A redação da Agência Enfoque inicia agora a cobertura dos mercados desta sexta-feira, 31 de março.
A quinta-feira foi um dia de resultados opostos no Brasil e nos EUA. Enquanto lá fora os índices fecharam a jornada no azul, repercutindo os dados do PIB acima do esperado, por aqui a jornada foi de perdas. Mais uma vez o cenário político pesou negativamente.
A sexta-feira tem alguns dados de destaque na agenda econômica, como é o caso do indicador que meda a renda pessoal do trabalhador americano e também dos gastos dos consumidores. Este dado é importante justamente para indicar a força da economia americana e sinalizar se os americanos estão preferindo consumir ou economizar.
A demora e alguns impasses nas comissões que negociam as reformas da previdência e trabalhista começam a preocupar o mercado. Principalmente depois de o governo sofrer algumas pequenas derrotas no Congresso durante a semana (foi vetada a proposta que tornaria as pós-graduações pagas em universidades públicas) e também com o andamento do julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, que pode vir a cassar o mandato do atual presidente.
Ásia e Europa
As bolsas de valores da Ásia encerram a sexta-feira com rumos opostos. A preocupação na região é com os próximos passos que o presidente Donald Trump irá dar diante dos acordos comerciais com a China. Os EUA têm um déficit comercial considerado muito elevado por Trump. O presidente disse via Tweeter que a reunião que terá o com o presidente chinês na semana que vem deve ser muito difícil.
Na Europa, depois de iniciar o dia no positivo, os mercados seguiram tendência oposta e operam no vermelho após o horário do almoço. Entre os motivos que puxam o resultado de momento estão as diretrizes que a União Europeia está traçando para a saída do Reino Unido do bloco. A tendência é que a fase de negociação seja bastante dura.
Dólar
O dólar comercial fechou a quinta-feira com valorização de 0,8%, negociado no final do dia a R$ 3,1440. O resultado foi fruto de mais um dia negativo no mercado local, com os investidores desta vez preocupados com o cenário político. As negociações sobre a reforma da previdência e trabalhista, além do início do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, contribuem para o cenário de incertezas.
O Banco Central divulgou não irá realizar leilão de swap cambial nesta sexta-feira. Por outro lado, a autoridade monetária comunicou que fará duas operações de venda do dólar comercial conjugado com leilões de compra da divisa. Serão duas intervenções, marcadas para as 15h15 e 15h35, com 5 minutos de duração cada uma. Serão oferecidos até US$ 2 bilhões nas ações desta sexta-feira.
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