Mais uma da série: cola no @Bastter que o boi não te lambe.
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história
Coluna do Broad
06 Agosto 2017 | 05h00
As debêntures de infraestrutura, isentas de Imposto de Renda para investidores, das Rodovias do Tietê ocupam novamente os holofotes. A história deixa, no entanto, de ser de sucesso e passa a exemplo amargo da crise dos últimos anos. A concessionária está chamando debenturistas para renegociar as condições dos papéis, propondo o não pagamento de juro por 66 meses, o alongamento dessa dívida de 15 para 23 anos e alteração do juro. O volume de debêntures espalhadas no mercado não é pequeno. São R$ 1,3 bilhão distribuídos a 14 mil CPFs.
Fama
As debêntures da Rodovias do Tietê foram as primeiras incentivadas do mercado brasileiro e as mais negociadas por vários anos. A operação recebeu ainda três premiações da Euromoney.
Lama
Agora, são debêntures são negociadas no mercado secundário a cerca de 76% do valor de face, ou seja, com um desconto que mostra a desconfiança dos investidores em relação à capacidade de pagamento dessa dívida. As agências de rating já têm o papel em patamar de risco que embute perspectiva de calote.
Será que dá?
Para aprovar as mudanças, a companhia necessita quórum de 100% dos debenturistas. Com 14 mil CPFs envolvidos, a missão é praticamente impossível. Mas na segunda chamada as chances de aprovação crescem. Para passar a proposta é necessário que 100% dos presentes digam sim.
Com a palavra
Procurada, a Rodovias do Tietê disse que a proposta apresentada tem como objetivo adaptar a dívida à nova realidade do fluxo de caixa da concessão e que está confiante em chegar a um consenso até a próxima data de pagamento de juros e principal, em 15 de dezembro.
http://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-do-broad/debentures-incentivadas-de-rodovias-do-tiete-fazem-novamente-historia/