O tempo de atividade física recomendado para uma vida saudável, de acordo com o consenso atual das principais diretrizes internacionais e evidências de grandes estudos de coorte, é de pelo menos 150 a 300 minutos por semana de atividade aeróbica de intensidade moderada (como caminhada rápida) ou 75 a 150 minutos por semana de atividade aeróbica vigorosa (como corrida), ou uma combinação equivalente de ambas as intensidades. Além disso, recomenda-se a inclusão de exercícios de fortalecimento muscular envolvendo todos os principais grupos musculares em pelo menos dois dias por semana.[1][3-4]
Estudos observacionais robustos demonstram que atingir esse patamar mínimo está associado a reduções substanciais na mortalidade por todas as causas, doenças cardiovasculares e câncer, com benefícios adicionais observados em volumes de atividade até três a cinco vezes superiores ao mínimo recomendado, embora o ganho incremental tenda a ser menor acima desse limiar.[5-6] Não há evidências de dano associado a níveis elevados de atividade física em adultos saudáveis, mas a maior parte do benefício em termos de longevidade é alcançada ao atingir as recomendações mínimas.[6]
Importante ressaltar que qualquer quantidade de atividade física é melhor do que nenhuma, e mesmo volumes inferiores ao recomendado já conferem benefícios à saúde, especialmente para indivíduos sedentários ou com limitações funcionais.[1][6] A redução do comportamento sedentário também é fortemente recomendada como parte de um estilo de vida saudável.[1]
Portanto, para adultos, a recomendação baseada em evidências é:
• 150–300 minutos/semana de atividade aeróbica moderada, ou
• 75–150 minutos/semana de atividade aeróbica vigorosa, ou
• combinação equivalente,
• mais fortalecimento muscular ≥2 vezes/semana.[1][3-4]
Essas recomendações são consistentes entre as principais diretrizes internacionais e sustentadas por evidências epidemiológicas de alta qualidade.
Referências
1.2024 Guideline for the Primary Prevention of Stroke: A Guideline From the American Heart Association/American Stroke Association.
Bushnell C, Kernan WN, Sharrief AZ, et al.
Stroke. 2024;55(12):e344-e424. doi:10.1161/STR.0000000000000475.
Practice Guideline New Research
2.Recommended Physical Activity and All Cause and Cause Specific Mortality in US Adults: Prospective Cohort Study.
Zhao M, Veeranki SP, Magnussen CG, Xi B.
BMJ (Clinical Research Ed.). 2020;370:m2031. doi:10.1136/bmj.m2031.
Leading Journal
3.Supporting Physical Activity in Patients and Populations During Life Events and Transitions: A Scientific Statement From the American Heart Association.
Lane-Cordova AD, Jerome GJ, Paluch AE, et al.
Circulation. 2022;145(4):e117-e128. doi:10.1161/CIR.0000000000001035.
Leading Journal
4.Routine Assessment and Promotion of Physical Activity in Healthcare Settings: A Scientific Statement From the American Heart Association.
Lobelo F, Rohm Young D, Sallis R, et al.
Circulation. 2018;137(18):e495-e522. doi:10.1161/CIR.0000000000000559.
Practice Guideline Leading Journal
5.Association of Physical Activity Intensity With Mortality: A National Cohort Study of 403?681 US Adults.
Wang Y, Nie J, Ferrari G, Rey-Lopez JP, Rezende LFM.
JAMA logoJAMA Internal Medicine. 2021;181(2):203-211. doi:10.1001/jamainternmed.2020.6331.
6.Leisure Time Physical Activity and Mortality: A Detailed Pooled Analysis of the Dose-Response Relationship.
Arem H, Moore SC, Patel A, et al.
JAMA logoJAMA Internal Medicine. 2015;175(6):959-67. doi:10.1001/jamainternmed.2015.0533.