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Fazenda estuda ampliar setores beneficiados por debêntures incentivadas 14/05/2014
Os mercados estão chegando ao seu limite, por isso é necessário desenvolver alternativas, segundo Dyogo Henrique de Oliveira, secretário executivo do Ministério da Fazenda. É o caso do mercado imobiliário, que hoje é financiado, na maior parte, com recursos da poupança. "A saída é o mercado privado", afirma, acrescentando que uma alternativa é uma nova letra de crédito nos moldes de covered bonds, que está em discussão pela Fazenda, Comissão de Valores Mobiliários e órgãos do setor. Atualmente, os recursos privados chegam a R$ 719 bilhões sendo que o mercado de capitais responde por apenas 1% deste total. Segundo Oliveira, o que falta para esse mercado crescer não é arcabouço legal ou segurança, e, sim, novos produtos, além do que ele chamou de "quebra de círculos viciosos". Entre os projetos em pauta, está o de ampliar os setores que podem ser beneficiados pelas debêntures incentivadas, como empresas hídricas, de saúde e de educação. Além disso, há um esforço para criar um fundo de índices (ETF) de renda fixa que "alia uma carteira de longo prazo e dá mais liquidez a esse mercado". Hoje, 89% do mercado de renda fixa é atrelado a DI, ou seja, atrelado a taxa diária. "Isso não é normal. Em outros países, as taxas são de mais longo prazo." Mas há um esforço de alongamento, segundo Oliveira. "É um esforço de todos os agentes de mercado. Um trabalho feito a várias mãos", diz, citando a criação das letras de crédito imobiliário (LCI) e debêntures incentivadas. "Tanto é que tenho recebido mais reclamação de falta de debêntures incentivadas do que de colocação do papel, mas entendo que o momento atual tenha inibido as empresas a fazer emissões."
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