1) Sou terminantemente e filosoficamente contrário à pena de morte, independentemente de qual tenha sido o crime cometido. Porque: a) erros judiciários acontecem aos montes; 2) não pode o estado transformar agentes públicos em assassinos frios (uma coisa é alguém matar outrem em legítima defesa ou em estado de necessidade; outra, é matar para cumprir uma ordem estatal).
Dito isso, essa imagem de coitadinho, que estava traficando pela primeira vez para pagar despesas médicas, é estória da carochinha para enganar os mais sensíveis.
Diário do Centro do Mundo » O perfil de Marco Archer por um jornalista que conversou com ele 4 dias na prisãoO carioca Marco Archer Cardoso Moreira viveu 17 anos em Ipanema, 25 traficando drogas pelo mundo e 11 em cadeias da Indonésia, até morrer fuzilado, aos 53, neste sábado (17), por sentença da Justiça deste país muçulmano.
Durante quatro dias de entrevista em Tangerang, em 2005, ele se abriu para mim: “Sou traficante, traficante e traficante, só traficante”.
Demonstrou até uma pontinha de orgulho: “Nunca tive um emprego diferente na vida”. Contou que tomou “todo tipo de droga que existe”.
Naquela hora estava desafiante, parecia acreditar que conseguiria reverter a sentença de morte.