Estou lendo pela 2ª vez a teoria da antifragilidade (Nassim Taleb), agora com mais calma, buscando absorver melhor as ideias...
Em todas as citações sobre os restaurantes (abaixo transcritas), me recordo das Sardinhas, e da necessidade de não ser uma, mas reconhecer a importância delas na “natureza”:
Restaurantes são frágeis; eles competem uns com os outros, mas o coletivo de restaurantes locais é antifrágil por essa mesma razão se os restaurantes fossem individualmente robustos e, portanto, imortais, o negócio global ficaria estagnado ou enfraqueceria, e ofereceria nada mais do que uma comida de refeitório — e,com isso, quero dizer comida de refeitório ao estilo soviético.
Vimos que o ramo de restaurantes é maravilhosamente eficiente justamente porque os restaurantes, sendo vulneráveis, vão à falência a cada minuto, e os empresários ignoram tal possibilidade, pois acreditam que vencerão as adversidades. Em outras palavras, algum tipo de assunção de riscos temerária,até mesmo suicida, é saudável para a economia — sob a condição de que nem todas as pessoas assumam os mesmos riscos e que esses riscos permaneçam pequenos e localizados.
Uma série de microestados é semelhante ao ramo de restaurantes, que discutimos anteriormente: volátil, mas nunca existirá uma crise generalizada de restaurantes — ao contrário do negócio bancário, por exemplo. Por quê? Porque ele é composto de uma série de pequenas unidades independentes e concorrentes, que não ameaçam o sistema de forma individual e o fazem pular de um estado para outro. A aleatoriedade é distribuída, em vez de ser concentrada.