Take over aos montes
comentada em 05/02/2015 17:29

Ou parte seria manobra proposital desde a abertura dos fundos? Soltaram em 2012 a preços altos, no topo, as cotas caem, compram de volta... belo trade.

@Pelágico Até então tem a ver com a SELIC. O mercado secundário de FII foi abaixo, e o mundo real corporativo/comercial pouco se mexeu, relativamente. As características até agora fomam fundos pequenos, mono empreendimentos ou com poucos ativos. MSHP: shopping pequeno, mono empreendimento. Furou expectativa do IPO. MSLF: mesmo ativo acima. RDES: um imóvel em SP, cotas deprimidas por vacância/obras fundo/SELIC. HGJH: lajes normais, pagando rendimento normal. MXRC: monoempreendimento. @stever Pode bem ter sido só parte da manobra planejada (vender no topo). Tirando o caso do MXRC, todos os demais casos foram de um grupo só, que não fez nenhuma emissão na época do topo. Inclusive a fusão JSRE/BJRC/JSIM. No topo vende-se, no vale compra-se. Simples assim. Para isso basta um mercado agitado numa ponta e fixo na outra. Arbitragem de valor.

Olhei aqui o HGJH @André.PC e pelo q li das atas o takeover ñ foi aprovado pelos cotistas, sendo q o fundo tem um consultor imobiliário q ñ recomendou a venda... Os imóveis do fundo foram vendidos após isso ?

@André.PC pode explicar em poucas linhas o caso do MSHP?

@Cleber46 Os imóveis do fundo continuaram com o fundo, a assembleia que foi chamada a decidir recusou a oferta de compra de ativos: http://www.bmfbovespa.com.br/sig/FormConsultaPdfDocumentoFundos.asp?strSigla=HGJH&strData=2014-04-04T18:01:09.263 "a unanimidade dos Cotistas presentes recusou a proposta." De onde se tira que o pessoal do take over ou não foi votar, ou usou essa ocasião para fazer um teste. Tivesse votado, seria questão de contagem de votos os imóveis não estarem mais no fundo.

@herbertpk Não teve nada particularmente dramático na história do MSHP. Fundo emitiu 2010. Shopping pequeno, recente, no Largo 13 de SP. Tinha a saliência de não ter loja satélite, iam tentar por os feirantes para dentro. Chegou a negociar acima do preço inicial de 1.000 mesmo com rendimentos baixos. Rendimentos continuaram baixos (em relação ao prospecto), cota começou a negociar a preços abaixo de 500. Veio uma oferta de compra pelo imóvel, chamou-se a assembleia, que aprovou a venda. Tinha umas dependências a cumprir. Cumpriu-se isso, o comprador pagou pelo imóvel (a vista!). E é isso. FII tinha imóvel, FII vendeu imóvel e agora está com dinheiro. Já chamou assembleia para decidir o que fazer com o dinheiro. Vendeu por R$ 74.962.000,00 menos uns 3% do custo. Então esperado amortizar, se amortizar, uns 74.962.000,00*0,97/90.840 = 800,45. Mais que o fundo tenha em caixa, menos outras despesas. 800,45 é abaixo do preço de emissão, abaixo do VP último, e acima do preço médio do último ano.

Entendi... Como muita gente comprou abaixo dos R$800 foi fácil aprovar a venda.

@André.PC, vejo muita gente perguntando sobre takeover. Seria legal criar alguma página fixa sobre esse assunto, com FAQ e tudo mais. Além de trazer uma tabela com os FIIs que tiveram takeover, suas características, gestores, etc.

Boa, @brunogoncalves. Eu ainda não entendi direito o que é take over em fii

@brunogoncalves Vou tentar fazer um apanhado para a FAQ. Mas os take overs executados ainda não tem um padrão, é caso a caso. Uma FAQ bem pode deixar uma visão distorcida da coisa. @Davi56 Na versão FII mais recorrente, é quando "alguém" vai lá e manda vender o imóvel que está dentro do fundo, a um preço X. Daí o FII que a prioria seria "para sempre" acaba, subitamente. Veja o resumo do MSHP, logo aí em cima.