CAPEX - CCPR
comentada em 31/10/2018 08:29

entao nao vamos poder colocar assim giovanni
pq capex tem de ser negativo
so se vc descobrir no release

CAPEX é um gasto, não é possível ganhar dinheiro com CAPEX. Então teoricamente o CAPEX não deveria ser negativo mesmo quando a empresa desinveste, como parece ser o caso aqui.

Mas o CAPEX aqui do quadro não é a mesma coisa que o CAPEX "oficial", então eu não veria problema em colocar o CAPEX negativo no quadro pra mostrar que a empresa desinvestiu

A literatura que influencia a gente aqui a levar o CAPEX em conta é basicamente estadunidense. Lá nos EUA as empresas informam corretamente o CAPEX porque elas têm ganho fiscal com isso, então lá é normal isso ficar bem discriminado no DFC. Inclusive o CAPEX lá soma as despesas com D&A, enquanto aqui D&A não entra no DFC (a não ser somando ao LL pra achar o FCO).

Então o "CAPEX" aqui no Brasil é apenas uma aproximação informal que fazemos pra ter uma noção do quanto a empresa investiu. Por isso, como não é nada preciso, não vejo problema em deixar negativo, por exemplo nesse caso. Também não vejo problema em considerar aquisições de empresas no CAPEX, como defendi inclusive no mural da MDIA recentemente.

Nota: o D&A entra no CAPEX lá nos EUA porque o cálculo do CAPEX é feito a partir do Ativo no BP (e isso logicamente significa que a D&A precisa ser somada de novo pra representar o efeito caixa). Aqui no Brasil, não existe essa padronização no cálculo e tem empresa que informa de um jeito e empresa que informa de outro.

Ficou estranho, pois a rubrica é referente a um acréscimo no ativo não circulante, isso causa saída de dinheiro, ou seja, valor negativo.
Sim, é prudente não considerar acréscimo em propriedade para investimento como CAPEX.

Ah, essa empresa é uma construtora, é? Se é, realmente, isso daí se assemelha a estoque. Eu nem sabia que imóveis entravam no FCI de construtoras, achei que circulavam no FCO.

PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO

Pronunciamento

Resumindo:

Imóvel adquirido para venda no curto prazo, nas operações normais da empresa: Ativo Circulante/Estoque (ou seja, circula pelo FCO);

Imóvel adquirido para locação comercial ou para valorização de longo prazo: Ativo Não Circulante/Investimentos/Propriedades para Investimento (circula pelo FCI);

Imóvel adquirido para uso próprio: Ativo Não Circulante/Imobilizado (circula pelo FCI e é mais propriamente CAPEX).

Ou seja, Propriedades para Investimento me parece que não deveriam entrar no CAPEX da empresa

Imóvel para desenvolvimento e posterior revenda no curso normal das atividades também entra no Estoque. Basicamente, quando o objetivo for revender assim que possível, havendo desenvolvimento ou não, é Estoque. Quando o objetivo for alugar ou "guardar" para valorização de capital, com desenvolvimento ou não, é Propriedade para Investimento e entra no Ativo Não Circulante.

Se quiser ter o CAPEX "puro" sem efeito das baixas (desinvestimentos) terá de obter por meio da Nota Explicativa de Ativo Imobilizado / Mapa de Movimentação/ Coluna Adições. 

Porém, isso dificultaria a atualização dos quadros por exigir um esforço manual maior.

Como comentado pelo Oxe, a informação de CAPEX via FCI  como aproximação é bem razoável. Embora líquido das baixas, seria esperado que investimentos fossem sempre superior aos desinvestimento de ativos depreciados.

Talvez valha uma nota de rodapé para o CAPEX (líquido de baixas). Se invertido, o valor dos desinvestimentos no período superou os investimentos. (Gerou caixa pela alienação de Ativo Imobilizado). 

obrigado pessoal
como eh soh um caso vamos ver o q fazer
na maioria das empresas nao temos tido problemas com isso