O preço das cotas de FIIs parece depender essencialmente de duas variáveis: a taxa básica de juros e os rendimentos.
Por exemplo, uma referência comum para a precificação dos FIIs é o título NTN-B de longo prazo. Se esse título paga um cupom de 7% ao ano, o mercado ajusta as cotas dos FIIs para que ofereçam um retorno em torno de 9% ao ano, que é o prêmio de risco. No fim das contas, é isso que importa para o mercado.
Dessa forma, o valor patrimonial do fundo parece ter pouca relevância na precificação.
No entanto, se os imóveis tendem a acompanhar a inflação, mas isso não é considerado pelo mercado, como os FIIs poderiam acompanhar a inflação no longo prazo?
Uma possibilidade é que a valorização dos imóveis se reflita no aumento dos aluguéis e, consequentemente, no crescimento dos rendimentos, que por sua vez influenciam a precificação das cotas. Porém, ao analisar o histórico de rendimentos dos fundos na plataforma Bastter, percebe-se que o crescimento dos rendimentos ao longo dos anos está longe de acompanhar o IPCA.