Mineradora captou R$ 750 milhões em títulos de até quinze anos, sem imposto
Ao encerrarem a aceitação de pedidos para as debêntures de infraestrutura da Vale, os profissionais do mercado financeiro contabilizavam a operação mais bem-sucedida em muitos meses.
A mineradora foi muito bem-sucedida em captar R$ 750 milhões por meio da emissão de 750 mil debêntures simples, com valor de R$ 1.000 cada e prazos que variavam entre sete e 15 anos.
O que atraiu os investidores foram dois aspectos irresistíveis.
O primeiro é a isenção fiscal. Por serem papéis de infraestrutura com prazos superiores a cinco anos, essas debêntures não pagam imposto.
O segundo foi a remuneração: inflação mais juros que podem chegar até 6,77% ao ano.
A demanda foi tão forte que, na tarde da segunda-feira, a recomendação dos profissionais do mercado era que os investidores aceitassem uma redução nos juros pagos.
Por exemplo, a série mais curta, com vencimento em 15 de janeiro de 2021, que pagava juros nominais de 6,7% ao ano mais a variação do IPCA estava sendo cotada a taxas que oscilavam entre 6% e 6,4%.
O que justificou a demanda, tanto por investidores de varejo quanto institucionais, foi a garantia de proteção contra a inflação.
Na ponta do lápis, a rentabilidade também ajuda. Supondo-se juro de 6% mais uma improvável inflação no centro da meta de 4,5% ao ano, a rentabilidade acumulada em sete anos, seria de 104%, correndo o risco de crédito baixo da Vale.
Demanda das debêntures da Vale surpreende investidores - ISTOÉ Dinheiro