Já fui muito pão-duro no passado, do tipo que comprava sempre a opção mais barata. Depois de quebrar a cara algumas vezes, hoje tento sempre comprar para o preço que me dê uma boa relação custo/benefício.
Eu toco um instrumento que é incomum no Brasil porém existem artesãos que fabricam uns modelos de boa qualidade por aqui.
As opções mais acessíveis são: pagar uns R$ 130 reais por um brasileiro ou uns R$ 45 por um xing-ling, de qualidade duvidosa, no Aliexpress.
Participo de um grupo no whatsapp sobre esse instrumento e é impressionante a quantidade de pessoas que chega decidida a comprar a versão mais barata, apesar dos conselhos do pessoal com mais experiência. O resultado é sempre o mesmo: depois de 3 meses (reclamando dos correios) o cara recebe um instrumento desafinado, de péssima qualidade e fica soltando marimbondo. Das duas uma: ou a pessoa desiste de aprender ou acaba gastando mais $ para comprar um melhor. Esse mesmo pessoal que só compra a versão xing-ling vive reclamando que os vendedores brasileiros deveriam cobrar o mesmo preço dos chineses.
Hoje eu vi a situação mais surreal: o caboclo recebeu o instrumento dele semana passada, completamente desafinado. Depois de aceitar que nem pra peso de papel aquele negócio servia, o cara decide comprar outro xing-ling no Aliexpress, na esperança de que dessa vez vai acertar. Daqui à três meses vai ter mais chororô.
Fico vendo como os pessoal fica ansioso e estressado por causa de 100 reais. Nessas horas vejo como algumas filosofias daqui valem ouro.