RBPD11
comentada em 07/05/2015 09:35

Que pergunta maldosa.... Ele está muito abaixo da MMA20 e chegou a sair das bandas de Bollinger recentemente. Isso seriam sinais compradores para uma suposto retorno à média. Mas também vejo um fundo perdido em R$ 37,00 que pode se tornar uma resistência. De qualquer forma, não dá pra ver nada muito claro.... E, se for pra operar vendido, tem que ver a liquidez no BTC e as taxas disponíveis....

A pergunta é maldosa :) Mas com poucas respostas talvez não ocorra o fenômeno que ocorreu ao vivo comigo. Deixar rolar mais uns dias, e na sequencia conto o conto.

É fundo imobiliário, certo? Estão usando analise técnica para comprar FIIs ? Se sim, é novidade para mim. Ou eu estou muito por fora...rs Era pegadinha do malandro ?

Sim, é FII. Sim, estão usando AT em FII, e não é de hoje: Fundos Imobiliários e a Análise Técnica - EXAME.com É uma pegadinha, mas... não deu público suficiente para disparar a discussão, que tem mais a ver com TA que com FII. Mas bora lá. Pergunta levemente diferente então. Anexado aí embaixo está o gráfico do RBPD. Concordam ou não concordam? :)

Esse gráfico é ajustado?

Sim, é... E essa foi a razão de uma "briga". Bom, a história completa... No meio de uma conference de estruturação de negócio imobiliário, teve um momento que a discussão foi no sentido de montar operação via FII. Foi dado como exemplo esses fundos da RB. Especificamente na parte do desinvestimento eu abri os relatórios mensais deles para mostrar como era a informação. Passou uns minutos e daí duas pessoas começaram a argumentar se, pela TA, era compra ou venda. E a discussão era em termos de TA mesmo, as coisas que viam no gráfico, resistência, suporte, tendência... Mas parecia que era uma conversa entre doidos, que nada batia. Cada um estava no seu terminal do conference, portanto não viam as telas um dos outros. Isso foi um tempo até que eles discordaram sobre "estar subindo" versus "estar caindo", o que desembocou na situação que eles foram conferir se não estavam olhando para ativos diferentes, só para concluir que estavam olhando para o mesmo ativo... Um deles viu o gráfico acima, o outro viu o gráfico abaixo:

Claro que RBPD é um caso extremo. Só de ser de prazo determinado acredito que já desqualifica ele para TA. Mas eu quis trazer ele por conta dessa discrepância. Que em TA se assume gráfico descontado (principalmente por conta de split/inplit), e eu estou desconfiado que os dois caras lá se surpreenderam de sequer ver um gráfico *não* ajustado (como na segunda imagem acima). Daí uma reflexão: Em se fazendo TA, se toma o cuidado de conscientemente verificar se está trabalhando com um gráfico ou outro? E até uma enquete, para quem se dispuser a responder. 1. Na ferramenta que corriqueiramente usa, há a distinção entre os dois gráficos? Só tem um gráfico sem dizer qual é? 2. Selecionando-se o gráfico descontado (ou se confirmando que o único gráfico da ferramenta é descontado para ações), RBPD/STFI aparecem subindo ou descendo?

Se for ajustado precisa estar subindo... (nesse caso) Se a plataforma não mostra o gráfico ajustado, ou tem a opção de mudar, ou é uma plataforma horrível. Isso não tem muito questionamento, se distribuiu, tem de ajustar, é regra. Se a plataforma do seu seguidor não ajusta, aí precisa ver com ele a possibilidade de mudar.

A corretora com quem trabalho, tem dois sistemas: um HB via Web e outro que pode ser instalado na máquina. O da Web tem dois aplicativos para gráficos; o instalado só um. Em todos, o default é gráfico ajustado. No sistema instalado na máquina e um dos sistemas Web, não tem como mudar para não-ajustado. No outro sistema não sei, pq quase não mexo.

@alanvianna Eu queria achar essa regra... No caso a regra de *gráfico* ajustado. Eu já encontrei a regra de ajuste de índice, e a regra de preço ex de HB (bolsa brasileira e algumas internacionais). Mas essas regras são pontuais, "foward". Ainda não consegui encontrar alguma descrição da regra para trás. @Nod.RJ Pois é. O padrão é ajustado. Como comentei acima os dois caras ficaram espantados de sequer verem um gráfico não ajustado. Não querendo puxar polêmica, mas já puxando, já que era o assunto que eu queria trazer. Gráfico ajustado é a regra, e tem de ser ajustado. Até aí ok. Agora a pergunta realmente maldosa... *Quem* que ajusta o gráfico? :) E a enquete é por conta do que aconteceu lá. O cara que topou com o gráfico não descontado *não* tinha a opção de trocar de um para o outro. Os demais gráficos da plataforma estavam ajustados, mas RBPD11 não. O segundo gráfico acima é do IM. Um caso de lugar que não deixa escolher entre ajustado e não ajustado, e se assume que tudo é ajustado (porque tudo o mais é ajustado). KNRI11 por exemplo está splitado, assim como todas as ações.

Poxa, realmente não sabiam que usavam análise técnica em FIIs, bom saber. Tenho um livro sobre fundos imobiliários, vou até passar na frente na minha fila de espera (não sabem como gostaria de conseguir ler os livros na mesma velocidade que compro). Quanto a distorção do gráfico, pode ser porque está indexado em outra moeda ?

Aquilo né... Entre "fazerem" e "ser apropriado" vai uma longa diferença... Não, não. O gráfico não está distorcido. Um deles é o histórico, o outro é o ajustado a eventos acionários. Ambos na mesma moeda, sem outros ajustes além desses. O que faz o histórico ir para baixo são as negociações (esse é um FII de tempo determinado, vai a zero), e o que faz o ajustado ir para cima são as amortizações+rendimentos. O gráfico histórico tem preços, mas o gráfico ajustado tem fatores percentuais do preço atual, não são preços realmente... Isso é mais fácil de ver em ativos que pagam rendimentos com grande frequência.

Pra mim é simples Se a empresa ajusta ela está certa e faz só o que tem que fazer. Se a empresa não ajusta, ela não presta nem pra fazer o básico. Uma serve pra eu ser cliente outra não.

Erm... a empresa, qual? Está falando aí da corretora ou da empresa origem dos ativos. Mas no final eu gostaria de ver *como* é feito o tal ajuste. Meio sexo dos anjos, mas saber exatamente como a conta é feita ajuda a entender como usar a série, principalmente no longo prazo.

Pra mim, a coisa é muito simples, a empresa pagou x reais de dividendos, desconta x reais de todo o histórico....é por isso que com o passar do tempo, os preços "mais antigos" vão tendendo a zero. Qual exatamente a dificuldade de fazer isso? E ajustar é o óbvio que tem que ser feito, para termos a mesma referência do financeiro, do contrário, quando que a empresa fica Ex-, o dono do papel ficaria com menos financeiro, o que não faz o menor sentido, já que os dividendos voltam para a conta do dono algum tempo depois. Existe alguns "analistas" que dizem que olham apenas gráficos não-ajustados. Segundo a premissa deles, as pessoas só levam em conta a "memória do preço" e desconsideram os dividendos...particularmente, eu acho isso uma fantasia, uma vez que quem move o mercado de fato, eh quem tem bala na agulha, e logicamente esses caras fazem o devido ajuste nas operações... Na maioria das vezes, a análise dos gráficos ajustados são as mesmas dos gráficos não-ajustados, mas quando se pega uma empresa que paga muito dividendos, a diferença fica gritante...e o que acontece? Esses "analistas" ajustam os gráficos....kkkkk Pelo que já vi, todas as corretoras já fornecem os gráficos ajustados, é o padrão...uma ou outra plataforma mais especifica, fornecem a possibilidade de alterar entre gráficos ajustados e gráficos não-ajustados.

@Flagas, Até onde sei, o ajuste não é pelo financeiro, mas pelo percentual. Se fosse pelo financeiro, os valores mais antigos estariam negativos. Mas realmente não sei quem "calcula" o ajuste (se é a Bolsa ou as corretoras).

Estou falando a empresa responsável pelas cotações

@Flagas Há enormes dificuldades de se fazer isso, essa é a questão. Primeiro que o detalhe da conta é importante. Para você ver, o valor nem é "descontado", subtraído. É como o @Nod.RJ falou, é percentualmente ajustado. Percentualmente e recursivamente ajustado, aliás. Desconhecendo-se o como a conta é feita é aumenta em muito o risco de interpretar incorretamente o gráfico... E segundo que depende de ter uma base muito boa de eventos acionários para fazer os descontos no passado. Ou se tem todos os eventos passados guardados para refazer a conta, ou a cada evento acionário tem de ter a curva anterior guardada para aplicar o percentual em cima do histórico. Ambas são problemáticas. O primeiro jeito basta ter um evento errado ou faltando para o gráfico estar furado, o segundo jeito, dependendo de como se guarda o número, as contas perdem o significado (precisão numérica é limitada em computadores, instável se preferir). Parece simples, mas é tecnologia de foguete. A fórmula do ajuste da Bovespa, que é pontual, já é comprida pra caramba, e nem é fechada... Tem espaço nela para uns coeficientes mágicos (calculados manualmente!), colocados lá para lidar com situações não previstas na fórmula, já comprida. Pelo jeito é bem difícil fazer o ajuste pontual, imagine então anos e anos no passado de ajustes aplicados recursivamente. @alanvianna Pra pensar. Acredito que nenhuma corretora calcula isso na mão. Tem alguns fornecedores que fazem isso, mas eles com certeza são em menor número que as corretoras. Então é bem possível que o defeito visto numa corretora apareça em outra, só por conta do compartilhamento de fornecedores. Então as vezes terá de deixar de ser cliente de uma dada corretora caso ocorra dela trocar de fornecedores de série histórica. Embora o problema que tenho enfrentado é sutilmente diferente. Para fazer o boletim de FII eu usei algumas bases descontadas, de alguns fornecedores. 5 para ser exato. Número de séries que coincidiram entre esses 5 fornecedores: zero. Daí o conhecimento de como a conta é feita serve para ajudar a criar um critério de seleção entre esses fornecedores. Se é que esse conhecimento existe... Estou começando a desconfiar que isso é criação caseira de cada fornecedor, não padronizada.

Mas esse problema deve ocorrer mais em FII... poucas vezes vi alguém reclamando sobre isso no que diz respeito a ações. Como Fii não é apropriado usar AT então pode ser que seja "relevável" Mas realmente é pra pensar.

@André.PC Hum, estranho....pelo menos nas cotações mais recentes, eu tinha a impressão que descontava exatamente o valor que era pago em dividendos, já olhei isso algumas vezes... Mas realmente, se fosse simplesmente descontar de todo o histórico, as cotações mais antigas ficariam negativas....mas pensando mais um pouco, utilizamos gráficos logarítmicos exatamente para focarmos nos percentuais, então os descontos, de fato, devem ser percentuais com o @Nod.RJ bem falou. Sendo escala logarítmica, faz sentido para mim que os preços tendam a zero...mas ainda assim, realmente tem algum bizu por traz disso, rsrs... Quanto a sua preocupação no "possível erro" na interpretação do gráfico, particularmente, não me importo com isso, pois os gráficos não servem para acertar análise, mas sim gerenciar risco de curto prazo e se beneficiar da aleatoriedade do mercado...gráfico serve apenas para me fornecer um sinal de start, stop loss, boa rxr e movimentação do stop gain na direção do trade.....nada além disso. Acertar ou errar a análise, pouco importa, já assumo logo que igual jogar moeda para o alto, 50% de chance de cara ou coroa.... Mas claro, isso faz parte das minhas crenças...

De boa @Flagas . E sim, parece mesmo no último desconto (o mais recente) que é subtração, mas é só coincidência. A conta por acaso dá o mesmo resultado, percentual e subtração no HB (que o único desconto que a bolsa, oficialmente, faz). Mas não é essa a conta do gráfico ajustado. A confusão surge daí... A Bovespa praticamente subtrai, e os fornecedores também *no último* provento (o mais recente). Mas não é essa a conta que é feita no "resto" do gráfico, porque senão seria negativo, como concluiu. Um outro jeito de ver isso é o terceiro gráfico acima. De bater o olho dá para ver que o gráfico ajustado diminui as oscilações no passado, vai "apagando" a volatilidade passada. Colocar na logartimica desfaz um pouco o efeito, mas não deixa de ser uma razão pela qual as séries muito antigas sempre parecem muito menos voláteis no passado longíquio que no presente. Puro efeito matemático da conta... Que não se sabendo exatamente qual daí não dá para deduzir os seus efeitos mais... filosóficos. O problema é menor, talvez, do que eu faço parecer. Até uns dois anos de histórico os gráficos entre fornecedores batem bem. Passou disso as coisas vão piorando gradativamente, até virar terra de ninguém. Claro, tirando o caso acima, que não bateu um ativo desde já no segundo mês.

@André.PC Acho que pode ser feito assim: Um ativo vale R$100 e paga R$2 de dividendos. No dia seguinte ela fica Ex-dividendo, abrindo a R$98, isso eu vejo acontecer..rs. Como também já chegamos a conclusão que deve ser um ajuste percentual, assumo que deve existir um "fator de ajuste" e este fator deva ser aplicado em todo histórico. Para calcular esse tal "fator de ajuste", subtraímos R$ 2 de R$100 e dividimos o resultado R$ 98 por R$ 100, que nos fornece um "fator de ajuste" de 0,98. Aí vc aplica esse fator ao resto do histórico.

Eu faço bem isso mesmo, @Flagas Para ser mais específico, eu utilizo do cáclulo de Pex (preço ex-teórico) da Bovespa, de forma recursiva. Descubro a relação Pex/Pc e acumulo (multiplico) esse fator ao longo de toda a série. A fórmula da Bovespa, para índices: http://www.bmfbovespa.com.br/Indices/download/Manual-de-Definicoes-e-Procedimentos-dos-Indices-da-BMFBOVESPA-R.pdf Que é o que eu suspeito seja o que fazem os fornecedores. Mas sem alguma documentação dos fornecedores a resposta continua sendo... qualquer coisa... Eu construí curvas muito *semelhantes* utilizando fórmulas muito *diferentes*, e isso me deixou incomodado no final. Fora que a fórmula da Bovespa acima tem redutor mágico, que *impede* que a cotação de índices se movimente no caso de eventos acionários. É sério isso. Evento acionário nenhum das ações que compõem o IBOV jamais movimenta o IBOV.

Ah sim... Repare que a conta do fator de ajustes que sugeriu é percentual, e mesmo assim dá o mesmo resultado que a subtração, para um grande intervalo de números. Legal, não é?

Para quem quiser ver uma coisa legal acontecer, abram suas ferramentas hoje, e tirem um print screen do gráfico nos tempos que costumam usar para negociar. Sugiro tirar um print também do máximo do tempo que as ferramentas de vocês disponibilizarem. E segunda feira repetir o processo, quando o mercado estiver para abrir. Depois comparar um com outro :)

@André.PC, Algum motivo específico em sugerir esse estudo no dia 30 de abril?

Sim. Porque esse 30 de abril é especial para o RBPD11 ;) Eu acredito que racionalizar o efeito será mais instrutivo que apontar a causa, daí o fraco mistério que eu estou fazendo. Peço que quem souber segure a resposta até depois da abertura do mercado. Embora eu esteja mesmo interessado no efeito do efeito, o que o "especial" desse 30/04 fará com a "escala" do gráfico. Não abalará convicções, bem suspeito, mas será uma chance única de presenciar numa tacada só uma distorção que levaria anos para ocorrer no gráfico descontado de um ativo normal, pagador de proventos.

Ok.... Já vi o que houve hoje e já tenho minhas ideias sobre o que ocorrerá. Como você já salvou o gráfico do ativo, vou capturar as informações em outro modo. Acabei de baixar um arquivo .csv com as cotações históricas disponíveis na minha corretora. Não é nada especial, só o básico mesmo: data, abertura, máximo, mínimo, fechamento, volume e volume de ticks. Todas as cotações históricas estão descontadas. Na segunda, baixo o mesmo arquivo e fazemos as comparações.

Bom, espero que tenham feito as experiências. Foi surpresa até para mim. Porque RBPD11 e esse final de semana? RBPD11 fechou em Abril no preço de 10,50. Depois anunciou rendimentos de 1,62223648 e amortização de 6,31388889. Um golpe de 7,93 num preço de 10,50 é uma bela de um ajuste, 75%! Coisas que aconteceram, no meu experimento: - Bovespa (corretamente) reescreveu temporariamente o "fechamento anterior" do RBPD11 no valor de 2,56. - O fornecedor que eu uso *não* atualizou o gráfico ajustado, ainda aparece o gráfico com preço último em 10,50, máxima em 11,99. Ou seja, o que eu esperava que acontecesse não aconteceu. E com vocês?

Qual o valor patrimonial do RBPD11 hoje?

Uns setenta centavos, mais uns quebrados. Daí você olha pro mercado secundário e pensa: que diabos o pessoal está fazendo? RBPD tem classes de cotas, então nem adianta olhara para o PL dele.

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Bom, agora todos os meus fornecedores estão mais sincronizados. Os gráficos parecem os mesmos, e agora posso mostrar para vocês umas coisas interessantes: 1. Estou com diferença de preço entre fornecedores, já em 2014. Poucas nesse ano, e vai piorando do meio para fim, embora chega a dessincronizar de todo. Pro pessoal que ainda acha que gráfico descontado é "oficial". Se em gráfico curto ocorre isso, imagine nos longos. 2. O gráfico depois de reescalado ainda parece o mesmo. Só quando se põe lado a lado é que surge a impressão que o gráfico depois ficou mais comportado (ver abaixo). Isso é uma coisa que acontece de verdade com a parte velha de um gráfico muito longo, onde as variações passadas vão perdendo "amplitude" em relação as cotações mais recentes. 3. Os ajustes mudam a volatilidade do passado. A volatilidade medida de 20/12/2011 a 15/04/2015 mudou de 56,67% para 56,58%. Parece pouco, mas é uma coisa que não "deveria" ocorrer. Isso serve para enfatizar o ponto anterior, onde a impressão talvez ditasse que o passado perde "muita" volatilidade por conta dos ajustes. 4. A última, e o ponto que eu queria chegar, os ajustes causam perda de "resolução". Antes do ajuste, de R$ 0,01 a R$ 12,00 o gráfico tinha 1200 graus de liberdade. Podia-se esperar encontrar qualquer preço entre 0 e 12, ainda que com degraus de 0,01. Porém depois do ajuste a máxima de 12 passou para 2,92. O ajuste percentual não só reduziu os valores mas também os graus de liberdade, quais agora são só 292 (redução de mais de 4:1). Isso significa que qualquer comparação de preços com o passado ficou 4 vezes pior, só por conta desse ajuste. Ok que o ajuste foi grande, mas um monte de ajustes pequenos tem o mesmo efeito. Gráficos ajustados vão continuamente perdendo resolução na medida que os preços antigos são "comprimidos" dentro de uma faixa de preços cada vez menor, mas que mantém a limitação de preços em degraus de 0,01. Quando o gráfico cai a centavos, milhares de variações "desaparecem", já que fica impossível representar essas variações, minúsculas em relação ao tamanho relativo do degrau. Por outro lado pequenas variações reais talvez se tornem gigantes variações percentuais quando elas correm "perto" dos degraus. Daí que uma avaliação pontual do passado, no olho ou pela matemática, pode revelar períodos de calmaria ou de turbulência que nunca ocorram. Portanto, gráficos descontados muito longos (ou de ativos com grandes pagamentos) tem valor mais estético que "real", dado que o uso (ou cálculo) dos dados muito comprimidos não gera informação muito precisa. Toda vez que eu olho para gráficos de ativos assim, eu logo penso, em relação à dados lá do finalzinho: Hic sunt dracones.

Só pra jogar pimenta na história... (Esse papo de gráfico descontado parece que nunca me cansa). Enviei como está em uma das plataformas gráficas a que tenho acesso pela minha corretora. Se observar, tem algumas discrepâncias relevantes em relação ao gráfico do @André.PC, principalmente no "Antes". Isso comprova que os ajustes passam por limitações de arredondamento e por alguma arbitrariedade do provedor de gráficos. Pena que peguei só de uma plataforma. Gostaria de ver em outra, que tem as cotações com até 6 casas decimais. Dessa forma, ela tem um número muito maior de "graus de flutuação" do ativo. Isso, em teoria, reduz as distorções por arredondamento, mesmo nos dados mais antigos. Os @André.PC pira! kkkkkkk

Pois é. Um provedor com seis casas, muitos outros com duas. Só daí dá para ver que tem marreta envolvida na história. Ou todos os pontos tem quatro casas zeradas nas decimais (provedor de seis casas), ou muito dado está sendo jogado fora (provedores de duas casas). Senão os dados são puramente incompatíveis. Na verdade teria de ter casas decimais infinitas para que a distorção não ocorresse, o que inexiste na teoria e na prática. O que é muito difícil de avaliar num primeiro momento é a quantidade de informação que é jogada fora. Provavelmente uma quantidade realmente infinita, que deve dar dízima periódica direto... Mas fica esse caso, documentado para a posteridade, do "o que acontece" quando desconta e o depois de desconta. Histórico antes e depois, e o que o preço "pode" fazer depois. Fica para a história também a história de "pagar mais que o histórico" ou "histórico negativo". Como o RBPD11 tem história curta, é fácil de provar que ele pagou muito mais que o valor inicial (e não ficou negativo), mais o que tinha ou viria a ter na contabilidade em vários pontos (o inicial, no meio do caminho), e que bem negociou menos que o valor futuro de todos os rendimentos que ainda viriam (a mínima do mês anterior). Isso tudo com relatório mensal dizendo qual o valor "certo". Acredito que é possível argumentar que são todas coisas que acontecerão mais fácil de em ativos onde essa informação não existe.