FIIs Argentina, Venezuela etc
comentada em 29/01/2014 15:05

Porque você quer por seu dinheiro na fogueira ? =(

Fabrício, ele quer ver como os FIIs se comportam num cenário adverso, não quer investir lá...

Tudo bem, mas como comparar Abacaxi com Ameixas ?... Se acontecer ou aconteceu algo lá, não significa que vai ser igual, pior ou melhor aqui. O que protege de cenários adversos é a diversificação. Mas sei lá, é só minha opinião... Nunca tive essa curiosidade. Segue o tópico, mal aê.

ja nao estamos vendo aqui? olha as quedas meu amigo. e nao para por ae, vai cair mt mais. estamos vivendo um contexto adverso

Bom... pode comparar com o que aconteceu com os REITs nos EUA. Ok que ainda seria comparação de mercado desenvolvido com república de bananas. Dica: caiu pra caramba lá, e foi uma crise genuinamente imobiliária. Acho que o caso mais próximo, embora não latino, sejam os FIIs portugueses. Tem só de diferenciar que tem vários tipos diferentes lá, inclusive fundos abertos (permitem resgate). No Brasil, todos os FIIs são fundos fechados. Para ter uma noção de nome de fundos (última página): http://www.apfipp.pt/backoffice/box/userfiles/file//Nota%20informativa%20FII%20-%20Dezembro%202013.pdf E como um exemplo, os fundos lá tem demonstrações financeiras bem parecidas com as brasileiras: http://www.selecta-sgfii.com/Media/media/595.PDF

@Andre.PC Obrigado! Como sempre prestativo. Legal, consegui identificar vários tickers e com eles dá para ver o histórico de cotação pela Bloomberg, por exemplo. Interessante ver o relatório deles muito parecido com os nossos. Realmente a volatilidade dos FIIs é bem semelhante à das ações em qualquer lugar. Eu não tinha noção disso quando comecei a investir em FII na metade de 2012. Mas ok. Aos poucos vou entendendo esse tipo de ativo e sigo investindo. É interessante saber que pelo menos o Brasil está bem mais avançado que vários países da América Latina nesse mercado. Parece ser positiva a existência de FII na economia de um país.

O que mais se assemelha a um REIT na Argentina é o Fideicomiso Financiero Inmobiliario. Ele começou em 1995 pela Lei 24.441. O único listado na Bolsa de Comercio de Buenos Aires é a IRSA[1][2] (Inversiones y Representaciones Sociedad Anónima). Referências: [1] IRSA [2] Cotización del día

@Ron68 De boa. Aquilo de que "com nome se vai mais longe", principalmente no Google. E sim. A página da CVM pode ser feia que dói, e a síndrome de vira-lata é endêmica, mas tem sim coisas que estamos mais arrumados que o mundo lá fora. A história de ser só fundo fechado engessa, mas basta uma crise para demonstrar quando ser fundo aberto pode ser ruinoso. Quanto ao positivo, é mais um sintoma que uma causa. Um sinal dos tempos, por assim se dizer. É útil, salutar e tal, mas ainda assim é uma coisa que só teve demanda com a moeda estável. @ranyboy Massa. Da última vez que tinha pesquisado não tinha encontrado um fideicomiso listado (ahhhh coisa difícil de digitar!) Vou por para estudar ele depois, retorno vs inflação oficial. Mas bem imagino que ler as demonstrações serão um inferno por conta dos falsos cognatos. EDIT: olhando o site agora, sim, tinha encontrado antes. Mas sem o equivalente das demonstrações contábeis, parei no site...

@André.PC Considerando a questão dos fundos fechados, pelo jeito parece ser melhor em momentos de crise. Param-se os negócios e pronto. Quem já é dono da cota vai ficar com ela e aguentar. Cai (bastante) a cota e perde a liquidez. Talvez parem as distribuições e até uma pequena chamada de aporte para cobrir despesas (condominio, IPTU etc) pela vacância etc. Uma vez passada a crise, sobe a cota, voltam os inquilinos e volta a liquidez. Seria isso para fundo de tijolo? Desde que não tenha alavancagem, correto? Se tiver, ai seria mais desastroso imagino. Se for fundo de papel imagino que possar ter mais problemas por questões de calote nos recebíveis. Ou não? Qual dos dois atravessaria melhor uma crise grave? (entrar e conseguir sair da crise) O de tijolo ou o de papel?

O meu entendimento é igual ao seu no que diz respeito a ficar com a cota, queda, liquidez, possível chamada de capital. Em relação ao fundo aberto, pelo menos ocorre de parte da "sua" cota não sofrer um prejuízo irrecuperável porque outros cotistas resgataram o suficiente para forçar a venda do imóvel, justamente no pior momento possível. Para FII de tijolo tem o risco maior se alavancado. Fundo de papel que tenha muito FII tem a mesma "sobrevivência" dos fundos internos. Fundos de CRI podem ter problema de calote. O qual arrevessa melhor a crise é uma pergunta com uma resposta muito complexa. Varia classe a classe. Do melhor ao pior prognóstico, nos FIIs de tijolo: 1. FII que tenha caixa. 2. FII sem caixa não alavancado. 3. FII sem caixa alavancado. Do melhor ao pior prognóstico, CRIs: 1. CRI residencial pós chaves, antigo (LTV ~< 30%). 2. CRI comercial/corporativo. 3. CRI residencial pós chaves, recente. 4. CRI residencial pré chaves/de desenvolvimento. Nos CRIs, os ímpares são riscos pulverizados, os pares são riscos concentrados. Nos tijolos, o risco 2/3 é muito semelhante, na verdade. Um FII começa a perder imóveis de ficar sem caixa. A alavancagem só é mais eficaz em sumir com o caixa de um FII que esteja sofrendo de vacância crônica. Atenção para estar alavancado (dívida maior que caixa), não de ser alavancado (dívida maior que zero). Um fundo com dívida líquida negativa ainda é considerado o caso (1). Voltando... o 2/3 pode ocasionar chamada de capital, que por sua vez pode gerar pânico na cota. Em pânico pode ser possível "sequestrar" um fundo. Mudar o regulamento de tal forma que isso gere mais pânico ainda. É um risco extremo, mas um FII ficar sem dinheiro é caso sério.

O que ocorreu no EUA?

No geral tudo caiu, e depois quase tudo voltou. Alguns FIIs ficaram no meio do caminho, porque estavam muito alavancados. Google: NAREIT index series