O objetivo deste tópico é aprender (claro), mostrar que mudar o comportamento não é fácil (muitos de vocês sabem disso), e saber se tal atitude me causa algum dano na área de investimentos.
Embora tenha algumas empresas não pagadoras de dividendos em mente, que talvez venha a ser sócio a partir de 2020, atualmente sou sócio apenas de empresas pagadoras de dividendos.
Já li e ouvi bastante a respeito de que dividendos não importam, mas não estou nesse nível ainda.
Sei que o fato de pagar dividendos não torna uma empresa boa. Sei que o valor é descontado do preço da ação.
Então, por que você leva isso em consideração?
Um motivo para minha decisão é a parte psicológica. PARA MIM, é importante ver no início de cada mês quanto recebi de dividendos no mês anterior. Ver sua evolução. Talvez seja uma forma de perceber que estou no caminho certo, de "acompanhar" a empresa, de evitar olhar cotação, não sei, mas me deixa mais tranquilo. E como, queiram ou não, Bolsa tem tudo a ver com psicologia, isso serve de uma âncora para mim. E se me deixa tranquilo, é melhor manter assim.
Outra questão é que quando tiver um volume adequado de ações, daqui a uns 20 anos por exemplo, posso usar parte dos dividendos recebidos em algo de meu interesse, se necessário. As outras opções que conheço seriam:
1) Alugar ações. Ainda não estudei sobre o assunto, mas percebo que há questões de IR envolvidas. TALVEZ não seja o meu perfil (mas até lá, quem sabe?).
2) Vender parte das ações. Meu pensamento atual é que vendendo parte das ações estarei vendendo parte do meu patrimônio. Seria como vender uma pequena parte de um imóvel, por exemplo. Não me sinto satisfeito com essa hipótese. Não estou criando patrimônio para me vendê-lo, mesmo que aos poucos. FARIA ISSO EM ÚLTIMO CASO. Uma pergunta que poderiam fazer é: está criando patrimônio para que? Minhaa resposta é: para usar, SE necessário. Se não for necessário, continuarei, criando patrimônio mesmo com 70, 80 anos.
Assim, como ainda há algumas empresas pagadoras de dividendos de que pretendo ser sócio, pretendo dar preferência a elas.
É bem provável que em alguns anos, talvez já em 2020, adote uma postura diferente me tornando sócios de boas empresas simplesmente pelo fato de serem boas empresas, mas ATUALMENTE NÃO CONSIGO.
Creio que minha conduta não me cause graves danos em relação a investimentos, apenas me restringe a quantidade de empresas de que posso me tornar sócio. É isso mesmo?
Agradeço qualquer comentário.
Abs
Rogério