Há muito tempo que vinha pensando neste assunto com relação específica ao universo de FIIs que temos no Brasil e aproveitando que um outro tópico em algum lugar aqui da Bastter.com tocou no assunto e o André participou, vou perguntar se mais alguém já parou para pensar como nossos FIIs de gestão passiva são inadequados perante a inflação.
Digo, por suposição temos um FII de gestão passiva e como tal o gestor não tem habilidade para reter lucros para reformas e nem girar seus imóveis. Acho que já discutimos bastante aqui que um FII nestas condições está fadado a depreciar e nunca ser "restaurado", ficando o imóvel velho e os cotistas retirando os lucros "até a última gota".
Me parece que se olharmos em termos reais, fica claro que este imóvel perdeu valor, depreciou e junto com ele seus aluguéis.
Agora se estamos em um ambiente de inflação é possível que num prazo de uns 10 ou 15 anos (prazo que o investidor ficou com o FII até ele ficar "ruim"), devido a inflação o valor nominal de suas cotas se elevou e portanto quando o investidor vender estas cotas terá de PAGAR IR a alíquota de 20% sobre um rendimento que ele NÃO TEVE.
Este é um dos motivos para ter clara preferência pelos FIIs gestão ativa, já que neles o gestor pode se desfazer dos imóveis velhos e comprar outros novos sem pagar IR, pois a operação está dentro do FII.
Em outras palavras, se eu compro um FII passivo eu SEI que um dia terei de vendê-lo, possivelmente com lucro nominal e pagar IR. Ao passo que um gestão ativa eu posso ter a esperança (e nada mais que isso no momento da compra) de nunca ter de vendê-lo pois o gestor já está fazendo isso para mim de forma isenta.
Faz sentido? É significante esta diferença? Mais alguém tem opinião formada a este respeito?