Estou sendo burro ?
comentada em 25/08/2018 12:50

1,5% ao mês é muito caro, trabalhe com capital de giro próprio e não de terceiros. Para pequena e média empresa no Brasil o crédito é proibitivo, só começa a valer a pena se você tiver um imóvel da empresa (sede, fábrica) quitado para dar de garantia, aí pode conseguir linhas com taxas menos abusivas.

A empresa é sua? Esquece esses cálculos de "se pagar 1% ao mês". Vai aumentar os lucros da empresa, se você vai retirar via dividendos ou não é outro assunto.

Na empresa tem mil maneiras de escriturar esse aporte de capital. O mais correto, se ela for sua, é via aumento de capital. Também pode fazer como empréstimo seu para a empresa.

Se vc tem sócios, é imprescindível fazer um chinese wall gerencial e contábil entre a PJ e você (PF) da forma como a que você propõe.

Mas cuidado... Você como PF está emprestando $ para você mesmo...
Se a empresa vir a passar por um período ruim ou eventualmente vir a fechar, você como PF vai junto (já que você é credor de você mesmo).

Olá @celtiberian sim a empresa é minha. Tenho imóvel próprio para morar e para a sede da empresa. Reduzindo 0,5% em 10 parcelas consigo reduzir os preços de forma significativa e ser mais competitivo, porém vou testar um pouco antes de reduzir pois acho que meu segmento paga e nem percebe. Em bancos não achei nada com taxa menor que 1,5 mesmo com garantia com a empresa tendo 5 anos e nunca ter atrasado um boleto e ter um faturamento que não me permite estar no SIMPLES.

Olá @monstro meu patrimônio pessoal não se mistura com a empresa a nível de contas. Vou limitar a 5% de minhas reservas. Também tenho outras fontes de renda além do eCommerce.

Nesse caso, eu faria.
Só ver com o contador como funciona

Como o celtiberian já descreveu. O problema da sua empresa é capital de giro. Vc precisa criá-lo. Pode ser por meio de empréstimo de vc mesmo para sua empresa. Pode ser em aporte de capital social na sua empresa de seu dinheiro mesmo ou de outro sócio, etc... O principal problema das pequenas empresas no Brasil (e principal causa de falências tb) é o mau gerenciamento do capital de giro, pois o crédito é muito caro aqui, e muitos que abrem empresas subestimam esse item.

Não sou especialista no tema, mas, por experiência, vejo algumas formas de você contabilizar isso:
1 - Via aumento de capital: terá que fazer alteração contratual. Ponto negativo: burocrático e vai pagar registro da Junta Comercial, etc.
2 - Via contrato de mútuo. Nada mais é do que um empréstimo formal que você faz à empresa. Ponto negativo: muito contador não tem experiência nisso; tem taxa máxima; e tem que pagar IOF (não tenho certeza).

A terceira possibilidade é mais simples: pare de retirar dividendos. Assim, a empresa vai fazendo um caixa e vai precisar antecipar cada vez menos.

Claro que, durante um tempo, você vai ter de consumir um pouco da sua reserva pessoal. Mas no final, você vai ficar com um pouco menos e a empresa com um pouco mais. Considere que cada R$ 1 mil que você usou da sua reserva é R$ 1 mil a menos que a empresa precisou te distribuir. Então, é exatamente o mesmo resultado de você transferir R$ 1 mil da sua conta para a conta da empresa.

@aandrade1234 não estou entendendo porque vc ainda não tem o dinheiro suficiente na empresa para bancar esse capital de giro. De duas uma, ou vc está tirando como lucro ou pro labore todo mês o lucro de sua empresa ou elá não está dando lucro!
Desculpe se estou sendo enfático, porém eru pequena tenho empresa também, vendo a crédito no cartão e NUNCA antecipei e nem tomei dinheiro em banco, simplesmente deixei acumular lucro até ter capital de giro para bancar esse financiamento do cliente.
Vc menciona que a empresa já tem 5 anos então não entendo porque ainda não tem capital de giro para financiar isso.
Obs: só estou querendo alertá-lo se eventualmente não está tendo margem de lucro (repito a não ser que esteja tirando grande parte do lucro para a PF durante esse tempo, se não for o caso refaça suas constas de margem!)
Abs

Tenho empresa também. Vendo com cartão, parcelo o quanto o cliente quiser. Vendo para clientes maiores com prazo bem longo, pagamento com boleto e, quando compro, procuro negociar descontos para pagamentos mais curtos. Luto ao máximo para não dispor de recursos de terceiros.
Penso que cada empresa tem uma espécie de "taxa de giro" dos recursos que movimenta, uma espécie de taxa interna de retorno do fluxo financeiro, independentemente do resultado operacional. Quando uma empresa depende de capital de terceiros, sua taxa de giro é negativa e muitas vezes toma decisões de negócio não muito boas por causa de suas restrições financeiras.
Indo na linha da terceira alternativa que o @Nod colocou, você poderia traçar e executar um plano de reter recursos que substituam aos poucos as antecipações. Não me preocuparia com a forma de contabilizar isso, apenas aumentar gradativamente o capital de giro.