Empresas de Vale/ticket alimentação
comentada em 06/02/2025 07:08

Para as empresas que contratam: 
O vale alimentação é uma forma de aumentar a remuneração dos funcionários sem gerar encargos trabalhistas, contribuição pra FGTS, Inss, etc

Para as empresas de vale alimentação:
Elas prestam esse serviço pras empresas interessadas e cobram um valor por isso

postado por @avoltadosquenaoforam em 04/02/2025 22:24

Para as empresas que contratam: 
O vale alimentação é uma forma de aumentar a remuneração dos funcionários sem gerar encargos trabalhistas, contribuição pra FGTS, Inss, etc

Para as empresas de vale alimentação:
Elas prestam esse serviço pras empresas interessadas e cobram um valor por isso

Sim, que o patrão ganha isenção no pgto de imposto eu sabia...
A segunda parte vc me elucidou. 
Então com o que o patrão economiza de IR ele faz um repasse a essas empresas.

O que eu sei é que a empresa contratante paga mais barato do que o valor que o trabalhador recebe, e a empresa de ticket cobra taxas do comerciante, ganhando nesse spread. A empresa contratante tem vantagem tributária em fazer esse tipo de pagamento por causa de incentivos fiscais que recebe ao aderir ao programa de alimentação do trabalhador (PAT)

@LuaVaaai Boa!

Essa taxa cobrada dos comerciantes é geralmente bem alta.
Exemplo hipotético de taxa da máquina:
Cartão de Débito - 0,5%
Cartão de Crédito - 1%
Vale Alimentação - 5%
Vale Refeição - 12%

Pelo menos foi isso que conversando com um comerciante. Por isso muitos estabelecimentos não querem aceitar como forma de pagamento.

@Dreckmoggl O empresário/patrão NÃO dá o ´´cartão alimentação`` visando o suposto beneficio tributário!! O patrão dá o cartão alimentação porque as CONVENSÕES COLETIVAS de sindicatos determina/obriga tal beneficio ao trabalhador. Essa é regra geral. Agora, existem exceções que são para os funcionários de alto escalão ou cargos em que o patrão paga acima da pauta sindical... Ai, muitas vezes o patrão prefere dar um ´´up grade`` no cartão alimentação do que no contra cheque. Pois existe, como falado aqui em cima, o pagamento via ´´cartão alimentação`` não incide encargos trabalhistas.      

postado por @Dreckmoggl em 04/02/2025 22:18

Alguém sabe como essas empresas ganham dinheiro com esses serviços?

As empresas que emitem esse tipo de cartão basicamente ganham dinheiro cobrando a chamada ´´taxa de administração`` dos estabelecimentos comerciais. As empresas de cartão combustível ou cartão de frota é mesma coisa 

postado por @dr.augusto.mr em 05/02/2025 00:34:58

Dreckmoggl O empresário/patrão NÃO dá o ´´cartão alimentação`` visando o suposto beneficio tributário!! O patrão dá o cartão alimentação porque as CONVENSÕES COLETIVAS de sindicatos determina/obriga tal beneficio ao trabalhador. Essa é regra geral. Agora, existem exceções que são para os funcionários de alto escalão ou cargos em que o patrão paga acima da pauta sindical... Ai, muitas vezes o patrão prefere dar um ´´up grade`` no cartão alimentação do que no contra cheque. Pois existe, como falado aqui em cima, o pagamento via ´´cartão alimentação`` não incide encargos trabalhistas.      

As convenções coletivas não surgem do nada. São acordos entre os trabalhadores e - atenção - os empresários. Incluir essa cláusula no acordo interessa aos empresários e aos trabalhadores. Logo consta nas convenções coletivas. Sob um aspecto legal, sim, a causa é a previsão na convenção coletiva, quando há uma para aquela categoria. Sob um aspecto econômico e fático, é o benefício tributário sim. Se não tivesse nenhum benefício tributário, haveria a previsão nas convenções?

postado por @LuaVaaai em 04/02/2025 22:34:03

O que eu sei é que a empresa contratante paga mais barato do que o valor que o trabalhador recebe

Não, é 1 pra 1. Pelo menos no nosso caso nas duas operadoras que já usamos. Se tem alguma que dá desconto me fala

A outra coisa que dá dinheiro é o famoso float.

Entre a gente recarregar o VR da equipe no dia 29 ou 30 e eles gastarem, o saldo está sendo rentabilizado pela operadora. Multiplica isso por x milhões de usuários na base e o valor não é nada desprezível...

Na empresa em que eu trabalho, fazemos o pagamento do cartão refeição/alimentação via boleto e o funcionário faz os pagamentos na função crédito.

A empresa cobra 15,00 por cartão abastecido, então se eu quero pagar, por exemplo, 100,00 ou 1000,00 para o funcionário, eu vou pagar esse valor + 15,00 fixo. Esses 15,00 são o spread que a fornecedora do vale vai receber. Parece pouco, mas eles ganham no volume.

A taxa da maquininha de cartão não vai para a empresa de vale alimentação, mas sim para o fornecedor da maquininha. E neste sentido, quem oferece parcelamento sem juros na verdade está embutindo a taxa do parcelamento no preço à vista.

postado por @Buy_and_Forget em 05/02/2025 00:56:36


As convenções coletivas não surgem do nada. São acordos entre os trabalhadores e - atenção - os empresários. Incluir essa cláusula no acordo interessa aos empresários e aos trabalhadores. Logo consta nas convenções coletivas. Sob um aspecto legal, sim, a causa é a previsão na convenção coletiva, quando há uma para aquela categoria. Sob um aspecto econômico e fático, é o benefício tributário sim. Se não tivesse nenhum benefício tributário, haveria a previsão nas convenções?

Tem vantagem pra os dois lados.
É uma maneira barata de remunerar os funcionários pois não incidem os custos tributários que incidem na remuneração normal, tem a questão dos programas de incentivo também. E pelo lado dos trabalhadores é bom também pois é um "aumento líquido". Se recebe 1.000 no Vale, não tem desconto de IR, INSS, etc.

postado por @fuderosodaesquina em 05/02/2025 07:25


Tem vantagem pra os dois lados.
É uma maneira barata de remunerar os funcionários pois não incidem os custos tributários que incidem na remuneração normal, tem a questão dos programas de incentivo também. E pelo lado dos trabalhadores é bom também pois é um "aumento líquido". Se recebe 1.000 no Vale, não tem desconto de IR, INSS, etc.

Por outro lado é dinheiro de uso restrito para o trabalhador.

Eu posso comprar 20 quilos de picanha mas não posso comprar uma panela, um fogão e um botijão de gás com o tictic..

@Charlito, tem alguns cartões que já permitem uma flexibilidade maior.

Não vou fazer propaganda aqui, mas a do cartão rosinha tem opção (a empresa que decide se vai conceder essa flexibilidade ao funcionário) de você utilizar em farmácias, pagar uma academia, cinema, teatro, comprar cursos, abastecer o carro etc...

Eu preferiria receber o dinheiro na mão, mas não tendo essa opção, até que melhorou bastante as possibilidades de uso do VR.

Antigamente só se aceitava em restaurantes self-service e nem eram todos...

@Chapulin

O meu cartão é rosinha dos Jardins do Éden Vermelho.

Só uso no Cê Se Serve-se.. Vai sobrando todo mês aí de vez em quando faço um uso mais extravagante em algum restaurante mais caro.

É desse que vc está falando?

postado por @Chapulin em 05/02/2025 07:38

Charlito, tem alguns cartões que já permitem uma flexibilidade maior.

Não vou fazer propaganda aqui, mas a do cartão rosinha tem opção (a empresa que decide se vai conceder essa flexibilidade ao funcionário) de você utilizar em farmácias, pagar uma academia, cinema, teatro, comprar cursos, abastecer o carro etc...

Eu preferiria receber o dinheiro na mão, mas não tendo essa opção, até que melhorou bastante as possibilidades de uso do VR.

Antigamente só se aceitava em restaurantes self-service e nem eram todos...

Nesse caso citado, deixou de ser um "cartao alimentação" né.. Se pode usar em cinema, gasolina, cursos e etc.. 

Vira meio que uma deturpação do fim ao qual o cartão se destina, e gerando vantagens pra empresa que concede aos seus funcionários e também para a que opera o cartão. 

Esse é um assunto complicado que, na minha opinião, essas empresas grandes do mercado (alelo, Sodexo, VR e TR) ficam sentadas em regulamentações antigas, ganhando bastante dinheiro, sem trazer nenhuma vantagem extra seja para o usuário, seja para o comerciante. 

postado por @Chapulin em 05/02/2025 07:38

Charlito, tem alguns cartões que já permitem uma flexibilidade maior.

Não vou fazer propaganda aqui, mas a do cartão rosinha tem opção (a empresa que decide se vai conceder essa flexibilidade ao funcionário) de você utilizar em farmácias, pagar uma academia, cinema, teatro, comprar cursos, abastecer o carro etc...

Eu preferiria receber o dinheiro na mão, mas não tendo essa opção, até que melhorou bastante as possibilidades de uso do VR.

Antigamente só se aceitava em restaurantes self-service e nem eram todos...

O problema tb é que se vc receber em dinheiro vai tomar ação trabalhista na cabeça te acusando de pagar salário disfarçado.
Com o VR acho que fica mais seguro e "terceiriza" esse controle de ser usado como alimentação 

Dinheiro parado na conta + Taxas

Aqui a gente usa Sodexo e o custo só aparece se:
* Você quiser que o crédito entre 'antes' dos 5 dias de "carregamento" (R$ 0,64 por funcionário)
* Taxa de R$ 15,00 pra emissão da 3ª via do cartão (A 1ª e a 2ª são grátis)

Além das taxas que o pessoal que aceita tem que pagar (igual o @miwan falou)

postado por @FabioGama em 05/02/2025 06:55



Não, é 1 pra 1. Pelo menos no nosso caso nas duas operadoras que já usamos. Se tem alguma que dá desconto me fala

A outra coisa que dá dinheiro é o famoso float.

Entre a gente recarregar o VR da equipe no dia 29 ou 30 e eles gastarem, o saldo está sendo rentabilizado pela operadora. Multiplica isso por x milhões de usuários na base e o valor não é nada desprezível...

Vou tentar ver com o pessoal aqui, mas teve uma que ofereceu 'cashback' de 0,5% pra empresa que eu trabalho toda recarga; mas quando eles viram a quantidade de pessoas (acho que 20) eles deram pra trás. Se não me engano o cashback era somente pra indústrias no Lucro Real e com quadro de 100 funcionários pra cima.

Acho que bastante já foi dito aqui, mas queria dar mais uma contribuição compactando um pouco o tema.
Os Vales Refeição e Alimentação tem como base a lei do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) em que autoriza a empresa a realizar pagamentos aos empregados com a condição do montante distribuído ser direcionado somente para alimentação e com contrapartida de que a empresa não precisará pagar os impostos que ocorrem nos pagamentos de salários, além de incentivos fiscais como abatimento de imposto de renda para empresas que aderirem ao programa oferecendo o benefício de alimentação à todos os empregados.
Com essa lei em vigor o PAT começou a ser explorado por sindicatos e empresas de benefícios:
Pelo sindicato, inserindo em suas convenções ou acordos coletivos quais valores as empresas deveriam pagar aos empregados de sua categoria, por vezes podendo definir tanto em cartão alimentação (utilizado no mercado) como em cartão refeição (utilizado em restaurantes), ou até mesmo para ambos.
Pelas empresas de benefícios, através do meio de pagamento, já que esse pagamento não poderia ser transitado em folha de pagamento para não caracterizar pagamento de salário desviado. Então essas empresas de benefícios teriam a obrigação de oferecer o meio (cartão) e regularizar os estabelecimentos em que esse cartão poderia ser aceito (CNAE de estabelecimento comercial regularizado para atuar como mercado, restaurante e correlatos).
As empresas que contratam o serviço do cartão com a empresa de benefícios geralmente não pagam nenhum valor pela operação (principalmente as empresas de grande volume de empregados) e antigamente até mesmo recebiam um cashback sobre o montante de carga solicitado por mês, porém atualmente essa prática está sendo proibida.
As empresas de cartão benefício ganham pelas taxas de transação do cartão delas com os estabelecimentos comerciais cadastrados, podendo chegar até 12% do valor que pagamos em nossas compras no mercado ou no restaurante que almoçamos e do dinheiro que eles tem "parado' em seu cashflow através de investimentos.
Há alguns anos, novas empresas chegaram para competir, trazendo mais flexibilidade na utilização. Eles operam registando os aportes mensais que as empresas fazem aos seus empregados na categoria que a empresa é obrigada a aportar (conforme convenção coletiva sindical) e o empregado tem a flexibilidade de movimentar os valores entre os benefícios.
Recentemente o governo federal tem discutido a possibilidade destas empresas de cartão refeição/alimentação diminuírem suas taxas para aliviar o impacto inflacionário, porém o tema tem sido polêmico porque não há como garantir ou apurar de forma eficiente que os estabelecimentos comerciais irão diminuir os valores dos produtos no mercado ou preço nas refeições com a diminuição das taxas aplicadas na transação pelas operadoras de benefícios. 

postado por @FabioGama em 05/02/2025 06:55:39



Não, é 1 pra 1. Pelo menos no nosso caso nas duas operadoras que já usamos. Se tem alguma que dá desconto me fala

A outra coisa que dá dinheiro é o famoso float.

Entre a gente recarregar o VR da equipe no dia 29 ou 30 e eles gastarem, o saldo está sendo rentabilizado pela operadora. Multiplica isso por x milhões de usuários na base e o valor não é nada desprezível...

Para disputar os grandes contratos, existia essa prática de oferecer esse tipo de desconto chamado de "rebate". Talvez para as empresas menores não tivesse isso.

Recentemente foi publicada uma regra que proíbe essa pratica, pois a conta acaba sendo paga pelo pequenos comerciantes e restaurantes.

postado por @DaliSalvador em 06/02/2025 00:46



Para disputar os grandes contratos, existia essa prática de oferecer esse tipo de desconto chamado de "rebate". Talvez para as empresas menores não tivesse isso.

Recentemente foi publicada uma regra que proíbe essa pratica, pois a conta acaba sendo paga pelo pequenos comerciantes e restaurantes.

Pode ser. Não somos muito grandes ainda. Pelo menos não pagamos taxas a mais, só por isso eu já acho muito bom.

Mas as novas entrantes estão agregando mais formas de receita ainda, o que permite diminuir a taxa dos comerciantes. Só por concentrar o fluxo de R$ dos usuários já cria uma oportunidade violenta.

Na verdade, hoje a gente entrega o cartão e o pessoal usa na modalidade crédito, o sistema da operadora de benefício recusa a transação e avisa no app se o CNAE do lojista não for compatível.