Em meio a uma onda de aumentos de preços que chegam a 100% no interior do país, os postos da Shell na Argentina reajustaram nesta segunda-feira os combustíveis em 12%, desencadeando nova queda de braço entre a empresa e o governo que, na semana passada, havia pedido aos empresários que limitassem a elevação em 7,5%, no máximo. Irritado, o chefe de gabinete, Jorge Capitanich, acusou a companhia de ter uma “atitude conspirativa e contrária aos interesses do país”, uma vez que, segundo ele, não há razões técnicas para justificar a subida dos preços.
A decisão da Shell pode abrir as portas para que outras distribuidoras, entre elas a Petrobras, anunciem reajustes no país. Em nota, a Shell justificou a correção em função do aumento de até 23% nas matérias-primas, pela “evolução de variáveis econômicas distintas e pela alta (em pesos) dos custos de produção de petróleo no país”.
Enquanto isso no Brasil, a dupla Shell/Total, agraciada pelo governo Dilma com 40% do Campo de Libra, acaba de ser lagrada grilando uma área estratégica do pré-sal, que não foi leiloada e que, portanto, é propriedade da União. A ilegalidade era de conhecimento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), já que os detalhes da operação estão documentados na própria Agência. "A área invadida fica nas imediações do bloco BM-S-54, que foi adquirido pela Shell, juntamente com a francesa Total, antes da descoberta do pré-sal". afirmou o vice-presidente da AEPET, Fernando Siqueira.(Fontes: O Globo/Redação da AEPET)