PM dos FIIs
comentada em 07/07/2014 02:35

analise de rentabilidade so tem um objetivo = vc vender tudo no fundo e perder todo seu dinheiro nao ha nada q destrua mais o peq investidor do q analise de rentabilidade

Começando pelo começo, poderia esclarecer essa afirmação? Não entendi a razão. "O reinvestimento dos proventos vindos dos FIIs tende a levar o preço médio a 0"

Vou dar um exemplo. Compra uma cota de FII por R$ 1000,00, supondo que este FII seja bom, tem baixa vacância e tudo mais. Seu DY médio é de 0.90% a.m Após 2 anos a vacância aumenta e seu DY cai para 0.50% a.m. Só que o preço medio que a cota está para você é bem menor que o atual, ou seja, esse DY de 0.50 é real?

Só pra engrossar o coro, acredito que você está juntando dois componentes nocivos ao pequeno investidor, que são rentabilidade e preco médio. Ai a galera cai matando, mas com o intuito de te prevenir de fazer mesbla. Mas se ainda assim quiser seguir este caminho o @Andre.PC é o cara pra te responder isso ai. Edit: faltou o jingle "Foque no valor/fundamento e não no preco/retorno"

Existe um problema de nomenclatura nesse tópico. Existem alguns que acham que se dividendos abaixam o preço médio, mas isso é uma forma de controle pessoal. Por regra, contabilmente, dividendo não interfere no preço médio. Agora, para efeito de controle pessoal e calculo de rentabilidade, há controvérsias. Eu, não considero que dividendo desconta no preço médio, até para não ter problemas com no caso de FIIs que não são empresas e não lutam para crescer.

Se vc comprou 10 cotas a 100 reais = 1000 reais Vc tem 10 cotas que custaram mil reais. Se vc nao fizer nada, daqui a 20 anos vai ter 10 cotas ao custo de mil reais. O preço médio eh o mesmo. O dinheiro dos dividendos que cai na sua conta da corretora é outra coisa, vc faz com ele o que quiser, depois que ele cai na sua conta não interessa de onde veio e nem vc vai mexer em preço de nada devidos aos dividendos.

@kincass Bora lá, primeiro a questão principal, cuja resposta é: não se faz análise de rentabilidade no longo prazo. Ou para quem disser que é possível/interessante, quero ver a rentabilidade atual numérica da compra de 10 salários mínimos de BBAS3 adquiridos no dia do capítulo final de Roque Santeiro. Piada a parte, isso é muito sério. Que relação com a realidade teria o PM de uma posição de BBAS3 iniciada em 1986? E daqui a 30 anos, quem que vai *conseguir* se importar com o PM de qualquer coisa que seja que esteja negociando por agora? Em 2044 o 2014 será tão ou mais distante que 1986 é distante de 2014. Segundo que misturar cálculo de duration com TIR dá confusão. Amortizar fluxos do investimento é duration, e calcular retorno em cima de duration é contar rendimento ao quadrado. Não dá certo, e por isso talvez a pergunta. Analisar o DY atual dá uma noção do valor de liquidação da sua carteira *incorreto*. Depois de muito tempo só a inflação terá feito o valor das coisas subir, e ao fazer a comparação direta de DY vai causar a falsa sensação que está no lucro ou giro pode tornar da carteira como um todo maior. Errado. Pois que giro de posição antiga paga imposto inflacionário a perder de vista, o que faz você perder patrimônio no giro. Então, daí, eu responderia simplesmente que não se faz análise de rentabilidade. Nem no curto, nem longo prazo. Em nenhum prazo. O que se faz é investir alinhado à plano. E se é assim que se investe, é assim que se faz análise. Mantém os investimentos que estão alinhados, sai dos investimentos desalinhados (ou cuja qualidade decaiu com o tempo). Um exemplo, só para não fica na abstração. Quem comprou BBFI na emissão a R$ 1.000 já teria recebido uns R$ 1.969 por cota até agora. O dobro do capital. Estamos falando aqui de meados de 2005, quase nove anos exato. Conta de subtração simples já teria negativado o PM, conta percentual já teria levado o retorno bem abaixo de R$ 200. E qualquer um dos patamares, 200 ou -1000, não diz nada a respeito do empreendimento em si, e menos ainda diz qualquer coisa que seja sobre os pares de comparação.

@André.PC Certo! Entendi a questão sobre a rentabilidade. É que em ações o dividendo é descontado do preço da ação e em FII não correto? Em ações é mais fácil entender o BBAS3 a 10 reais e paga 1 de dividendo e você tem no momento 9+1. e Nos FII? Essa era a minha duvida, me expressei mal na abertura do tópico, pois se você fizer a mesma coisa com FII eu entendo que você tem uma falsa rentabilidade, e porque falsa rentabilidade? Como o preço não é descontado a partir do momento que você desconta seu DY aumenta, ou não? Xiii deu nó na cabeça aqui. Até porque nas ações o dividendo não é extra e nos FII que o dividendo não desconta do preço? Parece o oposto de ações! Vou ler o livro de novo, será que pulei esta parte?

Ah não... esse assunto não :) :P Bom, antes de mais nada, tem um longo, confuso mas muito específico tópico a respeito disso em que eu tento demonstrar que não existe essa história de "desconto". Esse longo, confuso e muito específico tópico é o único lugar que eu estou me permitindo discutir essa questão: Bastter.com - Grupos - Forum Erros operando o mercado - Dividendo: descontado do preço da ação? Lá tem a argumentação cotra e a favor da questão, que eu considero um mito gerador de mitos. Mas essa discussão é lá, não vamos misturar os assuntos. Aqui só lhe respondo que a regra que vale para a Receita, dividendos não afetam PM, e isso vale para dividendos de FII. E complemento dizendo que se entidades terceiras não oficias gostam de inventar números fictícios da negociação passada, isso em nada afeta você, menos ainda a Receita. Detalhe: entidades terceiras diferentes calculam passados diferentes! O nó que deu na cabeça foi por, justamente, misturar ficção com realidade. No caso, a ficção chamada "desconto". Você pode se aventurar lá no tópico para (talvez) ver que não existe desconto, e por isso a sua pergunta é bem simples: sem desconto, sem cálculo de falsa rentabilidade. Mas dá para resolver a questão também supondo que o desconto existe. E nesse caso, digo: se você acredita no desconto, saiba que ele funciona igual para FII como para ações. Então a lógica que usar para ações necessariamente tem de valer para FII também. E daí, se é uma falsa rentabilidade em FII, é falsa também em ações. Não tem oposição. É a mesma coisa nos dois. Daí, para continuar a discussão sem tantos "se", teria de saber se você a princípio acredita ou descredita a questão do desconto. Se acredita, a resposta está em fazer o exercício de BBAS. Se desacredita... bem, acabou aí o assunto.

@André.PC @Bastter Entendi! Deu uma clareada! Já tenho um opinião formada! Vou até citar o Bastter! Supondo que de dividendos dos FII receba 1k por mês e irei utilizar os 1k para investir novamente nos FII. Entendo que este 1k é então dinheiro novo, pois não é descontado do preço do FII, é ganho real. Ao comprar os FII que pagaram os 1k, vou fazer uma nova analise e como o DY é um fator importante e faz parte do estudo do FII vou considerar o PREÇO ATUAL x VP x DY x PL x outros fatores importantes para a nova compra e não vou levar em consideração que recebi destes FIIs 1k, a analise tem que ser feita com o preço atual entendo eu agora.

cara q rolo coloca seus investimentos no TSDB se dedica ao seu trabalho uma vez por mes pega todo dinheiro novo inclusive estes dividendos ai e aplica onde o TSDB mandar e para de fazer rolo e perder tempo com coisa inutil o q importa eh trabalhar, poupar e acumular patrimonio em valor e nao fazer contas a nao ser q vc seja professor de matematica

só lembra que DY alto não é sinonimo de FII bom

@André.PC, Não entendi porque não é possível calcular a rentabilidade... Supondo que você só tem 1 fundo e só comprou 1 cota, porque você não pode ir somando os proventos que ganhou com a valorização/desvalorização da cota e ver quanto está ganhando em cima do investido? Desculpa a pergunta... Não é murro em ponta de faca, eu preciso entender que isso não faz sentido de alguma forma para parar de fazer...

@kincass Tá tudo misturado assim, sem necessidade. O dinheiro que você recebe, parte você gasta, parte reinveste. Não tem "carimbo" aqui. Não faz diferença se o dinheiro recebido foi de salário, de FII, de ação. O que faz o patrimônio subir é aporte, não qual a origem dos recursos do aporte. No aporte você pode estar seguindo plano ou pode estar fazendo análise mês a mês. Seguir plano é simples, vai na posição que está mais para trás do plano e investe. Análise mês a mês por definição não tem plano, porque a decisão do onde investir não tem a ver com planejamento prévio. Mas aí você tem de se preocupar com diversificação. Que dependendo de como formar sua análise, vai acabar comprando só de um jeito/em um único FII, e daí o ferro vai ser grande quando der um rolo na posição maior. Então tem de se auto-impor limites máximos de exposição, ou de regra fixa (xis porcento do patrimônio total) ou de regra flutuante (não máximo que o dobro da posição média da carteira). Análise numérica pura eu já não gosto, menos ainda quando tem preço na jogada. Uma porque você se tem preço na jogada, por definição você está usando parâmetro instável, o que não é nada legal para investimento de longo prazo. Outra que você estará terceirizando o seu investimento para a manada, que também não é outra coisa legal em investimento de longo prazo. Então a primeiríssima decisão que você tem de tomar é se vai seguir plano de carteira ou se vai decidir aporte mês a mês. Se plano, faz o plano e segue, nem esquenta com essas coisas. Se aporte decidido mês a mês, a PRIMEIRA coisa é se auto-impor limite de exposição. Depois da decisão a discussão prossegue.

Então @Thiago07 , eu não disse que não é possível. Eu disse que não se faz. A explicação do porque é muito simples. E já foi dada aí em cima. De tão simples, ela passa batido. Então... releia o que eu disse acima. Se ainda assim não entender o porque, tem o *exercício* que demonstra o porque. Usando esse algoritmo aí que propõe, de somar rendimentos, calcule para a gente o retorno numérico total de compra de 10 salários mínimos de BBAS3 no último dia de exibição de Roque Santeiro. Quando você tiver o número vai entender de cara.

@André.PC Será aporte mês a mês. Supondo que eu investi R$ 1000,00 em um determinado FII. O mesmo me pagou R$ 500,00. Para aumentar posição neste FII vou ter que considerar o preço atual dele, junto com vacância, DY médio e etc. Seria um jeito mais simples de analisar toda esta questão. Se este FII depois de me pagar os 500,00 a vacância aumentasse e o DY caísse seu preço estaria com desvalorização..... e os 500,00 não representam nada, foi dinheiro recebido e pronto! Não é assim que você faz?

O que eu faço é: 1. Conforme os dias vão passando e os relatórios vão saindo, eu vou atualizando a minha "lista de desejos", os FIIs que eu quero aportar. 2. Na virada do mês eu coloco algumas ordens pescaria em FIIs pouco líquidos, seguindo a lista dos desejos, mas sem ultrapassar o limite de diversificação pessoal. 3. Depois do recebimento do grosso dos rendimentos (lá pelo dia 20), eu pego o saldo não "empenhado" nas ordens pescaria e dou compra na lista de desejos, mas sem ultrapassar o limite de diversificação pessoal. Então o que eu *não* faço é: - Não associo provendo de FII com reinvestimento no mesmo FII. - Não olho VP e comparações diretas com preço (mas opero sim notícia [vacância, regras, descasamento DRE vs provento]). - Não fico olhando valorização ou desvalorização, menos ainda comparando o vai e vem do mercado com o tamanho do provento recebido. O mais simples *mesmo* é fazer plano de carteira objetivo e só monitorar qualidade dela. Esforço de análise é focado, esforço de decisão onde aportar é mecânico. Ou seja, eu vou pela linha do decidir onde aportar mês a mês (na verdade é decisão contínua), mas sempre respeitando limite de exposição pessoal. Por isso que digo que limite de exposição pessoal vem primeiro. Mas já adianto que essa de comprar fazendo muita análise deixa a carteira toda cheia de posições pequenas. A carteira fica estranha, porque deixa de ter um tema central. Fora que na época do IR dá um trabalho bem, bem maior.

Olá André. Posso esticar um pouco o assunto aqui, relacionado com o manejo mensal da carteira? Tenho feito o que tenho feito, mas ainda sem convicção de ser o mais indicado. Por isso queria que me esclarecesse: 1 - Uma opção é investir a partir do plano traçado, e analisar a partir dele também. Muito foco e esforço nos FII escolhidos, sua função na carteira e alocações percentuais. Depois disso, o manejo é mecânico, compra quem está para trás, à la TSDB. A pergunta é, como se faz estas compras mecânicas? O recomendado é pelo preço que está na pedra, e ponto final, já que variações no preço de compra no longo prazo resultam em diferenças mínimas no resultado final? Vc confirma que também em FII o preço de compra não é tão importante para um investimento de LP? 2 - Outra opção é a análise mês a mês. Operando vacância e outros fatos que possam gerar distorções. Mas quando é que a compra fica interessante? Quando o DY está maior que o CDI? Qual o DY que vc recomenda, distribuição/preço atual ou distribuição/PM? Adianto que eu penso que o retorno sobre o investimento deveria ser considerado em relação ao valor investido, desembolsado, = PM. Isso está certo? 3 - E quando a gente decide incluir mais um FII na carteira? Até a posição estar formada, ele naturalmente estará sempre mais para trás. Deveremos ir comprando aos poucos ou já montar a posição de uma vez? 4 - No meu caso não é incomum eu ter boa disponibilidade mensal. Tem acontecido de eu poder comprar mais de uma posiçaõ que está mais para trás. Tenho preferido aportes menores em mais de um FII do que de uma vez trazer um ou dois para a alocação alvo. Mas aí fica parecido com a análise mês a mês, e às vezes tenho muitas dúvidas em qual escolher. Preço acaba entrando na pauta, muitas vezes quem está mais para trás está com um preço que aumentaria meu PM, e portanto diminuiria meu DY, minha capacidade de gerar retorno mensal e realimentação da carteira. Mas se não aportar, esta posição ficará cada vez mais para trás e menor no todo. Então volta a pergunta… preço é mesmo secundário, o importante é a carteira e o plano? já faço isso com ações, para FII funciona do mesmo jeito? 5 - Já vi em outros blogs algumas pessoas que afirmam descontar do PM as distribuições, o que resultaria em diminuição do custo do investimento com o tempo. O tal duration que vc mencionou. Seria o tempo estimado de retorno do capital investido? Mas se a gente vai aportando sempre, como é que fica? Pode explicar melhor por quê não é aconselhável fazer distribuições/custo - distribuições = DY? Obrigado, João

@Jmsn O mais indicado... varia. Acredite-me, tem jeitos diferentes que funcionam melhor ou pior, dependendo da pessoa. Tem métodos gerais, sim, mas o método que funcionar contigo é o melhor para ti. Mas bora lá. 1. As compras são feitas um FII de cada vez. Ou um pouco mais que um, se tiver fazendo aportes que considerar grandes. Sobre como operar book, tem alguns FIIs que se pesca, e tem alguns FIIs que bate na ordem de venda. Se o gap for pequeno ou se a liquidez for alta, não vale o esforço de pescar. Agora se o gap for alto ou a liquidez baixa, daí começa a história de colocar ordens pescaria. Mas não para sempre. Ficou muito para trás a posição, é bater na ordem de venda mesmo. 1.1. Quando se fazendo buy & hold com aportes mensais, então o preço das compras tem menor influência no resultado futuro. No começo o que mais vai importar são os aportes, no fim o que mais vai importar é o reinvestimento. Simples assim. Tirando as duas condições (B&H + aportes frequentes) daí a resposta muda. 2. Análise mês a mês é para quando você consegue manter o acompanhamento com o passar do tempo, o que é uma raridade. O normal, o que acontece a grande maioria é ter a fase inicial curtinha de entusiasmo seguido de uma eternidade de acompanhamento zero. É por isso que o TSDB funciona tão bem, aliás. Aproveita bem quando o cara está entusiasmado para montar a plano. É também a razão do palavrão no meu livro, qual algumas pessoas já agradeceram de coração o "despertar" para essa realidade. A distorção mais simples de operar é R$/m2/cota versus R$/m2 do mundo real, mas é bem lenta. Outra é comprar vacância, na espera de ocupação futura. Outra ainda é simplesmente desenvolver uma métrica própria de avaliação que seja bem estável e operar as indas e vindas do mercado. Todas elas, se você parar para pensar, são alguma espécie de regressão à média, que é uma métrica de trade, no sentido de ações. E nesse caso não vale a regra (ou plano) de b&h. Misturar carteira de trade com b&h é uma maneira muito refinada de perder dinheiro, e por isso que se diz para concentrar num estilo ou outro. Lembrando que se vai fazer trade, as duas primeiras coisas que você tem de fazer é a) controle de risco; b) 20h semanais de esforço ou mais. Que trade é profissão, não é moleza não. Então respondendo em resumo: não para a comparação de DY, sem recomendação de patamares de DY, P ou PM. Análise começa pelo risco, não pelo retorno. E sim, em risco está o capital investido (não exatamente o PM). 3. Quando faz sentido com os FIIs que você já tem na carteira. Analisar FII isoladamente é para montar entendimento, não para decidir ele dentro ou fora da carteira. Ou pelo contrário: incluir um FII que não faz sentido na carteira é deletério. Sobre a posição para trás, vários jeitos. Se a posição está muito para trás em relação a aporte, aporta no novo mês sim mês não, nos meses "não" aportando em outras coisas como se a posição nova estivesse equilibrada. Se o aporte ainda é relevante em relação ao ao tamanho das posições, compra dois todo mês. O para trás novo, e um para trás das antigas, meio a meio. 4. O importante é qualidade e aporte. O preço é secundário (considerando b&h e aportes frequentes), porque no longo prazo o que importa é a qualidade. Porque preço = qualidade, ainda que com as doideiras do Sr. Mercado. Sobre mistura de análise mês a mês com plano, a diferença fundamental é que análise mês a mês NÃO TEM PLANO. Se você tem plano, você segue o plano ou fura o plano. Simples assim. Mesmo as sugestões acima do que fazer são considerados sair do plano. Daí a questão é bem simples, que se você está furando o plano toda santo aporte, então você não está seguindo plano NENHUM. As sugestões acima te dão só "meia liberdade" de furar o plano. Mas o que você descreve é que não está seguindo plano nenhum. De novo, o importante é: 1. Qualidade 2. Aportes O esforço de montar o plano é filtrar por algum critério de qualidade. Os aportes vem do trabalho. Só com a carteira muito antiga que surge algum benefício desse esforço e stress todo de microgerenciar a carteira. Tem uma diferença em FII para ações é que FII não cresce sozinho. Então reinvestimento na carteira de FII é mais necessário que na carteira de ações. Então, sim, é do mesmo jeito. Mais importante até. 5. Duration é diferente de retorno sobre investimento (ou capital) (ROI). E para aumentar confusão, duration tem duas [1][2]. São coisas bem diferentes, e com interpretações bem diferentes. O que descreveu ai está mais para o ROI[3]. Quanto a sua pergunta, ela contém em si mesma a resposta: não fica. Eis que duration e ROI são métricas que focam o *desinvestimento*, coisa que não tem sentido nenhum no esquema de buy & hold. Por isso que colocar essas coisas com B&H causa tanta confusão. Porque duration serve para medir risco (não qualidade) e ROI serve para medir retorno (que é triturador de investidor). Eu recomendo não fazer nenhuma das duas coisas. E daí eu lhe faço as mesmas perguntas que faço ao pessoal em vídeo, quando surgem esses assuntos: 1. Com ações, você dedica 20h semanais, durante o horário que o mercado está aberto, para monitorar fundamentos e notícias? 2. Você tem plano? Você não está seguindo o plano? 3. Se suas disponibilidades de aportes variam, seus aportes também podem variar. Simples assim. Como diz o Bastter, use o bom senso. 4. Qual seria hoje PM não atualizado de compra de 10 salários mínimos de BBAS3, comprados no último dia de exibição de Roque Santeiro? E depois de laboriosamente calculada essa informação (ou mantida escriturada depois de três décadas), que utilidade tem essa informação? [1] Bond duration - Wikipedia, the free encyclopedia [2] Bond duration - Wikipedia, the free encyclopedia [3] Return of capital - Wikipedia, the free encyclopedia

Por mais que a gente entenda o processo às vezes é difícil botar em prática. Eu tinha uma dificuldade enorme em comprar CIEL3... achava sempre caro, queria uma oportunidade mas é isso aí: "O preço é secundário (considerando b&h e aportes frequentes), porque no longo prazo o que importa é a qualidade. Porque preço = qualidade, ainda que com as doideiras do Sr. Mercado." Quando é bom demais o Sr. Mercado precifica e não adianta.

André, Não é a primeira vez que faço um monte de perguntas e recebo prontamente suas respostas. Então, antes de qualquer outra coisa, muitíssimo obrigado pelo seu tempo, sua dedicação e sua vontade de ensinar todos nós aqui. Valeu! 1 - Entendido. 1.1 - B&H + aportes frequentes é sim o meu negócio. 2 - Eu tenho acompanhado de maneira que me deixa confortável. Não é intensamente como foi quando decidi por cada um dos meus hoje 25 FIIs mas acho que nem precisa ser. Mas obrigado pelo alerta assim mesmo. Já andei pensando e praticando distorções relativas a m2 e vacância. São características que geram variações e às vezes consigo enxergar oportunidades em sua função. Claro que elas decorrem de problemas que julgo serem pontuais enquanto outros acham que são mais perenes, então o que estou chamando de distorção muita gente pode chamar de perda de qualidade. O tempo vai dizer o que realmente é. Concordo que são operações que contam com a regressão à média. Mas B&H com aportes frequentes também não é uma estratégia que conta com esta mesma média? Comprar sempre, preço sendo secundário, não nos trará muito próximos sempre desta mesma média, que esperamos ser crescente ao longo do tempo? Então, se m2 e vacância são métricas relacionadas a trade porquê buscam a regressão à média, que é uma coisa de trade, tentar permanecer perto da média, que é o que fazemos ao aportar frequentemente, também não nos aproxima do trade? Você foi muito perspicaz em indicar que "Misturar carteira de trade com b&h é uma maneira muito refinada de perder dinheiro, e por isso que se diz para concentrar num estilo ou outro." Foi justamente por estar desconfiado de que posso não estar fazendo a coisa certa que comecei meu post aqui. E não posso daqui a 15 ou 20 anos descobrir que estava com a estratégia e o manejo errados, porque não terei outros 15 ou 20 anos. O que tenho feito é operar com banda percentual de alocação, nos fundos que julgo serem os meus pilares. Às vezes estico ou encolho uma posição quando acho que estou enxergando uma oportunidade, mas sempre dentro da banda, que é meu controle de risco. Isso está errado? 2.2 - "Em risco está o capital investido (não exatamente o PM)." O capital investido não é o PM? Como vc calcula o capital investido então? Caramba, tem tanto malabarismo matemático… 3 - Entendido. Vou arranjar alguma coisa como a sugerida. 4 - Qualidade e aporte. Preço é secundário. No LP, o que importa é qualidade. E "preço = qualidade, ainda que com as doideiras do Sr. Mercado." Se no LP preço é qualidade, e qualidade é fundamental, como pode o preço não ser fundamental no LP? E se ele de fato é fundamental no LP, porque ele é qualidade, como pode ser secundário nas operações mensais? Qualidade é localização, espaço dimensionado para as necessidades, boa gestão, Triple A, e a lista vai. Mas eu quero esta qualidade não como um fim em si, mas justamente porque é ela que vai aumentar as chances de eu ter um imóvel sempre desejado e locado a um preço compatível com o mercado vigente (ou, talvez, maior). Penso que qualidade é também um DY e uma valorização que satisfaçam. Como faço para então buscar esta qualidade sem levar em conta o preço? Como então não fazer uma análise mês a mês, nem que seja dentro de bandas percentuais? Seguir o plano, comprar quem está para trás independentemente do preço, simples assim, dá mesmo certo? Talvez a pergunta seja: Ok, preço no B&H com aportes frequentes é secundário… mas não é irrelevante, é? O que este "secundário" quer dizer exatamente? E se o preço não é irrelevante, quando e como ele importa? Qual é a conta? Desculpe, não consegui resolver isso na estratégia do TSDB pura (compra quem está para trás, no preço que estiver, e pronto), acabo fazendo análise mês a mês, comparando DY com CDI, tentando enxergar distorções, mas tenho objetivos para cada FII e mantenho tudo dentro dos meus percentuais, que são (espero) meu controle de risco e meu plano. Mas se ao misturar isso tudo eu não estou seguindo o plano, e portanto não vou ter no futuro o fluxo de caixa que imagino para pagar minhas contas, e este é o risco maior para mim, então tem alguma coisa que ainda não entendi bem. Em tempo, mesmo que eu tivesse 20h semanais, não tenho vontade de dedicá-las ao trade e ao mercado. Por isso gostei do B&H. Só queria fazer certo, entendendo tudo muito claramente. Abraço, João

Para entender porque B&H não é uma estratégia de regressão a média basta pensar nas empresas que estão *fora* da bolsa. Se você tiver que escolher em ser sócio de uma padaria que só da lucro ou uma padaria que só dá prejuízo, qual escolheria e porque? A mesma coisa para o aporte frequente, que não tem relação nenhuma com a média. Alguém venha a deter 100% de todos os FIIs da bolsa (e portanto daí cessam todos os negócios), será considerada para todos os efeitos: a) miserável; b) rico? Ou a mesma pergunta para alguém que venha a deter 100% de todas as empresas do Bovespa, as boas e as ruins, sem distinção? Que a gente nasce pelado, e o objetivo do B&H é trazer a gente mais perto desses casos utópicos aí do 100%. Porque regressão a média (ou trade direcional) é jogo de soma zero, enquanto que B&H o objetivo é se dono de ativos geradores de lucro. E lucro é jogo de soma infinito positivo. O controle de risco, para posições maiores e menores é possível. Não é questão de certo ou errado, mas de novo, que funcione (ou não) para ti. Eu pratico algo semelhante, mas com números bem férreos. Nunca deixo uma posição passar do dobro da média aritmética da minha carteira. Diversificação pessoal forçada. Em trade o dinheiro que você investe no trade é o capital em risco. Até por isso o nome de CAR, capital alocado em risco. Se a posição de trade foi aberta sem ter o papel antes, ok, capital = PM * quantidade. Mas se você já tinha uma posição antes e aumenta por conta do trade, daí você acabou de misturar CAR com a posição de B&H, provavelmente alterando o seu PM e afetando como o IR será calculado depois, podendo até transformar o lucro em fluxo de caixa num prejuízo real, só de pagar IR sobre imposto inflacionário (ou de rebaixar o seu PM, piorando o resultado líquido do desfazimento da operação de B&H em caso de decaimento). De novo, misturar trade com B&H é uma mameira refinada de perder dinheiro. Tem de ter muito cuidado com isso, tanto mais cuidado quando mais antigas forem as posições. E um dos efeitos do B&H é ter posições antigas... Eu não disse que o preço não é fundamental no LP. Eu disse que o Sr. Mercado tem doideiras. São coisas bem diferentes. Mas para dar um exemplo prático, eu estou com PM abaixo de 129 em EURO, uma posição aberta bem recentemente. E agora ele negocia a 175. Menos de seis meses. Não é comum imóvel real trocar de valor tão rápido assim. Ou exemplo em ações, onde PETR as vezes negocias em 150 preços diferentes em pouco mais de 6h. Qual dos 150 preços é fundamentalmente certo, e porque? A resposta é que o preço se "forma", ele não "é". O preço "emerge" da negociação, perseguindo a qualidade. Mas negociação é um processo randômico. Então no curto prazo o preço está sempre errado. Ou se estiver certo no CP, qual dos 150 preços intraday de PETR é o certo? Se você foca DY, então você não tem como fugir do preço. DY = D / P. Fim de história. Mas note que no parágrafo anterior você fez toda uma avaliação que não entrou preço. Se depois de passar essa análise qualitativa em vários FIIs/ações, terá na sua mente um modelo que diz que A > B , B > C , D ~= E. Feita essa ordenação que você então ESCOLHE: - monta plano e segue, e o preço não importa; - vai fazendo análise mês a mês, operando quando o mercado vai contra essas relações; Só a segunda envolve preço. Mas daí não é plano e B&H, é stock picking. E espero, stock picking sem venda. Que stock picking com venda são como as carteiras recomendadas de corretoras. Giro, puro e simples. Com o agravante de ser sem controle de risco. Se faz AMM não tem plano. Já te disse, mas insisto. Fazer AMM e fugir do plano toda vez é segui plano NENHUM. Você está perguntando o conceitualmente impossível. Se você quiser saber como faz AMM, daí eu te digo que a primeira coisa a fazer é esquecer B&H (e todos os seus efeitos). Pega o plano, imprime e usa como papel higiênico. E como em trade, o que faz primeiro é controle de risco. E em segundo um modelo qualitativo. Você opera quando o mercado vai contra o seu modelo, limitado ao controle de risco. Nas suas palavras, tem as bandas, mas não tem plano. Não se iluda. E prepare-se para ver a rentabilidade real ser DEVORADA pelas razões de sempre: IR, IR inflacionário, custos de operação e custos de stop loss. AMM não tem objetivo em si mesmo. Vai contra o mercado, rezando que operar nos extremos da média tem retorno maior que os prejuízos e custos. O preço é irrelevante quando se segue plano. Se você não segue plano, ou nem tem plano, daí a resposta muda. Você não está conseguindo conciliar isso no TSDB puro por TSDB é plano, seguir plano. O TSDB é um sistema anti-cíclico, e daí o preço entra. Mas se você opera fora do TSDB daí você está furando plano, e as confusões começam. Mas o principal mesmo é que o TSDB é um sistema de B&H. Comprar para manter. Comprar para não vender. Para te aproximar da utopia de ter 100%. Mas não 100% de tudo, que tem muita empresa ruim. Ele depende fortemente do passo 1, que é escolher qualidade. Mas depois disso ele resolve todas essas questões, diretamente indicando o que comprar naquele mês. Porque? Para atingir o objetivo de exposição da carteira que VOCÊ deseja. O TSDB *é seu servo*, tentando te ajudar em alcançar a carteira objetivo, o plano informado. Furar o plano é fugir do plano que você mesmo digitou. Não é a toa que surge um monte de confusões, mirar numa coisa e fazer outra. Então, para clarear a discussão: I. Plano de B&H se segue. Objetiva qualitativo estável. II. AMM é trade. Sem plano, negocia qualitativo instável. III. Análise técnica é controle de risco, depois preço, depois mais nada. Mas o último parágrafo seu é o que vai mais direto na questão: já que não pretende dedicar o tempo necessário a coisas de trade e mercado, então você deve escolher coisas que não dependam de trade e mercado para dar certo. Nada de jogo de soma zero para ti. E no final eu ainda temo que no final não esteja percebendo o que digo, quando digo que não existe o certo. No máximo existe o errado, que é misturar o I com II ou com o III.

Isso tudo dito, eu agora vou me restringir a responder questões que tenham um assunto só. Ou perguntas que misturam B&H com preço, plano com AMM/stock picking ou AT (esse último que já não é a minha praia), eu não vou mais detalhar. A resposta sobre as questões de preço com compra mensal (B&H ou AMM), tem a resposta aqui: Estudo sobre os efeitos do preço da ação no Buy & Hold - YouTube

André, Respeito sua decisão de não responder mais neste post que envolve mais de um assunto. E agradeço imensamente sua dedicação até agora. B&H é para acumulação de patrimônio. Na proporção definda no plano. A ser adquirido no preço que estiver. O preço não importa, mas sim a qualidade do patrimônio acumulado. Não existe o certo no manejo da estratégia, mas existe o errado, que é misturar estratégias. E se eu não tenho muito claro a percepção daquilo que o trade é, e daquilo que o B&H não é, posso estar misturando sem perceber. Por isso resolvi perguntar. Você está certíssimo também no final, vou ter que ler e pensar 50 vezes no que foi explicado aqui, para ver se entendo. Mas caso eu precise ainda de esclarecimentos, vc teria disposição e disponibilidade para uma aula individual? Muito obrigado, João

Claro, oras. Eu disse que não responderia posts com vários assuntos. Posts com um assunto só são de boa, inclusive aqui. Eu prefiro reservar aulas particulares para consultoria e/ou validação de conhecimento factual. A discussão aqui é bem mais... abstrata, digamos assim. Nem seria apropriado para aula particular: não daria tempo. O texto, apesar de ser uma mídia muito mais pobre, pelo menos tem a vantagem da elaboração. Se quiser expandir algum tópico específico, pode mandar ver. Mas pegando um assunto por vez. Assuntos em paralelo não dá para desenvolver. Sem delimitar os assuntos, fica-se dando voltas sem sair do lugar. Mas antes de se embrenhar para diferenciar B&H, diria para dedicar tempo a ler o fórum de trade. No caso, diferenciar bem o que é trade, em suas várias encarnações. Desde o trade puramente gráfico até o que convencionalmente é chamado trade de valor, que tem muito mais a ver com essa linha de muito e continuamente analisar, antes de cada compra. Até pediria links de discussão de trade de valor aos que nos leem, que eu já vi aqui na Bastter.com, que eu não tenho nenhum salvo. A priori o que você precisa saber de B&H está no vídeo linkado acima. Ali tem a eliminação do argumento de preço. Eliminação mesmo. Em B&H com aportes mensais, de preferência com plano, você se concentra em qualquer outra coisa que *não* seja preço.