Meu cunhado e sua família sofrendo muito - Ajuda Eu Pow!
comentada em 27/11/2025 15:47

Antes de tentar a internação compulsória, você pode tentar a internação involuntária (contra a vontade dela).

Alem disso, se ela se recusa a tomar as medicações, vocês podem tentar administrar a medicação em gotas na comida ou no suco, porque os antipsicoticos nao tem gosto na maioria dos casos. Se a medicação pela boca for um problema absoluto, vcs podem tentar a medicação injetável. Tem medicação que dura 15 dias, 28 dias, 3 meses, enfim... 

O importante é garantir a medicação. Se vocês forem internar e ela nao tomar a medicação no pós alta não adianta nada. No mais, desejo muita sabedoria e paciência pra você e seus familiares.

Tenho um tio que é esquizofrenico, e é muito triste a situação. Quando minha avó morreu a situação dele piorou mais, chegou a vender tudo dentro de casa pra comprar droga, cagava no chao, andava pelado no rua, vivia em momentos de crises (ele tinha pre-disposição pra doença, e veio a tona quando começou a usar drogas)
Em 2010 minha mae fez internação compulsoria pra ele, e desde então ele vive internado, pode sair 1-2x na semana mas sempre acompanhado de alguem. É triste, mas foi o unico jeito que minha mae encontrou de cuidar dele de certa forma, pois ela tinha medo dele ficar perigoso e fazer alguma maldade.
Infelizmente é uma doença que não tem cura, e sempre tem que ter alguem para dar remedios, pois mesmo quando a pessoa fica "bem" (a base de remedios) chega uma hora que ela não quer mais tomar pois acredita que não precisa mais.

Bom dia, espero que melhore.

Sou autista nível 1 (funcional), já tive algumas crises de pânico, faço acompanhamento com psicólogo e psiquiatra. Em virtude disso, já cometi alguns erros. Um inclusive que fez eu perder um emprego bom.

Simplesmente por palavras inadequadas que saíram da minha boca, quando comecei a tomar remédio, que retiraram momentaneamente meu filtro de bom senso (hoje eu jamais faria a mesma coisa). Seria muito fácil para mim culpar os outros, o mundo e a minha doença pelos meus atos. Mas não. Escolho não ser a vitima, e sim autor da minha própria história.

Em uma das sessões com minha psicóloga, ela falou uma coisa muito importante: numa hipotética situação em que você está num avião que está caindo, e ao seu lado está uma pessoa que você gosta muito, caso as máscaras de respiração caiam, primeiro você precisa salvar a si mesmo, para depois salvar a pessoa a seu lado.

Isso é muito libertador, porque é muito comum, nós querermos primeiro ajudar os outros, para somente depois pensarmos em nós mesmos, por mais nobre que seja isso.

Sobre a doença da senhora, como qualquer pessoa com alguma enfermidade, ela precisa primeiro aceitar que está com um problema, e escolher se tratar.
Eu sou adepto do libertarianismo. A pessoa até pode escolher não se tratar, não tomar remédio.
Desde que, e somente se, isso não interfira negativamente na vida de outras pessoas. E no caso que você descreveu, está claro que a recusa dela em se tratar está afetando profundamente seu cunhado e, principalmente, os filhos. A segurança deles precisa ser a prioridade máxima.

Olha, eu espero não ter falado nenhuma bobagem. Como sou leigo nos detalhes técnicos de casos tão complexos, consultei uma ferramenta de IA para organizar os passos práticos que podem ser tomados. Acredito que essas informações podem ser um bom ponto de partida para vocês. Melhoras e muita força para a família.

-- Resposta ChatGTP (modelo Open AI - O3):

**Antes de qualquer coisa: prioridade absoluta é proteger as crianças e garantir a segurança física de todos.**
A partir daí, organize a ajuda em três frentes: (1) cuidados emergenciais, (2) tratamento psiquiátrico contínuo, (3) suporte ao marido e aos filhos.

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## 1. Segurança e medidas emergenciais

1. Plano de crise imediato
• Tenham à mão telefones de emergência: SAMU (192), Polícia Militar (190) e o Hospital de Pronto-Atendimento Psiquiátrico que já a recebeu.
• Definam sinais de alerta: ameaças verbais, agressão física, tentativas de auto-ou heteroagressão, surtos de agitação grave.
• Nesses sinais, NÃO negociem nem enfrentem; acione direto o SAMU/190 e solicite remoção para avaliação psiquiátrica.

2. Conselho Tutelar
• Violência contra menores obriga a família (ou qualquer adulto que presencie) a notificar o Conselho Tutelar.
• O Conselho pode: emitir medidas protetivas, acompanhar a frequência escolar, acionar CAPS-i (infantil) para os filhos e coordenar a rede de serviços.

3. Avaliar internação involuntária ou compulsória
• Pelo art. 6º da Lei 10.216/2001, internação involuntária é permitida quando há risco de dano a si ou a terceiros e recusa de tratamento.
• O médico psiquiatra deve emitir laudo; o hospital comunica ao Ministério Público em até 72 h.
• Isso não é “abandono”; é um recurso legal para preservar vidas quando a própria pessoa não enxerga a gravidade.

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## 2. Tratamento contínuo para ela

1. CAPS III / CAPS AD / Ambulatório de Saúde Mental
• Inscrevam-na no CAPS da região. Há equipes multiprofissionais, visitas domiciliares, grupos e possibilidade de fornecimento diário de medicação supervisionada (“farmácia viva” ou “dose supervisionada”).
• CAPS pode prescrever antipsicóticos de ação prolongada (injeções mensais ou trimestrais) — reduzem muito a recusa e as recaídas.

2. Estratégia de Adesão Medicamentosa
• Antipsicóticos injetáveis (p. ex., palmitato de paliperidona, aripiprazol LAI ou haloperidol decanoato) dispensam tomada diária.
• Vincular a medicação a atividades prazerosas (tomar o comprimido antes de algo que ela goste) ajuda nos casos em que a forma injetável ainda não foi iniciada.
• Evitar “medicar escondido” sem orientação: é arriscado juridicamente e dificulta a confiança terapêutica; use apenas como ponte até iniciar acompanhamento estruturado.

3. Psicoterapia e reabilitação psicossocial
• Após estabilização clínica, incluir terapia ocupacional, grupos de habilidades sociais e, se possível, psicoterapia voltada a psicoses (TCC para esquizofrenia).
• Objetivo: recuperar autocuidado básico, rotina de sono e participação gradual nas tarefas.

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## 3. Apoio ao marido e às crianças

1. Carga mental e sobrecarga
• Oriento que seu cunhado procure grupo de familiares em associações como ABRE (Associação Brasileira de Familiares e Portadores de Esquizofrenia) ou GREA-IPq/USP (on-line gratuitos).
• Se possível, agendar consultas próprias para ele em CAPS ou ambulatório de saúde mental (cuidando do “cuidador”). Burnout familiar piora todo o sistema.

2. Proteção e tratamento dos filhos
• CAPS-i ou Ambulatório de Neurodesenvolvimento para TDAH e TEA do caçula; psicoterapia individual para o quase-adolescente (expressar revolta sem violência).
• Solicitar à escola:
– Atendimento Educacional Especializado (AEE) e Plano de Ensino Individualizado;
– Psicopedagogo ou orientador educacional acompanhar a queda de rendimento.
• Programa Bolsa Família/Benefício de Prestação Continuada (BPC) pode ser direito se a renda for baixa e houver deficiência comprovada.

3. Rede de apoio prática
• Dividir tarefas domésticas entre familiares, vizinhos ou igreja/comunidade: dias fixos para levar comida, ajudar nas compras ou ficar com as crianças enquanto o pai trabalha.
• Serviços públicos extra:
– CRAS/CREAS para cadastro em benefícios sociais;
– Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para as crianças;
– Pastoral da Criança, projetos de ONGs locais, mutirões de voluntários.

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## 4. Passo-a-passo resumido

1. Agendar avaliação no CAPS (ou ambulatório público) na próxima semana — levem relatórios das últimas internações.
2. Enquanto aguardam, deixem os números de emergência visíveis e definam o plano de crise familiar.
3. Reúnam-se com o Conselho Tutelar para registrar a situação de violência e já acionar proteção às crianças.
4. Solicitar ao psiquiatra prescrição de antipsicótico de longa ação e discutir internação de estabilização, se necessário.
5. Marcar atendimento psicológico/psiquiátrico para o pai e para cada filho no CAPS-i ou serviço infantil da cidade.
6. Organizar escala de ajuda doméstica e buscar benefícios sociais para aliviar a carga financeira.

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## 5. Mensagem de acolhimento

Vocês não precisam — nem devem — enfrentar tudo sozinhos. Transtornos psiquiátricos graves são doenças médicas, tratáveis, e existe rede pública justamente para esses casos.
Buscar ajuda oficial, mesmo que pareça “radical”, é prova de amor: protege quem está doente e quem convive com ela. Com tratamento contínuo, muitos pacientes reduzem crises, retomam autocuidado e a convivência familiar melhora.
Persistam — levou tempo para a doença chegar a esse ponto, levará algum tempo para estabilizar, mas é possível.

**Não hesitem em ligar 192 ou 190 sempre que houver risco.**
A vida e a segurança de todos valem mais do que qualquer receio ou constrangimento.

@Loide9 Quando eles se casaram, ela era assim ?