Estudo DRE e DFC
comentada em 07/04/2017 10:55

Balanço Patrimonial (regime de competência) Uma foto de tudo que a empresa tem e tudo que ela deve. Ativos = Passivo + Patrimônio Líquido Ativo Imobilizado são imóveis, máquinas, etc. Diferente de Ativo Circulante, que tem alta liquidez. Ativo total: É a soma dos Ativos Circulantes e Não-Circulantes. Demonstrativo de Resultado (regime de competência) Uma foto dos resultados da empresa no exercício. Resultado Bruto é tudo que ela vendeu no período (Receita Líquida) menos os custos dos bens e serviços. Também chamado de Lucro Bruto. Resultado de Equivalência Patrimonial é uma atualização do resultado que equivale a participação societária. È uma medida contábil a fim de se determinar o valor dos investimentos de uma companhia em outras empresas. Resultado financeiro - é a soma das despesas e receitas financeiras. Por exemplo, despesas financeiras são pagamentos de juros de empréstimos. Já receitas financeiras pode ser juros de aplicações (investimentos financeiros) da empresa. O resultado financeiro soma os dois. Ele não tem haver diretamente com o negócio (operacional) da empresa. Por fim Demonstração do FLuxo de Caixa (regime de caixa) Lembre-se que tudo não teve efetiva entrada ou saída de dinheiro (caixa) precisa ser removido/acrescentado no Fluxo de Caixa. - A variação cambial é uma medida que visa ajustar os efeitos do câmbio. Se subiu ou se caiu, tem que ajustar o caixa e equivalente. Perceba que essa linah já está fora do FCO, FCI e FCF. Ela é feita apenas para ajustar o Saldo de Caixa final. - O Aumento (redução) de caixa e equivalente É justamente quanto aumentou ou reduziu o caixa da empresa no período.

melhor que isso só dois disso... muito obrigado Bruno!

Bruno Puxa é difícil encontrar informação assim como a sua, Resumida e direto ao ponto. Onde vejo se a empresa vai ou estå gerando caixa? li aqui que é assim que se sabe que haverá lucro, o qual reflete em valor para o acionista. Estou começando agora e até consegui escolher empresas boas utilizando o video do bastter, mas queria aprender um pouco mais. pode me ajudar com esta informação? agradeço desde jå

gerar caixa = EBITDA FCL-CAPEX tem os dois la no quadro de ações mas uns pensam de uma forma e outros de outra para mim é importante olhar o Ebitda mas tem de ter lucro tambem

@marcosmoraes Uma forma de você saber se a empresa está gerando caixa é analisando: 1) Fluxo de Caixa Líquido Que nada mais é que a soma dos Fluxos de Caixa FCLiquido = FCO + FCI + FCF Entretanto, dessa forma está somando tudo, inclusive dinheiro adquirido de financiamentos, pagamento de dívidas, etc. Coisas que não refletem diretamente o negócio da empresa. Se você quiser saber quanto de caixa efetivamente está gerando advindo das atividades operacionais você precisa calcular o Fluxo de Caixa Livre 2) Fluxo de Caixa Livre FCLivre = FCO - Capex Ou seja, é tudo que ela gerou no Fluxo de Caixa Operacional menos os investimentos em Capex, que são investimentos nos ativos geradores de renda. Se a empresa consegue ficar positiva no seu Fluxo de Caixa Livre significa que ela consegue gerar riqueza de seus negócios pagando seus investimentos. Com esse Caixa Livre a empresa pode usar de várias formas, como pagar dividendos, amortizar mais suas dívidas, comprar empresas, investir mais, etc. Se uma empresa consegue gerar caixa livre, de forma crescente ou pelo menos consistente, significa que possui uma boa vantagem competitiva. Pode-se dizer que ela é uma forte geradora de caixa. Tem empresas que financiam muito seus clientes, como por exemplo as construtoras. Dessa forma é comum seu fluxo de caixa livre ficar negativo, mesmo dando bastante lucro. Cada empresa é um caso. Uma forma de calcular "proxy" do Fluxo de Caixa Livre é calcular o EBITDA (alguns usam EBIT). O Lucro EbITDA é regime de competência, não é igual ao caixa. Porém ele dá uma ideia dos resultados puramente operacionais. Veja a Petrobras. Ela terminou 2015 com FCLiquido positivo pela primeira vez. Perceba que houve acréscimo do seu Lucro EBITDA de mais de 25%. Com essas informações da para ver que a empresa está preocupada em gerar mais caixa. Ela está investindo menos (por isso menor Capex). Com dinheiro em caixa a empresa pode fazer muitas coisas. Logicamente que existem outras coisas para analisar. Existem índices que você pode usar para analisar a rentabilidade e produtividade. Se a empresa consegue no longo prazo gerar mais retorno com seu dinheiro em relação aos juros da economia (SELIC), significa que está gerando riqueza (afinal, pra que abrir uma empresa se não consegue no longo prazo gerar mais riqueza que renda fixa?). Você deve investir em empresas que gerem riqueza, mas também que tenham vantagem competitiva durável. Tem outras coisas para analisar, como endividamento, governança, etc. Bons estudos.

Geração de caixa no regime de competência você olha pelo EBITDA ou outro indicador de resultado operacional. Mas cuidado que esse casamento não é perfeito. Caixa entrando mesmo na empresa só olhando o demonstrativo de fluxo de caixa. Na verdade um complementa o outro.

eu leio o Editda como uma espectativa de geração de caixa que pode se efetivar ou nao a geração de caixa preto no branco eh no fluxo de caixa como ja disseram mas para entender o que está acontecendo tem q ver o todo .... pois uma empresa que todo nao tem forte ebidta que nao vira caixa tem q ver o porque eh tudo um conjunto que com o tempo vc vai aprendendo o que significa cada coisa e como está se comportando cada um dos fatores

o lucro bruto tem mais utilidade para quem tem o costume de transformar o balanço em base 100 assim vc vai vendo linha linha o que ta se passando receita menos despesas = lucro bruto quantos % do lucro bruto está indo para despesas administrativas ? etc assim vc foge da lógica absoluta e começa analisar produtividade linha a linha ... mas nao tenho paciencia para fazer isso rs o que eh util ou nao depende da pessoa algo so vai ser util para vc se vc tiver disposicao em analisar e conseguir extrair algum proveito daquilo dado que as boas empresas aqui nao costumam ter concorrentes listadas em bolsa, a analise em base 100 fica prejudicada pois o ideal eh comparar com outras concorrentes e depois no tempo com ela mesma mas enfim com o tempo vamos aprendendo

@brunogoncalves Muito obrigado pelas informações. Vou estuda-las por partes até compreende-las melhor. Mais uma vez muito obrigado. Marcos

@Asvidzinski Obrigado

@luqteixeira valeu

@bastter valeu

Disponha @marcosmoraes. Qualquer coisa estamos aí para aprendermos juntos.

Aqui no fórum só tem fera-neném na análise de empresas. rs. Duro que já li na página do Bastter do Facebook que aqui só tem iniciante. rs.

"Fluxo de Caixa Livre FCLivre = FCO - Capex Ou seja, é tudo que ela gerou no Fluxo de Caixa Operacional menos os investimentos em Capex, que são investimentos nos ativos geradores de renda. Se a empresa consegue ficar positiva no seu Fluxo de Caixa Livre significa que ela consegue gerar riqueza de seus negócios pagando seus investimentos. Com esse Caixa Livre a empresa pode usar de várias formas, como pagar dividendos, amortizar mais suas dívidas, comprar empresas, investir mais, etc. Se uma empresa consegue gerar caixa livre, de forma crescente ou pelo menos consistente, significa que possui uma boa vantagem competitiva. Pode-se dizer que ela é uma forte geradora de caixa. Você deve investir em empresas que gerem riqueza, mas também que tenham vantagem competitiva durável." Muito bom esse comentário do @brunogoncaves Parece que estou lendo o Buffett, rs Eu só passei a ter coragem de fazer B&H, depois q entendi esse mindset do vovô Buffett...pra uma ou outra empresa, eu abro alguma exceção dependendo do contexto, mas no geral, seguindo apenas isso, já dá uma baita "simplicidade" e segurança para fazer B&H.

Flagas vc acompanha a geração de caixa so pelo FCL Capex ou o ebitda tb para mim a geração mesmo no duro é esta ai FCL Capex não q eu ignore o ebitda mas eu acho essa ai mais difícil de falsear

Eu olho os dois... Batendo o olho nos resultados, eu olho: Receita, custos, Ebida, margem Ebitda e o FCL Capex. Se der algum problema no operacional da empresa, vai aparecer nesses caras... Tbm olho o lucro líquido, mas sabendo que tem os resultados financeiros e os impostos, que as vezes acabam "distorcendo"(as vezes pra cima, as vezes pra baixo) a realidade da empresa.

beleza, eh mais ou menos o q eu olho tb para avaliar se ela faz dinheiro so não consigo deixar de olhar lucro pq a empresa pode quebrar com todos estes positivos se não der lucro no fim ao menos para mim por mais q todos estes sejam fundamentais tem de ter lucro tb

Uma empresa que tem um histórico de FCL Capex consistente, acho "quase" impossível dela quebrar, ngm rasga dinheiro...exceto se ocorrer algum fato novo q "quebre" a consistência desse caixa... Vc lembra de algum caso de alguma empresa com FCL Capex consistente quebrar, sem ter algum fato novo? Num período eventual de altos investimentos, talvez possa dar algum problema e deixar a empresa num limite duvidoso, aí nesses períodos é bom olhar Dív.Líq/Ebitda e comparar com os covenants...e ver o prazo previsto pra terminar esse período de altos investimentos.

vc tem razão sim, a questão q eu coloquei seria mais com ebitda uma empresa pode ter um belo ebitda e seguidamente ter prejuízo mas eu exagerei no fim se todo ano o FCL Capex eh expressivamente positivo ela ta fazendo dinheiro

Vejam a discussão lá na WEG. Aquisições não entram no Capex, então não entram nessa conta do FCL Capex. Por ex, uma empresa com FCL Capex sempre positivo, daí resolve pegar essa geração de caixa e fazer aquisições grandes e ruins, que ferrariam com a geração de caixa futura, ferrariam com o case principal. É uma forma de quebrar mesmo tendo um bom histórico de FCL Capex... mas é algo meio improvável e que daria pra acompanhar. Enfim, boa discussão.

Aproveito pra perguntar ao @Flagas e demais a mesma pergunta que deixei lá no mural da WEG. No Capex entram os investimentos pra manutenção do negócio mas também expansão. Considero aquisições como expansão, pra mim é o mesmo fim... mas isso não entra no Capex. Tá errada a minha visão de considerar expansão e aquisição como mesmo fim? E tem alguma métrica pra ver somente o que é investimento na manutenção do negócio, excluindo o que é investimento em expansão? @mille

Pessoal, alguém poderia explicar ao iniciante aqui o que significa a rubrica "caixa líquido de atividades operacionais"? É resultado de que conta? É diferente do FCL dos quadros de fluxo de caixa, certo? o @mille diz que é por onde ele mede a geração de caixa da empresa. Gostaria de entender isso pq, por exemplo, a WEG fechou o 1º Tri com FCL negativo mas no DFC publicado pela empresa a parte de "caixa líquido de atividades operacionais" veio com um bom resultado, foi comentado inclusive pelo mille no chat.

Caixa liquido de atividades operacionais é o FCO q tem nos quadros o fluxo de caixa operacional

@devit O DFC é dividido em FCO, FCI e FCF. O FCO está ligado com os resultados operacionais, do negócio da empresa. Mas o FCO ficar positivo ou mesmo bem gordo não significa que a empresa terminou o exercício com saldo positivo de caixa... A soma dos fluxos de caixa determina o Fluxo de Caixa Líquido. Só assim para saber exatamente se a empresa aumentou sua posição de caixa. -> Considere FCO, FCI e FCF o caixa líquido das atividades operacionais, investimentos e financiamentos, respectivamente. Logo: FCLiquido = FCO + FCI + FCF Perceba que nesta conta entram diversos itens que não necessariamente estão ligados com a atividade da empresa. Tomar um empréstimo no banco por exemplo, o que isso tem haver? Ou mesmo receber dividendos de outra empresa, pagar juros de uma dívida. Como saber quanto a empresa gerou de caixa que tem haver com seu negócio? Uma métrica para analisar isso, e muito utilizada em estudos de Valuation, é o Fluxo de Caixa Livre. O Fluxo de Caixa Livre é quanto sobra de caixa após a empresa realizar suas atividades operacionais excluindo o Capex, que é o montante de investimentos necessários para cobrir a manutenção ou realizar expansão dos seus ativos geradores de renda (ativos imobilizados e intangíveis). Se a empresa não investir em seus ativos, a Depreciação e Amortização vai acabar com eles. Sem falar que ela vai ficar defasada, pode perder marketshare, e tudo aquilo que dá para imaginar se uma empresa não investe em seu negócio. O Capex pode ser calculado dentro do FCI, considerando apenas os investimentos em ativos imobilizados e intangíveis. Não entram aquisições e aplicações financeiras. Portanto, o Fluxo de Caixa Livre é: FCLivre = FCO - Capex Perceba que o FCO, FCLiquido, FCLivre são diferentes. E pra que serve isso? O caixa é rei. Ele é dinheiro no bolso. E com dinheiro no bolso a empresa pode fazer muita coisa, remunerar seus acionistas, investir mais em seu negócio, recomprar ações, etc..

valeu @bastter e @brunogoncalves obrigado pela aula

por isso eh bom ser chefe o Bruno da uma aula e eu recebo obrigado :-))

Favoritei!!! Aprendendo muito com vcs!! Obrigado

Então o FCT que aparece nos quadros seria o mesmo que FCLíquido q o Bruno explicou, certo?

isso sendo q tem bem pouca utilidade mas no fim das contas é a soma do q entrou ou saiu do caixa no periodo

Obrigado @brunogonçalves, foi a melhor explicação de FCLiq e FCLivre que vi na minha vida

@stever quando se investe em expansao organica eh capex ou seja comprar equipamentos, aumentar a area etc agora quando vc compra uma outra empresa nao eh capex eh compra de outra empresa ... nao eh crescimento organico, eh compra de outra empresa ... se vc chamar ela de capex vc a esta reduzindo a algo como se ela fosse um equipamento e vc sabe q uma empresa eh muito mais que isso, ela tem marca, clientes, etc nao da para colocar a compra de outra empresa em capex ... eh diminuir demais a outra empresa rs isso no meu modesto ponto de vista

uma forma simples de ver isso eh que no crescimento orgânico o valor eh fácil determinar se vc vai comprar uma nova engarrafadora vc vai ver o preço dela e pagar o preço de mercado, pq vc pagaria um agio por uma maquina ? ja uma empresa não eh assim q calcula o preço dela, ela eh mais que a estrutura física dela etc, normalmente se paga ágio o deságio por isso que falei que comprar uma empresa e colocar no capex seria diminui-la do ponto de vista contábil eh como se vc tivesse milhares de empresas igual a venda no mercado crescimento orgânico # de inorganico por isso o capex tb difere de investimento em compra de nova empresa comprar empresa nao eh igual a comprar equipamentos

as explicações do @brunogoncalves sao muito boas parabéns

e os investimentos em P&D conta como CAPEX @brunogoncalves? lembro que buffet nao gosta de empresa que precisa inovar o tempo todo, pois se perder uma inovação sai do pário ... tem uns ex na area de informatica mas nao me lembro

acho que no livro do Buffest ele compara empresa de carro que tem gastar horrores para lançar novos carros o tempo todo com a coca cola que nao tem q inovar quase nada ... no caso da coca cola ele fala q ela nao precisa inovar eu discordo pois ela inova em propaganda, embalagens etc mas eh quase nada quando comparada com uma empresa de automóveis q tem q ta sempre lançado e se perder o bonde da historia ja era

Este tópico ficou tão rico em conteúdo que eu tive que marcar FAQ

@luqteixeira, obrigado. A questão era mais do ponto de vista teórico, pra mim ficou claro que só expansão e manutenção dos negócios entram no Capex enquanto aquisições não entram... mas, no meu ponto de vista, investimento em expansão ou aquisição tem o mesmo propósito: crescer. É grana saindo pra buscar crescimento... enquanto Capex de manutenção seria grana NECESSÁRIA pra manter o negócio. Dessa forma, queria saber se é possível retirar do Capex somente o que se refere a manutenção do negócio e o @brunogoncalves me deu uma ótima resposta lá no mural da WEG. Vou colar abaixo, palavras dele: "Separar do Capex o termo "manutenção" e "expansão" dos ativos não é tão direto assim. Existem algumas formas de fazer isso. A mais simples é você analisar a Depreciação e Amortização. Basicamente a empresa vai precisar repor esses valores. Se ele se aproximar do Capex, pode-se inferir que a empresa apenas está mantendo. Se o Capex estiver ligeiramente maior, a empresa está investindo em expansão. Existe outro método, do Bruce Greenwald, mas é mais complexo. Quanto considerar aquisição de outras empresas como Capex só se a empresa em questão explicitar isso. No caso da WEG ela não faz. Teria que analisar cada caso."

@luqteixeira, Sobre a pergunta da P&D, até onde sei, entram no Capex, sim. Inclusive no último webcast da WEG falam que dos 112,6 milhões investidos, aproximadamente 75 milhões foram em P&D e que isso representou 3,1% da receita operacional líquida, em linha com o que costumam investir. Realmente no livro da nora do Buffett fala sobre isso e eu até considerei quando o li, mas depois achei que daria muito trabalho analisar caso a caso e talvez ficasse difícil diversificar a nível Brasil, não sei... fora que perderia empresas boas como a WEG. Acredito que a CIEL gasta bem nisso também, provavelmente ficaria de fora e por aí vai. Acho legal esses ensinamentos só para evitar exageros ou talvez % maior para determinadas empresas, mas é meu ponto de vista.

@stever @luqteixeira Quanto ao P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) a maior dificuldade esta em saber confiar no beneficio futuro, ou seja, o retorno dessas pesquisas. Nem todo P&D vai ser transformado em capital, e é aí que mora o problema em considerar Capex. Veja essas informações do site IFRSBrasil, sobre o IAS38: Durante a fase de PESQUISA não se pode demonstrar claramente que o Ativo Intangível poderá gerar benefícios econômicos futuros, mesmo que seu custo possa ser mensurado confiavelmente, logo os gastos incorridos durante esta fase são reconhecidos imediatamente como DESPESAS. Na fase de DESENVOLVIMENTO, em alguns casos, pode-se demonstrar que o Ativo Intangível irá gerar benefícios econômicos futuros, Assim, quando tal demonstração for possível, os gastos poderão ser CAPITALIZADOS. Para ser possível a capitalização deve-se demonstrar todos os seguintes itens: - Viabilidade técnica de conclusão; - Intenção de concluir o ativo intangível; - Capacidade de utilização ou venda; - Maneira como o ativo intangível gerará prováveis benefícios econômicos futuros; - Disponibilidade de adequados recursos técnicos, financeiros entre outros para concluir o desenvolvimento e utilização ou venda; e - Mensuração confiável do custo. Caso a fase de desenvolvimento não possa ser distinguida com confiança, assume-se que ainda não é fase de desenvolvimento, ou seja, os gastos são reconhecidos como despesas imediatamente. CONCLUSÃO: É muito difícil conseguir estimar o retorno do P&D devido as incertezas inerentes do processo. Se for Pesquisa --> Despesas Se for Desenvolvimento --> Ativo intangível --> Podem ser capitalizados? --> Lança como Capex. Intangíveis de vida útil definida são amortizados pela sua vida econômica (lembrando que os diversos componentes do custo do ativo intangível podem ter taxas de amortização diferentes). Se não é possível corresponder diretamente as Despesas com P&D com a Receita, então o ativo não pode ser amortizado. Por estas razões, regras de contabilidade exigem que todos os custos de P&D devem ser tratados como despesas quando incorridos. No caso da WEG, ela ter reconhecido algo do P&D como Capex, deve ser porque ela reconhece algo em Desenvolvimento pode ser capitalizado. Se pode ser capitalizado, então vai trazer beneficio futuro contanto que sofre Amortização (ativos intangíveis sofrem amortização). P&D Em Processo (Caso de compra de empresas): Parece que existe algumas exceções na compra de empresas que estão fazendo P&D. Tem como capitalizar os projetos de uma empresa adquirida. Se uma empresa compra outra empresa, ela pode capitalizar quaisquer projetos "em processo" de P&D que vêm com a compra (contanto que eles passem pelos critérios acima). A lógica por trás dessa exceção é que uma parte do preço que pagou para adquirir a empresa foi atribuída a esses projetos, de modo que eles têm um valor definido pelo que você pode listar como um ativo. Isso ocorre muito com Start-Ups que investem pesado em P&D. Quando o projeto de P&D for concluído, uma das duas coisas vai acontecer. Se o projeto não produzir resultados tangíveis, você vai relatar uma Despesa para o valor total do bem - você vai "escrevê-lo fora", em outras palavras. Se o projeto dá frutos, você vai ter que atribuir um "tempo de vida" para os benefícios do projeto e depois amortizar o ativo durante esse tempo de vida. Fontes: IAS 38 Ativos Intangíveis: discussão e exemplo prático sobre PD | IFRSBrasil Why Are R&D Expenses Not Capitalized? | Chron.com

muito bom obrigado a voces por compartilhar tanto conhecimento

A vocês, @luq? Só vi o Bruno dando aula aqui. Muito obrigado pelo belo post.

Pessoal, bom dia! Reabrindo o tópico sobre uma dúvida "besta" de DRE e DFC que se transformou em uma verdadeira aula sobre geração de caixa. Quem não viu, vale a pena estudar.

Obrigado por reabrir o tópico @Salama Vou ler com mais calma a noite

Tem só que tomar cuidado com esse negócio de analisar FCO-CAPEX como caixa gerado pelas atividades. Caixa gerado pelas atividades é FCO e pronto. A empresa pode pegar todo o caixa gerado pelas atividades e reinvestir em novos projetos (CAPEX). Aí você faz a conta FCO-CAPEX, dá zero, e você chega à conclusão de que não tá gerando caixa para o acionista. Mdias tava assim um tempo atrás, investindo muito sem aumentar fluxo de caixa operacional. Aí no trimestre passado dobrou tudo. Tem de tomar muito cuidado com essas análises. Eu acho o seguinte: ou seja extremamente superficial nas análises, ou seja muito detalhista. Se ficar no meio do caminho pode acabar trocando os pés pelas mãos. Outra coisa, Regime de Caixa e Regime de Competência, no infinito, convergem para o mesmo valor. Há apenas um descasamento no curto prazo.