Acabei de assistir ao ep. 3 desse documentário.
Trata-se de uma empresa farmacêutica de capital aberto que cresceu vertiginosamente por meio de aquisições de outras do setor com o objetivo de "criar valor ao acionista".
A parada é que eles cortaram o Capex para 3% (média de 19% no setor) e, entre outras medidas, aumentaram vertiginosamente o preço de alguns medicamentos vitais.
Mostra, também, como de praxe, a atuação de alguns shortsellers que apostaram contra a euforia criada em torno da empresa (os papéis subiram mais de 1000% em poucos anos).
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O mercado americano é muito mais sofisticado que o nosso, tanto em valor de empresas quanto no tipo de fraudes. O que me fez pensar em alguns casos que estudei por aqui em termos de aquisições, como Kroton, Ambev (mais a Kroton).
Eu fiquei um pouco receoso em pensar que, talvez, eu poderia me contaminar por uma euforia semelhante no futuro com alguma empresa. Acho que as X devem ter sido assim na época; não sei, nem poupava nessa data.
Como apenas acompanhar os balanços de forma rasa não adiantaria no caso, teria que entender o que os balanços estavam tentando esconder, na verdade (o CAPEX era um indício interessante, que a empresa maquiava com discursos do tipo "somos uma empresa de aquisições e não de desenvolvimento; e Wall Street comprou o papo).
Por fim, a salvadora de todos: a diversificação. Com ela, não tem erro. É o escudo principal do pequeno investidor.