou aqui vale ouro pra todo mundo que se encontra em situação parecida com a sua. Força que vai dar tudo certo!

 @tiva99 como eu já disse inúmeras vezes, isso geralmente é uma dificuldade que decorre da falta de desenvolvimento da sexualidade.

É esperado que adultos saibam diferenciar realidade de fantasia. Por isso filmes tem indicação de idade.

Não saber distinguir fantasia da realidade é falta de desenvolvimento.

A falta de desenvolvimento, e conhecimento e satisfação com a própria sexualidade que leva ao problema.

@Paulo

Seria como olhar o que te 'animava' na adolescência, o novo e proibido, e pensar "cara, que coisa irreal, sem pé nem cabeça nem significado. Qual é a graça desse flip flop mal encenado?"

O tesão derretendo em tédio..

@Charlito cara, algo assim. É normal esperar que uma criança veja o filme do super homem e ache que pode voar.

É normal adolescentes se apaixonarem por pessoas famosas que eles nem conhecem, é normal eles idealizaram vidas que nunca viveram e não conhecem. Idealizaram atores, bandas grupos.

Mas a medida que crescemos e amadurecemos, aprendemos que existe muito teatro, e vivemos mais em paz com isso.

Um adulto que não sabe separar fantasia de realidade provavelmente não se desenvolveu como a gente esperava em algum aspecto.

Como uma criança que deseja ser o Batman, daí cresce e não se dá conta de que ser Batman é mais uma condenação do que uma dádiva.